Amanda 05/05/2020
Título perfeito
O livro "eu, o desaparecido e a morta" da Jenny Valentine é aqueles livros com final surpreendente, nunca tinha imaginado que aconteceria o que aconteceu.
O narrador é o "eu", Lucas de 16 anos, que aparentemente possui uma mente muito agitada. Ele tem muitos pensamentos sobre as pessoas que o cercam, sobre "o desaparecido" e sobre "a morta". Ele é um garoto com inseguranças e muito preocupado com as demais pessoas.
"O desaparecido" é o pai de Lucas, que sumiu há cinco anos sem dizer nada, mas as pessoas não acharam isso estranho porque para Peter (pai de Lucas) era comum esse tipo de atitude e depois de uns dias voltar. "A morta" é Violet, uma senhora que Lucas encontrou em uma urna num ponto de táxi na madrugada de um sábado.
O livro começa com uma narração meio confusa, com muita informação sobre o momento presente e sobre as pessoas que envolvem a história. Mas, depois você começa a se acostumar em como é feita a narração e como as informações dadas sobre as pessoas se mostram relevantes para o presente, você começa a querer entender toda essa situação que envolvem essas três pessoas: "eu, o desaparecido e a morta".
Sobre o final surpreendente, eu só consigo falar (desculpe as palavras): P*T* QUE PARIU!!!! Eu realmente não esperava pelo que aconteceu.
De forma geral o livro é muito bom, e muito rápido de ler e dá vontade de ler novamente várias vezes. Não é um livro pensativo, com muita filosofia ou com um assunto dramático, mas ele te prende como se fosse um mistério. Eu recomendo!
PS: o título desse livro só entendido no final.
Frases:
"Suspeitei que eu estava inventando coisas, mas não importava. Já inventei um monte de coisas que eram importantes para mim [...]"
"Já disse antes - é o fato de não saber que te deixa maluco"
"Depois pensei em todo aquele lixo e em como aquilo fora precioso para outras pessoas, e logo o lixão inteiro se tornou aquela cordilheira de tesouros esquecidos e negligenciados que eu deveria observar como se fosse um falcão."
"Martha disse que talvez eu estivesse me apegando tanto aos objetos de papai porque talvez não tivesse tantas boas recordações dele para preencher lacunas."
" O pai de Martha leu um poema sobre como morrer era apenas se deixar levar e ser livre ou até mesmo nascer, e foi incrível porque era cheio de esperança e fez a morte parecer a coisa mais legal e mais relaxante do mundo. No poema estar morto não era o fim de tudo, era apenas deixar de ser que você era, com todos os incômodos e lembranças e ideias loucas que pesam demais quando se está vivo."