A Desobediência Civil

A Desobediência Civil Henry David Thoreau




Resenhas - A Desobediência Civil


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Silas-sama 10/11/2022

Recomendo
Thoreau tem umas ideias meio extremistas mas com o comentário do tradutor que demostrou bastante familiaridade e estudo no assunto Thoreau, que limpou essa imagem dele, deu para interpretar melhor.

Thoreau foi um homem que por objeção de consciência não participou de uma guerra injusta que massacrava mexicanos por razões inglórias, não pagou impostos para um estado que ceiava com escravistas e por mais que muitos falassem mal dos senhores de escravos, ninguém fez algo pra acabar com essa blasfêmia. Ele sim, foi preso, por não pagar um dólar e alguns centavos para a guerra em impostos, protestando ativamente e nessa prisão, começou a escrever essa obra que não foi célere antes de algumas décadas após sua morte. Luther King e Ghandi, nomes conhecidos que apreciaram abertamente até, no caso do primeiro, esse ensaio.

Agora, uma parte bela do livro:

"É como se o estado se penitenciasse ao ponto de empregar alguém que o castigasse enquanto peca, mas não o bastante para parar de pecar por um estante sequer."
Silas-sama 10/11/2022minha estante
Gandhi ?




Carol 18/07/2010

Eu e a Desobediência Civil
Foi com intenção inocente que comprei esse livro. Sempre quis saber mais acerca dos ideias anarquistas. Não pensei que ele fosse me inspirar tão e que eu fosse me identificar tanto!

Li de uma sentada só. Maravilhoso! Thoreau viaja pelas entranhas do Estado e traz a tona a mediocridade do individuo, a forma como este assume uma posição inerte ante a calamidade moral que assola a sociedade, passiva perante os desmandos e as injustiças estatais.

Impressionantemente atual, mesmo tendo sido escrito nos idos do século XIX.

Sinto-me envergonhada em identificar o meu comportamento, a minha forma de agir e viver, naquele mesmo criticado no manifesto. Ao terminar de ler, quis que esse sentimento desaparecesse, mas é impossível, nunca mais serei a mesma. Terei que conviver com essa vergonha, ou, quem sabe, talvez, descer de cima dos ombros dos homens que me carregam e caminhar com minhas próprias pernas.
Rafa 28/09/2013minha estante
Olá Carol, apesar de na sinopse dizer que ele é o pai do anarquismo, não é, ele inspirou anarquistas, mas ao escrever este livro essa ainda não era sua intenção.


Cemeca 01/07/2014minha estante
Realmente, ele não parece defender o anarquismo.Talvez, sim, tenha inspirado.




Gessyka.Loyola 14/04/2024

Desobedecer com consciência!
Um livro muito revolucionário para sua época (que na realidade era um manifesto).
Confesso que estava quase abandonando por não entendê-lo mas uns vídeos no YouTube resolveram. Recomendo, pois abre nossa mente de como podemos ser resistência em meio as injustiças, e não sermos apenas baderneiros que só fazem barulho.
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Luís Aracri 28/08/2010

Um livro que pode ensinar mais coisas do que se imagina...
Falar em princípios parece algo fora de moda nos dias de hoje. Porém, "nunca antes na História deste país" (e de todos os outros) os princípios foram tão escassos e, ao mesmo tempo, tão necessários. Por esta razão, o livro (na verdade um relato) de Henry David Thoreau bem que merecia maior atenção - sobretudo agora que estamos às vésperas de mais uma eleição presidencial. Porque o que as páginas escritas por Thoreau dizem têm muito a ver com escolhas.

Apesar de ser considerado pelos anarquistas uma espécie de Bíblia da teoria e práxis libertárias, "A Desobediência Civil" contém algumas lições morais importantes, sobretudo para os jovens de hoje. Estes parecem não estar preparados para crescer e se tornarem adultos. Eles reivindicam o direito de decidir por eles mesmos sobre como dirigir suas próprias vidas, mas frequentemente não desejam se responsabilizar pelo ônus de suas escolhas. Porém, desse modo jamais aprenderão a tomar decisões sozinhos. São gerações novas sendo desperdiçadas. E o desperdício de uma geração é o desperdício do futuro.

Mas o que isto tem a ver com "A Desobediência Civil"? A resposta está na história por trás do livro: Thoreau se recusou a pagar impostos ao seu governo (EUA) porque isto financiaria um regime escravista e a guerra contra um país vizinho - o México. Ele pagou por isso, é claro, pois acabou sendo preso por sonegação. Inspirado pela passagem pelo cárcere, escreveu este livro no qual deixou claro como águas límpidas seus princípios éticos, morais e políticos, aos quais manteve-se sempre fiel. Um homem que não deseja compactuar com as atrocidades cometidas pelo governo de seu próprio país contra a dignidade humana e o direito de autodeterminação de outros povos tem que estar disposto a levar esta escolha até as suas últimas consequências. O que falta às gerações de hoje é justamente isso: o comprometimento com ideais e valores e o estar preparado não apenas para as desejadas recompensas das escolhas, mas também para as possíveis decepções (ou sanções) que elas podem eventualmente acarretar. Logo, a luta política torna-se inviável e impossível sem essa premissa.

Além disso, com "A Desobediência Civil" Thoreau procurou demonstrar que as atitudes são o melhor exemplo e a melhor forma de se convencer alguem. O conflito e a violência impõem o consenso pela força.

É por isso que indico este maravilhoso livrinho para os jovens. É preciso que aprendam que toda decisão que venham a tomar na vida pode trazer-lhes não apenas prêmios, mas também custos, e que devemos estar sempre preparados para eles. Viver num mundo onde apenas se ganha sem nunca perder é uma fantasia que precisa ser desmanchada se quisermos preparar as novas gerações para todos os desafios da vida, inclusive o maior e mais importante deles: construir o futuro.
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Gansh 31/07/2023

Razoável
Achei o livro um pouco fraco em seus pontos abordados, poderia ter trazido outras pautas mais relevantes do que o fato do imposto do estado
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Rachel Bgs 04/12/2022

Além de o texto ser extremamente necessário nos dias de hoje, em que a política brasileira tem sido tão insatisfatória e corrupta, os textos de apoio e a escolha de negritos e caixa alta tornam a leitura ainda mais esclarecedora. Eu recomendo para todos, pois, como cidadãos, a filosofia política é para todos nós imprescindível.
Mas é importante frisar: filosofia é a visão particular do autor, portanto o leitor deve adaptar ao contexto de sua época, cultura e localidade, e ter um olhar crítico, pois a perspectiva é muito individual, estamos tratando do olhar unilateral de Thoreau.
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Natali 14/12/2022

A desobediência civil
Um ensaio que serviu de inspiração para os trabalhos desenvolvidos por Martin Luther KIng, Dalai Lama e Hanna Arendt fala por si só. É um texto fenomenal, Thoreau consegue ir no cerne de questões complexas da sociedade, que parece que foi escrito hoje. É uma leitura necessária que irá nos fazer pensar em nosso papel na sociedade e como nutrimos, sem nos dar conta, na classe política que temos hoje. Recomendo a leitura!!!
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@emmzzzly 04/11/2022

muito bom
marquei tantos trechos e fiquei pensando por horas sobre outros. tem muito tempo que não leio um livro curto por tanto tempo não por ser ruim, mas por me fazer pensar tanto
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GuiBatelochio 27/03/2022

Devemos ser homens em primeiro lugar, e depois súditos
A Desobediência Civil é uma obra escrita por Henry Thoreau após ter sido preso por recusar-se a pagar um imposto. Nela, ele expõe os motivos que o levaram a tal e o que pensa ser papel do Estado e do cidadão.

Thoreau é incisivo no que defende. Não adianta debater e expor diversas ideias se as mesmas não se aliarem a ação. O governo da época usava o dinheiro dos impostos na guerra contra o México e era escravista, coisas que Thoreau era veementemente contra. Foi preso para protestar contra e seria de novo se precisasse. Segundo o mesmo, se as leis não são justas, o lugar do homem honesto é na prisão.

O livro faz refletir bastante sobre nosso papel como cidadãos. Questiona a atuação do Estado, sobre como nos comportamos frente às injustiças do mesmo.
A versão que li possui textos extras falando sobre Thoreau, sua obra e vida. Estranhei o fato de ter mais páginas "extras" do que próprio texto de Thoreau, que possui cerca de 30 páginas. Ainda assim, é um baita trabalho de pesquisa.

Recomendo a leitura.
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Kit 20/10/2020

Nesse livro, Thoreau nos entrega várias frases de impacto, e nos colocam para refletir sobre a sociedade e sobre nós mesmos. Chega a ser surreal ver que vários de seus dilemas são tão atuais, tendo em vista que seus textos tem quase 200 anos. Ele estava a frente de seu tempo? Nós estamos atrasados? Ou na verdade é a sociedade que nunca muda?
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Carlos Souza 19/08/2021

"A única obrigação que tenho o direito de assumir é a de fazer aquilo que considero direito."
Desobedecer é necessário quando o Estado é arbitrário e violento.
Apesar de ser uma leitura breve, o livro de Thoreau carrega um vasto conhecimento. De maneira pontual, os argumentos desta obra estão fundados em alguns princípios, dentre os quais se encontram: liberdade, igualdade e justiça.
A mensagem que esse livro contém, resumidamente, transmite que, um indivíduo que possua princípios morais e éticos, não deve de maneira alguma traí-los. Ele não deve se posicionar de maneira neutra e permitir injustiças, deve ser protagonista de ações que provoquem mudanças. Caso acredite que não poderá ajudar em todos os combates, deve escolher sabiamente quais batalhas irá travar, porque ao focar num conflito, ele ajuda e não atrapalha nos demais. Sua máxima é clara: "Um sujeito não pode fazer tudo, mas pode fazer algo. E fazer algo não significa um ato mal feito".
Segundo Thoreau, somente o pensamento não basta, é preciso agir. É preciso entender os mecanismos que compõem o Estado e deixar de alimentá-los. Dizendo de outra maneira, não devemos ser hipócritas, de nada adianta falar uma coisa e fazer o contrário. E ainda por cima, apoiar os opressores.
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Thaina66 02/03/2021

O melhor governo é o que menos governa
Chega a ser assustador como muitas das reflexões de Thoreau mostradas neste livro se encaixam perfeitamente na atual situação do nosso governo.
E ainda mais assustador como deixamos esses "problemas" de quase 200 anos ainda nos prejudicar.

"Se cada homem expressar o tipo de governo capaz de ganhar o seu respeito, estaremos mais próximos de
conseguir formá-lo."
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Lisa 27/10/2023

Tão necessário quanto ingênuo.
Thoreau é um grande nome que influenciou grandes nomes, de Tolstói a Martin Luther King. Seu ensaio sobre a desobediência civil incentivou movimentos de revolução e resistência pacífica ao longo dos séculos. Sua ideologia não é anárquica, mas sim intervencionista, não quer o fim do Estado, mas a sua mudança e a nossa relação com este. Para ser resistência, contudo, é preciso questionar; o que é legítimo e o que é legal? O aparato do Estado legaliza, não obrigatoriamente legitima, e cabe ao cidadão a tomada de consciência sobre si e sobre as decisões da nação.

Thoreau escreve do contexto histórico em que a escravidão era legal, em que o EUA massacrava o México, mas não estamos tão distantes assim. Atualmente temos países como Turquia, Turcomenistão e Israel cometendo genocídios étnicos contra armenos e palestinos. Temos países como Estados Unidos com missões de "paz" que promovem guerra, outros como Rússia que rompem a soberania de outro povo. A coleção de governos golpistas autocratas no seio africano. Tudo dentro de certas legalidades, entretanto é moral? É legítimo? É justo? Não cabe a cada cidadão rebelar-se contra o Estado que toma decisões em detrimento próprio por cima e as custas do povo? Para o autor sim.

Para desobedecer é preciso questionar e discordar. Obediência, passiva como é, cega e aliena. Desobedecer causa alarido, irrita, desagrada e justamente por isso, é imprescindível. Entretanto, seu ensaio é também extremamente utópico.

Escapava ao Thoreau, o conceito de reforçamento. Ao dizer que há pouca virtude na ação da coletividade, coloca o peso da responsabilidade pela resistência nas costas do indivíduo e embora, sim, o todo seja formado por um conjunto de singular, vivemos em sociedade, relevância ganha massa quando plural. É aqui que seu discurso se torna raso, falho e ingênuo. Agimos por sermos reforçados, se meu conjunto de respostas me traz mais prejuízos que ganho, é provável que não torne a repetir. Há muito pouco valor em por exemplo, sonegar impostos sozinho, há ainda menos impacto e mudança no meu ambiente, além do alívio de minha própria consciência. Negar a importância do coletivo na desobediência civil e esperar que cada indivíduo haja em detrimento próprio, somente baseado em um valor, é irreal. Se eu quero promover mudança, é preciso trabalhar com o que existe. O que significa indiscutivelmente trabalhar com ideologia de massa.
Se desobedecer é questionar e discordar, não pode ser somente individual, precisa ser público e propagandeado para que seja adotado, reproduzido e efetivo.

Não atoa a propaganda de guerra é o carro chefe de qualquer governo e grupo político, é preciso vender o ideal, os objetivos, é necessário criar uma imagem visual homogênea, desumanizar o suposto inimigo. A Turquia fez isso com louvor com a Armênia. Hitler superou com a criação de um estereótipo judeu e o ideal ariano que persistem até os dias hoje. O Japão fez isso como ninguém com os coreanos e vietnamitas. E o EUA segue fomentando com primazia sua propaganda contra a china, contra mulçumanos e comunistas. Alardeando e aumentando a ilusão da sua importância, o fez contra o México, repetiu no Vietnã, continuou no Golfo Pérsico, em Israel e samba no Oriente medio.

Então, Thoreau e sua ideia de resistência pacífica e de desobediência civil são essenciais, mas a coletividade dela é quem faz a diferença, pois a coletividade política do governo é ainda mais maciça. Tomando seu próprio ensaio como exemplo, se pode notar o efeito disso, seu alcance e impacto se deveram somente por sua saída da esfera individual justamente para coletiva. Nada em sociedade é uno, como defende tão bem, Marx, o poder está na mãos do povo.

Por fim, não diria que foi uma leitura que amei, mas indiscutivelmente, é seguro dizer que este é um livro pequeno em tamanho, mas imenso em magnitude e impossível de ignorar.
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Matheus.Vanin 20/12/2021

A desobediência civil (e outros textos)
A edição da Penguin faz uma trajetória pelos principais textos de Thoreau. O livro inicia-se com o texto de A Desobediência Civil, de 1849, em que o autor critica fortemente a escravidão e as distribuições de impostos americanos. Depois, em textos de 1854 e 1862, fase em que Thoreau parecia mais preocupado com questões existenciais, é narrado o seu afastamento da vida em sociedade e o seu contato com a natureza e a contemplação. Depois, quando o autor já era conhecido e palestrante, em um texto de 1865, denominado "Vida Sem Princípios", Thoreau faz uma junção de todas essas reflexões, criticando o modo de vida da sociedade e fazendo importantes apontamentos sobre a exploração desmedida da natureza.
Carol 21/12/2021minha estante
hmmnnnnnnn achei culto




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