Loan 07/05/2023
"Enquanto houvesse vida, haveria esperança, sim"
Não sei bem como começar a descrever tudo que senti lendo o primeiro livro de Dragões de Éter. Foi um livro que com certeza me tirou de uma pesada ressaca literária.
Aos leitores, é apresentado Nova Éther, um lugar criado e preservado por semideuses, e também a personagens que podemos resgatar de nossas memórias de infância dos contos de fadas, que nos são apresentados de forma bem inovadora, juntamente com novos rostos e nomes. Aqui, fadas, bruxas, Mestres Anões, dragões, trolls e outras criaturas mágicas fazem parte de um mundo fascinante.
No começo, a história andou de forma bem lenta, apresentando primeiro os nossos acompanhantes de aventura, Ariane Narin, João e Maria Hanson, Axel e Anísio Terra Branford, e vários outros. Mas do meio para o final, o livro nos chacoalha com tantos acontecimentos clímax, que são mantidos muito bem até o final. De alguma forma, somos jogados de volta à infância em uma sensação de nostalgia, quando nos pegávamos torcendo pelos heróis. Porém, desta vez, como o próprio narrador nos diz, Bem e Mal estão o tempo todo disputando os pontos de vista.
No início, a história não havia me prendido tanto, mas conforme a leitura progredia, eu me via mais e mais entretida pelos caminhos aos quais todos os pontos de vista estavam sendo levados. Eu me apaixonei juntamente com Axel e Maria, eu me desesperei com Ariane e descobri coisas novas com ela, eu torci por João e Anísio, eu senti tudo. O que havia me incomodado no começo já não era um problema no final e eu amei a forma como Raphael Draccon se posicionou no final, criando uma relação dos próprios leitores com o livro e me emocionando com sua fala final.
E agora vamos para o próximo, porque eu nunca, nunca vou acordar.