A Resposta

A Resposta Kathryn Stockett
Kathrym Stockett




Resenhas - A Resposta


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Bruno F Bertoni 05/11/2011

Quando um livro consegue me prender, eu leio ele em poucas semanas. Foram necessários cinco dias para que eu devorasse "A Resposta" - e que sabor delicioso tem essa história!

A brilhante e estreante Kathryn Stockett conta a história de três heroínas vivendo em um tempo difícil na década de 60, no estado do Mississipi - difíceis para os negros e para as mulheres (de todas as cores).
Enquanto Aibeleen e Minny sofrem com a discriminação por serem negras (e, portanto, empregadas domésticas), Skeeter acaba de se tornar uma jornalista formada e volta para Jackson, onde nasceu e foi criada.
Ao chegar em sua antiga cidade e reencontrar suas amigas, as quais são perfeitas madames que tratam suas empregadas como se fossem animais, Skeeter descobre que o cerco está se fechando cada vez mais para os negros.
Além disso, ela é alvo de várias cobranças sociais - casamento, emprego decente, status.
Ver o quanto as coisas estão erradas e como as pessoas subestimam as outras, Skeeter sente uma vontade súbita de mudar as coisas, de fazer barulho, de mudar aquilo que mais incomoda: o preconceito.

Assim, ela se une a Aibeleen, Minny e outras mulheres fortes e negras, para dar voz àquelas que nunca foram ouvidas simplesmente por suas cores e condições sociais.

"A Resposta" é uma história poderosíssima e cheia de esperança, sobre o quanto podemos mudar as coisas se soubermos o valor que realmente temos.
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Naty 25/10/2011

www.meninadabahia.com.br


O que eu quero saber é: o que nós vamos fazer a respeito?
Pág. 274


Li A Resposta em dois dias e sinto muito não ter lido assim que foi lançado. A leitura flui tão facilmente que quando percebi já tinha passado pela página 100, 200... E ao terminar o sentimento que ficou foi de paz.

O Mississippi foi um dos últimos estados americanos a acabar com a segregação racial. A década de 60 foi cruel. Martin Luther King marchava pelo direito dos negros. Rosa Parks ficou conhecida como a Mãe dos Direitos Civis, ao se recusar a levantar de um banco, no ônibus, destinados aos brancos. Em 1962, duas pessoas morreram, durante um protesto, quando James Meredith tornou-se o primeiro negro a ser admitido na Universidade de Mississippi. James conseguiu ir para universidade graças à escolta federal, ordenada pelo próprio presidente Kennedy. Em 64, membros do Movimento dos Direitos Civis foram assassinados. Ser negro era a escória da humanidade. Foram tempos difíceis que Kathryn Stockett brilhantemente conseguiu nos repassar.

Skeeter é uma jovem branca, pertencente a uma tradicional família rica. Seu pai é dono de uma próspera fazenda de algodão.

Enquanto a maioria das mulheres só ia à faculdade até que casassem, Skeeter se formou com louvor e voltou para a cidade de Jackson. Ela não queria se casar, queria ser jornalista ou escritora, ou os dois. Ela queria ser uma mulher útil e não uma esposa, cujo único objetivo era mandar na empregada, verificar se os móveis estavam brilhando, se os filhos estavam com roupas limpas e se dedicar ao marido. Não, ela sentia algo que não sabia explicar. Inquietação, angústia. Algo a incomodava. Ela só precisava descobrir exatamente o que.

Com determinação, se candidata a uma vaga no jornal local. A única vaga é para continuar uma coluna sobre limpeza de casa. Ela, que nunca teve um único dia de trabalho doméstico na vida, iria aceitar o emprego e que Deus a ajudasse, ela iria dar tudo de si.

A ajuda veio por Aibileen, empregada de sua amiga. É quando uma honesta amizade começa. Uma amizade proibida. Pessoas de cor não podem ser amigas de damas brancas.

E é, também, através de Aibileen que Skeeter tem a grande ideia: escrever sobre como é ser empregada de cor de famílias brancas, sobre como é criar, com tanto amor, os bebês das patroas e quando esses bebês crescem se tornarem iguais às mães, com medo de pegar doença de negro se usar o mesmo vaso sanitário ou comer com o mesmo prato.

- Não criei você para usar o banheiro dos pretos! – Ouço ela sussurrando, pensando que não tou ouvindo, e penso: Minha senhora não foi a senhora quem criou a sua filha.
- Aqui é sujo, Mae Mobley. Você vai pegar doença! Não, não, não! – E ouço ela bater novamente na menina, e de novo, e de novo, nas perninhas dela.
Pág. 128


Aibileen e Skeeter travam um acordo de como será o livro. Elas só precisam do mais difícil: convencer outras empregadas a relatarem suas vidas. Tudo será feito de forma anônima, mas há um pequeno risco de quando o livro for publicado alguma patroa se identificar e demiti-las, ou pior, elas podem ser presas, espancadas ou mortas.

O risco é grande, mas todas estão cansadas de cozinharem, passarem, lavarem para as patroas brancas e não serem reconhecidas. Estão cansadas de terem que usar um banheiro externo, porque elas acham que os de cor têm doenças especiais. De não poderem entrar no mesmo estabelecimento, de andarem do outro lado da rua. Elas precisam e querem extravasar toda a raiva contida e contar ao mundo tudo que está engasgado. Contar a verdade, tal como ela é.

Eu não gosto de azaléias e, claro, não gostei de E o vento levou..., por causa do jeito que fizeram a escravidão parecer um grande e alegre chá das cinco. Se eu tivesse feito o papel da Mammy, eu teria mandado a Scarlett enfiar aquelas cortinas verdes no rabo branco dela. Fazer o seu próprio vestido de caçar homem.
Pág. 69


A Resposta, de Kathryn Stockett (Bertrand Brasil, 574 páginas, R$ 55,00), é uma incrível narrativa de como a segregação racial foi o pior tipo de abuso que um ser humano pode sentir. É como se tudo de ruim fossem destinados aos negros por nascerem com melanina em 'excesso'.

Voltei para casa aquela manhã, depois de ter sido despedida, e fiquei parada do lado de fora de casa, usando meus sapatos novos de trabalho. Os sapatos pelos quais minha mãe tinha pago o valor de um mês de conta de luz. Acho que foi aí que entendi o que era vergonha. E também a cor da vergonha. Vergonha não é escura, como pó, como eu sempre pensei que fosse. A vergonha é da cor do seu uniforme branco novo em folha que sua mãe pagou com o suor de noites a fio passando roupas para fora, branco sem nenhuma mancha de sujeira deixada pelo trabalho.
Pág 198


A autora - com sua escrita altiva sobre uma época de grandes mudanças sociais nos Estados Unidos - conta uma emocionante e magnífica história sobre pessoas que não aguentaram a opressão e sobre como pessoas de cores distintas se uniram para fazer a diferença.

As personagens são fortes, marcantes. Cada capítulo começa pelo olhar de uma das três protagonistas principais. Seus medos, anseios, a luta diária para não ser demitida e sustentar a família com o baixo salário e o marido bêbado (Minny). Trabalhar mesmo com idade de se aposentar para simplesmente não morrer de fome (Aibileen). A revolta de ser a única branca disposta a contar a realidade pela visão dos negros. A solitária jornada quando todos seus “amigos” lhe dão às costas (Skeeter). O glorioso começar de novo. E o mais importante, é a visão de cada uma dessas três mulheres que acreditam na verdade e ousam ter esperança.

O livro com a capa movie tie-in (acima) deverá ser lançado até o fim do ano. A capa é linda, mas a capa anterior (abaixo) é perfeita para a história!

“Toda manhã até eu estar morta e enterrada, você vai ter que tomar essa decisão.” Constantine estava tão próxima que dava para ver suas gengivas escuras. “Você vai ter que se perguntar: vou acreditar no que esses tolos vão falar de mim hoje?”
Ela manteve o dedão pressionado contra minha mão. Fiz sinal com a cabeça de que havia entendido. Eu era inteligente o suficiente para entender que ela se referia às pessoas brancas. E, apesar de eu ainda me sentir mal e saber que, muito provavelmente, era feia, essa foi a primeira vez que ela falou comigo como se eu fosse algo além da filha branca de minha mãe. Toda minha vida me disseram no que acreditar, em termos de política, sobre os negros, já que nasci menina. Mas, com o dedão de Constantine pressionado contra a minha mão, compreendi que, na verdade, eu podia escolher no que acreditar.
Pág. 86


O livro termina com um comovente relato da própria autora sobre como foi sua infância no Mississippi e sua relação com a empregada de cor. Durante muitos anos, martelou em sua cabeça: tenho certeza que minha família jamais perguntou a Demetrie como era ser negra no Mississippi e trabalhar para nossa família branca. Nunca ocorreu nos perguntar. Durante muitos anos desejei ter tido consideração suficiente para ter perguntado. Ela morreu quando eu tinha 16 anos. Passei muito tempo imaginando como seria sua resposta. E essa é a razão porque escrevi esse livro.

Recomendo!

A Resposta é um sucesso editorial, ficando mais de 130 semanas na lista de Best Sellers - A ironia é que o manuscrito foi recusado por certa de 50 editoras, até ser lançado pela Penguin -. O sucesso foi tanto que virou filme. Aqui no Brasil, o filme será lançado em fevereiro de 2012 com o nome de Histórias Cruzadas.

Já assisti ao filme e ele não conseguiu captar toda a emoção do livro, infelizmente :( Mas, é um bom filme e a parte do "terrível segredo" ficou bem engraçada.

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Aguiar Author 29/10/2011

Sensibilidade
Livro maravilhoso, extremamente sensível as relações humanas e diferenças sociais e raciais no Mississipi, durante o governo de Kennedy, aproximadamente em 1962. Relata a rotina de três mulheres, uma branca e duas negras, contadas por cada uma delas. Recomendo!
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Daycir 09/01/2012

De longe, o melhor livro que lí em 2011!
Comprei pelo correio esse livro fantástico, ele chegou assim, de mansinho, como antigamente eu costumava comprar (há mais de 15 anos..rs)meus livros, naquele cículo do livro, quando nao existia internet....ele veio com aquele cheiro que me fascina, de livro novo, virgem, uma capa linda....
Não tem como largar o livro....uma história cativante, nos idos de 1962, um EUA racista, dividido, cruel e apenas engatinhando nos direitos dos negros....o livro narra tudo aquilo que nós ouvimos falar sobre aquela época, mas de uma maneira marcante, com linguagem simples e até ignorante dos negros sem estudos, sem esperanca....
A simplicidade das empregadas domésticas negras, que ainda vivem num regime de quase escravidão, e de servidão absurda.Lindo....em muitos trechos nao tem como nao chorar, eu mesma chorei várias vezes....tocante. Nota 10.
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Sweet-Lemmon 17/02/2011

Um livro forte e inesquecível. Leitura Obrigatória. Ótimo!

Leia minha resenha completa em:

http://umaconversasobrelivros.blogspot.com/2011/02/resposta-de-kathryn-stockett.html

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O blog Uma Conversa Sobre Livros tem agora um grupo no Skoob:
http://skoob.com.br/grupo/1686-uma-conversa-sobre-livros
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Helder 14/03/2012

Livro bom, mas cheio de defeitos
Acho que o mais sensacional de todo o livro, como já dito por aqui, é que muitas vezes parece que estamos lendo sobre algo que aconteceu na década de 20, porém era assim que o Mississipi vivia em plena década de 60, somente 10 anos antes de meu nascimento.
Resumindo, como muitas resenhas já disseram, a estória é boa e ponto!
Porém acho estranho que até a Veja tenha falado bem de um livro com tantos problemas literários. Não quero ser chato, mas senti falta de tanta coisa por lá.
Primeiro o foco da autora. Quem são os personagens principais e quem são os coadjuvantes? Quantas estórias temos no livro? É um único romance ou são contos?
Pelos nomes dos capítulos podemos dizer que são 3 os personagens principais: Skeeter, Aibleen e MInny, mas isso nunca fica 100% claro. Achava que a personagem principal era a Srta Skeeter, que seria uma mulher independente para sua época e sonhava em ser uma escritora. Eu sempre acreditei , que quem sonha em ser escritor, sonha em escrever romances, porém Skeeter era tão bobinha. Nem original ela conseguiu ser, já que a idéia do livro era do filho de Aibileen. A “tão” moderna e decidida Skeeter me pareceu mais uma mera datilógrafa, já que não escreveu um romance, mas sim um apanhado de estórias. A dependência dela em ter a presença das empregadas chegava a ser irritante. Se seu sonho era escrever um romance, porque simplesmente não se baseava nas estórias já ouvidas e escrevia um livro?
Outro problema com a narrativa que me incomodou é que até lá pela pagina 200, era como se estivéssemos lendo dois livros. Um era a estória de Skeeter e as empregadas. O outro era a ótima estória de Minny e Dona Célia. E o ponto é que esta segunda estória era mais legal e trabalhada do que a primeira, porém de repente a autora deixou essa de lado, já que seu foco inicial era falar sobre a escrita do livro. Foi uma pena, pois eram estes capítulos que me faziam ficar curioso pelos próximos passos. (Impagável a parte em que Minny se esconde no banheiro achando que o homem que está chegando na casa é o seu Johnny). Uma pena que a autora tenha abandonado esta estória, pois um amor tão especial quanto o desses dois estava rendendo um ótimo livro. Será que só eu senti falta de que está estória tivesse um final melhor?
Lembro ainda de outros dois pontos típicos de erro de narrativa:
O namorado da Skeeter: O que ele veio fazer na estória? Aumentar a auto estima dela? Ele tinha deixado a ex namorada para que o pai político não tivesse problemas. Era um mote perfeito para o livro. Skeeter com seu “livro” liberal podia ser muito mais prejudicial a esta carreira política. Poderia haver um dilema: O amor X o livro. Mas divaguei demais, né? Acho que isso só passou na minha cabeça, já que pela autora, o personagem entrou meio mudo e saiu completamente calado
A doença da mãe de Skeeter: Agregou algo e estória? Ou só encheu paginas? Mais um ponto que a autora deixou para lá. Não deu nem tempo de sentir alguma tristeza por ela.
Não sou nenhum crítico literário nem professor de redação, mas imagino que livros tão consagrados como esse deviam obedecer pelos menos a algumas regras básicas. Uma boa revisora teria dado uma boa ajuda, e talvez hoje a autora já tivesse 2 bestsellers nas prateleiras.(Oh saudade da Dona Celia e do Seu Johnny!).Na minha opinião a autora e editora deram muita sorte de cair na graça do povo. Dava para ter contado tudo de uma maneira bem mais enxuta e talvez até mais legal. Dou portanto 3 estrelas, pela relevância do tema e por ótimos momentos perdidos ali pelo meio.
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TriBooks 09/05/2012

Resenha do TriBooks - A Resposta
Esta resenha foi publicada no blog TriBooks
(http://tribooks.blogspot.com)

O livro de Kathryn Stockett que deu origem ao filme “Histórias Cruzadas” é para se dizer no mínimo extremamente tocante. Embora para quem assistiu o filme antes de ler o livro e deixou todas as suas emoções na sala de cinema, o livro ainda é uma extensão do absurdo que era viver no estado de Mississipi na década de 60.
Skeeter é uma moça que acabou de sair da faculdade, com aquele sonho que todos nós temos ao acabar a graduação, ser alguém memorável, sair de beca na rua, olhar para o céu e dizer que dali para frente, com ajuda do diploma, irá fazer daquele, um mundo melhor.
De 99% das pessoas, 98% tiram os olhos do céu e dois segundos após um ser humano trombar com ele sem pedir desculpas já sabe que não vai mudar mundo nenhum. Skeeter faz parte do 1% de que nunca tira os olhos do céu até saber como irá mudar o que esta ao seu redor. Ao pedir ajuda a empregada negra de uma das suas melhores amigas para ajudá-la a responder a coluna de limpeza na qual foi contratada no jornal, acaba por descobrir um mundo ao qual todos são cegos, um mundo de desprezo, aprisionamento e o que de mais sujo tem no ser humano: o preconceito. Skeeter, fazendo parte do 1% das pessoas, acaba fazendo uma amizade secreta com Aibileen, a empregada negra. Secreta porque de acordo com a lei do Mississipi dos anos 60, uma pessoa branca e uma pessoa negra não poderiam sequer ser amigas. Aibileen não sabe o porque conta as coisas que narra para Skeeter, mas sabe que a dona Skeeter não é igual a outras senhoritas que jogam bridge, e ao contar que seu filho falecido tinha a idéia de narrar como é ser negro no estado do Mississipi, Skeeter tira os olhos do céu e sorri, chegou a hora de olhar para frente, para aquele propósito.
Skeeter, Aibileen e Minny, ex-empregada da mãe da pior espécie humana possível, chamada aqui de Hilly, se juntam então para narrar à máquina de escrever como é ser uma empregada doméstica em Jackson, Mississipi. Entre encontros escondidos, risadas e as narrações da vida cotidiana dessas três aventureiras nos é contado um pouco do que era a cidade de Jackson, Mississipi nos anos 60, do gel mágico para alisar cabelo, da invenção do ar condicionado, controle remoto e televisão em cores até sobre o presidente Kennedy, ônibus só para negros, banheiros para negros, doença dos negros e qualquer outro absurdo que o ser humano foi capaz de realizar em uma das décadas mais preconceituosas dos Estados Unidos.
Kathryn escreve com tamanha riqueza e veracidade que chegamos ao ponto de que mesmo que os boatos sussurrem em nossos ouvidos que a história se trata de uma ficção, nós chegamos a pensar que bem, o livro “Ajuda” de acordo com Hilly também não é sobre Jackson, certo? A autora também escreve uma visão sobre “E O Vento Levou” de Margaret Michell que poucas pessoas ao ler o clássico se lembram de ter pensado sobre o assunto, Scarlett e a escrava doméstica, que aos olhos de Scarlett amava o que fazia, mas nunca nos foi contada a história aos olhos da imortalizada Manny. Outro livro que aparece em muitas páginas de “A Resposta” é “O Sol é para Todos”, a escritora só precisou escrever que na época de 60 o livro era proibido para chamar mais atenção do que se falasse para todos os leitores lerem.
Kathryn Stockett faz um drama com veracidade nos fatos, humor nas páginas, arranca emoções de qualquer pessoa, nos ensina sobre irmandade e nos faz questionar sobre a vida. Com certeza, a escritora faz parte daquele 1% de pessoas que só olham para o céu e de cabeça erguida, nos contam uma história que se tornará memorável, como uma pseudo “A Resposta” da escrava doméstica de Scarlett, que nunca pode nos contar sua história, assim como todas as empregadas domésticas do estado do Mississipi em 1960.

Boa Leitura,

Equipe TriBooks - Roh Dover
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Nil 28/05/2012

O melhor livro do ano!!!
Adorei esse livro. É simplesmente sensacional. A autora escreve de maneira leve sobre um assunto super tenso e problemático.
Falar sobre a segregação racial dessa maneira não deve ter sido fácil.
Mas, quem não leu, tem obrigação de ler. É um livro que conta uma história envolvente falando sobre coisas que realmente aconteceram.

A resenha completa desse livro eu vou colocar no meu blog.
http://booksandmuchmore.blogspot.com
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Lenita 24/02/2012

Gostoso de ler!!!
Maravilhoso! Muito bom mesmo! A leitura flui muito bem e aos poucos você vai gostando das personagens e da história, que no final, ao ler a biografia da autora, aí sim, você vê mais sentido ainda na história. Escrito de forma sensível, a autora constrói uma personagem real a partir de um sentimento muito pessoal.
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Dana Silva 13/03/2012

emocionante...
Falar de um livro que gostamos muito é até mais difícil do que falar sobre um que não gostamos tanto ou apenas gostamos. A Resposta foi uma agradabilíssima surpresa para mim. Me assustei inicialmente com o número de páginas mas me surpreendi com a rapidez com que elas foram passando.

A história se passa no sul dos EUA, na cidade de Jackson, Mississipi, nos anos sessenta, auge da segregação racial. Tudo para os negros era separado: banheiros, supermercados, escolas, bibliotecas, etc., os negros tinham que sair do lugar no ônibus para um branco sentar.
Ao longo dessa história conheceremos três personagens principais, as quais irão nos contar detalhadamente tudo que acontecia naquela época. Temos Skeeter, Aibileen e Minny.

Conhecemos Eugenia (Skeeter) Phelan, uma moça rica, branca e nada fútil, comparando-a às demais personagens brancas do livro. Skeeter acabou de se formar em jornalismo e está ansiosa por um emprego no jornal local, mas tudo que ela consegue é uma coluna para responder dúvidas sobre tarefas domésticas. Como não entende nada de cuidados domésticos, decide pedir ajuda à Aibileen, empregada de sua amiga Elizabeth Leefolt.

Aibileen é negra, ja criou 17 crianças brancas e atualmente é empregada dos Leefolt. Aibileen é uma mulher pouco instruída mas gosta muito de ler, hábito que adquiriu com seu filho, morto poucos anos antes, ela sente muita falta do filho Treelore. É uma mulher forte e batalhadora, mas que não consegue responder e nem discordar de seus patrões brancos, aguentando tudo calada.

Já Minny é o tormento de qualquer patroa branca. Ela é respondona, e não leva desaforo pra casa. Minny é vítima de violência doméstica, apanha muito do marido. Aparentemente ela é forte e destemida, porém é uma mulher comum, que tem sonhos e medos como qualquer outra. Minny trabalhava para os Hollbrook, mas foi acusada de ladra e demitida pela perversa Hilly Hollbrook, desde então não conseguia emprego nenhum, até conhecer a única mulher que não foi atingida pelas mentiras de Hilly, Celia Foote.

Skeeter não é uma moça comum, ela é muito alta e muito inteligente. Enquanto todas a outras moças caçavam desesperadamente um marido, Skeeter queria se formar e escrever algo que realmente as pessoas lessem. Numa de suas conversas com Aibileen, surge a idéia de escrever um livro sobre como é ser uma empregada doméstica negra e trabalhar para uma família branca, contar todas as experiencias, boas e ruins. Inicialmente Aibileen se assusta e não quer participar mas depois cede e resolve ajudar Skeeter. Depois de muita insistencia, Minny também decide ajudar. A sensação que elas tem é de que estão fazendo algo errado e sujo, entao fazem tudo às escondidas e sempre com aquele pavor de serem descobertas.

A narrativa de kathryn é simples e objetiva, é uma leitura fácil e saborosa, onde tudo fica ainda mais gostoso por ser em primeira pessoa, alternando os pontos de vista de Minny, Aibileen e Skeeter. interessante também é que os capítulos narrados por Minny e Aibileen são escritos da mesma forma como elas falam, usando e abusando das expressões típicas delas, tal qual elas falam mesmo, até as coisas erradas. Acredito que isso contribui bastante para dar uma identidade toda especial a obra. Ja os capítulos narrados por Skeeter são corretos e usando a norma culta, bem como Skeeter fala.

A resposta é um livro que faz o leitor refletir sobre preconceito, amor, respeito, esperança e muitas outras coisas que jamais caberão nesta resenha. O preconceito é uma coisa que sempre existiu e infelizmente sempre vai existir. Naquela época as pessoas não precisavam fingir, como hoje. Preconceito é uma coisa que você encontra até mesmo dentro da sua casa, e eu não estou falando somente da cor da pele. Esse livro é um tapa na cara da sociedade, é, a nossa sociedade mesmo, que prega a igualdade social mas que ainda torce o nariz para um negro ou um pobre.

Ao finalizar a leitura me flagrei imaginando como seria viver naquela época onde negros não tinham voz e qualquer coisa que dissessem, se entendidas de forma errada por um branco, poderiam ser punidos duramente. Onde se usassem um banheiro de brancos por engano, apanhariam até quase a morte. Me imaginei vivenciando a tudo isso e tendo que ficar calada, independente da cor da minha pele. Chorei muito com este livro.
A autora conseguiu abordar um assunto extremamente complicado de forma leve e agradável. Ao mesmo tempo que nos consegue fazer chorar, também nos faz gargalhar com a doce Minny, a parte do bolo de chocolate, meu Deus, morri de rir!

A Resposta não é um livro para ser lido e depois esquecido. É para se ter na cabeceira, e sempre que você se sentir mal com alguma coisa que lhe aconteceu, reler o que aquela gente passou, aquela gente que era honesta e boa e que não merecia nada daquilo.
A minha melhor leitura até agora, em 2012. Altamente recomendado para pessoas de qualquer idade, cor, religião e classe social.
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Leninha Sempre Romântica 14/03/2012

Acho que não poderia ter começado melhor a minha parceria com a Editora Bertrand, e devo dar os parabéns à editora por publicar um livro tão tocante e condizente com uma realidade tão marcante nos anos 60, mas acima de tudo crucial para o enriquecimento de quem lê!

Durante a leitura somos apresentados a três personagens maravilhosos e a tantos outros que fazem a diferença.

Aibileen é uma personagem marcada pela dor, perdeu um filho por negligência dos brancos e apesar de amar as crianças que cria, filhos desses mesmos brancos, guarda um imenso ressentimento, mas isso não destrói sua doçura. E apesar de todo medo contido em suas feições ela se destaca pela coragem que teve de não calar.

Minny pode ser considerada a cozinheira perfeita com seus pratos e tortas maravilhosas, mas ela tem um defeito que a persegue durante toda a leitura, uma personalidade forte, uma língua ferina, que para a época era imperdoável numa serviçal negra. Mas Minny não leva desaforo para casa, isso me encantou e apaixonei-me por ela. Com certeza ela foi minha personagem preferida.

Skeeter nada mais é do que um patinho feio que por não se destacar por sua beleza achou nos estudos e na sua escrita uma maneira de dar vazão à voz que gritava dentro dela, “Faça a diferença”. E assim ela fez, com a ajuda de Aibileen e Minny.

Unidas num projeto arriscando, elas vão à luta, abrindo seus corações e extravasando toda a dor, mágoa e um emaranhado de sentimentos que não querem calar.

Sob o ponto de vista dos personagens centrais da trama, vamos aos poucos nos dando conta do quão sofrido foi passar por situações raciais tão pungentes, pelos quais pessoas morreram apenas por que desafiaram uma força maior, onde os negros tinham que baixar a cabeça e assumirem sua insignificância diante de brancos racistas, preconceituosos e capazes das mais terríveis atrocidades.

Um livro que deve ser aplaudido de pé. Rico em detalhes ele nos transporta para dentro da história, capaz de nos fazer tomar partido, querer gritar contra as injustiças, nos leva às lágrimas e nos emociona de forma única.

A cada página somos dilacerados com verdades tão sofridas, histórias tão tristes e ao mesmo tempo tão reveladoras da alma humana.

Só posso concordar com as várias opiniões positivas sobre esse livro, que deve ser lido, degustado até para nos abrir os olhos, porque ainda podemos ver atitudes desse tipo por aí, camuflados, escondidos e mortalmente negados por pessoas que usam máscaras de boas pessoas, mas que por dentro são racistas e desumanos.

Leia e se apaixone pelos personagens, mas acima de tudo se prepare para fortes emoções.
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Vanessa 19/08/2011

Incrível
Ler "A Resposta" foi uma experiência incrível. Emocionante, envolvente, humano. Você não sabe se está lendo uma ficção, uma ficção com base em fatos reais ou se, na verdade, é tudo completamente real. Nada de romance, anjos, vampiros ou heróis da mitologia, que tanto temos lido ultimamente. Temos em A Resposta, verdadeiras heroínas.
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daniaraujo 30/04/2012

Lindo demais!
achei maravilhoso! a forma como bota o racismo como algo comum naquela época, comum nao, MUITO comum! e sem dizer que nao faz muito tempo... é algo que eu parei pra pensar... já que negros sempre sofreram preconceitos e tiveram que lidar com a insignificância que eram tratados. e mesmo assim eles sabiam que era tudo uma besteira! como está no livro a separaçao dos banheiros! para os brancos era NECESSARIO por causa de doenças e os negros sabiam que era só mais uma frescura dos brancos... enfim nao consigo nem expressar tamanha obviedade desse tema (racismo), ainda me pergunto como existiu e ainda existe esse tipo de preconceito. Nos agradecimentos da autora, no final do livro, ela fala que a maior parte da história é ficção, ou seja, uma outra parte nao! essa revelaçao me permitiu viajar um pouco e imaginar: será que o sucesso do "a resposta" (aquele escrito por skeeter e nao o original)não poderia ser o sucesso real que está sendo agora? enfim, será algo que nunca saberemos... rsrsrs... ainda nos agradecimentos ela conta um pouco da própria historia, o que nos faz lembrar um pouco de skeeter, constantine e até a aibeelen. Mas o que me chamou mais atençao é que, enquanto ela explicava da publicacao do livro ela disse que tinha que sair de missisipi e se mudar e tal... e entao falou "A distancia me proporcionou perspectiva" e foi algo que me fez pensar, já que em qualquer situacao podemos aplicar tal pensamento... quando voce está na "meiuca", ali no senso comum é muito dificil enxergar limites, o certo, o errado... e quando vc toma uma certa distancia e passa a ser um "expectador" da propria vida, ao inves do ator principal é possivel ler as entrelinhas que não mais enxergava...

esse livro é sensacional!
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