O Livro de Areia

O Livro de Areia Jorge Luis Borges




Resenhas - O Livro de Areia


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Regis 13/06/2024

Treze histórias diversas
O Livro de Areia lançado em 1975 é a última coletânea de contos publicada por Borges, nele o autor desenvolve temas que já fizeram parte de outras histórias suas ao longo da vida, são contos que têm um sentido quase mágico e que despertam no leitor a sensação de estar em um sonho onde a narrativa detalhada e versátil do autor mostra uma percepção apurada da alma humana nos convidando a mergulhar no teor expressivo e fantástico de seus textos.

O primeiro conto traz o tema do duplo, do Doppelgänger; tema esse que sempre entusiasmou Stevenson, de quem Borges gostava bastante, o segundo conto foi inspirado pelas ficções de Kafka, temos também um conto que alude a Lovecraft: a quem Borges sempre julgou um parodista involuntário de Poe; e temos outros contos que falam de cansaço, da melancolia, de amores fugazes, do tempo, da efemeridade da vida, de assassinato político e o último é sobre um livro inconcebível com um volume de páginas infinitas onde nenhuma é a primeira e nenhuma é a última, trazendo novamente a obsessão do autor por labirintos à sua narrativa.

E como sempre tiveram contos com os quais eu me envolvi mais e outros com os quais eu me envolvi menos, sem que isso fizesse dessa uma leitura menos prazerosa e instigante. Gosto de como a narrativa fantástica de Borges me faz sentir e de como me faz pensar.

Essas treze histórias muito diversas me fizeram companhia nessas últimas manhãs, me fazendo admirar ainda mais a escrita hipnótica de Borges. Gosto muito da forma como o autor escreve seus contos e como insere fatos históricos misturando ficção e não-ficção, tornando a experiência de ler seus textos intensa e extremamente original.

Recomendo.
HenryClerval 13/06/2024minha estante
Tenho que pegar um livros de contos para ver como a leitura flui.
Adoro suas resenhas, Régis! ?????


Regis 13/06/2024minha estante
Obrigada, Leandro! ???
Espero que adore os contos e adote-os de vez. ??


Craotchky 13/06/2024minha estante
Eis um autor que, por incrível que pareça, jamais li. Pensando seriamente que preciso resolver essa pendência esse ano ainda!
p.s. a palavra "efemeridade" é tão bonita, não!?


Fabio 14/06/2024minha estante
Uma maquina de tecer resenhas???????
Mais uma resenha impecável!!!
Difícil achar adjetivos, que não se repitam!!! kkkk


Brujo 15/06/2024minha estante
É sempre uma aula estas tuas resenhas, Regis! Deliciosas de ler.

Estou com o Aleph na estante, preciso tonar vergonha e pegar ele !


Regis 17/06/2024minha estante
Também gosto da palavra efemeridade, Filipe. ?


Regis 17/06/2024minha estante
Obrigada, Fábio! ??


Regis 17/06/2024minha estante
Aula, Sidney? Muito obrigada por isso! ???
Espero que goste de O Aleph. ?


Léo 21/06/2024minha estante
Adorei a resenha, Régis! Borges está na lista dos livros desse ano, se eu não me enrolar nos livros e em outras coisas eu leio esse ano. Rsrs
Mais uma resenha perfeita. ???


Regis 21/06/2024minha estante
Obrigada, Léo! Espero que possa ler esse ano ainda. ???


Léo 21/06/2024minha estante
De nada, Régis. Também espero. Consegui achar uma edição do livro, te chamo para conversar sobre os contos quando eu ler. ?


Regis 21/06/2024minha estante
Vou aguardar, Léo. ??




Caio.Monegate 10/06/2024

Meu primeiro contato com os contos do Borges mas que tardei em terminar. Curioso que conheci primeiro esse livro, mas antes de termina-lo meti-me a ler os outros dois livros de conto dele.

Por algum motivo essa coletanea tem contos que me emocionaram mais que os outros. Deu pra vislumbrar um pouco das melancolias do Borges, principalmente no "utopia de um homem cansado", "o outro" e "o disco".

manero.
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Mel 23/05/2024

Thy rope of sands
Borges me parece uma fonte inesgotável de reflexões. Nessa primeira leitura do autor, compreendi porque dizem ser uma leitura labiríntica, é como estar no meio de tantas irrealidades possíveis, tentando identificar o que de fato é a realidade, caindo em armadilhas, fazendo associações, pescando referências, se perdendo. É realmente impressionante conhecer alguém que tenha chegado a uma visão de mundo assim, foge completamente do convencional e beira o genial (e por isso a compreensão não fica longe de ser um desafio rs).

Contos preferidos: o outro, o espelho e a máscara e o livro de areia

"Disse-me que se chamava o livro de areia, porque nem o livro nem a areia têm princípio ou fim."
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Otávio - @vendavaldelivros 06/05/2024

“O homem se esquece que é um morto que conversa com mortos.”

Sonho e realidade às vezes podem se misturar, formando um mundo à parte, desses que tudo é diferente, mas igual, as sensações são novas, mas familiares. Não sei se já aconteceu com você, mas o mundo dos sonhos tem momentos que parece a própria realidade. Borges é, talvez, o autor que mais me traz a sensação de ordem no caos e caos na ordem que os sonhos destravam.

Publicado em 1975 e última coleção de contos do autor argentino, “O livro de areia” parece ser o sonho materializado de uma carreira e de uma obra. Acho que de todos os autores que já li, Borges é de longe o que menos compreendi e ainda assim compreendi. É confuso explicar sobre como isso é possível, mas ao mesmo tempo que seu texto me parece caótico, é muito confortável. É, afinal, como um sonho.

Aqui temos diversos contos que navegam entre uma grande profundidade simbólica e uma irrealidade possível. O conto que abre o livro, por exemplo, “O outro” é uma narrativa em primeira -pessoa sobre um duplo do autor, em outro momento do tempo. Os personagens se encontram, conversam e tentam os próprios decifrarem o que é real e o que não.

Temos ainda “O congresso”, conto sobre uma sociedade secreta que, em tese, controla o mundo. “Ulrica”, história de um encontro do autor com uma mulher nórdica especial. “Avelino Arredondo” traz os últimos momentos do personagem real antes que ele cometa o assassinato do então presidente do Uruguai, Juan Borda.

Dentre outros contos que variam entre o incompreensível compreensível e o compreensível com mais camadas do que parece, o livro encerra com o conto que dá título à obra e aqui Borges está no seu máximo, no ápice de uma história envolvente, confusa, mas nem tanto. Um livro de areia, que não tem começo e nem tem fim e que, toda vez que é aberto, muda sua ordem.

Um labirinto dentro de um livro que mostra como Borges via o mundo e como o traduzia em seus contos. Uma confusão confortável, de caminhos que queremos mergulhar e buscar tentar entender. Sou suspeito, mas sempre me sinto confortável lendo Borges, mesmo em suas ilusões labirínticas. Sei que não agrada a todos, mas pra mim Borges era gênio!
Salim 06/05/2024minha estante
Fiquei meio (totalmente?) perdido nessa obra... pretendo reler no futuro.


Otávio - @vendavaldelivros 07/05/2024minha estante
ahahaha ele dá uma bagunçada na cabeça com força, mas vale uma releitura sim, nem que seja pra ficar ainda mais perdido e depois acabar se encontrando ali.




Juarez28 04/05/2024

Um breve comentário sobre como foi a minha experiência de leitura:
Li em uma resenha, aqui mesmo neste aplicativo, que ler Borges é um ato de humildade. Creio que não poderia expressar a sensação de melhor forma. Esta foi minha primeira experiência com o seu texto, e saio desta leitura não apenas grato, mas mais consciente de que o saber é tão infinito quanto as páginas do livro de areia. Digo isto não de forma a remeter uma noção anterior de possuir grande saber (o que nunca possui e nem tive a pretensão de expressar), mas o contato com um texto tão recheado de conhecimento formal, nos faz verificar ainda mais como o tempo é finito frente a tudo que se poderia ou desejaria aprender.
Em certo conto, o personagem indica possuir 2 mil livros em sua biblioteca, sendo questionado pelo homem do futuro que responde ter apenas uns cem, e que o mais importante seria reler. Depois do livro de areia, me vejo confiante em cogitar que Borges tenha lido, relido e efetivamente estudado muito mais do que 2 mil livros.
Meu caderninho se encheu rapidamente com as diversas pesquisas necessárias para entender as quase infindáveis referencias, o que foi algo realmente divertido de se fazer, embora tenha me obrigado a constante volta e releitura do texto. Sobre este aspecto, a minha edição quase não possui notas, algo de que senti falta e talvez seja suprido em outras edições (vale a pena conferir antes de comprar).
Em um dos contos (se me lembro bem, o que faz referência à lovecraft), Borges menciona o nome de Giovanni Piranesi, o que me tirou uma leve risada, já que seus contos, àquele momento principalmente, soavam para mim justamente como uma gravura de Piranesi.
Em resumo, creio que esta seja uma obra a ser guardada em um local de fácil acesso, de onde não se deve esperar muito, pegando-o novamente antes que a poeira o recubra. Admito que não me senti pronto para embarcar no texto de Borges. A viagem foi difícil, mesmo mantendo-se prazerosa e surpreendente em vários momentos. Ao final, já mais acostumado com o estilo da prosa, vi o prazer suprimir muito melhor as dificuldades desta primeira leitura. Aguardo ávido a próxima e fico imensamente curioso em relação as demais obras do autor, as quais já estou providenciando.
A maioria dos contos, em um ou outro momento, pelo teor poético e fatídico dos acontecimentos, me fez repensar em muito a minha própria vida, meus objetivos, minhas dores, alegrias e amores (acho que esse último seria no singular mesmo). Como tudo ainda está muito fresco na memória (e esta não deixa de ser uma rede social), me resguardo para, quem sabe, escrever mais especificamente em relação aos contos em outro momento.
Não vou classificar os contos que mais gostei, pois gostei de todos e não são tantos assim. Ademais, não possuo quase nenhum conhecimento acadêmico (na verdade não possuo nenhum mesmo), o que me impede de fazer considerações muito formais sobre o texto. Assim, o que posso afirmar é que estes contos certamente possuem a capacidade de entreter, fazer pensar e até mesmo sentir (e isso não seria uma das coisas mais importantes?).
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Krishna.Nunes 11/02/2024

Estas são histórias de um escritor já idoso, que está sempre olhando para o passado e buscando lembrar a juventude. O primeiro conto, a propósito, é sobre um encontro do autor com sua própria versão mais jovem.

Os contos desse livro não trazem a profundidade dos temas filosóficos de "O jardim de caminhos que se bifurcam", "Ficções" ou "O Aleph". Também não são tão herméticos quanto eles. Mas mantêm muitas características marcantes do autor, como a presença do onírico, do fantástico, do esotérico, do ocultismo e da religião, além da presença das figuras de linguagem, referências a obras e autores clássicos reais e imaginários, às artes plásticas e à música.

Entre os temas mais comuns estão o estrangeiro, a vida no exterior e a língua estrangeira, com uma predominância perceptível do horror cósmico lovecraftiano, dos labirintos, da arquitetura imponente, dos seres mitológicos, da magia, dos mitos nórdicos e árabes.

A areia do título aparece muitas vezes, seja na forma de dunas no deserto, nuvens de poeira ou o fio que mede a passagem do tempo na ampulheta. O tempo e o infinito, aliás, têm uma importância marcante que eu atribuo à maturidade e ao saudosismo.
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Vinícius Tyrone 21/01/2024

Jorge Luis Borges tinha muito a dizer
Meu primeiro livro desse gênio da literatura latina americana, tava muito empolgado para ler ele logo. Vários mundos fantasiosos e enormes dentro de pequenos 13 contos. A criatividade de Jorge é impressionante. O primeiro conto, é uma das melhores coisas que já li. Os outros 12 não são tão bons quanto esse, mas têm seus momentos. Acredito que não seja o melhor livro dele, mas o mais fácil de ler por ser o último e mais maduro de suas obras. Logo mais terei outro encontro com esse argentino genial.
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arthur966 30/11/2023

Se whitman a cantou, é porque a desejava e não aconteceu. o poema ganha se imaginarmos que é a manifestação de um anseio, não a história de um fato.
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Lukas 15/07/2023

Bons Contos
Essa foi minha terceira obra do autor, comecei a ler Borges esse ano, e estou gostando, apesar de ter tido uma decepção com "A história da eternidade", esse pequeno livro de contos foi muito bom, claro, como todos dizem, pra ler e entender Borges, precisa "se entregar ao labirinto" os significados das suas histórias normalmente estão sempre nas entrelinhas, requerendo sempre atenção.
Num geral foi uma boa obra
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SadRato 05/02/2023

Um livro que não tem começo, nem fim
Eis um livro de contos; e como todo livro de contos sempre terá alguns que gostamos bastante e alguns que não nos pegaram de verdade. Com o Livro de Areia não seria diferente.

Tal como é descrito no seu conto específico, esse livro de areia que temos em mão nos apresenta histórias que não necessariamente têm começos ou finais, e que duram ao infinito porque é bom revisita-las para pegar/ reler e experimentar outros entendimentos e emoções. Borges deixa bem claras suas opiniões políticas ao longo dos contos e resta a nós ler com atenção, interpretar e ver seus pontos de vista (e há certo fascínio nesse livro infinito em ver as opiniões do autor sobre o mundo e saber o que hoje desprezo, ou discordo)
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CAcera3 26/01/2023

Borges magistral
Entrei no mundo labiríntico, atemporal e maravilhoso do Borges.
Os contos desse autor são algo único na literatura e fiquei simplesmente apaixonada pela escrita dele, pelas reflexões que ele coloca e os temas que ele aborda.
São em geral contos bem curtos, com linguagem enxuta mas que precisam muitas vezes serem espremidos para nos darem o sumo que precisamos tirar daquela narrativa. Borges não entrega nada facilmente, mas entrega muito.
Vou citar aqui três contos do livro que foram os meus preferidos.

Ulrica.
Esse conto tem uma atmosfera onírica que me envolveu bastante com a narrativa. Ele aborda o tema da amor, da sensualidade e da passagem do tempo, o tempo efêmero. É um conto até diferente dele, pois o sentimento não é um tema muito presente em sua prosa, ainda que seja em sua poesia.

??o que dizemos nem sempre se parece conosco.?


There are more things.
Acredito que esse tenha sido o meu favorito, pois foi o que me deixou mais intrigada e me fez pesquisar bastante sobre. Ele aborda um tema caro ao autor que é o labirinto, tem também o tempo e principalmente o desconhecido. É um conto de pode ser considerado fantástico ou de suspense. Ele dedica inclusive esse conto ao HP Lovecraft.

?Senti o que sentimos quando alguém morre: a angústia, já inútil, de que nada nos teria custado ter sido melhores.?


Utopia de um homem que está cansado.
Esse conto aborda de forma magistral o esquecimento. Temos como que um distopia apresentada aqui com outra característica forte do autor que é a viagem no tempo (vemos isso logo no primeiro conto desse livro). Temos um tom bastante melancólico e a descrição de um lugar onde a memória não existe. As consequências que vislumbramos nesse pequeno relato são perturbadoras.

?Não existem morros iguais, mas em qualquer lugar da planície a terra é uma só.?


Esses são apenas exemplos do que Borges pode fazer na narrativa curta. Sua escrita e suas abordagem me arrebataram e quero conhecer mais e mais do autor.

Instagram @maecomlivros
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Rodrigo 09/01/2023

Borges é um gênio, porém tem alguns contos que parecem não sair do lugar. 1/3 dos contos achei chato, mas os outros 2/3 valem a obra. Recomendo.
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EWYGG 03/01/2023

São 13 contos bem exutos,mas que não tem nada simples adorei alguns e poucos entendi de outros,mesmo com minha leitura lenta, cuidadoso e buscando ao máximo dar conta das inúmeras referências, aprendi que ler Borges requer a humildade de perceber o quanto ainda tenho de estrada literária a percorrer gostei de quatro contos unir,disco,Avelino arredondo e o livro de areia.
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Eduardo Mendes 30/12/2022

Nada é o que parece e tudo é o que pode ser
Imagine ter em mãos um livro infinito, um livro sem começo, meio ou fim. Um livro que cada vez que você abre tem acesso a alguma página nunca vista antes e que jamais voltará a ver. Seria isso um sonho ou pesadelo?

Normalmente tento intercalar os temas e até mesmo autores em minhas leituras. Com Jorge Luis Borges não consegui esperar muito tempo até engatar outro livro do autor argentino. “Ficções” foi tão marcante que algumas semanas depois resolvi ler “O Livro de Areia”.

A obra de escrita refinada reúne treze contos que transportam o leitor pra lugares e ideias tão inusitadas, profundas e algumas vezes complexas, que a tentativa de explicar a experiência de ler Borges é completamente subjetiva. Você acha que está pisando em terreno sólido e quanto menos espera o autor transforma o texto numa espécie de areia movediça que te suga pra dentro de um mundo onde as possibilidades são infinitas.

De um lado, temos a beleza da imaginação ilimitada do autor que molda seus personagens entre o absurdo e o inusitado em contos sobre a ordenação do cosmos e literaturas que conhecem apenas uma palavra. Na outra mão, a erudição do autor e o uso de um vocabulário rebuscado por vezes sufocam o leitor.

No conto “O Outro” temos uma história onde um Borges mais velho narra um sonho que é um encontro com a versão mais jovem de si mesmo, trazendo um tema recorrente do autor: o duplo. Em “Utopia de um homem que está cansado” a trama se passa em uma época cheia de distorções históricas em que a memória, a história e a literatura já não existem por conta de uma falta de memória coletiva.

“O número de páginas deste livro é exatamente infinito. Nenhuma é a primeira; nenhuma é a última”. "Disse-me que o livro se chamava Livro de Areia, porque nem o livro nem a areia têm princípio nem fim”. Assim se descreve o inconcebível Livro de Areia que dá nome ao último conto da obra, um verdadeiro espetáculo narrativo, literário e filosófico.

Borges constrói suas narrativas e usa a literatura pra colocar no papel suas ideias com uma linguagem própria e extremamente inventiva, onde nada é o que parece e tudo é o que pode ser.

site: https://jornadaliteraria.com.br/o-livro-de-areia/
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