O duplo

O duplo Fiódor Dostoiévski




Resenhas - O Duplo


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Luciana 25/03/2018

Agonizante
Que livro! "O Duplo" de Dostoievski traz as perturbações da mente humana e descobrimos sua maestria ao analisar a doença mental no protagonista. A agonia é permanente e cresce à medida que a leitura avança, e sentimos tanta pena e tristeza pelo nosso herói que nunca desiste de combater seus "inimigos", mas não entende o que acontece à sua volta...
O protagonista Golyádkin descobre seu duplo, seu outro eu, que o arrasta para uma miséria ao se ver em profunda solidão e com o constante desejo de ser inserido numa sociedade movida a aparências e status. Golyádkin é empurrado para fora da sociedade, o "outro" com suas máscaras é aceito.
Tristeza, dor, agonia, loucura. Foda.
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Luciana 23/03/2018

Que livro!!
O livro super bem escrito, e de média facilidade de leitura, trata de um problema psicológico grave, mas de forma inteligente, e em alguns momentos, engraçada...Um livro excelente, que faz jus a obra de Dostoiévski!!!
Um clássico!!
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Mario Miranda 22/03/2018

O início do universo Dostoievskiano
O Duplo, publicado apenas alguns dias após Gente Pobre, livro de estréia de Dostoiévski, constitui não apenas um marco de continuidade na Literatura Russa e no início de carreiro do Autor, mas principalmente uma introdução a todo universo que será tão caro a Dostoiévski: Cenários Petersburguense, Solidão, Análises Psicológicas.

Encontramos em O Duplo toda a semente daquilo que transformará Dostoiévski no autor que é conhecido: transtornos psicológicos, sua gênese e consequências. Vemos ali, por exemplo, o Raskolnikov, de Crime e Castigo, em seu embate interior decorrente da sua não-aceitação de sua condição.

A história se desenvolve com base em um personagem, Goliadkin, que, desde o início do livro, demonstra não estar pleno em suas faculdades mentais. Ao longo dos capítulos, adiciona-se a obra um personagem idêntico em nome e trabalho a ele, um "Duplo" dele, porém com características psicológicas distintas. Um outro "Eu" existente que conflita/Transtorna com o Goliadkin original.
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Gustavo.Borba 06/10/2019

Duplo martírio
#LivrosQueLi



O duplo, de Fiódor Dostoiévski. Ed. 34. Segundo livro de Dostoiévski, este livro causa uma angústia em sua leitura desde o primeiro parágrafo! Prende-se inteiramente na mente do personagem principal, que não apresenta nenhuma eloquência e fala coisas desordenadas e sem sentido, não conseguindo se expressar. Além disso, as descrições dos sentimentos e pensamentos deste personagem são obscuras, não possibilitando entender o que se passa, ou mesmo se se trata de realidade ou apenas delírios de uma pessoa que perde sua sanidade gradualmente. E a forma de construção do texto é tão imersiva e obscura que não é possível distinguir se se trata de um romance de fantasia ou do relato extremamente subjetivo do personagem. Sua vida gira em torno de nulidades e projeções persecutórias que o arrebatam e o impedem de compreender o que ocorre ao seu redor com clareza. E essa falta de clareza é o que o texto nos causa, de forma que me senti exasperado e muitas vezes desejoso de que tudo aquilo acabasse logo, pois criei uma expectativa de que haveria um ponto de virada na trama, que nunca acontece. E no fim ainda fiquei sem alcançar uma sensação de conclusão, pois também não fica claro qual o destino de nosso anti-herói duplicado. Se Dostoiévski não fosse um autor notório e com obras admiradas mundialmente, talvez eu não quisesse ler mais nada do autor, dados os seus dois primeiros romances. É preciso coragem e perseverança para enfrentar essa obra!



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Marcos.Ruppelt 02/07/2020

Um herói quebrado
Um doppelganger concreto. Um onírico fantástico. Uma sessão de psicoterapia. No século XIX.

O Duplo pode ser desgastante. Mas, se o é, é por representar uma realidade que, muitas vezes, se volta contra nós. No sentido contrário das nossas ações. Como ocorre com Golyadkin.
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Luíza | ig: @odisseiadelivros 07/02/2020

Eu odeio o senhor Golyádkin
Após passar raiva atrás de raiva acompanhando a (confesso agora) interessante história de Golyádkin, descobri que “O duplo” é uma das primeiras publicações de Dostoiévski. O próprio escritor, no entanto, a classifica como a contribuição mais séria que deu à literatura. E foi então que eu pude perceber que a origem da raiva que sentia não estava relacionada unicamente ao personagem, à sua linguagem esdrúxula e ao absurdo de sua história, mas a todos esses fatores reunidos, que teceram habilmente uma crítica social à época – talvez até hoje, não sei – do autor. Devido a recepção que esse livro tem até hoje, é compreensível o fato de que na época também não foi bem recebido. Era um livro muito à frente de seu tempo ou muito comprometedor para a sociedade russa?
A história se inicia com um dia aparentemente típico para o nosso herói (como menciona o narrador) senhor Golyádkin e percebemos, ao decorrer de suas ações, como ele é desconfiado, possui vícios de linguagem extremamente irritantes, submisso aos seus chefes e é apenas corajoso dentro de sua cabeça, pois na vida real não reage para coisa alguma! A vida do protagonista se transforma quando, no dia seguinte, um novo funcionário chega à repartição em que ele trabalha. Para sua surpresa, o novato é ele mesmo. O seu duplo. A partir disso, somos jogados em uma narrativa que nos faz duvidar não só da sanidade do herói, mas da nossa. Muitas vezes eu tinha que voltar alguns parágrafos para saber se eu estava lendo certo, se eu havia entendido o que realmente estava acontecendo. Há, em inúmeros pontos, a manifestação da consciência de Golyádkin, confusa assim como ele, além de covarde. Golyádkin se mostra incapaz de confrontar a si próprio e a seu duplo.
Para quem, por acaso, está lendo esta resenha não sabendo se lê ou continua a história: continue. Não é apenas uma narrativa absurda, é uma narrativa altamente crítica. Foi minha primeira experiência com Dostoiévski e, apesar de ter demorado a entender a que ponto ele queria chegar com a história, posso dizer que fiquei curiosa para me adentrar mais em sua obra. Se esse é considerado, por ele mesmo, o ponto alto de sua carreira literária, imagino o que devem ser os outros livros, muito bem elogiados pela crítica.
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Gustavo 21/02/2020

O DUPLO
O Duplo- Dostoiévski, foi escrito em 1846, logo depois do seu primeiro livro ‘’Gente pobre’’. O duplo, seria como um laboratório de todos os seus romances.

Vamos sobre o livro. 📕Nosso herói Golyádkin, é conselheiro titular ( cargo que representava que não teria nenhuma progressão social), é pobre, usa roupas velhas e botas desgastadas. Certo dia, acorda super feliz achando que foi chamado para uma festa da filha do seu Patrão e antigo benfeitor. Aluga roupas novas, junta dinheiro e vai de carruagem para o local. No meio do caminho, para no consultório do seu médico e o mesmo indica a Golyádkin a não ser tão solitário, que é bom ele ir em festas e não tomar bebidas alcoólicas. Golaydkin chega na festa, porém é barrado. Consegue entrar pelas portas dos fundos, mas como é todo atrapalhado, pisa no pé de um, rasga o vestido de outra e puxa a filha do patrão para dançar, porém tropeça e cai com a filha do patrão, que no mesmo instante grita e ele é expulso da festa. Golyádkin se vê tão humilhado, entorpecido, que sai correndo do local, em uma noite chuvosa, fria e caindo neve.

Nosso herói para em uma ponte e de repente alguém passa por ele. Logo mais, esse vulto passa novamente esbarrando nele. Golyadkin volta pra casa e ao chegar se depara com o vulto que esbarrou com ele na ponte. Se vê diante de seu duplo. Um homem com todas as suas características, fisionomias e até com o mesmo sobrenome. Gente, ai segue uma história fantástica. Golyádkin segundo é o inverso do primeiro. Golyádkin primeiro é um homem tímido, trapalhado, solitário e enquanto o outro é comunicativo, carismático e conquista todos. Golaydkin segundo faz sua caveira no trabalho e assim começa a sua luta para eliminar o seu duplo, que ele acha que é um inimigo. O final acaba trágico.
E você meu caro leitor, conhece o seu duplo? Quem ganharia caso ele se manifestasse bem a sua frente?
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G.L. 25/02/2020

Um livro sobre autoconhecimento
Sem dúvida, foi uma das leituras mais impactantes que já fiz, não é à toa que Dostoiévski considera que essa tenha sido sua obra prima.
O romance conta a história de Golyádkin, um funcionário público que, em um dia comum, depara-se com um homem fisicamente igual a ele mesmo, um clone. Esse clone, Golyádkin II, passa a espoliar o primeiro de todas as suas posições sociais: seu trabalho, seus amigos, seu ambiente familiar, até que não sobre nada. Golyádkin I assiste a tudo isso perplexo, pois considera que o II consiga tais feitos por ser, internamente, tudo o que ele sempre quis ser, mas nunca conseguiu.
Não é uma leitura agradável, é maçante e repetitiva, não dá pra ler por pura diversão, porque não rola. Isso não a faz menos válida, pelo contrário, a forma é muito importante e ajuda a representar as tensões psicológicas e sociais de um indivíduo que se vê perdido em meio aos padrões de conduta da classe média/alta russa.
É lindo, é perturbador, me fez refletir sobre muitas das minhas ansiedades sociais.
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Tatitoth 05/04/2020

Dostô ?
O livro fala de solidão e suas consequências, o bem e o mal, as contradições, paranoias, desilusões, problemas mentais e de personalidade.
Um denso, várias vezes precisei parar, respirar fundo e refletir.
Mais uma obra maravilhosa de Dostoiévski.
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Wellington Ferreira 11/03/2018

Ninguém é o que parece ser...
Tendemos a ver e a julgar no outro as suas más condutas, as falhas no comportamento, os desvios de caráter, os pecados e transgressões que cometem, os erros, os fracassos... enfim, tudo de condenável que fazem. Todavia, ao fazermos esse diagnóstico da existência do outro, nos esquecemos que, se fizermos uma análise profunda e introspectiva do nosso Eu, perceberemos que na verdade toda essa representação comportamental que repudiamos na vida alheia é, na verdade, reflexo de características intrínsecas que habitam em nós, mas que, por cegueira existencial, orgulho ou egoísmo, fingimos não tê-las, pois apontar o dedo para o outro é mais fácil e não nos causa dor.

Dostóievski, nessa obra, "O Duplo", pega esse conceito e o dramatiza na vida de um homem que julga-se bom; bom em tudo: bom cidadão, bom homem, bom funcionário, bom patrão, boa pessoa... no entanto, ao deparar-se com um outro ser fisicamente igual a ele, porém, diametralmente oposto no que tange a valores e princípios, ele fica chocado com o que vê e, principalmente, com as atitudes do seu outro "eu", pois as considera abomináveis, inescrupulosas e desleais. Na sua cabeça, ele jamais seria ou faria o que o seu outro Eu é e faz.

Apesar de Dostóievski não ter se aprofundado tanto na análise das peculiaridades psicológicas do protagonista (isso pode ser explicado pelo fato de "O Duplo" ter sido seu segundo livro, ou seja, lemos aqui um autor ainda em início de carreira, portanto, não cabe a comparação do Dostóievski que escreveu "Crime e Castigo" e "Irmãos Karamazov", nesses dois livros, o autor já era bem mais maduro e já tinha vivido e sofrido muito), a mensagem que ele quer passar no livro fica muito clara: Ninguém é tão bom quanto acha que é ou parecer ser. Todos temos o nosso lado bom e o lado mau, e tendemos a usar um ou outro, de acordo com a conveniência, segundo escreveu Maquiavel.

Em resumo, "O Duplo" é o espelho do lado podre da nossa alma, que fingimos não ver ou existir, pois preferimos caracterizá-lo e representá-lo no outro, talvez como uma desculpa ou medo de nos confrontarmos e nos escandalizarmos com a podridão que encontraremos dentro nós.

Leitura recomendável para todos aqueles que se julgam "santos" e adoram criticar e apontar o dedo para os erros, fracassos e pecados alheios.

Fica a dica!?

Wellington Ferreira
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Ismara.Cristiano 10/03/2018

Um tapa na cara
Terminei de ler este livro na terça feira... e foi um tapa na cara! O personagem é muito influenciado pelo mito de Narciso em todos os sentidos, a loucura também muito presente, o que não é novidade, visto que Dostoiévski explora a consciência nas suas obras. Podemos nos arriscar e até pensar que possívelmente Tchaikovski se inspirou nesta obra o criar O lago do cisnes (estou aberta a uma discussão saudável sobre isso, rs)... e também os estudos Freudianos se faz presente ao lermos sobre os tratos dos "gêmeos", como o protagonista descreve a situação. Se tivéssemos um alter ego, qual seria a nossa reação? Ao ver seu segundo eu se sobressaindo mais do que ao protagonista, o mesmo encara esse segundo eu como inimigo. Se houvesse uma segunda Ismara que se sobressaísse mais do que esta Ismara que vos escreve, como eu reagiria? Eis a questão...
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Kathlen 10/05/2020

O duplo: realidade ou alucinação?
Movida pela admiração ao filme "Cisne Negro", recentemente descobri que o enredo foi inspirado por uma obra do clássico Dotoievski, além de que Freud também teria sido influenciado na sua discussão sobre o Duplo.
Novamente debruçado no tema da psique, Dotoievski narra a história de um funcionário público que se vendo cercado de problemas pessoais e emocionais, quiçá psicológicos, que repentinamente se vê num enigma ao receber como colega de trabalho um homem idêntico a si mesmo.
O personagem, numa tentativa de aplacar sua consciência, busca se autoconvencer de que seus atos são independentes dos outros, logo não se afetando pelos seus julgamentos. Todavia, frequentemente é perceptível o confronto da necessidade de ser aceito x "senhor de si mesmo", mantendo sua imagem apagada e isolada , sente-se roubado pelo seu homônimo que é seu oposto moral, levando-o a beira da paranóia e angústia constante. Assim como Crime e Castigo, apesar do narrador expor um relato da consciência do personagem, o mesmo consegue as vezes fugir um pouco da visão unilateral descrevendo algumas poucas cenas, porém sendo capaz de não se desconectar na narrativa.
Apesar de tudo, soa como um enredo simbólico, pois devido a confusa situação do personagem e sua aflição crescente se torna difícil dissociar o que é externo e interno, logo até onde são verossimeis ou apenas um sonho entre os relatos?
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Marcelo.Alencar 12/05/2020

Sempre impactante
Dostoiévski como sempre supera nossa imaginação! Muito bom!
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Tatiana Hollanda 05/06/2020

Não é uma leitura fácil, afinal é Dostoiévski. Terminei a leitura e precisei processar as várias nuances que a história nos sugere, para tirar conclusões sobre o final do livro, com diversas interpretações possíveis. Eu achei genial.
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