vinizambianco 27/04/2024
[sobre cigarros/bebidas, últimas palavras e o grande labirinto]
Se fosse feito uma cápsula do tempo dos adolescentes nascidos na década de 90, três coisas que eu tenho certeza que estaria dentro dela seria um CD do #LinkPark (de preferencia aquele com a música #Numb), as duas primeiras temporadas de #Skins e o livro Quem É Você Alasca? Creio que esses três exemplos acima representam muito bem o que era ser adolescente nessa época, significava estar, assim como o protagonista de Alasca, a procura de um grande talvez.
O livro de estreia de John Green, conta a história de Miles Halter, um garoto sem amigos, fascinado por últimas palavras de que grandes pessoas disseram, que decide se matricular em um “colégio interno” á procura de um “grande talvez”, uma vez no colégio ele encontra amigos, aventuras e Alasca Young.
A história apesar de hoje poder ser considerada um “clichê”, tem muita fora na sua ambientação, em seus personagens e suas passagens carregadas de indecisões e dolorosas lições do que significa amadurecer. A narração do John Green tem muita força nesse livro, além de ser super didática e muito bem feita, acrescento também os pontos que são tocados, como dor, ansiedade, luto, suicídio, etc.
Outros dois pontos incríveis são a divisão do livro em antes/depois, o que cria certa tensão no leitor e em sua protagonista feminina, Alasca Young, que representa muito bem o amontoado de urgências, impulsividades, tristezas, alegrias e dúvidas do jovem em processo de amadurecimento, e suas frases, apesar de parecerem forçadas, imprimem muita personalidade.
Com personagens ricos e uma história que grita fim dos anos 2000, Quem É Você Alasca? Soa muito atemporal mesmo anos depois de seu lançamento, entre fumar escondido perto do lago, beber vodca de morango até a madrugada e torcer para ter um beijo inesquecível com a garota que você gosta, sua história ecoa pelas paredes do labirinto, se de dor e sofrimento, só o tempo dirá.
PS – A minissérie do #Hulu é incrível, fiel e maravilhosa.
PS² - Últimas palavras, e muito a se pensar