Maligna (Wicked)

Maligna (Wicked) Gregory Maguire




Resenhas - Maligna


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Bella Nine 10/04/2009

A bruxa Má que de malvada não possuía absolutamente nada
Impressionante como a visão que adquirimos não apenas da Bruxa Má do Oeste, assim como de Glinda e de toda Oz nos faz ver a terra do Mágico por um outro ângulo.
Decidi ler o livro porque havia visto a peça da Broadway, que por sinal muito me agradou. O livro é bem diferente do musical em muitos aspectos e, nem por causa disso deixou de me agradar. Pelo contrário, ele é perfeito!
Em pensar que em Oz tudo é vivido em uma espécie de ditadura e mentiras e que Elphaba queria apenas transformar tudo aquilo em verdade e liberdade...
Livro mais do que recomendado.
Yuri.Carvalho 11/04/2016minha estante
Procurei esse livro em português... Mas simplesmente esgotou.... Você vende? Por favor, gostaria muito... Trabalho no musical desse livro, em cartaz no teatro Renault em SP


danda 10/04/2021minha estante
Eu adoro o livro wicked- a magina- para os amam ou odeiam o mágico de oz. Conta a origem da Vilã bruxa má do oreste




Lucas Rocha 14/12/2009

Magnífico!
Li esse livro duas vezes, e devo admitir que da primeira vez que li achei ele um tanto quanto sem graça. Tão sem graça que nem mesmo consegui acompanhar a história, passando os olhos sem sequer prestar atenção ao que lia.

Mas então me perguntei: como, em todos os sete céus, um livro ambientado em Oz e tão bem criticado pode ser ruim?

Insistente que sou, reli o livro. E posso dizer que foi a melhor coisa que podia ter feito. O livro é incrível!

O livro trata da história da Maléfica Bruxa do Oeste, desde seu nascimento conturbado até seu fim. Com destaque para a adolescente e a fase em que vai, pouco a pouco, sendo moldada para se tornar a criatura esverdeada que tantas crianças temem.

Não é, contudo, um livro sobre uma vilã ou sobre suas vilanias. É uma história, sobretudo, humana, que trata sem nenhuma sombra de maniqueísmo uma das personagens mais cultuadas da literatura e do cinema mundiais.

Um livro para ser lido e relido e relido. Altamente recomendado!
Yuri.Carvalho 11/04/2016minha estante
Procurei esse livro em português... Mas simplesmente esgotou.... Você vende? Por favor, gostaria muito... Trabalho no musical desse livro, em cartaz no teatro Renault em SP




Rafael 15/06/2009

Por Deus, a idéia deste livro foi sensacional! E se engana quem pensa que se trata de uma babaquice para adolescentes. É um livro para adultos, bem escrito, que não tem quase nada a ver com O MAGICO DE OZ. Aliás, pra ser bem sincero, a Dorothy só aparece no final.
A história da bruxa má do oeste é maravilhosa!!! Adorei este livro, gostei muito mesmo
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Estersinha 02/04/2023

Em busca de uma alma
Eu amei esse livro muito pela nostalgia. Desde pequena gostava da história do mágico de Oz e eu gostei muito de poder voltar a esse universo.
E além de voltar ao universo, voltar com a história real do clássico por outro ponto de vista e com o passado incorporado.
Com certeza daqui pra frente a visão que eu tenho da história vai mudar totalmente porque não tem como você não gostar da bruxa.
Eu gostei do final porque ter se mantido original mas eu também não gostei porque não sei se eu esperava outra coisa mas talvez sim?
Única critica técnica e que eu achei que o final não foi tãoo bem desenvolvido. Foi meio rápido a chegada da Doroty lá e tals, mas uma coisa muito boa.
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Kaah 23/08/2020

Esse livro aborda vários assuntos, tanto políticos, religiosos, sexual, entre muitos outros. Eu amei esse livro e leria de novo sem pensar duas vezes, a bruxa não é má como todos dizem e isso é abordado de uma forma fantástica.
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Ana Saka 17/06/2016

Leitura nada amigável.
Terminar esta leitura foi um exercício de persistência. A narrativa é injustificadamente arrastada, o autor se prende a detalhes que em nada colaboram para o enredo, cansando muito o leitor. Uma pena, pois a idéia é muito boa e ele criou um interessante background para Elphaba. Outro porém foi que ao se alongar em determinados fatos, algumas questões básicas e importantes ficaram sem resposta, como por exemplo o porque de Elphaba ser sensível à água ou sua relação com o relógio do dragão. Para um livro dedicado ao público infanto-juvenil (de acordo com a classificação na ficha técnica do livro) trata de assuntos bem pesados e sombrios, além de possuir cenas de sexo em demasia pro meu gosto.
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Vânia 28/04/2009

"Somewhere over the rainbow"? Bah....Esqueça!
Se vc acha que essa é uma versão puritana da bruxa do Mágico de Oz, esqueça. Céus!!!!! Nunca vi tanta confusão nem tanta lama na minha vida...num suposto conto de fadas, é claro.
Aquela versão da Dorothy chata e seu irritante sapato vermelho que faz "toctoctoc", do leão procurando por um barbeiro pra cortar a juba, do homem de lata querendo um óleo pra calibrar suas juntas e do espantalho querendo dar um "créu" no corvo, é fichinha perto deste livro.

O início do livro é meio enjoativo, mas do meio em diante a história toma um rumo muito melhor. Vale a pena a leitura.

ATENÇÃO: NÃO é recomendado pra "baixinhos".
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Rogéria 13/04/2016

Wicked, Gregory Maguire
Meta 2016: Um livro que se passe em um universo com magia
Livro: Wicked, Gregory Maguire

"Você não pode separar a sua vida particular da política."

"Quando os tempos são de provação, quando o ar está cheio de crise, aqueles que são mais fiéis a si mesmos são as vítimas."

"E quanto à Bruxa? Na vida de uma Bruxa não há depois, no para sempre de uma Bruxa não há felizes; na história de uma Bruxa não há palavra final. Ela estava morta, morta e enterrada, e tudo que restou dela foi a carapaça de sua fama maldosa."

"Wicked", de Gregory Maguire, é o livro que deu origem ao famoso musical da Broadway e conta a história da famosa Bruxa Malvada do Oeste do universo de "O Mágico de Oz". Neste livro conhecemos o passado da Elphaba, a Bruxa do Oeste, e também de outros personagens do livro, como a Glinda, o Mágico de Oz e Nessarose, a irmã da Elphaba que morreu quando a Dorothy caiu com sua casa em cima dela.

Mas mais do que um conto de magia sobre bruxas, "Wicked" é um retrato de uma sociedade similar à nossa, com golpes de estado, preconceito latente, fundamentalismo religioso e opressão popular. Em meio a esse cenário conhecemos Euphaba, uma criança que estava fadada a ser estigmatizada, pois inexplicavelmente nasceu verde, com dentes afiados e uma séria alergia à água. Filha de um pastor fundamentalista e de uma mãe frustrada, Euphaba cresce sem carinho algum, causando estranheza por onde passa até chegar à faculdade, onde se engaja na luta pelos direitos dos Animais (animais que pensam, falam e se comportam como humanos). A dura realidade dos acontecimentos e injustiças que rodeiam a sociedade de Oz vão moldando o caráter de Euphaba, que pouco a pouco vai se transformando e assumindo sua identidade de Bruxa Malvada do Oeste - embora, estritamente falando, ela não seja má, pelo contrário, na maioria das vezes ela errou tentando fazer o certo, mas as forças contrárias a ela eram tão fortes que nada dava certo. O final já conhecido trouxe a morte da Euphaba do jeito mais terrível e estúpido possível, e o que fica em nós é o sentimento de profundo desperdício de uma pessoa inteligente, sensível, forte, mas que se perdeu em meio ao caos e as injustiças sociais que a cercavam, e que foi classificada como vilã por aqueles que cometiam atrocidades muito maiores que ela, e contra as quais ela tanto lutava.

É um livro forte, que ora prende o leitor, ora se torna um tanto enfadonho - principalmente nos momentos em que Euphaba soa mais perdida -, mas que merece ser lido. Só fica o alerta para o risco de identificação com Euphaba, que, a mim, foi inevitável.
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Mariana 15/01/2013

Maligna de Gregory Maguire
A verdade é que eu comecei esse livro sem esperar nada dele e até tendo a impressão de que seria uma leitura chata e infantil, já que falava de um universo popularmente infantil como Oz. Eu não poderia estar mais enganada. Esse não é um livro para crianças e aqui não serão encontradas coisas bonitas, mágicas e esplêndidas. Aqui serão encontradas rebeliões, líderes imperfeitos, diretoras de escola controladoras, medidas de opressão e assassinatos. A primeira coisa que eu pensei quando me dei conta disso foi que definitivamente, não estávamos mais na conhecida Terra de Oz.

Maligna conta a história de Oz a partir da visão de Elphaba, nascida verde e com dentes afiados na Terra dos Munchkins, no leste. O livro acompanha parte da infância dela, sua adolescência em uma escola no norte, seu período na Cidade das Esmeraldas quando uma jovem adulta e sua instalação na Terra dos Winkies, no oeste, onde assume o papel da Maligna Bruxa do Oeste.

Eu adorei o livro quando percebi a que ele veio. Gregory Maguire não queria nos mostrar a mesma Oz que Dorothy tinha visto; ele não queria nos mostrar mágica, belezas naturais, munchkineses vivendo felizes ou bruxas apenas fazendo o mal. Ele quis nos mostrar uma terra como as outras, sujeita a golpes de governo, medidas preconceituosas e cidadãos lutando pelo que achavam certo. Essa Oz que Gregory me apresentou conseguiu me fascinar de tal maneira que a Oz verdadeira me parece apenas uma fanfic. Não estou menosprezando a obra de Frank Baum, mas acho que Gregory quis escrever uma Oz para adultos, tanto que sexo, traição e conversas revolucionárias são constantes nesse livro; E essa versão complexa de Oz faz muito mais sentido quando se tem vinte e dois anos.

Em meio a um cenário em fase de modificação (já que o Mágico aterrisou em Oz, deu um golpe de estado, assumiu o governo e está modificando as coisas a seu bel prazer), cresce Elphaba. Quando adolescente, ela é mandada para uma escola no norte, onde conhece Glinda e uma amizade conflituosa nasce entre as duas. Elphaba é uma rebelde e não tem medo de dizer o que pensa. Ela lê o dia inteiro, não suporta água, não encontra razões para flertar ou namorar e parece ter nascido com o talento de bater de frente com os professores e a diretora da escola. O que podia ser uma combinação perigosa, funciona perfeitamente na protagonista, porque essa é a bruxa do oeste, ela diz o que pensa, ela se preocupa consigo mesma e ela não sente amada.

Uma coisa que abrilhantou mais ainda a história é Elphaba ter os motivos mais pálpaveis para ter se tornado quem se tornou. Eu acredito que tenha sido a mágoa e a rejeição que a tenham tornado amarga e egoísta. Elphaba não nasceu assim, ela cuidava da irmã, gostava de Glinda, tinha uma amizade bonita com Boq e um romance intenso com Fiyero... Ela perdeu essas pessoas pelo caminho e isso a tornou fria e distante. Como eu disse ali em cima, Elphaba é uma rebelde e essa rebeldia a torna uma revolucionária quando jovem adulta. Não preciso esconder que lutar contra um sistema opressor para com as minorias é uma coisa que eu admiro e Elphaba luta contra o governo do Mágico e sua medida que manda os Animais voltarem a ter uma forma primitiva, sendo que eles falam, pensam e são intelectualizados.

O livro ainda mantém uma discussão interminável sobre o bem e o mal, coisa que eu entendo como muito relativa. Eu tenho essa visão sobre o bem e o mal e mesmo diante do final do livro, ainda tenho para mim que Elphaba não se tornou má e que a palavra "bruxa" para ela, nada mais era do que um título dado a uma feiticeira e não um contrato com a maldade. Uma coisa que eu li na aba do livro e que fez um completo sentido é que a Elphaba de Maguire está para a Terra de Oz como a Morgana de Zimmer Bradley está para a Távola Redonda. Zimmer Bradley fez Morgana ser compreendida e humanizada através de As Brumas de Avalon e Gregory Maguire fez a mesma coisa e, de quebra, transformou Elphaba em uma das minhas personagens de ficção favoritas.

Definitivamente, essa não é mais a Maligna Bruxa do Oeste que conhecemos.

www.cometadeideias.blogspot.com
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Becky Cunha 07/02/2010

Eu detestei esse livro com todas as minhas forças. Eu sou fã de "O Mágico de Oz", e achei um absurdo que Gregory Maguire tenha destruído toda a magia e a atração de Oz em um livro tão cheio de maldade, de corrupção, de sexo, de traição, de MUITA coisa ruim!
A história é confusa, com personagens vazios e sem atrativos, uma narrativa sem graça e um mundo totalmente destruído. Se eu quisesse ler um livro sobre um lugar fodido por alguém maligno que só quer disfarçar a sua falta de poder sendo corrupto e psicótico, eu iria ler sobre alguma ditadura, tipo a do Brasil!
E achei uma afronta o autor ter tido a brilhante idéia de dar prosseguimento ao seu fracasso e escrevendo "O filho da bruxa". Claro que chamaram ele de gênio brilhante, que deu continuidade à uma saga e blablbalba. TOLICES! Disseram a mesma coisa de "Peter Pan Escarlate", que é uma baboseira atrás da outra. Poupe-me.
NekoYuna 29/06/2010minha estante
Calma moço... Esse livro deixa bem claro que ele escreve, sem a menor intensão de degradar o conto original. Ele apenas deseja evoluir a história para um patamar mais adulto. Entendo que não concorde com o desenvolvimento que ele usou mas n precisa ser tão dramático


Matheus Nunes 25/06/2021minha estante
Faço das suas palavras as minhas. Você foi até generosa dando 2 estrelas. rs




Elwing 22/12/2010

Sinceramente?
Prefiro o musical...
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Héls 15/04/2021

Depois desse livro eu nunca me questionei tanto sobre a maldade, principalmente se ?as pessoas nascem ma?s, ou sera? que a maldade e? lanc?ada sobre elas??.
Wicked e? um livro que eu amo, queria poder guardar Elphie num portinho e protege?-la de toda maldade do mundo ?
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Fernanda 06/10/2012

Todos conhecem ou ouviram falar do clássico "O Mágico do Oz". A tocante história da menina que chegou num tornado numa terra estranha, e só queria voltar pra casa. Com o auxilio da Bruxa Boa do Oeste, ela concluiu que a solução era recorrer ao Mágico de Oz para pedir ajuda. Juntamente com seus amigos: um Espantalho, que queria um cérebro, um Homem de Lata, que queria um coração e um Leão Covarde, que queria coragem, Dorothy seguiu na estrada de tijolos amarelos. Ao encontrar o Mágico, ela recebe um pedido em troca de sua ajuda: "Mate a Maléfica Bruxa do Oeste"... Lembraram?

Muito bem, este livro nos conta essa história... Só que de outro ponto de vista.
"A história é contada de tantas maneira, dependendo de quem narra, e do que o interlocutor precisa ouvir de cada vez! (...)"
"Wicked" é a prova em prosa que tudo é questão de perspectiva.
"Maligna" (no português) traz a versão da Bruxa Má do Oeste.
Conhecemos suas dificuldades desde a infância até sua idade madura, onde ela encontra Dorothy.
Elphaba (ou Elfinha para os íntimos) sempre teve uma vida complicada. O fato de ela ter nascido verde e com dentições monstruosas surpreendeu (desagradavelmente, devo constar) seus pais e trouxe marcas para o futuro de todos. Sua aparência e sua criação a fez uma garota de personalidade ácida e um humor irônico e esses fatos refletem em sua forma de agir.
Como se não bastasse a vida em si, sua sociedade atual está passando por momentos difíceis.
O Mágico é uma espécie de ditador em Oz, e muitas injustiças estão ocorrendo. A diferença social entre munchkins, quadlings, winkies e Animais espelha muito a sociedade em que vivemos hoje. Elphaba é uma ativista e, como tal, não aceita a situação e age.

O autor, Gregory Maguire, foi genial em fazer essa alusão com a nossa sociedade.
Aconteceu de eu esquecer que estava em Oz e me via neste mundo (doente, corrupto, injusto) atualmente. As questões políticas, no contexto de Oz, são tratadas de forma realistas e realmente geniais.
"Wicked" é um livro deliciosamente complexo. O embasamento em "O Mágico de Oz" pode ser um engano perigoso para os desavisados.
Alguns clássicos infantis tem muito de subliminar nas entrelinhas, e talvez o supracitado livro tenha um pouco dessa característica. Ainda sim, o li na biblioteca da escola, no ensino fundamental e, acreditem, é extremamente diferente desta obra.
O ponto de vista da Bruxa é (desculpa, Dorothy, mas é verdade) mais inteligente e bem estruturado. São levantadas até algumas questões filosóficas que nos fará pensar sobre os conceitos de bem e mal.
“Pessoas que afirmam que são más não são habilmente piores que o resto de nós... É com gente que afirma ser boa, ou, de qualquer modo, melhor que o resto de nós, que você deve se acautelar...”
É realmente um livro surpreendente e (o único termo que me vem à mente é:) genial.

Ao conhecer a vida, família, amigos (alguns surpreenderão, inclusive), amor e todos os conflitos envolvidos a respeito de Elphaba, ou a Bruxa Má do Oeste, somos obrigados a fazer outro julgamento de caráter que é impossível fazer em “O mágico de Oz”, pois lá ela é a Bruxa Má e ponto.
"Wicked" é um arquivo precioso para analisarmos um lado que ignorávamos.
Acredite, você nunca mais verá Oz da mesma maneira.
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regi @bookiane 08/04/2011

"Ninguém é bom demais"
Wicked (Maligna, na versão em português), de Gregory Maguire.

Um livro pra quem ama ou odeia "O Mágico de Oz". Antes de qualquer coisa, é preciso dizer: é outra obra, é outro autor, é outra perspectiva. É o "direito de resposta" da bruxa verde malvada do oeste, Elphaba.
É impossível olhar o original de L. Frank Baum com os mesmos olhos, porque lá nós somente somos capazes de olhar a bruxa com maus olhos, perguntando "mas porque ela quer fazer mal à pobre garotinha, gente?". Não sabemos de onde ela vem, quais suas intenções, nada de sua vida. Ela é colocada como má e pronto, nós engolimos isso, e se o Mágico tem questões inacabadas com ela, ela realmente é um problema.

Eu nunca achei exatamente que O Mágico de Oz fosse uma obra unicamente infantil, mas Maligna é muito mais profundo e mais adulto. Tem dramas, tem passagens cômicas, de tudo um pouco. Maguire faz críticas à sociedade de uma forma no mínimo divertida. Mas o mais marcante mesmo é a discussão sobre o bem e o mal - o que eles são, no que se difereciam. Uma passagem do livro para ilustrar: "é com pessoas que afirmam que são boas, ou pelo menos melhor do que o resto de nós, que você tem que ser cauteloso."

Nós aprendemos a gostar da Elphie conhecendo sua vida, as dificuldades que passou, as loucuras da família (a mãe, uma mulher linda e, digamos, carente; e o pai, um pastor fanático; sem falar da irmã Nessarose, mais tarde conhecida como a bruxa malvada do leste, assassinada pela casa de Dorothy) e dos amigos (Glinda, a bruxa boa do sul e suas amigas "patricinhas" na Universidade de Shiz, os rapazes que andam com elas, especialmente Fiyero, personagem determinante para a segunda metade do livro), o quanto ela sempre se esforçou, o quanto ela defendia seus ideais, e como tudo isso foi afetando sua personalidade. Ela nem imaginava que seria bruxa, nunca assistiu às aulas de feitiços na universidade, estava mais ocupada com sua juventude subversiva.

Ver a terra de Oz por uma ótica política é uma experiência diferente, algo que nunca nos passou pela cabeça. A diferença social entre os munchkins, winkies e quadlings, a briga entre as classes, entre os homens e os Animais - e também os animais, assim, com letra minúscula -, a ditadura de Oz.

A contracapa da versão original em inglês traz algumas pequenas críticas do livro, e a primeira que li, e ao terminar concordei totalmente foi a seguinte: "Guarde um lugar na estante entre Alice e O Hobbit - esse lugar é bem merecido".
Acontece que o livro merece mesmo esse lugar.
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