Soraya Freitas 23/08/2012No começo, foi difícil pegar no tranco. Anjos, demônios e Apocalipse são assuntos que, de modo geral, eu gosto. Mas, apesar de usar esse recurso em algumas histórias minhas, tenho um certo problema com flashbacks grandes. E os flashbacks de A Batalha do Apocalipse são enormes.
Passei pela Babilônia e a Torre de Babel, passei pela China (meio a contragosto), Constantinopla e a Terra Santa, passei por Enoque (e queria ter passado por Atlântida, tão citada, indiretamente, durante todo o livro) e passei por Sodoma também. Além de passear pelas ruas do Rio de Janeiro e de volta à Terra Santa. Também passei pelo "belo" Sheol (Inferno) e a Fortaleza de Sion, a Torre das Mil Janelas (que na verdade tinha mais que isso de janela).
Conheci personagens interessantes, como o personagem principal Ablon, um típico herói de instintos, justiça e ideais inabaláveis.
O melhor personagem foi... Difícil dizer. Eu gostei de todos da mesma maneira e odiei o Apollyon mais do que Lúcifer e/ou Miguel. Gabriel tinha tudo para me agradar, mas decididamente não decepcionou.
Enfim... Se no começo foi difícil, depois, nem os flashbacks me irritaram mais. Estava embalada e o livro passou a ser minha saída preferida para fugir do TCC e do bloqueio criativo. A Feiticeira de En-Dor, Shamira, me agradou, e talvez seja uma das candidatas a melhor personagem. Mas tem que competir com Amael, Aziel e Sieme.
Li as 500 e tantas páginas do livro e nem vi o tempo passar.
Estava ótimo. A luta final, que durou bastante, foi muito boa. A resolução também foi ótima. Até que cheguei ao Epílogo e fiquei com a sensação de que não, aquilo não era necessário. Ou pelo menos não daquele jeito.
Então é isso: Gostei do livro, mas não gostei do Epílogo. Ele realmente me incomodou... mas, no fim, é tudo questão de gosto, certo?