Resenhas - Cem Anos de Solidão

lililu 22/09/2023

Bem complexo
Eu achei o livro legal, um pouco extenso pela escassez de diálogos.
Uma história diferente sobre um família que cria uma cidade, a historia das duas se mistura ao longo do livro. No final elas se misturam e acabam juntas.
Eu fiquei bem perdida por conta dos nomes mas deu para dar uma compreendida.
O final é muito triste mas é a realidade da solidão

Vitor 21/09/2023

A magia de um clássico?
Uma obra que, do início ao fim, me fisgou. Não é uma leitura simples, fácil? É densa pelo conteúdo e até mesmo pela parte física do livro - páginas cheias, com no máximo um espaço um pouco maior no início de uma nova parte.

Acompanhar as gerações que fundaram Macondo cria na mente uma tela onde se projeta as imagens escritas por Gabo. Com sutileza, por vezes rudeza, ou até em alguns momentos vago; ele consegue descrever cada personagem que dá a esse clássico a sua pompa.

Formado por personagens ímpares, não me furto a ter certeza que a maior personagem dessa história é Úrsula, a matriarca e alicerce de uma família de homens que vem e vão (alguns até sem de fato irem). Acompanhar sua evolução pessoal e amadurecimento durante as gerações, e páginas, é fascinante.

Antes de finalizar, fiquei abismado com alguns comentários criticando a mágica em muitas passagens, o realismo fantástico presente do início ao fim da história, quase esotérico. Macondo é mágica e se deteriora com o passar das gerações dos Buendía. E todos os mitos podem ser segredos e figurações de família também? E, qual o estranhamento do sobrenatural, ou fantasioso em literatura.

Em Cem Anos de Solidão percebemos que a solidão pode ser companhia ou fardo. Que a Solidão pode fazer parte de nossa vida não estando nós necessariamente sozinhos.

Gean 19/09/2023

O que é que você esperava? O tempo passa.
Que o tempo passa, todos nós sabemos. Vivemos cercados de relógios e calendários, se arrastando pelo cotidiano à procura de um grande evento, conquista ou até mesmo amor.
Que a morte chega, todos nós sabemos.
Vivemos cercados por más notícias, sufocados pela presença da morte dentro e fora do nosso círculo social, lutando cada vez mais para que não nós nos encontremos com a morte através de nós mesmos ou dos nossos entes queridos.
E que nasce-se amaldiçoado a solidão, temos consciência disso? A solidão, como os elementos referidos também é companheira no nosso dia a dia, mas sua a presença diferentemente, em pouco caso é percebida.
Cem anos de solidão traz um perspectiva diferente não só do tempo, mas dá morte e obviamente, da solidão.
Gabo neste livro, ao meu entender faz uma relação direta à herança da colonização deixada pelos europeus, ao fato de que não estamos somente cem anos condenados a solidão, mas sim durante todo o seguimento de nossa estirpe. Quando estava na exata página em que a Úrsula alterna a fala que é o título desta resenha, eu tive uma conversa com meu Pai e conheci mais da minha estirpe, correlacionei que assim como os Buendías, minha família vive como se tivesse presa ao tempo, mas não na medida convencional em que ele passa, mas sim na medida em que ele se repete. Partir deste pensamento, eu ouso dizer que isto não é algo particular da minha família, que apesar de todos os avanços nós âmbitos sociais e tecnológicos, continuamos todos a viver como os nossos pais, avós, bisavós e tataravós, não de maneira idêntica obviamente, mas de maneira semelhante, assim como mostrada no livro. Além da herança de não ter uma segunda chance sob a terra, deixada a nós pelos nossos queridos antecessores europeus, a solidão é retratada não somente como um estado de espírito que pode estar ou não estar, mas sim quase como algo objetificado que pode ter se ou não ter, algo que escolhemos por orgulho ou soberba viver com. Ao refletir sobre essa objetificação da solidão, eu percebi que eu tenho à minha própria solidão, e que ao continuar carregando está solidão, isolei-me da pessoa com quem eu à partilhava, sendo assim, acabei por ficar sozinho devido a minha própria solidão, criando se quase que um círculo vicioso que todos nós seguimos. É quase como se fosse uma vontade subconsciente de ser infeliz, algo que mesmo com toda a felicidade disponível, continua a viver como um parasita nas estranhas da memória, algo que, muita das vezes é simplesmente, como eu disse antes, por soberba ou orgulho, algo que é quase intencional.
Cem anos de solidão vai muito além destes poucos conceitos que citei, e é um livro tão completo do início ao fim que a cada lida deve-se ter uma percepção diferente, não só da época em que se lê, mas também da pessoa que se lê. Este livro é uma daquelas obras que se vale a pena ler resenha, pois a partir de cada resenha se tem um novo ponto de vista que pode ser completamente diferente do anterior, e depois de todas estas linhas escritas venho dizer que até o presente momento, cem anos é o melhor livro que eu já li e que após todos os minutos escrevendo essa resenha, digo que o tempo passa. É verdade, mas nem tanto.

Vinicius 18/09/2023

Impecável
Nem adianta elogiar tanto o livro. Simplesmente maravilhoso já é suficiente. Um dos preferidos da vida. Não esperem mais para ler Cem Anos de Solidão!

Monica Quintal 17/09/2023

"Em Cem anos de solidão, um dos maiores clássicos da literatura, o prestigiado autor narra a incrível e triste história dos Buendía - a estirpe de solitários para a qual não será dada "uma segunda oportunidade sobre a terra" e apresenta o maravilhoso universo da fictícia Macondo, onde se passa o romance. É lá que acompanhamos diversas gerações dessa família, assim como a ascensão e a queda do vilarejo. Para além dos artifícios técnicos e das influências literárias que transbordam do livro, ainda vemos em suas páginas o que por muitos é considerado uma autêntica enciclopédia do imaginário, num estilo que consagrou o colombiano como um dos maiores autores do século XX."

Demorei muito pra criar coragem e ler esse livro: eu tinha (literalmente) medo da escrita, de travar na leitura, de não entender, ou qualquer coisa do tipo. Não faço ideia de onde veio esse medo, mas era totalmente real, e agora que conclui a leitura, percebo o quão besta eu fui! Que livro envolvente, personagens marcantes, te prende do início ao fim. Torci por alguns personagens, tive raiva (e ranço) de outros, me espantei, dei risada, me emocionei... Decorei uma árvore genealógica de 7 gerações, sendo que a maioria dos personagens têm nomes iguais, realmente uma "casa de loucos"!
AMEI a experiência, entendo totalmente a quantidade enorme de pessoas que tem esse livro como favorito da vida. Ah, e a Úrsula se tornou umas das minhas personagens favoritas, que mulher forte!

"Os senhores levaram muito a sério esse jogo espantoso, e fizeram bem, pois estão cumprindo com o seu dever. Mas não se esqueçam de que enquanto Deus nos der vida, nós continuaremos sendo mães, e por mais revolucionários que os senhores sejam, temos o direito de baixar suas calças e dar-lhes uma sova na primeira falta de respeito."

"A única diferença atual entre liberais e conservadores é que os liberais vão à missa das cinco e os conservadores vão à missa das oito."

"Um minuto de reconciliação tem mais mérito que uma vida inteira de amizade."

"O mundo terá se f***** de vez no dia em que os homens viajarem de primeira classe e a literatura no vagão de carga."

Daniel.Sousa 17/09/2023

100 anos em Time Lapse...
Meu primeiro contato com o autor foi em "O amor nos tempos do cólera", leitura que havia iniciado em paralelo à "Os pilares da terra". Por questão de tempo (ou falta dele) em dado momento optei por suspender uma das duas e, como estava mais envolvido na reconstrução de Kingsbridge, abandonei as correspondências proibidas entre Florentino e Fermina.
Considerado um clássico, "Cem anos de solidão" foi uma experiência literária única pra mim, uma vez que a identificação com os buendía foi quase imediata.

A forma com tudo é descrito, com diálogos rápidos, escassos e pontuais, dá a sensação de que estamos assistindo um vídeo em time lapse de cem anos sobre várias fases geracionais de uma família. De modo frenético e ao mesmo tempo triste, os acontecimentos no livro ocorrem as vezes um após o outro, as vezes ao mesmo tempo, as vezes em épocas diferentes, as vezes com personagens de mesmo nome, sobrenome, mesma personalidade, mesmo destino... mas cada um com sua solidão particular, seu último pensamento, as vezes última alegria, ato de bondade e quem sabe um último arrependimento.

O livro pode ser considerado confuso em alguns momentos, principalmente com tantos Aurelianos, Acádios e Remédios, mas a leitura é fluida e, apesar de não linear, segue uma retórica concisa e nada fica pra trás, ou seja, se leu algo e não entendeu, continua lendo que lá na frente vai entender kkkk.

"Cem anos de solidão" é sem dúvida um clássico indispensável à qualquer leitor.

Roberta.Biasioli 17/09/2023

Este é um dos livros mais incríveis que já li. Foi um dos livros que me mostrou o que é literatura de qualidade. Tanto que já li 2 vezes...
Suas personagens e seu enredo fantasioso estão repletos de verdades universais.
Apesar de parecer que os homens (tantos Aurelianos e Josés Arcadios que até nos confundimos...) são o centro da narrativa, percebe-se que toda força dos acontecimentos depende das mulheres.
É sensacional!

Sandra 17/09/2023

Alta expectativa me frustrou
Eu quero reler este livro. Criei muita expectativa e, no final da leitura, eu não estava muito empolgada.
Talvez pela quantidade de personagens e parentescos, eu fiquei muito tempo pensando na árvore genealógica e na narração dos fatos, que não me emocionei com a história, ou não percebi os sentimentos mais profundos dos personagens.

mari 15/09/2023

Tal qual a imagem do gil do bbb 2022 mariana esta a cem anos (de solidão) sentada imóvel em completo silêncio

Andreya.Stella 14/09/2023

A solidão assusta
Um livro muito forte, com histórias muito tristes. Ao final fiquei pensando como seria dolorido fazer parte de uma família tão desajustada, cheia de erros, abandonos, desunião. Um completo horror.

Dalila.Almeida 13/09/2023

Muitos anos depois...
Livro redondinho, tudo amarradinho no final, final esse que foi por viés diferente do qje eu esperava, mas tá valendo. Na primeira parte do livro as coisas acontecem num rítmo muito frenético, não dá pra largar, a cada parágrafo ficava curiosa pelo próximo... A segunda parte tem o narrador onisciente se torna mais forte. Em menos de 400 páginas criei um apego por alguns personagens.
As cenas de morte em sua maioria são narradas de uma forma breve, mas emocionante.
Finalizei com vontade de recomeçar imediatamente.
No início, achei que o primeiro capítulo (muito emblemático por sinal) dava um toque do que seria o final, iludida estava kkkkk.
Dica pra quem for se aventurar: tenha em mãos uma árvore genealógica (ou vá construindo a sua própria ao longo da leitura porque não?). Auxiliará quando houver 25 personagens com o mesmo nome kkkkk

Yaruro 13/09/2023

Amei o livro!! Na verdade é a segunda vez que leio e ainda assim não deixa de me surpreender. Tem toda uma questão política e social não só da Colômbia, também da América Latina. Na sua escrita, o autor faz uso de muitas referências de diversas culturas e de livros que são importante na história do continente.

Dani 12/09/2023

Que livro...
Denso, difícil e muito descritivo. Quase não há diálogos, a história tem um ritmo temporal que vai e volta, personagens com os mesmos nomes, e com atitudes parecidas. Eu persisti e consegui finalizar. Todos os personagens cometem erros graves, há uma frieza na família, mas é um retrato real e cru. Fiquei muito feliz, o final é o que mais me impactou, mas vale a pena conhecer a obra mais famosa de Gabriel García Márquez, quero ler mais.

Marina.Duarte 12/09/2023

É a terceira vez que leio esse livro e cada vez é uma delícia! Os personagens são super envolventes, e depois que nos enveredam na história não temos mais vontade de parar!

Badlagirl 12/09/2023

A fabulosa aventura da família Buendía-Iguarán com os seus milagres, fantasias, obsessões, tragédias, incestos, adultérios, rebeldias, descobertas e condenações são a representação ao mesmo tempo do mito e da história, da tragédia e do amor do mundo inteiro (...)