Resenhas - Solo De Clarineta - Vol. 1

Biblioteca Álvaro Guerra 27/02/2024

Neste primeiro volume , que é também um testemunho sobre a história brasileira e mundial na primeira metade do século XX . Erico rememora sua vida desde a infância a criação da saga O tempo e o vento.

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/8535907394

Jessica.valcaci 09/09/2023

Memórias 1
O livro é muito interessante, todos os livros do Érico são assim por isso que amo tanto os livros dele. Aqui temos as memórias de Érico na sua infância em Cruz Alta no rio grande do sul, ao início ele traça a História genealógica da origem familiar dos Veríssimos, o seu avô paterno o Franklin que era médico, da sua avó, do seu pai o Sebastião Veríssimo de sua personalidade forte e irritante também, de sua mãe dona Bega uma mulher calma, calada bem centrada, seus tios?enfim sua infância, adolescência começou da vida adulta até sua moradia pelos Estados Unidos, através do banco pan-americano na área cultural. O livro é muito lindo super recomendo, quero já ler a segunda parte, na qual não foi mais o Érico quem escreveu é sim um outra pessoa, já que no segundo volume o Érico já havia falecido

Clio0 06/07/2023

Ainda me lembro do choque que tive na primeira vez que abri um livro de Érico Veríssimo. Como algo tão bom já havia sido escrito e eu ainda não lera?

O primeiro volume de Solo de Clarineta, uma espécie de autobiografia que também traz apontamentos de seus outros romances - incluindo Clarissa - é uma incursão na vida pregressa do autor em que ele comenta sua infância, suas influências literárias e por fim a ideia de que a literatura brasileira poderia ser mais.

São mais de trezentas páginas de memórias e discussão política, mas tudo na prosa característica do autor. Recomendo a todos aqueles que adoram seu estilo minucioso, ainda que seco.

A qualidade da impressão pode parecer fraca a primeira vista, mas a minha já tem quase trinta anos e continua com a lombada dura e as folhas preservadas.

Cris 22/01/2023

22.01.2023
Li Olhai os Lírios do Campo no ano passado e me apaixonei pela escrita e história. Então, esse ano resolvi conhecer um pouco da vida desse escritor maravilhoso. Terminei o primeiro volume onde é contado sobre suas origens, nascimento, infância, adolescência, vida adulta. Narra até o momento em que decidiu retornar ao Brasil, após sua ida aos EUA onde assumiu o cargo, à convite, de diretor do Departamento de Assuntos da União Pan-Americana onde permaneceu por um pouco mais de três anos.

Craotchky 29/08/2017

Verissimo por ele mesmo
Imagine a biografia de seu autor favorito! Melhor: autobiografia! Melhor ainda: Dividida em dois volumes que totalizam quase 700 páginas! Erico Verissimo, em 1973 lançou a primeira parte do relato de sua vida. Infelizmente morreu antes de terminar o segundo volume que foi publicado incompleto em 1976.

Este volume primeiro cobre desde a infância de Erico até meados dos anos 50. Aqui o autor conta em detalhes sua vida desde sua infância, seu processo de maturação no mundo bastante instável no qual viveu, até chegar ao adulto, ficcionista, marido e pai. Erico tenta produzir sua narrativa em rigorosa ordem cronológica dos eventos mas, como ele mesmo nos confidencia, sua memória pode ter falhado.

Descreve em detalhes sua família, a conturbada relação entre os pais, aponta pessoas que inspiraram algumas personagens. Nos conta de quando recebeu a notícia do naufrágio do Titanic em 1912; do início da Primeira Grande Guerra em 1914; a gripe espanhola em 1918. E claro, fala dos contatos iniciais com a literatura.

Aos 11 anos descobriu Júlio Verne. Depois veio detetives: Sherlock Homes, Arséne Lupin e Nick Carter. Seguiu-se Aluísio de Azevedo, Coelho Neto, Joaquim Manoel de Macedo, José de Alencar. Aos 13 anos já lia Eça de Queirós, Dostoiévski, Tolstói e Zola. Admite ter levado certo tempo para estabelecer boas relações com os textos de Machado de Assis.
Erico fala um pouco de alguns de seus livros, com exceção da trilogia O tempo e o vento, sobre esta obra ele se alonga mais.

Curiosidades:
Além de escritor, Erico foi tradutor e traduziu nomes importantes como: Aldous Huxley, Somerset Maugham e John Steinbeck.
Em 1933 Erico publica seu primeiro romance: Clarissa. Em 1935 nasce sua primeira filha: Clarissa.
Carlos Drummond de Andrade publicou um poema em sua homenagem: A falta de Erico Verissimo.

Um homem no fim da vida olhando para trás; olhando para um espelho, vendo o menino, o adolescente, o homem de meia idade; olhando o mundo ao seu redor, a sociedade na qual viveu, as relações humanas que travou, refletindo e interpretando tudo isso e, até certo ponto, conseguiu colocar toda sua vida e suas experiências nas suas obras.

Esta foi apenas a primeira parte.

"Quanto mais velho fico, mais pessoas de meu passado tenho desejo de encontrar para abraçá-las e dizer-lhes sem mais explicações: Obrigado! Obrigado! Obrigado!"

Fátima Lopes 07/12/2015

Vida real e ficção
As relações entre fatos da vida real de Érico e suas obras, particularmente "O Tempo e o Vento", dão um tempero a mais para o leitor que aprecia as tramas do escritor.