Fahrenheit 451

Fahrenheit 451 Ray Bradbury




Resenhas - Fahrenheit 451


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Gustavo Rodrigues 29/11/2020

Queria ter gostado, mas...
Esse é o segundo livro que leio da famosa "tríade distópica" formada por: 1984, Fahrenheit 451 e Admirável Mundo Novo.

Quando li 1984 gostei demais, dei 5 estrelas com facilidade e esperava muito que o próximo livro da tríade seguisse o mesmo caminho, mas não foi o que aconteceu.

Não curti. Achei a narrativa bem lenta, sem nada interessante que realmente me prendesse a história. Também não simpatizei com os personagens, mas admito que a premissa do livro é, de fato, muito boa, porém não me identifiquei com a forma que ela foi desenvolvida.

Sim, tem uma crítica a alienação que muitos vivem, sempre em frente aos seus televisores e tudo mais, porém não vi nada muito impactante.

Um fato que me incomodou MUITO foi eu ter lido o prefácio e, sem saber, perceber que lá consta o final do personagem principal do livro. Então iniciei a leitura já sabendo o destino do Montag.

Enfim, eu não sou nada comparado a essa obra e a importância que ela tem pra inúmeras pessoas, então não me sinto muito bem em criticá-la. Recomendo sim a leitura, mesmo não tendo curtido, porque a experiência que um livro traz é única pra cada leitor. Eu não gostei, mas muita gente dá 5 estrelas e favorita.

Leitura não é unânime, e se fosse não teria graça.
Simone 29/11/2020minha estante
Bom saber


Edison.Eduarddo 29/11/2020minha estante
Te entendo tb odiei O Conto de Aia pela divsgação....


Gab 29/11/2020minha estante
Pra esse livro ser chato ainda precisa melhorar bastante


Gab 29/11/2020minha estante
Pra esse livro ser chato ainda precisa melhorar bastante, crendeuspai que livro chato


Renata 29/11/2020minha estante
O spoiler do prefácio é triste, eu já comecei o livro desanimada hahaha


Thais 29/11/2020minha estante
Muito bom seu ponto de vista!


Angelica.Silva 29/11/2020minha estante
Está na minha lista ainda para 2020, espero gostar


Jamile.Almeida 30/11/2020minha estante
Me falaram isso tb, sobre a lentidão. Devo ler proximo ano


Michelly 30/11/2020minha estante
Leitura é isso, algo bem pessoal. Eu gostei bastante da obra, achei uma crítica excelente à massificação. Mas essa foi a minha experiência.


Brenda.Podanosqui 01/12/2020minha estante
Nossa... Q bom ler sua crítica. Pq tô me amarrando pra terminar essa leitura. Que livro cansativo... tbm concordo que a premissa é excelente. Mas tbm não gostei da narrativa. Espero ter forças pra terminar logo haha


oLola 02/12/2020minha estante
?leitura não é unânime"
também me sinto desconfortável ao criticar uma obra bem "amada", mas penso exatamente dessa forma (minha opinião é apenas minha, não a verdade do mundo)
e valeu pelo aviso hahaha amo resenhas verdadeiras


Karina.Machado 02/12/2020minha estante
Gostei muito da crítica, inclusive vou ler este antes de ler 1984 pra poder ter uma experiência crescente.


Dielson(autor) 12/12/2020minha estante
Cara, eu amo George, mas 1984 não me pegou.


Arabelly 13/12/2020minha estante
No início do prefácio senti o spoiler e pulei pra história. Também esperava mais do livro pelo tanto que é famoso. Achei bacana, a ideia é muito boa mas nada de muito especial na narrativa.


Lilly 23/12/2020minha estante
Bom, pelo menos já sei que se for ler o livro vou pular o prefácio. Valeu pela resenha, foi ótima!


Ana 28/12/2020minha estante
bom, eu gostei muito do livro e guardei pra mim muitos aprendizados dele... enxerguei muita coisa q não via antes desse livro.


Val 30/12/2020minha estante
Gostei do seu comentário, apesar de ter me sentido diferente. Na verdade, foi um comentário muito maduro.
Eu gostei muito do livro e não achei tão cansativo assim, talvez por eu ser muito fã de metáforas e até de algumas divagações. E por não ter lido o prefácio, acho que alguém me avisou, não fiquei sabendo de nada antes da hora. Eu gostei tanto que eu tinha lido emprestado, mas acabei comprando porque queria poder marcar minhas partes favoritas.
A leitura tem dessas coisas, esse não funcionou para você, mas outros funcionarão.


Gabriel Horta 15/01/2021minha estante
Eu também peguei o spoiler do prefácio, porém, a escrita do autor me prendeu MUITO no livro. Eu particularmente achei que o que foi proposto foi bem desenvolvido. Quando a Mildred falava/agia, por exemplo, eu sentia a inércia da personagem. O Capitão me assustou com aquela personalidade sociopata dele. Tudo fez sentido.


Vitoria293 18/01/2021minha estante
Eu tava na metade mas a estória parece q tava no começo Zzzzzzz


Urbneto 13/03/2021minha estante
nossa, eu morri quando eu li o spoiler no prefácio, horrível....


Christian 18/03/2021minha estante
Eu gostei, mas os demais livros da tríade são bem melhores.


Nick 28/03/2021minha estante
Exatamente oque estou passando com ele!


Tsn.Tn90 08/04/2021minha estante
Por mais críticas assim no mundo. Cara eu amei o livro, li em uma tarde, me pegou com a mudança de mentalidade de Montag e a perseguição quando o mesmo se rebela contra o sistema, más essa é apenas minha percepção. Dei 5 estrelas no livro e curti sua resenha, muito construtiva, apresentando de modo respeitoso seu ponto de vista.

Parabéns!


Jefferson.Medeiros 22/04/2021minha estante
Estou tendo a mesma experiência, passei por 1984 e vim empolgado para devorar este, mas é bem arrastado mesmo.


Pedro 04/05/2021minha estante
Excelente comentário!!


Bola de Neve 21/05/2021minha estante
Sim. Eu odeio quando no prefácio eles dão spoiler do livro, isso não faz sentido algum. Quando li Fahrenheit 451 fiquei super bravo quase mandei reclamação kakaka imagina, saber o final sem nem começar a ler.


Ari 22/06/2021minha estante
concordo com vc! tive o mesmo pensamento


Kamilla 01/07/2021minha estante
senti a mesma coisa, achei que fosse superar 1984 mas achei a leitura muito embaçada


Cynthia 20/07/2021minha estante
Tive a mesma sensação, li depois de 1984 que mexeu muito comigo, e este pra mim foi ok, mas só isso.


Karen Pereira 02/08/2021minha estante
Também não entendi o que tanto as pessoas endeusam esse livro. Concordo totalmente com tua opinião. Não vi nada demais na história. O melhor personagem é o Granger e ele só aparece no finalzinho.


Adinha.Cris 07/08/2021minha estante
Comecei hj e estou com esse sentimento.


Taty 14/08/2021minha estante
Aconteceu comigo qdo li Admirável Mundo Novo após a leitura de 1984.


Raphael 16/10/2021minha estante
Leia Nós do Zamiátin


Pscaamiila 12/12/2021minha estante
Concordo! Iniciei a leitura cheia de expectativas, devido a ?fama? do livro, mas elas não foram supridas. Ainda assim, acho de extrema importância a crítica do livro e considero que ele seria perfeito com um enredo e personagens bem construídos.


Dalila 22/01/2022minha estante
Eu tenho que terminar um dia esse livro... mas ele não me cativou, não consegui engatar na história, achei desinteressante e acabo sempre largando e pegando outro livro... Que bom que li sua resenha, quem sabe agita eu consiga ler com outra expectativa.


Lita 25/02/2022minha estante
Okay, eu estava lendo o prefácio quando do nada pensei em vir no skoob atrás do livro e mds, muito obrigada MESMO por ter avisado!
Vou pular logo pra história!


debora-leao 23/03/2022minha estante
Concordo. Mesma coisa aqui. Achei bem mais fraco, uma ficção adolescente com uns leves toques de reflexão. Nada de errado nisso, só não era oq eu esperava desse livro pelo tanto que se fala dele.


Ale 26/05/2022minha estante
Concordei plenamente com vc.


Senses 28/05/2022minha estante
Obrigado amigo, você é um amigo. Não li o prefácio por sua causa, e foi muito melhor assim.


Malu 27/06/2022minha estante
Já o meu, só falta 1984


Naná 27/08/2022minha estante
Leitura não é unânime mesmo!
Devorei o livro em dois dias.
Tenho um pouco de dificuldade com o gênero, em ter que criar imagens na minha cabeça de uma coisa, um mundo que não existem, o que desta vez não aconteceu.
Achei impecável!
Favoritadíssimo!


Gabrielly540 05/10/2022minha estante
Comecei a ler arrastadamente algumas páginas e vim ver umas resenhas pra saber se o problema era eu RS. Obrigada pela resenha, também senti exatamente a mesma coisa no início do livro então pretendo parar, li mais de 50 páginas e não me cativou em nada.


Pamecitoir 16/12/2022minha estante
Eu amei o livro de primeira e foi uma experiência maravilhosa!


arthur309 15/02/2023minha estante
eita como lacra


Maria.Eduarda 17/03/2023minha estante
Pra mim, o prefácio cagou com a magia da história


Cicero26 21/04/2023minha estante
Eu tenho por regra só ler prefácio se for do autor, mesmo assim nem sempre. Só no fim do livro é que saio lendo tudo a respeito, se tiver gostado.


milenavifer 03/05/2023minha estante
Senti exatamente o mesmo. Tinha lido 1984 e vim com muita expectativa ler Fahrenheit 451, mas me decepcionei...


Arretlorak 19/06/2023minha estante
Pra mim já tá sendo o contrário, li Fahrenheit 451 de boa, considerei até preferido por bastante tempo mas to uma lerdeza pra ler 1984kk


kimberlyrevoredo 08/10/2023minha estante
Eu senti a mesma coisa. Demorei muito para terminar, mas consegui chegar ao fim.


kika 15/11/2023minha estante
Terminei de ler na marra, exatamente pelos pontos que você levantou. Narrativa muito lenta e por vezes confusa


Talles 21/12/2023minha estante
Eu deveria ter lido sua resenha antes de ler . Por que colocam um prefácio desse ? Com basicamente todos os spoilers do livro. Acabou que eu tive poucas surpresas, algumas boas mas poucas.


Assores 29/12/2023minha estante
O que vale é sua honestidade. Estou lendo e até agora gostei, mas respeito profundamente sua opinião.


Pedro 07/01/2024minha estante
Essas sua resenha é exatamente o que eu senti ao ler 1984. Talvez de um termo pra começar ele..


Victoria1042 31/03/2024minha estante
Muita boa crítica


Rute.Lessa 01/04/2024minha estante
Ótima dica, não ler o Prefácio. ?? Obrigada!


Nathelly.Gama 10/04/2024minha estante
Eu terminei ele hoje e tive a mesma sensação, a premissa é muito boa, mas o desenvolvimento é lento, muito floreado e pouco elucidativo. Queria entender mais sobre o mundo que ele vivia, como chegou no ponto que chegou, o que houve com a Clarisse, e no fim: caminhando pra onde?


Cristiane.Sevegnani 14/04/2024minha estante
Eu não li o prefácio então não sabia o que iria acontecer com o montag mas mesmo assim não achei muito boa a narrativa do livro não ???? curto muito esse tipo de gênero


ig_rbr 21/04/2024minha estante
Bem colocado, Gustavo. Preciso reler.




Arsenio Meira 17/12/2013

Parábola, Fogo, Solidão e Ruína

Faz uns 10 anos que olhava para este romance em livrarias, sebos, casa de amigos e familiares. Olhava-o distante, posto que detentor de um tema que não faz muito minha cabeça. Mas a Literatura e o Tempo são dois aliados. Indeléveis. Não tardou, e o tempo-maturidade me levou a romper esse divórcio que havia entre o livro e o meu mapa literário.

Ao término da leitura, penso com meus botões em como será o mundo daqui a cinqüenta anos, com os desdobramentos da engenharia genética, uso de células tronco, clonagem, difusão da televisão digital, aquecimento global, celular androide, hidrogênio como a nova fonte energética, fundamentalismo religioso e as novas potências querendo sua fatia do bolo. Bradbury em 1953, ao escrever Fahrenheit 451, foi além, pois pensou e criou um universo onde os livros eram proibidos e os bombeiros, ao invés de combater o fogo, tinham que usá-lo para manter a ordem, destruindo a fonte de conhecimento.

Apesar disso e da presença de algumas inovações tecnológicas, como os avançados sistemas de transportes, bebedouros de refrigerante, carros velozes, guerras nucleares e televisões interativas, o futuro de Bradbury é bastante próximo ao que estamos vivendo hoje. Isso porque, em vez de simplesmente apostar na frieza científica e nas catástrofes, o autor investiu numa temática humana, de ordem cultural, tornando os problemas levantados mais próximos de nossas preocupações.

Esta virtude acaba se refletindo na própria linguagem, com cenas mais baseadas em sentimentos do que em ações e aparatos tecnológicos. E mesmo quando se faz necessária alguma explicação sobre o funcionamento de um equipamento ou sobre os motivos que resultaram naquelas transformações sociais, elas aparecem dentro do enredo, através de conversas entre os personagens, sem precisar abrir parênteses ou notas de rodapé.

A história é contada através do bombeiro Guy Montag, em falsa terceira pessoa. Toda a trama se desenrola de acordo com o seu olhar. Se no início do livro, Montag mostra-se como um operário, uma engrenagem qualquer que cumpre mecanicamente ordens no trabalho e volta para dormir em casa, ao conhecer sua nova vizinha, Clarisse McClellan, ele passa a reagir como nós, leitores, diante desse universo estranho proposto por Bradbury. A partir das conversas com Clarisse, o bombeiro começa a redescobrir o mundo; abre-se uma fresta mítica e seu cotidiano perde toda e qualquer vulgaridade. O personagem questiona os alicerces que sustentam sua vida, desde o comportamento da sua esposa Mildred ao trágico motivo que dizimou os livros (por serem subversivos...)

O contraste entre a liberdade de interlocução com Clarisse e o vazio irreversivel de Mildred, afundada em quantidades industriais de pílulas para dormir, aliado ao convívio com sua família na televisão, faz com que Montag desate o nó para embarcar jornada em busca de respostas. E elas surgem. Nas palavras do comandante Beatty e do professor Faber, ficamos sabendo junto com Montag como e por que o valor da reflexão foi abandonado pela sociedade. São frases dignas de grifo, verdadeiras aulas de teoria da comunicação, uma coletânea dos pensamentos frankfurtianos de Walter Benjamin, Theodor Adorno, Max Horkheimer, Jürgen Habermas. O discurso adquire tons políticos claros, mas aparecem tão bem encaixados na trama que só aumentam a qualidade literária de Fahrenheit 451.

Com um lança-chamas, Bradbury ilumina questões como a influência da indústria cultural nas relações pessoais, o movimento do politicamente correto em defesa das minorias, o controle social exercido pelos meios de comunicação, o consumismo, a alienação e o sucessivo esvaziamento das ideias resultante da perda da individualidade.

O futuro proposto por Bradbury parece ainda mais obscuro do que os de outros clássicos da ficção científica como Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley, e 1984, de George Orwell, que são construídos em cima de governos autoritários. Em Fahrenheit 451, a censura se fortifica em função do desinteresse da sociedade pelo conhecimento, mais preocupada que está em manter sua felicidade barulhenta e vazia. Deste vácuo nascem ruínas intransponíveis.
Fabio 25/07/2014minha estante
Parabéns !!!

Ótimo texto !!

Ainda nem terminei de ler o livro, e já gosto mais agora que li a sua resenha!!



Raissa Heidi 21/03/2015minha estante
O livro é fantástico e me fez chorar só com a ideia de queimar um livro. Não tenho mais nada a escrever perante a sua resenha! Concordo plenamente.


Arsenio Meira 22/03/2015minha estante
Obrigado, Raissa, pela generosidade das suas palavras.
E sinto a mesma emoção, sobre a ideia de se queimar um livro.
Abraços!


Guilherme.Araujo 16/04/2015minha estante
Apesar de eu ser jovem,esse sem dúvida é um dos melhores livros que já li na minha vida!!Eu acho que nunca vou ler um livro tão interessante,tocante,realista e tenso.Realmente,um ótimo livro.


Arsenio Meira 08/05/2015minha estante
Oi Guilherme,
É um livro para sempre, sem dúvida, mas não duvide: você há de ler em sua vida livros tão bom quanto ou até melhores.
Abraços


Kmilab 23/09/2015minha estante
O inicio da sua resenha encaixa perfeitamente com meus sentimentos e atitudes quanto a este livro. Achava-o pouco atrativo para meu gosto literário, porém mudei totalmente a visão que eu tinha quanto a temática do Fahrenheit 451. Irei comprá-lo em breve pois é digno de uma leitura com maior atenção e com direitos a grifos.
Ótima resenha!


Arsenio Meira 12/10/2015minha estante
Oi Kamila!
Obrigado pelas palavras generosas. Espero que gostes.
Um abraço


Diego.Prado 28/10/2019minha estante
Otima resenha...parabens! Um dos melhores livros da minha humilde estante...


Gabriel 20/04/2020minha estante
Q resenha gostosa. Vou ler com certeza


Deco 02/05/2020minha estante
Excelente resenha.


Juliana 11/10/2020minha estante
Resenha Maravilhosa! Estou relendo e esse livro só melhora com o tempo. Triste constatação.


Nalice 29/12/2020minha estante
Resenha incrível!
Um dos livros que mais marcaram minha vida, com certeza.


isaacdiniiz 16/07/2021minha estante
QUE RESENHA ANIMAL!!

Terminei de ler recentemente e posso afirmar com exatidão que, apesar de haverem opiniões diferentes, eu acho esse livro um dos meus favoritos, se não o meu preferido do coração.(principalmente pela Clarisse, que tocou meu coração. Fiquei muito triste com a morte abrupta dela.) E sua resenha só fez eu perceber mais e mais do quanto o conteúdo dele é excepcional. Parabéns!


Manuella_3 11/02/2023minha estante
Saudades do meu amigo querido, Arsênio! Skoob não foi mais o mesmo para mim sem você aqui. Receba meu abraço e minha admiração. Onde estiver, que esteja bem!


Lara Aimee 30/05/2023minha estante
Você faz falta meu amigo.


@livreirofabio 19/04/2024minha estante
Saudade, irmão. Muita.


Grande Irmão 20/04/2024minha estante
Alguém sabe o que aconteceu com esse cara?


Grande Irmão 20/04/2024minha estante
As resenhas deles eram lendárias




Craotchky 08/09/2016

451 Bradburn
Será verdadeira a máxima que diz que "A primeira impressão é a que fica"? Não sei, porém admito que tenho algumas experiências que corroboram com uma resposta positiva para essa questão. Alguns autores não me agradaram num primeiro contato e após isso não tive interesse de procurar outras obras deles. Casos de: Isaac Asimov, Sidney Sheldon e Bernard Cornwell, por exemplo.

Neste livro Ray Bradbury projeta uma sociedade futura na qual, claro, a tecnologia avançou muito. Contudo, o fenômeno mais alarmante nessa sociedade é a quase total falência de humanidade nas pessoas. Com o progresso tecnológico temos, assim como nos nossos dias, inúmeras distrações e formas de entretenimento de massa. Praticamente inexistem relações entre pessoas. Quando existe é tão superficial que torna-se irrelevante. Pessoas entorpecidas, alienadas, povoam esse novo mundo. Todos levam uma vida veloz, vertiginosa; ninguém tem tempo para nada.

"Se não quer que uma pessoa seja politicamente infeliz, não lhe dê os dois lados de uma questão para se preocupar. Dê-lhe uma só. [...] Não lhes dê coisas escorregadias como filosofia e sociologia."

Além disso, nos tempos que correm, é proibido ter e/ou ler livros. Estes, quando achados, são abominados e incinerados 🔥. Todavia, essa repulsa aos livros não partiu tão somente de um governo num primeiro momento, e sim das próprias pessoas que viam nos livros um lazer obsoleto em comparação com as demais formas de passatempo. Uma população mais ignorante, como sabemos, pode agradar um governo. Isso enfim acontece, culminando no decreto de proibição dos livros.

Os temas e suas consequências são campos vastos para discussão, mas não vou me alongar mais neles. Quero fazer algumas críticas baseadas na minha visão da leitura:
Primeiramente não gostei do início quando caímos de paraquedas na história sem nenhum tipo de ritual introdutório àquela sociedade, ao contrário do que acontece em Admirável mundo novo. Achei também extremamente vago de detalhes acerca da organização política, econômica, cultural, ambiental e por aí vai. Achei que faltou aprofundar os assuntos, esmiuçar esse mundo distópico. Julgo que as descrições me foram insuficientes para eu formar claramente a imagem desse mundo e sua máquina funcional.

A expectativa era alta e por isso me decepcionei um pouco. Achei que o autor se ateve muito na personagem central e suas interações, e não explorou o mundo ao redor deste, não explorou todo o potencial do livro. Acho que fahrenheit 451 não chega aos pés da distopia de Huxley. Não achei ruim ao ponto de pensar em não ler mais nada dele, mas chegou perto. Se essa resenha ficou vaga e não aprofundou os assuntos, deixando-os incompletos, então ela espelha bem como o livro me pareceu.
Ricardo Rocha 08/09/2016minha estante
eu gosto muito de Fahrenheit 451. mas não criei expectativas e digo a razão; li depois de ver o filme (que amei) e num caso desses a gente sabe o que esperar, até porque, considerando a "tese" de tarkovski, há livros que podem ser adaptados porque, por melhores que sejam, sustentam-se numa ideia, numa história, não necessariamente em todo conjunto - estilo, personagens, história, etc - que faz de um livro uma obra-prima. perfeito e portanto não-filmável. Fahrenheit está longe de ser isso. mas é sim uma ótima ideia e uma história instigante. nada mais, porém isso não é pouca coisa. se tivesse de avaliar dariam as mesmas tres estrelas que vc


Craotchky 08/09/2016minha estante
Sim, uma ótima ideia, promissora, mas pouco desenvolvida.


Michely Looz 25/09/2016minha estante
Como você disse, não chega nem aos pés de Huxley. Uma pena, vim aqui para ver justamente as opiniões negativas em relação ao livro, algo que justificasse o fato de estar com 70% dele já lido mas sem nenhum apreço. Ideia interessante aparentemente, as pessoas comentam muito bem a respeito da temática e o inserem na breve lista de obras memoráveis que incluem Admirável Mundo Novo e 1984. Mas o que vejo é um livro que poderia decolar mas que tudo dentro dele é tratado com superficialidade. Todos os personagens são trazidoa de modo superficial, não sei se em vã tentativa de dar ritmo à estória. Enfim, pareço chata, me sinto realmente chata por não ter me identificado com um livro tão consagrado por críticos e leitores. Mas me parece que há muitos pontos soltos e pouco desenvolvidos nesta estória. Que bom qie achei teu comentário, assim pude me sentir menos mal.


Craotchky 25/09/2016minha estante
Então Michely, o autor não explorou quase nada do potencial da história. Concordo também que ficou tudo extremamente superficial. Realmente não tem sentido comparar este livro aos outros dois citados; que dirá então pretender equivaler os três!
Aproveito para dizer ao Ricardo que mudei minha avaliação inicial atribuindo, sim, duas estrelas. Me perguntei: eu gostei do livro? A resposta foi negativa. Acho que três indicaria que gostei. Então diminuí uma estrela.


Ricardo Rocha 25/09/2016minha estante
rsrs... tudo bem... eu continuo relevando muita coisa porque a ideia é muito boa e por mais que nao tenha uma execução perfeita, longe disso, merece minha admiração, porque, por exemplo, amei o filme que vi na adolecencia e foi uma experiência que não existiria se o livro não existisse


Michely Looz 27/09/2016minha estante
Ricardo, mas é isso aí mesmo. Cada livro é aproveitado de acordo com as nossas próprias experiências. Eu, por exemplo, tenho livros que acabei comprando mas não consegui ler. Ah, Ensaio sobre a Cegueira, comprei para uma disciplina da faculdade na época, sabia que era muito comentado, li um pouco mas pq nao consegui avançar e precisava para um questionário, acabei assistindo ao filme para não me sair tão mal. Depois disso não consegui voltar a ler pq nao curti o filme. Mas tenho certeza de que guardarei o livro para uma nova tentativa pois achei a escrita de Saramago simplesmente maravilhosa. Mas é isso, cada um tem uma experiência e que bom né, assim a gente pode conversar e entender a obra, ser tolerante com essa pluralidade de experiências, evoluirmos no pensamento e blá-blá-blá. hehehe abraços!


Julia 09/10/2016minha estante
Não acha que se Montag fosse um personagem profundo e complexo ele não faria sentido? É um mundo de superficialidades, é disso que o livro fala, Montag e Mildred são superficiais, a história é contada pelo ponto de vista dele. É um mundo das superficialidades.


Craotchky 10/10/2016minha estante
Não tenho certeza, você pode estar certa Júlia, mas ainda acho que Montag pode ser diferente dos demais pois vejo ele como um contraponto naquela sociedade superficial, ele deve fugir da mesmice para nos trazer uma visão diferente; o mesmo acontece em Admirável mundo novo onde temos também a personagem que destoa das demais, sendo o contraponto, o que vai na contramão, possibilitando ao leitor o contraste necessário para levantar questões sobre a sociedade. Como todo livro, é passível de interpretação.


Julia 10/10/2016minha estante
Então, eu não vejo o Montag pensando diferente, mas vejo ele sendo afetado, ele começa a ser afetado por Clarisse, de assim sucessivamente. Mas vejo ele como um homem imerso naquela cultura. Imagine que todos os dias podemos ser afetadas por alguem/alguma coisa, mas criamos o hábito de ignorar a maioria - um exemplo, crianças vendendo balas no sinal, a maior parte das pessoas aprende a ignorá-las porque se deixar afetar por isso lhe fará infeliz (existem um milhão de coisas no nosso mundo que podem incomodar, mas simplesmente ignoramos, é mais confortável). E ai por outro motivo, por conta de uma pixação em um muro, um bilhete esquecido, uma conversa, ou porque vc estava no lugar errado na hora errada, ou qualquer coisa, vc se deixa afetar. Mas a tendência é vc querer escapar disso naturalmente, porque ser afetado pode ser perigoso. Acho que irrita em Montag é justamente o fato dele ser muito parecido com a maioria de nós. E o que diferencia - assustadoramente - essa distopia das outras é que aquele mundo é o que é não por um ditador que impõe todas as regras, mas porque as pessoas as quiseram assim, e é bom não procurar referências na história "real".

Bom como você mesmo diz - questão de interpretação. Eu li o Fahrenheit 451 depois de ler alguns textos de Nietzsche e outros filósofos do gênero, então tive sim um outro ponto de vista.


Craotchky 10/10/2016minha estante
Pois é, cada ponto de vista é único. Acho que ambos estamos certos, cada qual no seu apontamento. Você está certíssima na passagem:
"E o que diferencia - assustadoramente - essa distopia das outras é que aquele mundo é o que é não por um ditador que impõe todas as regras, mas porque as pessoas as quiseram assim"
Sua teoria sobre afetação é também muito válida. Você poderia ter ignorado está resenha, mas talvez tenha sido afetada por ela. Agradeço os comentários e os apontamentos, falta isso no skoob, pessoas que aprofundem uma discussão.


Juliana 15/12/2016minha estante
Concordo com sua resenha, entre as ditopias que li esse com certeza foi o mais fraco. Não achei ruim, tem coisas para pensar que comincidem com o momento social que estamos vivendo. Mas é uma obra fraca, que podia ser melhor.


Felipe Gustavo 29/10/2017minha estante
Também criei bastantes expectativas sobre o livro, todavia, como diz minha amada e querida Isabela Freitas ´´nunca crie expectativas, elas só causam decepções.´´ . Adorei a sinopse do livro, e só por isso o li; creio eu que tinha tudo pra da certo, mas acho que a escrita do autor e a comunicação/interação que ocorre entre os personagem ficou muito superficial, chegando a ser até mesmo desprezível.


Craotchky 29/10/2017minha estante
Sim, Felipe, superficial demais, não explorou o que podia ser explorado.


FalaLud 26/04/2020minha estante
Nossa, concordo totalmente! Essa obra é frequentemente colocada no mesmo patamar de Admirável Mundo Novo, mas acho que passou bem longe. Fiquei com a mesma sensação que faltou aprofundamento, mas não diria que é um livro ruim.


Craotchky 26/04/2020minha estante
Assino embaixo cada palavra sua, Lud.




Tata 20/06/2010

A idéia é fantástica; Fahrenheit 451 tem uma trama que daria pra encher páginas e páginas de boa leitura facilmente.

O problema é que o livro é condensado demais, Ray Bradbury passa por cima de coisas que eu acho que acrescentariam qualidade ao livro se fossem melhor exploradas. Fahrenheit 451 é um daqueles livros que passam uma sensação de obra inacabada - faltou tato e sobrou desleixo na hora de discutir o assunto-chave.

Pra quem já leu, minha crítica pode soar absurda e irônica, principalmente levando em conta o epílogo do autor, mas não acho que é possível ficar satisfeito só com isso.
Bell_016 18/01/2010minha estante
Compreendo sua crítica, eu também achei q a história poderia render muito mais, porém atribuir isso à desleixo do autor e não a uma escolha dele (mesmo q errada) já é apostar um pouco alto, ele mesmo disse depois q acrescentaria pouca coisa ao livro.


atrafca 05/09/2010minha estante
Não sei se concordo com os motivos que você dá para essa sensação de obra inacabada, mas além de sentir o mesmo, confesso que conforme o livro avançava e as páginas não lidas iam diminuindo, fui ficando um pouco decepcionado. O tema é realmente interessante demais paraa forma que foi tratado.


Iury BAS 19/12/2011minha estante
Lendo seu comentário, começo a sentir o mesmo. Acho que o livro poderia ter um pouco mais de páginas e ter explorado mais um tema tão bom e atual.

Realmente, ao terminar de ler, você sente que faltou algo, que esta faltando coisas.

De qualquer forma, é um livro fantastico.


Leonardo Zanon 18/12/2012minha estante
O livro poderia ser muito maior, é um tema que prende todos apaixonados por livros. Pena ser tão condensado.


Lane @juntodoslivros 19/10/2013minha estante
Tata eu já acho o contrário. A simplicidade da leitura e a rapidez me conquistou. Enquanto "1984" que já bem explorado não me envolve. Ainda estou me arrastando na leitura a muito tempo.
Acho que se F451 tivesse especificações demais eu o acharia massante.
Mas ao mesmo tempo compreendo seu ponto de vista. Poderia ter um pequeno acréscimo de informações. ^^


Pedro 11/06/2014minha estante
Acho que você talvez não tenha entendido direito a ideia do autor. O livro ao terminar de ser lido nos dá a sensação sim de querer mais, de saber o que vai acontecer, e esse é o objetivo dele, querer que busquemos mais, que leiamos mais. O objetivo em si não é um livro com um final surpreendente e mastigado como muitos, mas sim o final em aberto para nos fazer pensar.


Fabio 30/07/2014minha estante
Adorei o livro e as reflexões propostas em suas paginas, porem concordo contigo. Poderia ter um pouco mais de desenvolvimento.

Fiquei curioso quanto aquele mundo criado, aqueles personagens, aqueles "marginais"...

Pena que foi apenas um lampejo.


Catharina42 23/11/2014minha estante
Concordo, eu esperava um livro muto mais extenso e que o tema fosse melhor desenvolvido... inclusive teria sido bom se o Ray Bradbury incluísse no livro as partes "extras" inclusas na versão pra peça de teatro, no geral, gostei sim, mas esperava mais....


Sabrina 08/12/2014minha estante
Vi tantos comentários elogiosos à obra e ao autor (inclusive por parte de pessoas que admiro e que julgo possuir um senso crítico aguçado), que cheguei a me sentir um pouco estranha pela forma como detestei esse livro.
A proposta dele é de fato excelente (o que pode, aliás, ter contribuído para toda essa áurea que gira em torno dele), mas não tenho o menor medo de dizer que ele foi mal trabalhado.
Não vou discorrer aqui sobre minhas opiniões porque é impossível fazê-lo sem dar um spoiler sequer. No mais, fico feliz por não ser a única a compartilhar dessa conclusão.
Abs.


RaphaKiske 10/09/2015minha estante
Li que o autor meio que correu contra o tempo ao escrever este livro... talvez seja por isso que você teve esse sentimento sobre obra inacabada. =)


Leticia.Domenichini 21/01/2017minha estante
Olha, não li o livro ainda, mas está na minha lista, porém, se o livro fez isso de não ter explorado e se aprofundado tanto assim nos temas quanto os leitores queriam, imagino eu que o autor tenha feito isso de maneira proposital, pois ao dizerem q o autor não aprofundou o tema, automaticamente vcs estão pensando sobre o assunto tratado e refletindo sobre ele, da mesma maneira que (imagino eu) a Clarisse faz com o bombeiro. Ou seja, o autor pode ter tido essa intenção de fazer a obra de maneira "incompleta" para que os próprios leitores a completem pensando. Pelo menos, é o que eu imagino.


Peregrina 01/05/2019minha estante
Concordo, mesma sensação que eu tive.


cadenthrones 09/04/2020minha estante
Pior que, pela minha experiência de leitura, não acho nada irônica sua crítica! Senti a mesma coisa, e foi super frustrante quando cheguei no final, que é ainda mais broxante que o resto da narrativa.




mpettrus 27/01/2023

O Crepitar Incendiário dos Livros
??Fahrenheit 451? é um romance distópico do escritor norte-americano Ray Bradbury. Foi publicado em 1953 e é dividido em três partes. Parte 1: ?A Lareira e a Salamandra?; parte 2: ?A Peneira e a Areia? e a parte 3: ?Brilho Incendiário?. O romance retrata uma sociedade futurística que suprime o pensamento livre por meio da proibição de livros. Bombeiros são contratados para incendiar qualquer material escrito, no caso aqui são os livros, que cruze seu caminho.

Guy Montag, o protagonista, é um bombeiro casado e infeliz, aparentemente satisfeito com seu trabalho. No entanto, sua vida vira de cabeça para baixo quando ele conhece Clarisse McClellan, uma garota de dezessete anos, que reacende o seu processo de pensar, de elaborar pensamentos.

? De alguma forma, essa premissa me seduziu. Romances distópicos têm uma força magnética muito poderosa sobre mim, sobretudo, quando um clássico literário de quase sessenta anos, é tão relevante para os dias atuais. Poucos apreciam a ironia tanto quanto eu, por isso compreendo que a mensagem desse livro é decente: o conhecimento não deve ser censurado. E, acredito de todo meu coração que vivemos em um mundo que, no geral, é melhor do que há sessenta anos.

? E a fina flor da ironia reside justamente aqui: a distopia desse romance tem uma terrível metáfora muito desagradável e assustadoramente real. Qual seja: a sabedoria da sociedade ser retirada é também retirar dela a sua liberdade. Queimando o acesso da população ao conhecimento, as pessoas serão deixadas em um estado completo de total ignorância.

Vejamos: é um romance que transcende seu tema distópico e transmite sua mensagem de advertência de maneira atemporal, o que, de certa forma, tornou essa história atraente em 1953 permanece provocativa.

? Para além do enredo da história, o que mais chamou minha atenção foi o estilo de escrita única do autor, em que tudo vem de forma suave e elaborada, permeada de metáforas numa linguagem viva trazendo uma abordagem mais filosófica do tema da censura.

O protagonista é também um antagonista que desperta de seu torpor que o autor soube desenvolver muito bem. Emburrecimento das massas pelo consumo passivo de mídia, abuso de substância, propagandas estatais e um pouco de esperança para um amanhã melhor encontram-se no decorrer da narrativa. Ainda que nos apresente um final bastante sombrio.

? Esse romance me contou de maneira crua e impiedosa que um mundo sem história escrita imutável é um mundo apenas com histórias. E pasmem: com histórias oficiais apenas dos órgãos estatais, garantindo que ninguém saiba que exista qualquer forma de censura em ação ? primeiro, ameaçando a sociedade para ela se autocensurar e segundo, limitando drasticamente o número de pessoas que sabem disso.

? Eu não posso afirmar que desistiria de tudo pela literatura. Mas posso lhes dizer com total convicção que a minha atração e o meu amor pela literatura são irreprimíveis. A leitura é uma relação física, sensual e transformadora, não apenas um processo mental. Acredito que a razão pela qual os livros são tão importantes para as nossas vidas e para a sociedade, de qualquer sociedade, não é porque eles nos dão respostas, mas porque nos incitam a fazer perguntas.

? Livros - bons livros, os livros que ficam com você por anos depois de lê-los, os livros que mudam sua visão de mundo ou sua maneira de pensar - não são fáceis. Eles não são fáceis. Eles não são sobre superfície; eles são sobre profundidade. Eles são, literalmente, instigantes. Eles exigem concentração na leitura da complexidade de pensamento. Exigem esforço por parte do leitor.

Eles são individuais, únicos, gloriosamente singulares. Cada um deles é uma ilha, refúgios muito necessários de uma cultura cada vez mais homogênea. Isso me desafiou e me fez pensar, me estimulou intelectualmente. Todos nós precisamos de um pouco de estímulo intelectual de vez em quando; torna a vida muito mais gratificante.

? Nunca vou esquecer a cena da cidadã que se recusa a abrir mão de seus livros. Uma mulher cujos livros estão sendo queimados decide ficar com seus livros em vez de viver sem eles, porque representam para ela um mundo de troca de ideias e beleza.

A utilização térmica é o queimador de todos os tempos que me lembrou do tanto que eu amo a escrita. Por isso, eu senti angústia ao terminar de ler esse romance. Eu posso ainda sentir a angústia. Eu poderia tocar o vazio. Eu poderia experimentar a falta de emoções e sentimentos. Eu podia sentir a fome de mudança. Eu poderia viver a aventura de salvar o que é mais importante.

E constato, mais uma vez, como num lembrete, que dificilmente haverá uma metáfora melhor para o fato de que somos os livros que lemos.
Núbia Cortinhas 27/01/2023minha estante
Uauuu!! Adorei a resenha!! ?? ?? ?? ??


mpettrus 27/01/2023minha estante
???? muito obrigado pelo feedback, Núbia Cortinhas! ???


Vanessa704 27/01/2023minha estante
Que máximo! Gostei da resenha!
Confesso que não leio muitas distopias, mas fiquei curiosa para ler essa. Vou colocar na lista..


mpettrus 28/01/2023minha estante
Hahahahahha que maravilha que a minha resenha despertou sua curiosidade, Vanessa. Fico contente! Boa leitura e divirta-se!????


bruna 28/01/2023minha estante
Resenha tocante! Esse é um livro que não sai despercebido à ninguém. Lembro-me de um filme que assisti na Netflix, sobre uma biblioteca em uma pequena cidade inglesa... Um dos personagens locais era velho e rancoroso. Nada e ninguém mudava sua cabeça, somente os livros. E esse foi uma das suas maiores paixões, ele leu justamente na época que lançou e dá para notar como aquilo o tocou. Eu também gostei muito das reflexões causadas pelo livro! Hoje tenho vontade de ler "1984" do George Orwell, porque "A revolução dos bichos" também é um livro que me marcou muito. Mas tenho medo de achar muito dentro das expectativas de algo nada brilhante. Enfim, esse é um clássico! Não acredito que o autor seja um gênio, como ele mesmo cita, mas sim um amante dos livros! As pessoas que são persuadidas e conquistadas pela leitura provavelmente já observaram esses questionamentos ocorrendo dentro da sociedade, mas poder ler todo esse emaranhado de emoções e pensamentos carimbado em papel é sem igual! Gosto de como os personagens não são perfeitos mas conseguiram levar seus ideais adiante.


Núbia Cortinhas 28/01/2023minha estante
Bruna, vc lembra o nome do filme? Fiquei interessada. ?


Juliana-- 29/01/2023minha estante
Núbia, o nome do filme é 'The Bookshop'.


mpettrus 29/01/2023minha estante
Perfeito seu comentário, Bruna!

Adorei essa troca de ideias. Sobre a observação de que as personagens não são perfeitas é muito assertiva, porque apesar disso, a gente consegue notar ali uma mudança de perspectiva no protagonista, por exemplo; ou até no Ferber, o idoso que ajuda Montag a fugir. Apesar dos seus defeitos, eles conseguiram levar adiante seus ideais.

No mais: sobre os livros do Orwell, também tenho muita curiosidade de ler ambos que você citou. Alguns amigos preferem a história dos bichos, pouquíssimos (do meu círculo de amizade) gostam da história do ?Grande Irmão? kkkkk


mpettrus 29/01/2023minha estante
Eu comprei uma edição dos livros do Orwell que é uma edição que juntou as duas histórias numa encadernação só. Criando coragem para iniciar a leitura, meninas! Kkkk


Sobre o filme: mega curioso pra assistir ???

Valeu pelo feedback, minhas lindas!


bruna 03/02/2023minha estante
Isso mesmo, Núbia! O nome do filme é o que a Juliana mencionou, "The Bookshop"!


J. Silva 26/02/2023minha estante
???????


Núbia Cortinhas 26/02/2023minha estante
Obrigada, Juliana-- e Bruna! Desculpem, só agora li o feedback. Já anotei o nome do filme aqui. ???




Rafael 08/09/2016

Overrated
Eu fiquei surpresíssimo ao ver que não tem praticamente nenhuma resenha negativa de um livro tão overrated!

É uma heresia querer compará-lo com Orwell ou Huxley (infinitamente superiores), já que ele poderia ter feito algo muuuito melhor com esse conceito da vitória da imbecilização e a condenação dos livros. Na verdade, tem-se a impressão de que Bradbury tinha nas mãos uma ótima ideia (e tinha mesmo) e construiu um romance em volta dela puramente para explorá-la, de forma que tudo fica meio superficial. Os impulsos do protagonista são meio estúpidos e todo o clímax poderia ter sido evitado e já colado no final (Montag cavou sua própria cova só por motivos de plot). Não apenas isso, mas o livro teria sido BEM melhor se tivesse acabado umas 50 páginas antes e evitado um final absolutamente nada convincente. Outro ponto bem negativo é a maneira como as coisas simplesmente PLAU! aparecem com uma explicação totalmente nada a ver. Quer dizer que no começo ele queimava os livros e aí cometeu o grande crime de roubar um. Mas então porque gastar tensão criando essa ideia se depois é revelado que ele já havia roubado vários? É totalmente contraditório à tudo o que o personagem sentia no começo do livro. Por falar em não convincente, aí vem o personagem Faber com o seu incrível walkie-talkie q ele convenientemente olha só, tira do nada, assim metendo mais o louco do que o Tite Kubo fez em Bleach.

O teor conservador do posfácio é uma afronta à qualquer pessoa com o mínimo do bom-senso, extremizando fantasiosamente a luta das minorias por algum papel representativo na sociedade. Bradbury (que não conseguiu aguentar o recalque de ter uma peça negada por só ter personagens masculinos) simplesmente aponta os oprimidos e as minorias como causadores daquela distopia que ele inventou, quando na verdade a luta pra moldar uma sociedade melhor vem transformando o nosso mundo hoje, através da empatia. Vamos dar um desconto nesse discurso imbecil pelo livro ter sido escrito nos anos 50, mas não nos esqueçamos que em 2016 ainda tem gente elogiando essa ideia. Então quando alguém diz que é um livro incrivelmente atual, sim, infelizmente é verdade.

Bom, não é um desperdício tão grande de páginas porque pelo menos o Truffaut pôde fazer um filme legal baseado nele, em 1966. O ponto mais alto de todos, sem dúvidas, é o título (451 graus Fahrenheit é a temperatura em que o papel entra em combustão, uma sacada ótima). Unicamente por ter uma ideia tão foda, embora mal aproveitada, Farofaheit 451 tem capas de livro incríveis (internacionais, infelizmente).

Enfim, é bem livrinho de Ensino Médio mesmo.
Resenha completa no castelo:

site: http://www.castelodecartas.com.br/index.php/2016/09/08/fahrenheit-451-rapidinhas-10/
Isabela 22/09/2016minha estante
Cara, eu não curti muito o livro não, porém não sabia como expor em palavras hahaha
Não senti a história me atrair realmente pra dentro da trama e achei bem cansativo de ler! Tinha muita curiosidade, pois é uma das distopias mais populares e elogiadas, e a premissa é incrível! Mas infelizmente não deu.


Aquiles 16/12/2016minha estante
Ótima resenha


Aquiles 16/12/2016minha estante
Parabéns


Maria Cristina 21/12/2016minha estante
Nossa moço, obrigada!


Rafael 21/12/2016minha estante
Hahahah


Camila 30/12/2017minha estante
Hahaha ainda vem que alguém fez essa resenha! A ideia do livro poderia ser boa, mas a execução falhou. Me incomodei muito tambcém om a representação escrota das mulheres no livro.


Maria Fernanda 31/05/2018minha estante
Eu queria ter escrito essa resenha, porque é isso. Sério,obrigada. A cada linha que eu lia da coda ficava mas indignada, discursinho imbecil mesmo.


Lari 06/11/2018minha estante
Perfeita sua resenha, Rafael! Senti o mesmo com esse livro. Sobre o posfácio, que decepção!


Thiago Félix 01/07/2019minha estante
O que eu acho mais engraçado é que TANTA gente fala desse livro como uma alta crítica a nossa sociedade atual, quando na verdade o autor deixa explicito no posfácio que o livro é uma crítica ferrenha as minorias, que, segundo ele, por elevarem sua voz e fazerem valer seus direitos, criaram a queima de livros em seu romance.


Rodrigo 28/04/2020minha estante
Kkkk que bosta cara,falou falou e não disse merda nenhuma,bem coisa de CUZÃO mesmo


Dara.Werle 04/06/2020minha estante
Fiquei boquiaberta quando tinha terminado de ler o livro, com todas as reflexões sobre a sociedade que me proporcionou, pra aí me deparar com aquele posfácio totalmente retrógrado e conservador. Concordo com todos os pontos que você levantou!




Garota Relâmpago 20/04/2022

Inesquecível, surpreendente e muito necessário!!

Simplesmente leiam que não irão se arrepender, devorei esse livro ele faz você pensar em tudo e mais um pouco e me deixava tempos parada refletindo suas questões, LEIAM!!
Ana clara 23/04/2022minha estante
Vai ler estilhaça me ju


Garota Relâmpago 25/04/2022minha estante
Cara vou começar agora


Ana clara 25/04/2022minha estante
MEN


Ana clara 25/04/2022minha estante
TI


Ana clara 25/04/2022minha estante
RA


Ana clara 26/04/2022minha estante
Um dia c me empresta esse


Garota Relâmpago 17/05/2022minha estante
Po te empresto




Paulo 02/11/2016

Fahrenheit 451
O que aconteceria se vivêssemos em uma sociedade que vive a base de prazeres, entretenimentos e diversão? Onde os livros são proibidos e queimados e as pessoas não pensam e vivem apenas de sensações, alienadas por programas de televisões e vivendo vidas monótonas?

Essa é a realidade do livro Fahrenheit 451 do escritor americano Ray Bradbury. Acompanhamos a estória de um bombeiro chamado Montag, que desempenha sua função com esmero e dedicação, que é encontrar bibliotecas clandestinas e colocar fogo nelas, é isto mesmo que vocês leram, os bombeiros nessa sociedade têm o papel de provocar incêndios em livros e levar seus donos a prisão.

A algo de estranho com Montag, depois que ele e seus colegas de trabalho cometem uma atrocidade com uma mulher que foi pega com livros. Ele começa a questionar seus valores e buscar entender porque os livros são tão perigosos e por que aquela mulher que foi pega com eles preferiu morrer a viver sem os seus livros? Indagando seu chefe em busca de resposta ele afirma que os livros não tem utilidade nenhuma porque eles muitas vezes contem estórias que não existem e outras vezes mostram um lado negativo das coisas e fazem as pessoas pensarem e se sentirem infelizes, por isso tudo que é contrario a sua vontade e ao seu ego são evitadas e queimadas.

As pessoas querem viver em mundo sem problemas e sem dor, negando a existência deles e vivendo em função de sensações e entretenimentos assim elas são mais felizes. Não satisfeito com esta explicação o bombeiro acaba roubando alguns livros e guardando-os para si e começa a os ler.

Um tempo depois, seu comportamento começa a levantar suspeitas e o chefe dos bombeiros começa a desconfiar de Montag. Reviravoltas acontecem e o desenrolar da trama é incrível, nos trazendo varias reflexões e uma narrativa cativante e envolvente.

Em suma achei a obra fantástica, nunca havia lido nada de Ray Bradbury e me encantei com a estória e a escrita do autor. Em minha opinião o ele conseguiu criar uma distopia com uma ideia bem original. Os livros têm o poder de abrir nossos olhos para conhecemos a verdade, e enxergarmos quem está a nossa volta como a natureza, o amor, a paixão, as dores, os problemas, a violência e tantas outras coisas que estão presentes na vida e por vezes queremos evita-las.
Carol 02/11/2016minha estante
Gostei da resenha, muito boa! Despertou o meu interesse de ler o livro que parece muito interessante (:


Paulo 02/11/2016minha estante
É um ótimo livro Carol, eu indico. Ele levanta questões bem relevantes para nossa vida e sem falar que é curtinho, você consegui terminar-lo bem rápido, pois alem disso tem um ritmo bem envolvente.


Cássio Costa 03/11/2016minha estante
Grandes obras de distopia são raras, e essa parece ser uma boa.


Marina Menezes 06/12/2016minha estante
Parabéns pela resenha! Pelo o que você relatou, é realmente um livro muito bom ?


Marina Menezes 06/12/2016minha estante
Parabéns pela resenha! Achei motivante para incentivar a leitura desse livro. :)


Paulo 06/12/2016minha estante
Obrigado Mariana, realmente este livro é fantástico.


teapacks18 01/01/2017minha estante
Ótimo livro, ótimo filme ^_^




Rita 22/05/2021

Incrível
A mesma amiga que eu falei que ia matar, me deu esse livro.
Tenho muito o que falar, mas acho que nada vai ser o suficiente pra contar o que eu senti quando li esse livro.
Um misto de emoções: medo por uma realidade que mesmo muito longe também é tão perto, empatia pelo que cada um dos personagens vive, ódio por essa realidade grotesca e também felicidade por ver que mesmo nas piores situações, sempre vai ter uma esperança no fim do túnel.

?Entende agora por que os livros são odiados e temidos? Eles mostram os poros no rosto da vida. Os que vivem no conforto querem apenas rostos com cara de lua de cera, sem poros, nem pêlos, inexpressivos .?
laís 23/05/2021minha estante
Prazer, amiga que ela disse que ia matar ?


Ana 24/05/2021minha estante
muito poético


laís 29/05/2021minha estante
Dona Rita, quando virão as novas resenhas?


Rita 29/05/2021minha estante
Preguicinha


laís 29/05/2021minha estante
Rita
Tem criança de colo correno
As veinha tão tudo chorano

QUEREMOS RESENHASSSS
?????


Rita 29/05/2021minha estante
?


laís 29/05/2021minha estante
??????




edisik 18/03/2020

Ok
Desculpem, acho que clássicos não são para mim, achei a história entediante.
Renan Rocha 19/03/2020minha estante
Sério? Eu amei esse livro!


edisik 19/03/2020minha estante
Estava tentando intercalar na leitura alguns clássicos de Distopia. Mas não está dando certo nesse gênero. Está diminuindo meu ritmo de leitura. Nos outros gêneros clássicos vai de boa.


Renan Rocha 19/03/2020minha estante
Entendi. Sou apaixonado por distopias e geralmente costumo me dedicar exclusivamente pra elas.


Renan Rocha 19/03/2020minha estante
Acho que o compreendo. Rsrsr


JulianaESF 01/04/2020minha estante
Exatamente! Também não pra mim. Foi decepcionante, achei uma leitura muita chata, quando eu achei que iria melhorar piorou novamente.


edisik 01/04/2020minha estante
É uma leitura muito parada.




Richard@1295 28/07/2020

Você precisa ler esse livro e essa resenha!
Farenheit 451 é um clássico, um clássico que envolve política, suspense, ficção científica e muitos questionamentos que são jogados em nossa cara de uma forma que nos assusta e provoca enorme questionamento.

Conhecemos a história de Guy Montag, um bombeiro cuja a sua função é queimar livros. Nessa sociedade distópica as pessoas detestam pensar, para elas o pensamento provoca questionamento gerando tristeza e comparação, a vida portanto, gira em torno do lazer numa tentativa constante de deixar o cérebro ocupado e esquecer os problemas e circunstâncias da sociedade. Então o trabalho dos bombeiros é responder as denúncias de "contrabando" de livros com fogo e prisão dos "criminosos". Em determinado momento Guy tem sua mente aberta, ele consegue sair da Matrix e observar todo o seu entorno, avaliando qual é a razão de todos esses atos, levando consigo o interesse de possuir e ler livros. Nessa bola de neve o livro desenvolve uma história envolvente, dura e extremamente angustiante, nos deixando ligados até a última palavra.

Estamos acustumados a ler distopias cuja a ditadura vem do estado, com governantes tiranos que privam o povo dos seus direitos e liberdades fundamentais. Porém a história é um pouco diferente aqui, conhecemos portanto uma ditadura da maioria, onde a própria população se acostumou com esse modo de vida, fazendo com que esse fosse o "novo padrão", onde tudo o que fosse questionável era literalmente queimado, me lembrando a caça as bruxas e a idade das trevas no período medieval.
Portanto, se não temos o direito de questionar, o que temos? Que liberdade é essa em que nossa opinião deve ser condizente com o que todo mundo crê ou com o que uma parcela da população estipula como o correto? Se o peso da felicidade geral é realmente a ditadura da maioria e para isso precisamos nos calar, quão perto estamos de começar a queimar nossos livros? Pra que vamos ter cérebro então? Será que realmente temos o usado?
Anderson 28/07/2020minha estante
Resenha sensacional, que bom que gostou do livro tanto quanto eu ???


Richard@1295 28/07/2020minha estante
Muito obrigado! Sim, adorei o livro cara


Beto 31/07/2020minha estante
Sensacional! Uma das minhas leituras que mais gostei. Se tratando de distopia!


Richard@1295 31/07/2020minha estante
Sim, é incrível!


Quase Thaís 04/08/2020minha estante
Que bom que gostou! A resenha ficou mara


Richard@1295 04/08/2020minha estante
Obrigadoo




Vini 16/08/2023

Ótima Surpresa
Sou bem suspeito pra comentar de distopias, pois amo demais essa ideia de um só
homem são e consciente compartilhando sua experiência em um mundo louco.. mas tive uma grata surpresa com Fahrenheit 451.. diferente de 1984, que é bastante descritivo sobre como funciona o mundo ao redor de Winston.. Fahrenheit se concentra de modo genial na figura de Montag, com a revolução começando na profundidade de seu ser, de seus sentimentos.. com todas as suas etapas evoluindo de modo muito sensível, e embora ele cometa erros e pense que mudará o mundo pela força de suas mãos, o livro termina com essa revolução dentro dele novamente. Me impressionei com o quanto o mundo de Montag é assustadoramente real e próximo, mesmo que o livro não tivesse qualquer pista em seus mais de cinquenta anos de como seria os nossos anos.. isso sem necessariamente focar em seu ponto central (na minha opinião) na política, controle e censura.. mas de um certo contrato social onde as pessoas simplesmente preferem a ignorância, a distração e o entorpecimento, em lugar do conhecimento.. o que termina por extinguir o seu olhar crítico, sua pessoalidade e seus sentimentos.. do que o governo e a política se apropriam, de forma secundária.. o que pra mim é o ponto mais interessante do livro, trazendo a revolução e os governos, normalmente bastante focados em outras distopias, para a figura individual de cada um dos personagens e seus sentimentos
N.I.X. 16/08/2023minha estante
Eu adoro esse livro


N.I.X. 16/08/2023minha estante
Mas eu prefiro 1984 mesmo detestando descrição excessiva


Vini 16/08/2023minha estante
Amo também 1984! Mas achei esse tão diferente e especial.. amo distopias


N.I.X. 16/08/2023minha estante
Adoro as distopias de Wells


Vini 16/08/2023minha estante
Nunca li.. vou procurar sobre


bruisreading 17/08/2023minha estante
Como eu amo ver pontos de vista sobre livros de pessoas inteligentes ?




FlaviosParanhos 06/07/2020

Não leia o prefácio do livro.
Fahrenheit 451

Levei muito mais tempo que o aconselhável para terminar este livro. Além da falta de concentração que a quarentena tem me dado ouve um fator agravante, o prefácio, alguém achou genial dar spoiler de todo o livro no prefácio! Não são poucos os spoiler dados, além de serem das partes mais marcantes da obra. Achei isso um absurdo e não entendo a lógica da editora com essa atitude, só voltei a ler o livro mais de um mês após ter começado, torcendo pra não lembrar de todos os spoiler.

Tirando o pecado inicial vou falar agora da obra em si, o livro é excelente! Curto, direto, sincero. Sem atos feitos para agradar os leitores, o livro é vivo portanto segue por seu caminho, o protagonista é ótimo, o mundo em que está inserido perturbador e próximo de mais de nós do mundo contemporâneo para ser ignorado. Se para o autor a televisão faria o estrago que fez imagine nos tempos de internet... adorei o livro, amei o final mesmo sendo melancólico, acho que principalmente por isso recomendo fortemente.

Outro assunto que quero abordar é o texto final do autor, ele fala como livros são "queimados" todos os dias por minorias, tanto minorias "boas" quanto "más" eu já havia refletido sobre isso, como de um lado o preconceito e o ódio e do outro o politicamente correto, cada um pensando no seu lado vem desmembrando e queimando os livros já feitos e os que ainda estão por vir. Creio que a história deva ser conservada tanto para gerar reflexão, quanto para gerar criticar, mas editar a história é destruir a mesma. Achei essa posição do autor da forma como ele explica excelente.
lahmot 10/07/2020minha estante
Esses spoilers realmente me decepcionaram, gostaria de não ter lido o prefácio


FlaviosParanhos 10/07/2020minha estante
Sim foi algo triste. Vc não imagina o ódio que senti na hora.


Renato Paniagua 15/07/2020minha estante
Muito triste esse prefácio, não faz sentido nenhum manter. Esperei um mês tbm rs


FlaviosParanhos 15/07/2020minha estante
Agora tenho trauma de prefácio hahaha


Monique 01/09/2020minha estante
Sou doida pra ler esse! Que vacilo os spoilers :/


FlaviosParanhos 01/09/2020minha estante
Vc vai amar




Milleny 07/10/2021

Atemporal
Qualquer semelhança com a nossa realidade atual não é mera coincidência e isso nos choca quando percebemos que Fahrenheit 451 foi escrito em 1953 mas é totalmente relacionável com 2021.

Escrita leve, fluida e reflexão necessária!
Favoritado! Obrigada, Bradbury
Matheus656 07/10/2021minha estante
Mt bom esse livro


Luci 07/10/2021minha estante
Perfeito, né?! Foi o melhor livro que eu li esse ano


Anny 07/10/2021minha estante
Esse livro é tão maravilhoso ?


Dori 07/10/2021minha estante
Eu tô pensando em compra-lo, ainda não achei.


Luci 07/10/2021minha estante
Tem na Amazon, Dori!


Dori 07/10/2021minha estante
Não queria pedir pro meu pai, quando eu for com minha mãe ao shopping vou procurar. Mas obrigada por me dizer. ??




Ariadne 10/09/2020

Narrativa eletrizante, cheia de reflexões em seus diálogos, cheguei a ficar aterrorizada com o ambiente. Acho que nunca havia lido uma narrativa nesse estilo, e valeu a pena. Com certeza farei uma releitura da obra daqui um tempo a fim de absorver mais conteúdo.
Infelizmente achei bem infelizes alguns comentários feito pelo autor nos posfáscios, o que me fez perder completamente a vontade de conhecer outras obras do mesmo. Isso fez inclusive com que eu me incomodasse mais com coisas que antes só haviam me incomodado um pouco ao ler a obra, como por exemplo o fato das personagens femininas serem extremamente caricatas, fúteis ou imbecis e os rebeldes serem todos homens. Enfim, nem mencionaria isso se não fosse os comentários que ele fez sobre minorias ao final do livro, mas já que ele o fez, fica aqui a minha cítrica.
Thiago.Wriel 10/09/2020minha estante
Coloquei tantas expectativas nesse livro, so que nao gostei muito...


Ariadne 10/09/2020minha estante
Thiago, também esperava algo um pouco diferente pela fama do livro, mas não me decepcionei muito.


Thiago.Wriel 10/09/2020minha estante
Eu ja me decepcionei um pouco, falava da questão dos livros. Achei que seria algo mais insano. Eu também fiquei com um pe atrás na questão dos personagens, achei eles sem sal kkkk


Layla.Ribeiro 10/09/2020minha estante
Concordo com Thiago, por incrível que pareça eu gostei desse posfácio que ele fez kkk e acredito que se o livro fosse da forma que ele queria fazer eu gostaria mais.


Thiago.Wriel 10/09/2020minha estante
Não sei se isso aconteceu, porque eu gosto muito de 1984 e acabava comparando, mas foi isso que percebi do livro


Samara.Aparecida 14/09/2020minha estante
Acabei de terminar o livro e me senti exatamente como você sobre os comentários dele




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