Duda Onofre @paginasnarede 18/10/2020
Tem livro que decepciona, né? Foi o caso de O Palácio da Meia-Noite. Confesso que parte da minha decepção veio por minhas expectativas (esperava muito após amar O Príncipe da Névoa), mas, de qualquer forma, encontrei pontos no enredo que deixaram a desejar na minha opinião. Antes de começar a resenha, quero dizer: não, este livro não tem relação (ao menos explícita) com O Príncipe da Névoa, então não precisa ler um para ler o outro. Bora pra história?
? O livro fala sobre os irmãos gêmeos Ben e Sheere, separados quando crianças para se protegerem de um mal sobrenatural. Sheere é criada por sua avó e Ben cresce em um orfanato em Calcutá, onde cria um forte laço com outras 6 crianças orfãs. Daí surge a Chowbar Society, grupo que se reúne em um edifício abandonado, o qual nomeiam de Palácio da Meia-Noite, e onde dividem seus segredos e histórias;
? Após 16 anos, em 1932, os caminhos dos irmãos se cruzam novamente, assim como o inegável destino frente ao mal que os separou. Junto à Chowbar Society, os gêmeos agora se unem para combater o inevitável;
? O livro começa com tudo pra dar certo, a história flui mesmo com capítulos longos e perguntas vão surgindo para instigar a narrativa - mas essas perguntas são mal respondidas, com respostas sem sentido ou rasas. A história poderia ter uma forte carga emocional devido ao enredo familiar, mas a impressão é de que isso foi mal trabalhado e ótimas cenas que poderiam existir e enriquecer os personagens foram deixadas de lado, com uma narrativa a desejar;
????? No entanto, o livro pode ter potencial para os fãs de realismo fantástico (mesmo assim, acho que restam pontas soltas e alguns personagens carecem de desenvolvimento). Como não é um gênero com o qual tive muito contato, não posso garantir se apenas não me dou bem com o estilo ou se realmente não é um bom exemplo dele.