O Duplo

O Duplo Fiódor Dostoiévski




Resenhas - O Duplo


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Erudito Principiante 30/10/2020

Primeiro contato
Esta foi minha primeira leitura de Dostoiévski e confesso que não foi de ?fácil digestão?. A obra é complexa, a forma como o personagem principal, Yákov Pietróvitch Golyádkin, se expressa chega a ser por vezes cansativa pois ele é confuso, relutante, indeciso e seu pensamento é expresso exatamente assim pelo autor. Em vários momentos nos pegamos em dúvida se o duplo de Golyádkin é mesmo real ou se é um delírio do personagem, que apresenta certo desequilíbrio emocional/mental. Dostoiévski nos apresenta um pouco do serviço burocrático público da Rússia tzarista e a sociedade em torno desse serviço, que é o ambiente no qual o pobre Golyádkin, funcionário de baixo escalão, vive. Seu duplo é aquilo que ele deseja ser, sociável e amado por todos, mas ao mesmo tempo apresenta um comportamento que lhe parece reprovável. Mas depois de ?digerido?, confesso que gostei do livro e estou curioso (e porque não dizer ansioso) para ler outras obras de Fiódor Mikháilovitch Dostoiévski.
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Diego 12/09/2020

Estranho
Bem estranho. Lembrou-me bastante Kafka.
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WeltonLuis 10/09/2020

A premissa do enredo é boa e a história, de certo modo, entretém. Mas eu particularmente esperava muito mais do que foi entregue. A história fala basicamente de um homem que sofre com baixa autoestima, que vivia numa zona de conforto que, paradoxalmente o incomodava, e que se depara com outro sujeito, fisicamente igual, mas que tem uma atitude diferente no modo como toca a vida pessoal e profissional. Mais carismático e ativo, o duplo, aos poucos, vai ocupando todos os setores da vida do protagonista, que até pensa em tentar mudar a situação, mas procrastina muito e assiste de camarote à sua própria vida ser usurpada. Essa falta de atitude do protagonista, somado ao fato de não ter explicação adicional sobre as origens desse duplo me fazem não dar mais que três estrelas. Mas a história tem um ponto interessante que faz com que valha ao menos conhecê-la.
Vamos ver se minha próxima experiência com Dostoiévski é melhor.
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Erika 24/07/2020

"Nunca dei uma contribuição mais séria para a literatura do que essa."
Golyádkin é um cara solitário que passa a conviver com seu duplo, idêntico em quase todos os aspectos, com apenas uma exceção: a personalidade.

Segundo livro publicado por Dostoiévski, O Duplo, ao contrário de Gente Pobre, não foi bem aceito pela crítica. Porém, é o marco inicial dos personagens que tanto caracterizam a escrita do autor: os "homens do subsolo", de personalidade distorcida, tomados por conflitos interiores e socialmente excluídos.

No caso de Golyádkin, senti muita pena do seu sofrimento com o isolamento social e da necessidade que ele sentia em ser aceito pelas pessoas ao seu redor. Rolou uma reflexão aqui sobre essas pessoas (não são poucas, viu?) que precisam se sentir populares, estar sempre no centro de tudo e o quão frustrante deve ser não atingir esse objetivo.
Douglas 15/09/2020minha estante
Mais uma ótima resenha, Erika. Pretendo ler após terminar Gente Pobre.


Erika 15/09/2020minha estante
Está lendo em ordem cronológica?




Hofschneider 16/07/2020

confuso porem genial
o segundo romance de dostoievski, onde se misturam realismo com fantasia, romance psicológico, personagens febris e doentes, muitas das características dele só que ainda não totalmente desenvolvidas em um livro até que pequeno para o número de paginas que ele escreveu em suas obras primas.

o livro sem dúvidas fala sobre distúrbio de personalidade causada por um evento humilhante para o personagem principal, porem o percurso até o fim do livro nos deixa com muitas dúvidas. varias vezes me perguntei se um individuo como esse personagem principal do livro, alguém pobre, um serviçal, fosse duplicado de fato na realidade alguém notaria? tanto não notariam como demoraram muito a notar que ele estava doido, é como se ele não existisse, como se um comportamento estranho fosse habitual para a classe dele. é isso que sinto quando leio os pensamentos de goliadkin.
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Marcos.Ruppelt 02/07/2020

Um herói quebrado
Um doppelganger concreto. Um onírico fantástico. Uma sessão de psicoterapia. No século XIX.

O Duplo pode ser desgastante. Mas, se o é, é por representar uma realidade que, muitas vezes, se volta contra nós. No sentido contrário das nossas ações. Como ocorre com Golyadkin.
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Maitê 17/06/2020

Dostoiévski nunca é uma leitura fácil, venho lendo desde a adolescência (talvez cedo demais) e sempre me deparo com uma leitura reflexiva, que me demanda.
O Duplo, por ser o seu segundo livro, não é menos difícil, tem muito do que vemos em toda sua obra, mas é também um tapa na cara, sem explicações fáceis.
Se deparar com um duplo, um segundo, exatamente igual, só que,ele alcança todos os seus desejos, é desestruturante.
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Tatiana Hollanda 05/06/2020

Não é uma leitura fácil, afinal é Dostoiévski. Terminei a leitura e precisei processar as várias nuances que a história nos sugere, para tirar conclusões sobre o final do livro, com diversas interpretações possíveis. Eu achei genial.
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Marcelo.Alencar 12/05/2020

Sempre impactante
Dostoiévski como sempre supera nossa imaginação! Muito bom!
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Kathlen 10/05/2020

O duplo: realidade ou alucinação?
Movida pela admiração ao filme "Cisne Negro", recentemente descobri que o enredo foi inspirado por uma obra do clássico Dotoievski, além de que Freud também teria sido influenciado na sua discussão sobre o Duplo.
Novamente debruçado no tema da psique, Dotoievski narra a história de um funcionário público que se vendo cercado de problemas pessoais e emocionais, quiçá psicológicos, que repentinamente se vê num enigma ao receber como colega de trabalho um homem idêntico a si mesmo.
O personagem, numa tentativa de aplacar sua consciência, busca se autoconvencer de que seus atos são independentes dos outros, logo não se afetando pelos seus julgamentos. Todavia, frequentemente é perceptível o confronto da necessidade de ser aceito x "senhor de si mesmo", mantendo sua imagem apagada e isolada , sente-se roubado pelo seu homônimo que é seu oposto moral, levando-o a beira da paranóia e angústia constante. Assim como Crime e Castigo, apesar do narrador expor um relato da consciência do personagem, o mesmo consegue as vezes fugir um pouco da visão unilateral descrevendo algumas poucas cenas, porém sendo capaz de não se desconectar na narrativa.
Apesar de tudo, soa como um enredo simbólico, pois devido a confusa situação do personagem e sua aflição crescente se torna difícil dissociar o que é externo e interno, logo até onde são verossimeis ou apenas um sonho entre os relatos?
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Ariela 09/05/2020

Narrativa única e complexa
"O Duplo" não é um livro rápido ou fácil de ler. Por a narrativa ser pelo ponto de vista do personagem principal (que tem um pensamento muito confuso), ela é complexa, a sequência de eventos nem sempre clara e você se questiona o tempo todo se o que está acontecendo é realmente real. Mas é justamente nessa confusão e nesses questionamentos que você consegue se inserir no pensamento do protagonista e viver suas agonias junto com ele.
O livro me surpreendeu muito, foi além do esperado. Ele gera diferentes reflexões e especulações sobre o piscológico do protagonista. Essa incerteza do que está realmente acontecendo trás uma sensação única na leitura e, por isso, vale muito a pena!
Cris.Guimaraes 09/05/2020minha estante
Dostoievski não é fácil mesmo!




Carlos R. A. Amorim 26/04/2020

Bem confuso e arrastado
A premissa interessante, e o início do livro é até promissor, porém, conforme a estória se desenvolve... ela não avança.
O protagonista é confuso, e a sua perturbando mental se reflete em sua fala, com frases desconexas e reiterado uso de vocativos.
Quando o narrador fala os acontecimentos são compreensíveis, mas quando Goliádkin, o protagonista, se expressa, não sabemos se é dia ou se é noite, se ele está dentro ou fora de casa, ou se está triste ou alegre, porque ele continuamente destila um emaranhado de palavras soltas e frases sem sentido.
Sei que, provavelmente, o autor escreveu dessa forma com o intuito de melhor representar o transtorno psicológico do protagonista, entretanto, longe de abrilhantar a obra, apenas fez com que esta se tornasse maçante.
De tão enfadonho esse livro curto acaba parecendo longo e interminável.
Glauber 12/05/2020minha estante
Estava procurando um do Dostoievski para ler.
A premissa desse é interessante, como você diz. Mas pelo visto não foi legal.
Não consegui emplacar ainda em nenhum desse autor. Tentei "Crime e Castigo" e "O idiota", mas ainda não rolou.

Qual você me recomendaria?




Tatitoth 05/04/2020

Dostô ?
O livro fala de solidão e suas consequências, o bem e o mal, as contradições, paranoias, desilusões, problemas mentais e de personalidade.
Um denso, várias vezes precisei parar, respirar fundo e refletir.
Mais uma obra maravilhosa de Dostoiévski.
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