Julia4970 28/02/2024
Quem é você, Alasca?
Demorei um tempo considerável para ler este livro. E a verdade é que isso foi bom. E necessário.
É assustador pensar ou imaginar que nossa vida pode ser repleta de um completo e constante sofrimento. Ou até mesmo com pequenas e raras doses de sofrimento. Mas acredito que não se pode haver vida, sem dor.
Sofremos na barriga de nossa mãe, sentimos dor ao ter fome, nosso corpo se retrai e se lamenta com dores, conhecemos pessoas, aprendemos sobre elas e sobre nós mesmos e perdemos ambos em momentos diferentes, em frações de segundos ou em meses de vida.
Não há vida sem um labirinto e de certa forma, acredito que ele não teria fim nem mesmo com o nosso próprio. O que existe depois do fim? Qual é a verdade? Existe verdade? O que acontece depois de cruzar a barreira? Ou o que existiu no início de tudo? Qual foi o momento que o Nada passou a ser Tudo? Onde o Tempo passou a ser cronometrado e quem determina quando ele vai parar para cada um de nós? Nós mesmos? Deus?
A verdade é que a dor, a angústia o medo nunca deixaram de estar presente, nem quando sentimos a mais pura alegria ou alívio, simplesmente porque sabemos que assim como tudo que existe no mundo e que possui vida, em um dia, daqui uma hora, agora mesmo...já não possui mais. Já não existe mais. Já não respira mais. Já não sente mais.
Seja como for, seja qual for, seja quando for, não estaremos preparados pra perder aquilo ou aquele(a) que nos acostumamos tanto a ter.
Esse livro, apesar do que a própria sinopse pode dizer, não é sobre perda. Pra mim, é sobre encontro.
p.s. obrigada a pessoa que disse que eu deveria ler pq é um de seus favoritos. Passou a ser um dos meus também.