Inandara Barbara 25/01/2024
O passado nunca foi tanto o presente e o futuro.
Um simples aparelho transportou a complicada e desapegada Sofia aos anos que impressionantemente condiz com o livro que ela tanto ama 1830.
Como explicar ao prestativo e lindo Ian Clarke que você está avançada séculos de sua realidade?.
Viver longe de tudo, de casa é extremamente complicado e nem um pouco elegante como lerá um dia a tantas coisas difíceis de lidar, vestidos esvoaçantes não são tão belos e práticos como nos livros e na nossa imaginação, os banheiros são desconfortáveis e os papéis são simples folhas de alface, um tanto quanto biodegradáveis - ao menos os banhos foram frequentes- mesmo com a cômica e talvez karmica situação de encontrar o que procurava sem ao menos saber, o que ou quem e descobrir que terá que revelar a si se gostaria de ficar ou ir embora só faz sentido quando se experimenta os dois momentos.
"(...)Não posso ver mais nada, menina. Mas vejo uma flor azul no seu futuro. Significa alguma coisa pra você?
- Não. Não imagino o que possa ser.
Ela me abraçou, em seguida colocou a mão sobre minha cabeça, fez uma oração e disse que pediria aos orixás para que me ajudassem. Naquele instante, me senti em paz."
Em muitos momentos eu ri genuinamente com toda a trajetória, apesar da época eu nunca imaginei que fosse tão descontraído e que encontraria um personagem como Ian, seguro e fervoroso, simpático e inconstante, lidando com uma Sofia incontrolável, indomável e um tanto quanto diferente, o amor deles é descontraído e fofo, não precisou ser exorbitante para me fazer rir, chorar e sentir exatamente a digna história do encontro de almas dos contos de fada moderno e sem exageros, foi suave e agradável.