O Idiota

O Idiota Fiódor Dostoiévski




Resenhas - O Idiota


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Isotilia 20/01/2013

Um livro que gruda na gente...
Quando eu era adolescente, assisti com meu pai ao filme 'O Idiota' do diretor japonês Akira Kurosawa. É um filme de 1951, preto e branco, de 3 horas, que conta a história deste livro adaptada a um ambiente japonês. Fiquei com vontade rever este filme. O final, eu me lembro que era exatamente igual ao do livro.
Mas, o livro me pareceu muito melhor do que o filme. Muito mais profundo e complexo. Eu não havia compreendido a profundida da personagem Nastássia Filipovna nem a do príncipe Míchkin. Gostaria de saber se eu já esqueci quase todo filme, ou se o diretor realmente não conseguiu passar isso para o cinema.
Eu me senti um pouco de cada personagem do livro. Sou um pouco do príncipe Míchkin, um pouco da generala, um pouco da Agláia, um pouco do general mentiroso e um pouco de Ippolít. E sempre me surpreendo como Dostoiévski consegue descrever as fraquezas do caráter humano. Essa parte de nós que parece universal e atemporal.
Desejo reler 'Crime e Castigo' para saber se ele tem a mesma profundidade deste livro. Pelo pouco que me lembro do outro, este livro me fascinou mais e foi mais genial.
Neste livro a passagem que mais me fascinou (entre muitas que estão no histórico de leitura) foi:
'-Bem, já agora, diga a este seu amigo qual seria para mim a melhor maneira de morrer?...Ter um fim virtuoso, o mais possível,não é assim? Vamos, diga-me!
E então, o príncipe disse em voz baixa:
- Passar por nós... E ao passar nos perdoar a nossa felicidade...'
Eu preciso perdoar a felicidade dos que não se indignam com as mesmas coisas que me doem e me afetam.
Ivy 07/08/2016minha estante
"Eu preciso perdoar a felicidade dos que não se indignam com as mesmas coisas que me doem e me afetam."




Ariadne 31/12/2020

Confusão e gritaria na Rússia
A história é bastante confusa às vezes, mas a escrita de Dostoiévski compensa sempre.

Acho que nunca li um livro com tanta briga e confusão entre os personagens, haha.
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Bruce 17/06/2021

O maravilhoso príncipe Míchkin
O carisma do protagonista é o melhor do livro. Como aspecto histórico, é muito curioso notar a consideração sobre doenças mentais no século XIX. Achei o roteiro da história um pouco prolixo e por vezes monótono, mas seu enredo é sem dúvida interessantíssimo.
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Yeda 22/11/2022

ainda sem palavras, apenas absorvendo o tanto de questionamentos, análises e emoções que surgiram no decorrer dessa leitura. pretendo escrever uma resenha, mas antes preciso refletir sobre muita coisa.
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Gualberto.Junior 20/08/2023

O idiota é uma obra extraordinária que vasculha as profundezas da mente humana através de seu protagonista, o Príncipe Michkin. Este romance escancara a corrupção e decadência moral da sociedade russa da época, inserindo em seu meio a figura de um idiota, o Príncipe Liév Nikoláievitch Michkin, que surge como uma nota dissonante a iluminar a podridão por trás das aparências. O texto explora muitas formas diferentes de relacionamentos humanos e sua problemática, discute a fé e o ceticismo, alude ao racional e o insano, e evidencia as complexidades do amor. Imperdível!!!
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Tay 17/07/2022

- ?O Idiota? segue a fórmula Dostoiévski de escrita: críticas sociais e políticas com uma boa dose de drama familiar. A história tem um plot muito interessante e criativo, e explora muito a temática do ?você está sendo extremamente gentil ou só um trouxa mesmo??.


- O personagem principal se mostra muitas vezes alguém inocente, capaz de sempre acreditar na bondade que existe dentro do outro (mesmo que seja no mesmo nível de maldade do Stitch). Só que isso acaba lhe trazendo imensos problemas, e é o tema principal do livro, tanto que ele é constantemente chamado de ?idiota? (adoro quando referenciam os títulos).


- Em muitos momentos a leitura foi extremamente cansativa, porque o autor foi bem prolixo. E devo minha nota 3 exclusivamente a isso. Era cansativo me sentar para pegar o livro e eu precisa me dar muito gás pra continuar.


- Finalizo dizendo que foi uma leitura até bem instigante, mas que pecou no excesso de descrição.
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Leninha 26/09/2020

Livro maravilhoso, sou suspeita em falar, pois Fiodor Dostoiévski é meu autor favorito. Essa obra li em 2018, porém nunca fiz resenha do livro. É um livro denso, mas compensa cada página lida. Personagens marcantes, descrições palpáveis dos lugares. As obras de Fiodor é para quem ama clássicos. Quem ama: deleita-se.
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brunossgodinho 13/04/2020

Dostoiévski: o avesso de Tolstói?
O primeiro livro de Fiódor Dostoiévski que li foi Memórias do subsolo, na edição da Hedra. Fiquei impactado na época pelo cinismo do narrador-personagem, a possessividade e um estado quase convulsivo de suas vontades. O idiota é apenas minha segunda leitura, feita como exigência do Desafio Livrada de 2020, na categoria final de livro obrigatório.

Nesse romance, longuíssimo e cuja ótima introdução de Paulo Bezerra nos dá uma melhor perspectiva do ritmo a ser imprimido na leitura, a sociedade aristocrática russa é exposta pelas ramificações da vida de um sujeito. O fundo religioso não deveria ser deixado de lado, mas o farei para comentar aquilo que mais me chama atenção nas leituras de Dostoiévski que fiz até o momento: seu distanciamento do outro mestre russo, Liev Tolstói.

De Tolstói, até o momento, li a primeira metade de Guerra e paz. A leitura foi interrompida por perder meu exemplar numa enchente. Mas, meio livro bastou para assegurar minhas impressões. A vida em Tolstói é bela. Pode ser melancólica, mas ela é valorizada por seus bons momentos. O grande épico das famílias aristocráticas de Tolstói demonstra o heroísmo de uns, a covardia de outros, o suplício de muitos. E esses temas podem ser encontrados em Dostoiévski, mas quase como se fossem vistos de baixo... De uma perspectiva infernal.

A vida em Dostoiévski é dura. Difícil, atarefada, atabalhoada e rápida. As coisas ocorrem quase como se fora do controle das personagens, mas, apenas quase. A chegada do príncipe Míchkin movimenta e, principalmente, azucrina a vida da aristocracia e dos tipos mais duvidosos que circulam nas grandes datchas. Míchkin desestabiliza as vidas das pessoas porque seu caráter e sua índole são demasiado diferentes daqueles que imperam entre as famílias envolvidas em sua vida. A vida parece um inferno, o Bad Place da série da Netflix em que as pessoas vivem juntas para se atormentarem. Tudo que se faz desagrada a alguém, em alguma medida. Mas, em algum momento, fugidio que seja, ainda se encontra algum lampejo de uma ascensão, da redenção tão sonhada por quem vive imerso nesse ambiente caótico.

Nos dois grandes nomes da literatura russa (entre tantos outros, é verdade), sinto encontrar visões e tratamentos totalmente diferentes da vida, mas com muitos eixos comuns. De fato, é quase como se um fosse o avesso do outro, na escrita e na vida. E ambos são igualmente valiosos, tocam nossas questões mais pessoais e íntimas de maneira tão diferente, mas absolutamente necessária. O idiota, enfim, é um grande romance e uma leitura à qual um retorno não faz nada mal.
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Nataly 28/08/2020

O idiota
Finalizei "O idiota", de Dostoiévski, há alguns meses, mas sigo impactada com a leitura, principalmente dos momentos finais. É um livro 8/80: cheio de momentos arrastados e cheio de momentos em que tudo acontece.

Dostoiévski costumava representar a sabedoria, o amor divino e a Beleza Absoluta em suas personagens mais excluídas, como fez com o príncipe Michkin, criado para ser a imagem do Cristo russo. Nas palavras do escritor:

"A proposta básica é a representação de um homem verdadeiramente perfeito e nobre. E isso é o mais difícil de encontrar que qualquer outra coisa neste mundo, particularmente em nossos dias. Todos os escritores [...] que tentaram representar a Beleza Absoluta foram desiguais em seus resultados, pois é algo infinitamente difícil de representar. A beleza é o ideal; mas ideais [...] há muito se desfazem."¹

Com a leitura das cartas de Dostoiévski, pode-se ter uma ideia melhor do quão conturbados eram seus ambientes de criação. "O idiota", por exemplo, foi marcado pela morte de sua primeira filha, Sônia. A obra é truncada, marcada por monólogos prolixos e cheia de personagens más, mas é também repleta de perdão, de amor ao próximo, de compreensão.

Os quadros construídos por ele parecem improváveis quando lidos, absurdos; no entanto, desnudam personagens que estão presentes no nosso mundo real, mas que não nos atentamos para eles. Como comenta Dostoiévski:

"Tenho minha própria ideia de arte: o que a maioria das pessoas entende como fantástico ou como falta de universalidade, eu tomo por algo próximo à suprema essência da verdade. [...] Mas o meu fantástico 'O idiota' não é a mais cotidiana verdade? Aqueles personagens realmente existem naquele estrato de nossa sociedade que se divorciou do solo - que estão, eles sim, se tornando seres fantásticos."²

Esse é com certeza um dos livros mais importantes para se compreender o projeto literário de Dostoiévski.

DOSTOIÉVSKI, F. M. Correspondências. Porto Alegre: 8Inverso, 2011. p. 138
² Ibid., p. 156-157.

site: https://www.instagram.com/p/CDeLkdup69l/
Clayton 28/08/2020minha estante
Bela leitura, Nataly!
Ainda lerei as obras completas do autor. Dele, conheço apenas Crime e Castigo, Os irmãos Karmazov e Memórias do Subterrâneo (este último o meu preferido).


Nataly 29/08/2020minha estante
Obrigada, Clayton! Tenho certeza de que gostará muito!




Paula 16/12/2020

difícil
Eu diria que não simplesmente "li" este livro. Eu acho que o "venci" rsrs
Quem sou eu pra não gostar de Dosto, mas este livro não é pra mim.
Um narrador que aparece e desaparece, diálogos irregulares, acontecimentos quase aleatórios e infinitas minúcias, sem foco.
Recomendo? Sim, aos masoquistas.
Gabi 22/12/2020minha estante
Kkkk, adorei o ?Sim, aos masoquistas?.


Paula 22/12/2020minha estante
Kkkk ? só mágoa de tudo que sofri




@quixotandocomadani 29/12/2022

Sabem, a meu ver, ser ridículo é às vezes até bom, até melhor: é mais fácil perdoar uns aos outros, é mais fácil fazer as pazes;
Dostoiévski ao criar o Principe Míchkin queria descrever o homem absolutamente belo, mas sabia que não era uma tarefa fácil definir o que era o belo, por isso se baseia em Dom Quixote e Jesus Cristo.

E ele consegue, de fato, construir esse personagem: Michkin sabe rir de si mesmo, tem uma intuição aflorada e é capaz de ler as pessoas enxergando coisas que outros não conseguem, é simples e sempre muito franco com todos e tem uma capacidade muito grande de influenciar os que estão ao seu redor. Por ser ingênuo, não enxergar a arrogância e a malícia das pessoas é considerado um idiota pela sociedade....

A narrativa, a descrição das personagens e seus pensamentos... todas as paixões humanas, a influência que os fatos e a pessoas exercem sobre nós fazem com que a gente se envolva com esse romance.

O grande x da questão nesse livro, foi a luta entre o belo x caos. Depois de um final com cenas de cair o queixo, não pude deixar de traçar um paralelo entre o que acontece com o príncipe Michkin ao retornar para o convívio com a sociedade e com Jesus Cristo ao ser rejeitado e crucificado.


site: https://www.instagram.com/quixotandocomadani/
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Vinícius 17/06/2022

Parte do escritor.
Como na maioria de suas obras, Dostoiévski em O Idiota, retrata passagens como se fosse sua própria vida de doenças, vícios e sofrimentos. A história do Príncipe Míchkin outrora pobre passou por oscilações facinantes no livro e cada personagem entra na história fazendo do livro parte da vida do autor, a culto a cultura francesa e ao cristianismo também fazem parte da longa história, como em outras obras. Um desfecho brutal coloca uma cereja neste grande bolo de intrigas em forma de torre de Babel que é O Idiota. Crime e Castigo e os Demônios são mais envolventes na minha opinião. Mas considero Dostoievski um dos maiores autores de todos os tempos.
Marion 11/09/2023minha estante
Medo desse final


Vinícius 12/09/2023minha estante
Vale a pena sentir. É o grande Dostoievski.




osaif 13/02/2024

Um clássico existencialmente idiota.
Depois de longo 1 mês e meio consegui concluir a leitura de um livro que não é tão fácil e definitivamente exige paciência e esforço de qualquer leitor (principalmente para não russos ou não falantes da língua). É preciso se acostumar com inúmeras frases não traduzidas e nomes que possuem mais consoantes que vogais, sem contar que esses mesmos nomes, possuem cada um, no mínimo 2 apelidos diferentes (se você for meio perdido, não se esqueça de ir anotando quem é quem durante a leitura!).

"O idiota" é o apelido empregado ao protagonista: Príncipe Michkín, que é ridicularizado pela sua demasiada inocência e ingenuidade perante uma sociedade de certa maneira "corrompida". Sempre acreditando na honestidade dos outros, Michkín nunca desconfia de ninguém, levando tudo ao pé da letra e por muitas vezes acaba sendo influenciado pelos outros. Contudo, essa visão simplista e superficial do personagem algumas vezes é desconstruída por outras pessoas que buscam se conectar verdadeiramente com o Príncipe, entender suas motivações e seus valores. Por conseguinte, o leitor é exposto a reflexões profundas, complexas e escritas de maneira extraordinária! Sendo esse, defintivamente o ápice do livro inteiro, vezes essas em que eu devorei o livro, lendo sem ver a hora passar.
Porém, nem tudo são análises existênciais e amorosas. Mais que isso, é possivel ter um conhecimento amplo do contexto geopolítico da russia do século XIX, sua posição econômica, seus ideais coletivos e a visão da aristocracia da região, claramente uma aula de história nas entrelinhas.

Só para reforçar, é realmente impressionante a perfeição das reflexões, diálogos e monólogos desse romance. É perceptível o esforço do escritor em realmente trazer um debate à tona; quebrando a inevitável monotonia com esses trechos cheios de emoção.

Ademais, o livro reflete muito o Dostoievski como pessoa. Tendo sido escrito em um momento muito pertubado: enquanto rondava pela Europa, viciado em jogos de azar, escrevendo um livro de 600 páginas, presenciando a morte prematura de sua filha e vendo o tempo escorrer em suas mãos. Além de um recorte específico de sua vida, é possivel notar sua personalidade como um todo em diversos pontos de "O Idiota": crises de epilepsia e até mesmo relatos de sentenças de morte. Sendo o monólogo do Príncipe a respeito de decapitação em praça pública, o meu momento favorito.
Subir no cadafalso sabendo do seu destino, vendo seus ultimos minutos de vida; como disse Michkín, aqueles segundos são transformados em uma vida inteira, em uma eternidade. É uma sensação inexplicável ler aquilo sabendo que o Dostoievski literalmente passou por isso, tendo sua execução anulada instantes antes e tendo que passar por uma "simulação" de tal acontecimento.

Além do mais, é possível notar muitas
das crenças do Fyodor como psicólogo e filósofo existencialista. É essa inclusive, a origem da famosa sentença "A beleza salvará o mundo", Michkín é a personificacão disso, admirando absolutamente tudo ao seu redor. Não só, igualmente em "crime e castigo" e "memórias do subsolo" há a "teoria" de homens elevados, que por consequência de sua inteligência e vaidade, são sujeitos a sofrimentos mais árduos que os outros.

Por fim, existem inúmeros trechos lindos, que possuem uma escrita realmente bela. Nas partes 3 e 4 eu rabisquei o livro todinho de marca texto, algo completamente inevitavel diante de textos tão únicos a respeito da existência e dos sentimentos humanos (spoiler: e o casamento que por muito foi o foco do enredo, no fim acaba com um assassinato, em que o Dostoievski literalmente põe suas armas na mesa e finaliza da maneira mais imprevisível possível).

Definitivamente recomendo para todos os leitores com paciência suficiente para se deixar levar pela história :)
Certamente não é minha obra favorita do autor, porém, é uma experiência única em que com certeza você não será a mesma pessoa após essas longas 600 páginas.
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Marcio 29/06/2021

Dom Quixote russo
Uma triste história mas que demonstra que a bondade e o amor são vistos como loucura pela sociedade hedonista.
Assim como dito por diversas resenhas não é uma leitura muito fácil, e em vários momentos você se sente cansado diante de tantos "mexericos" e picuinhas. No entanto uma reflexão posterior nos faz questionar se a vida de muita gente não é mesmo assim? Perdem tempo e a paz cuidando da vida dos outros em picuinhas e coisas que não lhes dizem respeito.

Sobre a edição da Martin Claret
A tradução é feita de forma indireta do francês. Não entendo russo e muito menos francês, então não posso opinar sobre a qualidade da tradução, no entanto posso afirmar que caso Dostoievski tivesse escrito em português ele seria muito bem escrito e agradável de ler. O emprego moderado de uma linguagem mais formal e até arcaica em alguns momentos deixa a história mais poética e reforça a ambientação de época. Com certeza é um livro que desafia o leitor na sua forma e exige aprender palavras novas e até mesmo novas formas de emprego de palavras conhecidas, ou seja, para além da história ele possibilita ver a língua portuguesa sendo empregada de forma agradável e enriquecer o conhecimento da mesma.

Em termos físicos o livro é bem encadernado e bonito. A fonte marrom não atrapalhou a leitura e a diagramação do livro é bem feita e favorece uma boa experiência de leitura.
No entanto é necessário uma urgente revisão por parte da editora pois contém muitos erros de digitação e formatação em algumas frases ao longo de todo o livro. Esses erros não condizem com a robustez dessa edição, tem-se impressão que foi uma edição feita as pressas.
No geral vale a aquisição por tratar-se se uma edição de luxo de uma obra importante da literatura universal.
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