O duplo

O duplo Fiódor Dostoiévski




Resenhas - O Duplo


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@apilhadathay 30/10/2020

Surpresa, alegre e triste
Eu não sei se rio ou choro.
Dostói é um dos meus amores literários porque a maestria com as palavras não tem precendentes. O cara era um gênio. Estou estudando o duplo e todos os livros sobre o tema muito me interessam. Estou processando esse final tragicômico para escrever a resenha. Em breve, posto...
Ah, Golyádkin...
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Wellington Ferreira 11/03/2018

Ninguém é o que parece ser...
Tendemos a ver e a julgar no outro as suas más condutas, as falhas no comportamento, os desvios de caráter, os pecados e transgressões que cometem, os erros, os fracassos... enfim, tudo de condenável que fazem. Todavia, ao fazermos esse diagnóstico da existência do outro, nos esquecemos que, se fizermos uma análise profunda e introspectiva do nosso Eu, perceberemos que na verdade toda essa representação comportamental que repudiamos na vida alheia é, na verdade, reflexo de características intrínsecas que habitam em nós, mas que, por cegueira existencial, orgulho ou egoísmo, fingimos não tê-las, pois apontar o dedo para o outro é mais fácil e não nos causa dor.

Dostóievski, nessa obra, "O Duplo", pega esse conceito e o dramatiza na vida de um homem que julga-se bom; bom em tudo: bom cidadão, bom homem, bom funcionário, bom patrão, boa pessoa... no entanto, ao deparar-se com um outro ser fisicamente igual a ele, porém, diametralmente oposto no que tange a valores e princípios, ele fica chocado com o que vê e, principalmente, com as atitudes do seu outro "eu", pois as considera abomináveis, inescrupulosas e desleais. Na sua cabeça, ele jamais seria ou faria o que o seu outro Eu é e faz.

Apesar de Dostóievski não ter se aprofundado tanto na análise das peculiaridades psicológicas do protagonista (isso pode ser explicado pelo fato de "O Duplo" ter sido seu segundo livro, ou seja, lemos aqui um autor ainda em início de carreira, portanto, não cabe a comparação do Dostóievski que escreveu "Crime e Castigo" e "Irmãos Karamazov", nesses dois livros, o autor já era bem mais maduro e já tinha vivido e sofrido muito), a mensagem que ele quer passar no livro fica muito clara: Ninguém é tão bom quanto acha que é ou parecer ser. Todos temos o nosso lado bom e o lado mau, e tendemos a usar um ou outro, de acordo com a conveniência, segundo escreveu Maquiavel.

Em resumo, "O Duplo" é o espelho do lado podre da nossa alma, que fingimos não ver ou existir, pois preferimos caracterizá-lo e representá-lo no outro, talvez como uma desculpa ou medo de nos confrontarmos e nos escandalizarmos com a podridão que encontraremos dentro nós.

Leitura recomendável para todos aqueles que se julgam "santos" e adoram criticar e apontar o dedo para os erros, fracassos e pecados alheios.

Fica a dica!?

Wellington Ferreira
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Tatitoth 05/04/2020

Dostô ?
O livro fala de solidão e suas consequências, o bem e o mal, as contradições, paranoias, desilusões, problemas mentais e de personalidade.
Um denso, várias vezes precisei parar, respirar fundo e refletir.
Mais uma obra maravilhosa de Dostoiévski.
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Ismara.Cristiano 10/03/2018

Um tapa na cara
Terminei de ler este livro na terça feira... e foi um tapa na cara! O personagem é muito influenciado pelo mito de Narciso em todos os sentidos, a loucura também muito presente, o que não é novidade, visto que Dostoiévski explora a consciência nas suas obras. Podemos nos arriscar e até pensar que possívelmente Tchaikovski se inspirou nesta obra o criar O lago do cisnes (estou aberta a uma discussão saudável sobre isso, rs)... e também os estudos Freudianos se faz presente ao lermos sobre os tratos dos "gêmeos", como o protagonista descreve a situação. Se tivéssemos um alter ego, qual seria a nossa reação? Ao ver seu segundo eu se sobressaindo mais do que ao protagonista, o mesmo encara esse segundo eu como inimigo. Se houvesse uma segunda Ismara que se sobressaísse mais do que esta Ismara que vos escreve, como eu reagiria? Eis a questão...
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Kathlen 10/05/2020

O duplo: realidade ou alucinação?
Movida pela admiração ao filme "Cisne Negro", recentemente descobri que o enredo foi inspirado por uma obra do clássico Dotoievski, além de que Freud também teria sido influenciado na sua discussão sobre o Duplo.
Novamente debruçado no tema da psique, Dotoievski narra a história de um funcionário público que se vendo cercado de problemas pessoais e emocionais, quiçá psicológicos, que repentinamente se vê num enigma ao receber como colega de trabalho um homem idêntico a si mesmo.
O personagem, numa tentativa de aplacar sua consciência, busca se autoconvencer de que seus atos são independentes dos outros, logo não se afetando pelos seus julgamentos. Todavia, frequentemente é perceptível o confronto da necessidade de ser aceito x "senhor de si mesmo", mantendo sua imagem apagada e isolada , sente-se roubado pelo seu homônimo que é seu oposto moral, levando-o a beira da paranóia e angústia constante. Assim como Crime e Castigo, apesar do narrador expor um relato da consciência do personagem, o mesmo consegue as vezes fugir um pouco da visão unilateral descrevendo algumas poucas cenas, porém sendo capaz de não se desconectar na narrativa.
Apesar de tudo, soa como um enredo simbólico, pois devido a confusa situação do personagem e sua aflição crescente se torna difícil dissociar o que é externo e interno, logo até onde são verossimeis ou apenas um sonho entre os relatos?
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Marcelo.Alencar 12/05/2020

Sempre impactante
Dostoiévski como sempre supera nossa imaginação! Muito bom!
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Tatiana Hollanda 05/06/2020

Não é uma leitura fácil, afinal é Dostoiévski. Terminei a leitura e precisei processar as várias nuances que a história nos sugere, para tirar conclusões sobre o final do livro, com diversas interpretações possíveis. Eu achei genial.
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Maitê 17/06/2020

Dostoiévski nunca é uma leitura fácil, venho lendo desde a adolescência (talvez cedo demais) e sempre me deparo com uma leitura reflexiva, que me demanda.
O Duplo, por ser o seu segundo livro, não é menos difícil, tem muito do que vemos em toda sua obra, mas é também um tapa na cara, sem explicações fáceis.
Se deparar com um duplo, um segundo, exatamente igual, só que,ele alcança todos os seus desejos, é desestruturante.
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Marcos.Ruppelt 02/07/2020

Um herói quebrado
Um doppelganger concreto. Um onírico fantástico. Uma sessão de psicoterapia. No século XIX.

O Duplo pode ser desgastante. Mas, se o é, é por representar uma realidade que, muitas vezes, se volta contra nós. No sentido contrário das nossas ações. Como ocorre com Golyadkin.
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Lopes 17/11/2017

A literatura dúbia
“O duplo”, de Fiódor Dostoiévski exerce várias funções no leitor, talvez a que eu sinta mais surpreendido é a função cognitiva da obra. Olhar a personagem e suas ramificações, ou melhor, seu duplo, é também se apoderar de algo interno. Se esse outro é pautado pelo medo, desejo e circunstâncias que não vem à tona, ele causa um forte impacto na realidade, mas esse impacto é em doses formadas em diferentes dimensões, pois esse outro existe em outra esfera. O exercício que o autor propõe é a autorreflexão, sendo levada até as últimas consequências, seja pela personagem ou pelo leitor, que identifica no duplo alheio alguma fibra que lhe é comum. É nesse ponto, o comum, que Dostoiévski soube identificar a universalidade da obra. Se esse duplo que carregamos possui uma vida própria, que nasce a partir da suprarealidade, seu entrosamento conosco é justamente o de surgir em momento crítico, de exagero humano, da violência causada pelo choque de situações ápices. A simplicidade com que Dostoiévski trabalha consome a visão do leitor, não existe nada mirabolante, apenas uma história de um homem frustrado em uma sociedade corroída, algo costumeiro na literatura. Então essa simplicidade e esse fator comum cedem ao leitor um espelho de si, que o trairá no pior momento da leitura, porém, na mais viva ordem humana.
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Hofschneider 16/07/2020

confuso porem genial
o segundo romance de dostoievski, onde se misturam realismo com fantasia, romance psicológico, personagens febris e doentes, muitas das características dele só que ainda não totalmente desenvolvidas em um livro até que pequeno para o número de paginas que ele escreveu em suas obras primas.

o livro sem dúvidas fala sobre distúrbio de personalidade causada por um evento humilhante para o personagem principal, porem o percurso até o fim do livro nos deixa com muitas dúvidas. varias vezes me perguntei se um individuo como esse personagem principal do livro, alguém pobre, um serviçal, fosse duplicado de fato na realidade alguém notaria? tanto não notariam como demoraram muito a notar que ele estava doido, é como se ele não existisse, como se um comportamento estranho fosse habitual para a classe dele. é isso que sinto quando leio os pensamentos de goliadkin.
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Rodolfo Vilar 10/10/2017

O Duplo

Uma das últimas resenhas aqui para o blog foi para o livro "O Homem Duplicado" do José Saramago (Que você pode ler clicando aqui) , uma leitura profunda, confusa, cheia de detalhes e que fala intrinsecamente sobre a alma humana e seus desejos mais escondidos, onde realidade e fantasia se confundem numa busca que envolve filosofia e vida. Após analisar e procurar mais informações sobre o livro, me deparo com o link de que essa obra do Saramago foi nada menos que comparada a um grande clássico do Dostoiévski , "O Duplo", o que possivelmente tenha sido uma das grandes inspirações para Saramago, já que ele era leitor assíduo do russo. Sabendo disso e também sendo fã do velhinho de boas histórias, resolvo ir atrás do título e me deparo com um livro bastante peculiar e interessante.

O Duplo de Dostoiévski foi sua segunda grande obra publicada que veio ao mundo e que com ela também veio várias expectativas, já que nesse período de tempo Dostoiévski já era considerado um grande autor pelos seus fãs, isso incluindo toda a elite da época. Nesse livro, como em todos os seus outros, o autor se revela com maestria para tratar do comportamento humano, da mente e da consciência do personagem, já que detalhadamente, como uma lupa, somos levados a interpretar as ações de suas personagens em meio ao casos em que eles convivem, sejam elas relações amorosas, de ódio, dúvida ou qualquer que seja. Dostoiévski faz desse brincadeira de entrar na mente do personagem apenas um ensaio para grandes obras que viriam posteriormente, como Crime e Castigo, Os Irmãos Karamázov (também tem post sobre ele aqui) e etc.. Em O Duplo, além de analisar o comportamento de um sujeito bastante estranho, somos conduzidos a entender também as relações que eram mantidas pela sociedade daquela época, o que nos esboça um excelente retrato da diferença social entre pobres e ricos, pessoas com e sem poder. A leitura de tal livro é uma experiência única e reveladora, principalmente para aqueles que nunca conheceram o autor e sentem curiosidade em suas obras.

Em O Duplo conhecemos o Sr. Goliadkin. Logo nos primeiros capítulos percebemos que esse simples senhor é atormentado pelos seus demônios: Inimigos que tramam o seu fracasso, a sociedade que o oprimi, os medos que dominam a sua personalidade. E é durante uma dessas noites em que ele está tramando com seus próprios demônios que algo extraordinário acontece. Após sair devastado de uma das festas da qual não foi convidado, ele percebe estar sendo seguido por um sujeito que simplesmente é uma cópia de suas feições e após muito observar é que ele ainda mais é tomado pelo susto ao constatar que o sujeito parece morar exatamente na sua casa. O fato principal: Alguém está querendo tomar a sua personalidade. Tido como uma das ideias mais brilhantes de Dostoiévski, o autor nesse livro irá explorar a questão do duplo, onde a partir de duas personalidades iguais mas totalmente diferentes, ele expõe suas opiniões sobre a sociedade em que viveu. Chamando seu personagem de "Herói" em diversas ocasiões. o autor irá nos pintar um Goliadkin extremamente carrasco, vítima de uma sociedade que o excluiu e agora o recebe novamente com desdém, um sujeito inóspito e corrosivo, onde não possui amigos ou qualquer outra relação que não somente com seu criado. A jogada aqui é a criação de um duplo totalmente diferente de sua personalidade, em que cada página o vemos como um sujeito que esforça-se para fazer parte dessa sociedade que o exclui. Vendo que alguém igual a ele está tentando tomar seu lugar e ir contra os seus próprios conceitos, Goliadkin tenta o quanto possível mostrar quem verdadeiramente é e que esse outro senhor Goliadkin nada mais é que um impostor.

Dito como um livro "verídico" pelo próprio autor, Dostoiévski criou uma temática que foi explorada por muitos autores de outras nacionalidades. O livro é um passeio psicológico sobre o momento em que um homem começa a perder sua própria identidade no mundo em que vive, tendo que ao mesmo tempo esforçar-se ou moldar-se ao mundo que lhe é imposto. Nada mais que uma crítica social altamente atual nos dias de hoje.

site: http://bodegaliteraria.weebly.com/biblioteca/o-duplo-dostoievski
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WeltonLuis 10/09/2020

A premissa do enredo é boa e a história, de certo modo, entretém. Mas eu particularmente esperava muito mais do que foi entregue. A história fala basicamente de um homem que sofre com baixa autoestima, que vivia numa zona de conforto que, paradoxalmente o incomodava, e que se depara com outro sujeito, fisicamente igual, mas que tem uma atitude diferente no modo como toca a vida pessoal e profissional. Mais carismático e ativo, o duplo, aos poucos, vai ocupando todos os setores da vida do protagonista, que até pensa em tentar mudar a situação, mas procrastina muito e assiste de camarote à sua própria vida ser usurpada. Essa falta de atitude do protagonista, somado ao fato de não ter explicação adicional sobre as origens desse duplo me fazem não dar mais que três estrelas. Mas a história tem um ponto interessante que faz com que valha ao menos conhecê-la.
Vamos ver se minha próxima experiência com Dostoiévski é melhor.
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LidoLendo 27/03/2018

Comeu 1 ou 11 pasteis?
Simplesmente AMEI O Duplo! Comparando com Gente Pobre, ambos abordam , no fundo, a mesma coisa: o homem pressionado pelas amarras sociais.

E aqui n'O Duplo, essa pressão é tão grande que Golyadkin literalmente surta!

Não quero dar spoiler... mas posso dizer que Dostô coloca a gente numa sinuca de bico o tempo todo!

Leitura para ser fazer sem pressa, com atenção! E depois de ler, procure alguém pra conversar sobre o livro. CERTEZA que vc vai precisar!

Lendo Dostoievski em ordem Cronológica
#dostôesselindo
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