Nada me faltará

Nada me faltará Lourenço Mutarelli




Resenhas - Nada Me Faltará


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Helena Frenzel 20/07/2014

Nada me faltará, Lourenço Mutarelli, Cia das Letras, 136 páginas.

Adorei a capa, a ilustração é do próprio autor. É um bom livro, gostei.

Sem dúvida a história se baseia numa ótima idéia, imprevisível o final mas... para mim... – PARA MIM, que fique bem claro -, ficou faltando alguma coisa sim, umas pitadas de força no desenvolvimento; na linguagem, que eu acho que pode (e em se tratando de literatura: deve ) ser um pouco mais profunda e trabalhada sem perder as marcas do coloquial, característica indiscutível do diálogo, aliás; ou numa mais convincente caracterização dos personagens. Sei lá, senti falta disso.

Bom, sou apenas uma pessoa que gosta de ler e falar sinceramente sobre as impressões de leitura, não sou nem pretendo atuar como crítica literária, em contexto nenhum.

Uma das frases que marquei no livro, pois muito me inspirou, foi esta: “Parece que ninguém pensa mais. Ficam só repetindo o que dizem.”

Pois é, o problema, a meu ver, não é nem pensar, o problema é ter coragem e arcar com as consequências da expressão do pensamento, não?! Eu não me esquivo... (risos!)

Leia e tire suas próprias conclusões.

Avaliação: Bom


site: http://bluemaedelle.blogspot.de/2014/05/nada-me-faltara.html
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ADRIAN 04/09/2014

Faltou algo...
Definitivamente, este não é um dos melhores livros de Lourenço Mutarelli. Mas, vale a leitura. A história prende.
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Pejota.Moraes 21/12/2015

Nada me faltará
Todo em diálogo! Gostei bastante. Se está acostumado com histórias que dão a letra de tudo não leia. O leitor é condicionado a pensar sobre a sua opinião sobre os fatos.
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Cosmos :3 26/09/2016

Uns anos atrás eu saí com uns amigos para uma festinha. Tomei umas cervejas, bem menos do que costumava beber na época, e quando dei por mim eu estava em um ônibus, chorando sem saber porque e com todos extremamente magoados com coisas que havia feito.
Um ano depois eu passei por uma situação parecida. Novamente tomei uns pileques e, quando voltei a realidade, eu estava com a cara ensanguentada no chão porque havia puxado briga com metade da festa achando que era um cavaleiro medieval. Parece engraçado mas os momentos seguintes que se passaram foram tensos, de pessoas ligando para clínicas psiquiátricas irem me buscar pois eu "estava completamente surtado".

Desde então eu comecei a ter uma preocupação, quase paranoia, de beber demais e acabar perdendo o controle de alguma forma preocupante.

Quando li Nada me Faltará, senti uma angústia muito forte me acertar em cheio na boca do estômago. Diversos dos sentimentos abordados por Paulo, que no livro volta para casa um ano após desaparecer com a mulher e a filha sem se lembrar de nada, me fizeram remeter imediatamente a essas duas situações que havia passado.
A sensação de que as pessoas ao redor nunca mais te tratarão como antes, de que as coisas não podem ter sido tão ruins assim e que com certeza "quem conta um conto aumenta um ponto" e até a raiva da cobrança de que as pessoas não querem que você mude por você, e sim para agrado delas, ficaram pra sempre marcadas na minha cabeça.


site: twitter.com/burnyourcosmos
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Felipe.Cirino 05/04/2020

O suspense de uma leitura veloz
O livro do Mutarelli é diferente de tudo o que já li em termos de forma, visto que há somente o diálogo direto entre os personagens ao longo da história. Sem um narrador, parece que somos colocados frente aos personagens mais intimamente. Li o livro em dois dias freneticamente, sem vontade de fazer pausas, sentindo uma constante curiosidade pelo desfecho da narrativa. Confesso que me senti frustrado com o final, mas não por achar que o autor nos devesse uma certa conclusão onde toda a trama fosse desvendada, mas sim por querer continuar lendo, continuar explorando o enredo, continuar explorando mais a cronologia surreal do inquietante mistério do (des)aparecimento de Paulo. Impossível não lembrar do romance A metamorfose (Kafka) e também de Memórias do subsolo (Dostoiévski). Vale muito a pena a leitura desse suspense veloz!
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Prof. Edivaldo 15/07/2017

Sei lá. É isso...
O primeiro livro que li todo construído em forma de diálogo. O interessante é que o leitor atento consegue perceber e imaginar personagens, lugares e ambientação como se fosse descrito de forma convencional. Há um pouco de mistério, terror, dúvidas, incertezas, pairando no enredo que, a meu ver, deixou um pouco a desejar no final. Mas, valeu a experiência da leitura.
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Julio.Gurgel 26/03/2020

Outro abismo de Mutarelli
Mutarelli escreve de abismos. Nessa história sucinta, construída inteiramente em diálogos, um homem reaparece depois de sumir por um ano, totalmente mudado, sem lembrança alguma do que aconteceu. Um batalhão de pessoas tentarão trazê-lo de volta à ?normalidade? a fim de desvendar o mistério. A história se desenrola até que, de repente
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Neallen 27/03/2020

Absolutamente fantástico!
"Nada me faltará" se trata de uma novela narrada apenas por diálogos. Só com essa informação já podemos perceber o diferencial deste livro e do autor. Basicamente, o protagonista desaparece junto com sua esposa e sua filha. 1 ano depois do acontecimento, somente ele reaparece e sem lembrar de nada! Polícia investigando, amigos desconfiando e só quem tenta compreende-lo é psicólogo... Ou seja, Mutarelli aborda os limites entre a loucura e a sanidade e também a mistura disso tudo com a vida real. Assemelha-se ao que Machado de Assis abordou também em "O alienista" e tem um "quê" que nos faz lembrar as obras de Rubem Fonseca. Livro incrível demais, favoritado!
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May_ 27/03/2020

Retorno aos tempos que não podemos mais voltar
Acabei de ler o livro. Ainda me sinto mal. Ainda sinto esse peso no peito.
Acabei de ler, por isso, ainda não pensei tanto sobre a obra.

Mas vamos lá.

Pra mim, esse foi um livro de atmosfera. Nada acontece nele. Tirando, talvez, o final, não existe um grande ponto de trama. O que ocorre é um slice of life na vida de alguém que está em dúvida sobre a própria realidade que vive. Sobre si mesmo. Sobre os outros. Mas, para além de dúvida, existe uma atmosfera. Uma atmosfera centrada em opressão. Em cobrança. E, nossa, isso sufocante!

Paulo, o protagonista, é ao mesmo tempo alguém desprezível, uma vítima e um provável culpado. Me senti com dó de Paulo. Mas não no sentido de ''coitadismo''. Não. Me senti na pele dele. Na paranoia dele. Vendo as pessoas ao arredor duvidando. Insinuando. E, o pior, de fato dizendo.

Durante a leitura, torcia por Paulo, mas, ao mesmo tempo, nunca deixei de ter um certo desprezo a ele. E, o pior, uma certa dúvida. A paranoia dele também se aplicava a mim. Eu duvidava de Paulo e isso me fazia mal.

Mas, bem, tirando minhas emoções de lado: O livro tem algumas temáticas curiosas. A primeira (e provavelmente a mais óbvia) é a de retorno. No caso, um retorno a um origem em que a pessoa já não pode mais voltar. Um passo perdido na mera intensão de dá-lo.

Na segunda sessão com o psicólogo, Paulo fala sobre sua frustração com a depressão. Do como deixamos mais complexos coisas que, a priori, eram simples. O que ele faz, aqui, é querer um retorno as origens das bases humanas. Um retorno a uma mentalidade mais suave. Um retorno impossível, no ponto que estamos.

Paulo, ao mesmo tempo que retorna ao ''ponto de partido'' (ele volta a sua vida 1 ano antes), também está confuso. Ele retorna, mas não vive como antes. Pois viver assim é impossível. O contexto muda. Ele muda com esse contexto. Mesmo voltando ao passado, esse passado é deixado para morrer. As pessoas ao arredor de Paulo não o aceitam mais. Não o entendem, pois desejam que seja o Paulo de antes. Desejam que ele reaja como o esperado. Mas o retorno já não é mais provável.

Aqui entra outra temática: a de como somos moldados pelo externo. De como a imagem que os outros tem sobre nós faz parte de nossa identidade. Somos capazes de interpretar os sentimentos que causamos nos outros. Assim, os outros são como um espelho e nós nos vemos refletidos (algo beeem semelhante ao que Charles Cooley propunha em sua ''teoria dos espelhos'').

Para além disso, é interessante pensar que, quando nos expomos ao outro, tentamos modular, auto-afirmar ou recusar uma imagem de nós mesmos. Um exemplo bom seria o seguinte: Falo que sou triste no intuito de confirmar ou modular esse elemento de minha personalidade. Eu estou triste? Eu sou triste? O que o outro pensa disso?

Toda a pressão que Paulo sente no livro o modula. Em certo momento, ele começa a pensar que o próprio psicólogo poderia querer mudar seus pensamentos e sua forma de agir. Como se tudo fosse manipulado. E só essa impressão de manipulação já é o suficiente para deixar Paulo perdido. Para modificar Paulo por inteiro.

O livro não acontece nada. O que vemos, na verdade, é um processo de aceitação. Um processo de se entender, entender a circunstância em que está e, enfim, tentar se adaptar. Se modular. Seguir.

Mesmo dentro de um retorno, as coisas mudam.

...


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Nathan Oak 29/03/2020

Fluido, leitura envolvente. O ambiente da estória se revela nas falas das personagens, mesmo sem estas referenciarem onde estão. Não tem narrador, o que torna o texto um pouco fora do "padrão" de novelas ou contos do tipo... Isso torna o texto mais cativante.
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