O amante

O amante Marguerite Duras




Resenhas - O Amante


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Mari 09/11/2021

Um diário tragicamente lindo
Ler esse livro foi como ler um diário extremamente pessoal, é uma história real e intensa, a autora relata o que ocorreu na sua infância/adolescência e é uma leitura cativante e sentimental.


(SPOILER)
No início do livro ela diz: "Jamais escrevi, acreditando escrever, jamais amei acreditando amar", e nas últimas páginas ela diz: "E subitamente não tinha certeza de não tê-lo amado com um amor que não havia percebido", portanto na minha interpretação ela realmente amou o homem de Cholen, mas quando percebeu já era tarde demais.
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Nathalie.Murcia 19/11/2021

Provocativo
Romance com traços autobiográficos, tal como os demais da autora. Polêmico, clássico, e ganhador do prêmio Goncourt de 1984.

Este livro retrata a infância miserável da autora, na Indochina, as complicadas relações familiares, em especial com o irmão mais velho, além da sua iniciação sexual precoce, aos 15 anos, com um chinês rico.

Um misto de desejo, gozo, abandono, entrega lânguida, interesse, e até mesmo amor, ainda que por vias tortas, refletem, para mim, o significado do relacionamento da adolescente com o amante, romance que perdurou por três anos, cessando com a ida de Marguerite para a França.

"Os beijos no corpo fazem chorar. É como se consolassem. Em família não choro. Naquele dia, naquele quarto, as lágrimas consolam do passado e do futuro também. Digo que um dia vou me desgarrar da minha mãe, que um dia não sentirei nem mais amor por ela. Choro. Ele descansa a cabeça em mim e chora por me ver chorar. Digo que, em minha infância, a infelicidade de minha mãe ocupou o lugar do sonho."

Gostei muito da escrita fluída e provocativa de Duras.
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Thais 23/11/2021

Um diário
Um diário autobiográfico dos relatos de uma adolescência conturbada e miserável.
Não é uma história de amantes ou traição, como achei que sugeria o título. Mas da presença enamorada de duas pessoas que juntas, criam uma forma de superar suas dificuldades se amando.
Poucas páginas, triste e angustiante.
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Bia 04/01/2022

Ele chora muito porque não encontra forças para amar além do medo. Seu heroísmo sou eu, sua servidão é o dinheiro do seu pai!
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Barbara.Oliveira 06/01/2022

Favorito da vida
Sabe aquele clichê "Não tenho palavra pra expressar o que sinto"? Pois é como eu tô com esse livro.

Pra começar, foi minha penúltima leitura de 2021 e virou uma das melhores do ano. A ***perfeição***. A primeira página dele já te acerta em cheio: "Muito cedo foi tarde demais em minha vida". Depois de ler o posfácio de Leyla Perrone-Moisés, fica mais evidente a genialidade dessa obra super premiada.

O romance, publicado em 1984, conta a história de uma adolescente  francesa, de uma família em decadência, que passa a se relacionar com um rico comerciante chinês na Indochina pré-guerra. Mas é muito mais do que isso.

Escrita poética, introspectiva, fragmentada, ao mesmo tempo fluida. Dramão familiar, alternância entre passado e presente, entre primeira e terceira pessoa pra nos aproximar ou nos distanciar dos acontecimentos. Reflexões profundas, duras, tristes, bonitas, angustiantes, melancólicas sobre relações familiares, morte, depressão, sexualidade, violência.

O amante é um romance autobiográfico. Como bem definiu Leyla Perrone: "De uma existência que, se narrada objetivamente (se tal coisa é possível), seria predominantemente triste, e por vezes trágica, a escritora conseguiu extrair um esplendor artístico que se refletiu em sua própria pessoa, transformada, no fim da vida, em personagem enigmática, quase de ficção" (p. 113).

Apenas leiam.

Vou procurar a adaptação que fizeram pro cinema e já quero ler mais coisas da autora!

@biografiadeleitora
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Luciana.Petrili 12/01/2022

Reminiscência ou autoficção?
Nunca saberei.
O livro é muito bem escrito, muito imagético e apresenta relações interessantes de hierarquias sociais, um pouco da história da Indochina, relações impactantes de afetos familiares, mas pela segunda vez não me conquistou...
Qual seria o motivo : certo desdém fingido da narradora? O dourar da pílula a respeito da situação da menina? Ainda não sei dizer? a força da autora é o que fica como lado positivo.
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Stéfane 12/01/2022

Um autêntico retrato vivo
"Nunca escrevi, e pensei que escrevia, nunca amei, e pensei que amava, nunca fiz nada a não ser esperar diante da porta fechada."

Escrita extremamente densa e repleta de camadas. Não é uma leitura fácil, requer atenção para compreensão de tudo que as palavras carregam.
Duras cria diversas alegorias que funcionam como um quebra-cabeças de sua vida e o posfácio maravilhoso de Leyla Perrone-Moisés nos ajuda a montar algumas peças da compreensão do texto e da escrita dessa brilhante autora. O posfácio é tão esclarecedor que nos deixa com uma vontade de reler imediatamente a obra, e é com certeza um livro que vale a pena ser lido e relido.
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Leandro506 16/01/2022

Pequeno grande livro
?Não era doente de sua loucura, ela a vivia como saúde.? A leitura exigiu-me mais concentração que imaginei, li lentamente para compreender cada camada.
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rafinha 19/01/2022

O título pode ser um pouco intimidante quando olhamos pela primeira vez, porem é uma história sobre a vida familiar na guerra. Existem vários momentos extremamente desconfortáveis como a pedofilia e todas as situações de humilhação e violência retratadas.
Um livro com emoções cruas e autobiográfico
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Giovanna.Louise96 26/01/2022

Parece um tipo de fetiche que a autora tem com uma mistura de história familiar. Acho que esperava muito do livro e ele entregou pouco.
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ab 27/01/2022

melhor romance que li até agora
conheci o livro pelo filme, e a história não me cativou muito, o que chamou minha atenção foi o fato do livro ser autobiográfico. (talvez com algumas camadas fictícias)
desde a primeira página eu me senti fisgado pela forma que a autora escrevia, intercalando os tempos de sua vida e tratando o passado como presente
é uma história de guerra, de melancolia, de uma família desgraçada, de um amor impossível separado por raça, idade e dinheiro.
já terminei o livro sendo fã, e me tornei mais fã ainda quando li o posfácio. com certeza ainda vou reler com mais atenção
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Carla 29/01/2022

Um rasgo para ver uma vida
Li essa obra por acaso, já que nunca tinha adicionado na minha lista alguma obra da autora.

O que temos nessa obra é um rasgo no tecido de um mundo para ver uma vida em suas micro decisões e dores.

Duras conta uma história fragmentada e em ordem não cronológica que traz as reflexões da jovem protagonistas. É como ler um diário ou, como no texto de apoio, ver legendas de fotos sobre instantes da história de alguém.

Acredita-se que muito desse livro é autobiográfico devido à semelhança com a história de vida de Duras: infância pobre, irmão drogado, uma mãe que perdeu a herança do pai, o alcoolismo na vida adulta.

Ao encerrar a leitura o que eu senti foi tristeza, desesperança e uma certa pena da protagonista desprovida de sonhos que não se permitiu amar de verdade, soterrando bem no fundo de um coração, que precisou ser de aço, a possibilidade de ser amada.

Mas qualquer coisa que eu diga é raso e insuficiente para descrever a sensação.
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Victor 01/02/2022

O Livro é bem difícil
O amante é daqueles livros, facilmente julgado pela capa, ou melhor, pelo título, mas o texto nós oferecido é totalmente o contrário ao que o título nós faz remeter. Nada tem haver com um amante, ou alguém que é casado e trai sua esposa e/ou marido. Vale a pena ler e refletir sobre o amor proibido e impossível, não totalmente por questões familiares, mas pelo querer dos personagens. Devo dizer que a escrita francesa, pelo menos a de Duras, é um tanto abstrata pra mim, e é difícil decifra-la a primeira leitura, muitas vezes, me peguei voltando ao início do texto pra tentar interpreta-la. E Duras, trás de uma forma natural pra época em que vivia, vivências problemáticas, eticamente falando, uma delas é que os personagens romanticamente entrelaçados, tem idades distintas.
Duras, o tempo todo entrelaça o amor proíbido com a péssima convivência da personagem com seus irmãos, e principalmente, sua mãe, uma mulher nada fácil, nada sã; e a época em que vive, onde ser mulher, não é fácil, e, ser uma mulher que vive pra cima e pra baixo com um homem, chinês, aquela época era mal vista: ?Não acreditem nisso, esse chapéu não é inocente, nem esse batom na boca, tudo isso significa alguma coisa, não é inocente, quer dizer, é para atrair os olhares, o dinheiro.? essas palavras, apenas por causa de um boato, imaginem.
O livro, é muito intenso, a intensidade dos personagens, vai do ódio ao amor naturalmente, da incompreensão a compreensão em poucos capítulos, é tipo 8 ou 80.
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Geovana 02/02/2022

O livro é lírico e denso. Me chamou muito atenção como a autora é alinear na narrativa sem se perder, como intercala o passado e o presente com fluidez nunca deixando a escrita a desejar.
A história é poética, terrivelmente triste e brutal, cada relato exprime a realidade sofrida da construção da Marguerite. Acabei o livro com vontade de reler.
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carol 11/02/2022

?A história da minha vida não existe. Ela não existe. Nunca há um centro. Nem caminho, nem linha" ?
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