Ana Luísa 18/03/2022O king mais uma vez fazendo um livro desconfortável de ler por nos fazer sentir. E posso dizer que o que eu mais senti foi repulsa. Repulsa de dor. Repulsa de nojo. Repulsa de raiva. É um livro que mostra o pior lado do ser humano de uma maneira que apenas "os leitores" sabem, por que no livro a maldade é escondida na sociedade.
*falar um pouco dos contos por ordem do que eu mais gostei*
Gigante do volante: pra mim, o mais difícil de ler. Senti nojo o tempo todo e não esperava nenhum dos acontecimentos do conto, me surpreendeu muito. O final da um tom de "final feliz" mas, também no final, é jogada uma informação que não tem como não terminar o conto com nojo.
1922: achei o conto mais previsível, mas o melhor trabalhado. Eu senti o pânico do fazendeiro o tempo inteiro, sem saber o que fazer mas sabendo que não ia acabar bem. A melhor trama foi a do filho, achei meio aleatório como começou, mas muito interessante como ele conta.
Extensão justa: conto curtinho e que eu gostaria que tivesse mais. Amei os trocadilhos e as referências. O final te deixando pensando por um tempo sobre limites: limites da ganância, da inveja e da vingança.
Um bom casamento: achei mais arrastado comparado com a história que tem (leria um pouco mais do extensão justa e um pouco menos desse). Foi o único conto que o final me provocou um pouco de felicidade, gostei de como a personagem agiu em todas as situações e achei interessante ela com os espelhos (me lembrou o filme "nós"). Mas de todos, achei o Bob o mais psicopata, até mais do que o gigante do volante.