Primavera num espelho partido

Primavera num espelho partido Mario Benedetti




Resenhas - Primavera Num Espelho Partido


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Kaju 25/05/2021

Livro escrito durante o exílio do autor uruguaio na ditadura. É a história de Santiago e sua família, contada através de cartas trocadas nos cinco anos de encarceramento dele. Escrita fácil e história intensa!
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JAssica.Bertoldi 11/05/2021

"Que esteve preso por se negar a cruzar os braços quando seu povo teve fome, dor e sofreu injustiça."
É além de um livro sobre a ditadura Uruguaia, além do viés político esquerdista, vai além de qualquer preconceito, qualquer opinião e lado partidário. É sobre amor, fraternidade, força e relações humanas. Mas também sobre dor, sobrevivência, luta, prisões físicas, morais e emocionais.

A carga das palavras e do enredo de uma esposa em conflito que espera seu marido sair da prisão, a filha que se descobre como um ser cidadão à partir da represália que sofreu seu então herói, o pai; o corpo e mente idosas de um pai que indaga dia e noite sua existência como útil. E Santiago, o marido, o pai e o filho, em cárcere, prisão motivada simplesmente pela sua luta, pelas suas palavras de resistência, não só palavras mas corpo, que através de cartas nos mostra vivo e livre dentro das grades que cheiram a morte.

Ler uma menina interiorizar um mundo desconhecido do seu jeito é o alívio cômico e doce dessa obra, apesar da circunstância inesquecível de um país, um povo, um pai, é através da doçura e inocência dessa menina que vemos onde nasce a vontade da revolução que cresce junto de nós desde cedo.

É lendo um homem feito, de idade, quase que no seu fim de vida assim por se dizer, vendo ele se questionar das suas opiniões, ver que ainda há medo, angustia e dúvidas numa alma vivida, mas que também há amor, que então compreendemos as raízes da vida, e que seu final não é o fim, que seu envelhecimento não é velho, que sua jornada começa onde acaba.

Lendo um homem de coragem, sangue que corre revolução, paixão pela esposa, amor pela filha, preso por suas ideias políticas, torturado física e mentalmente, que ainda possuí o voo livre de espírito quando tudo são celas e paredes fechadas, que ainda quer luta numa sociedade onde a voz é sinônimo de suicídio, que não esquece seus princípios e forças mesmo quando tudo que há ao seu redor é vazio, penumbra e solidão. É assim que vejo que a prisão vai muito além do cárcere e das correntes apertadas.

Em meio a tudo isso, toda essa bagagem de historicidade e reflexões ainda tem um fato que reside ali, que nos questiona, questiona nossa ideia de imoral, o que faríamos? O personagem está certo ou errado?

Pode ser que pra alguns a escrita de Mario Benedetti não seja fluída, mas na minha percepção pessoal, este não é um livro de pressas, é preciso esquadrinhar entrelinhas e significados ambíguos para entender o background da história, que é grandioso e necessário.

Mas como nem tudo é perfeito, o final é aberto, apesar de todas as conclusões óbvias que o livro nos direciona, ainda fica a dúvida que nos faz ficar pensando na obra, o que talvez seja a intenção, a mágica de se fazer algo se prender a sua memória. Porém, no meu ver, o livro é tão recordável, há tantas características que fazem esse cenário nos acorrentar a ele que esse final aberto não era necessário, sendo assim sinceramente não me agradou, gostaria de um desfecho mesmo que "negativo". Mas nem por isso deixa de ser uma leitura válida e rica.

"Quando se faz um ruído em Epidauro
Se escuta mais acima, entre as árvores
Em pleno ar."
- Roberto Fernández Retamar
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Isabela.Tarosso 10/05/2021

Nessa obra Benedetti consegue retratar um tema muito trágico de forma incrivelmente leve, sem comprometer a profundidade e complexidade dos personagens. Para mim, a melhor parte do livro foi a quebra da quarta parede, em que o autor conta a sua própria experiência no exílio! Recomendo
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Kabizinha 22/04/2021

Eeehh galera
O contexto Latino Americano da época é apresentado sobre a perspectiva de uruguaios de diversas idades e situações. Com os capítulos do Intramurros e Exilio com uma linguagem um tanto complicada para quem ainda está aprendendo espanhol, posto que o primeiro é a história de Santiago, preso político, e envolve muito monólogos filosóficos, enquanto o segundo é a própria persona do escritor que conta parte de sua vivencia exilado em decorrência da ditadura, não recomendo de fato para quem ainda está começando a aprender o idioma. De mesmo modo, ler o livro é uma experiência incrível de quem pode ler sobre uma época de perseguição política diante dos privilégios de nunca ter experienciado isso. Don Rafael, chega a detalhar muito bem esse sentimento em um de seus capítulos.
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Dani Gazaniga 19/03/2021

Primavera num espelho partido
Este livro eu conheci através da TAG Livros, clube que sou associada a 3 anos, e eu amei. Me identifiquei muito com o livro, que apesar de tratar sobre um tema delicado, que é o exílio, a leitura é muito leve.
Narrada por várias pessoas, o livro revela a história de um pai de família que foi preso, e escondido escrevia cartas para a família, mesmo sabendo que as cartas eram vigiadas.
Um dos meus livros favoritos da TAG, vale muito a pena esta leitura.
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Rodrigo 20/02/2021

Literatura essencial da América Latina
Esse foi meu primeiro livro do autor, e certamente não será o último.

A obra trata com extrema sensibilidade de um triste período de ditadura (neste caso, a uruguaia), que jamais deveria ter acontecido, mas que, por outro lado, jamais deverá ser esquecido.

Com uma estrutura narrativa tão multifacetada, onde a própria ditadura assume o protagonismo na voz e no ponto de vista de diversos personagens, o autor conseguiu proporcionar aos leitores uma significativa lembrança do período, que se torna vivaz mesmo para aqueles que não o viveram diretamente. Essa é a principal contribuição do autor, e o que torna a obra uma leitura obrigatória para que conheçamos mais profundamente nossa história e, com isso, evitando a repetição dos erros do passado.
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anaflaviapogg 19/02/2021

Primavera num espelho partido
Leitura fluida e gostosa, a Beatriz é encantadora, a história relata um acontecimento com vários pontos de vistas que instiga você a entender o lado das personagens, mas o fim deixou a desejar um pouco.
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Luíza Freitas 17/02/2021

Uma forte ausência
O livro é uma homenagem (se é que a palavra é essa) à América Latina dos anos XX, das ditaduras militares. O livro respira o exílio, as prisões políticas e a vida de quem lutou contra as ditaduras, dos mais diversos pontos de vista. É uma viagem em si escutar o livro através dos tangos e outras artes de rodapé.

Mas o que dá força e ar ao livro também foi o que pra mim deixou a desejar. A história de todas as personagens roda em volta da ausência gerada pelas ditaduras, mais constantemente na imagem da prisão de Santiago. E só.
Até a página 151 eu fiquei esperando outras narrativas para as personagens, as outras histórias e questões que elas vivem para além da motivação principal do autor de mostrar essa ausência.

Os trechos da vida de Benedetti, por outro lado, dão esse ar de satisfação pela luta e reconhecimento da legitimidade das ações com comemoração, até de vitórias. Sin perder la ternura.

Eu dou o braço a torcer por entender que se eu senti tanto a falta de outras partes da vida das personagens, talvez o autor tenha sido bem sucedido em passar esse sentimento de ausência.
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Analice 11/02/2021

Faltou algo...
Não posso dizer que gostei, nem tampouco que detestei. Parece que faltou algo, e não só no final (que parece inacabado). Mostra uma faceta interessante da história (a ditadura e o exílio no Uruguai), pelo ponto de vista dos que sofreram com ela, o que é muito interessante. Trata-se de uma boa leitura, mas não está entre as minhas preferidas.
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Gisa 08/02/2021

O livro retrata a ditadura uruguaia através dos relatos intercalados de um militante exilado, um militante preso, sua esposa e a filha no exílio, seu pai também exilado e do próprio autor, também exilado durante o período.

Destaco a narrativa da filha ainda criança como a mais comovente e a do próprio autor como mais interessante.

"Podes cortar todas as flores mas não podes impedir a primavera de aparecer" (Neruda)
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Daniel 30/01/2021

Ótima leitura que mescla realidade com ficção (baseada na realidade). Quem tiver preconceito com leituras de esquerda por conta de concepções políticas, melhor não ler pois não vai aproveitar a real experiência que esse livro proporciona. Mas ele dá um bom retrato do que foi a América Latina no século XX.
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Sara Muniz 27/01/2021

RESENHA - PRIMAVERA NUM ESPELHO PARTIDO
Primavera Num Espelho Partido é uma obra do escritor uruguaio, Mario Benedetti, e foi publicado no Brasil pela editora TAG, em 2019. Esse foi o primeiro livro que li que retrata cenários de ditatura e exilamento.

Primeiramente, é importante entender a relação do autor com os conflitos tratados na obra. Peguei o trecho abaixo do livrinho informativo que veio com a obra:
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Mario também foi exilado e podemos entender melhor esses acontecimentos na própria obra, já que o livro é narrado por diferentes personagens e de um modo bastante inovador. O autor aparece como um personagem que, apesar de não se conectar com a história dos outros, conecta-se com o aspecto do conflito social ocorrendo no pano de fundo.

O romance se dá com Santiago, sua mulher Graciela, sua filha Beatriz e seu melhor amigo Rolando. Santiago está exilado e preso para se esconder. Quando Beatriz é a narradora do capítulo, a história adquire um tom mais leve e descontraído, pois ela é uma criança inocente que não entende porque não pode viver em sua pátria de origem. As duas foram para outro país, mas Santiago realmente precisou se esconder. Com ele longe, Graciela acaba se apaixonando por Rolando e se dá um triângulo amoroso em meio à ditaruda.

A história é, em geral, bastante simples, e os personagens também. Ainda assim, é possível nos aproximarmos deles por meio das narrativas (uso de pontuação diferenciado e proposital), que acabam apresentando pensamentos e diálogos misturados no texto. Recomendo muito a obra para quem nunca leu algo relacionado às ditaduras da América do Sul, que explodiram no século XX. Além disso, mesmo que seja uma obra sobre conflitos sociais, ela apresenta tons mais leves e romântico, nos fazendo criar uma proximidade e empatia pelas personagems e famílias que vivem nesse cenário.

Para mais imagens do livro e citações completas, visite o meu blog:

site: http://interesses-sutis.blogspot.com/2020/11/resenha-primavera-num-espelho-partido.html
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iammoremylrds 22/01/2021

um livro muito envolvente, incrível, claramente um dos melhores que já li na minha vida desse gênero, a variedade de olhares sobre ele, um livro muito necessário, perfeito demais!!!
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Elizangela 05/01/2021

Primaveras
A primeira coisa que chama atenção nesta obra é a escrita de Mário Benedetti. Ma-ra-vi-lho-sa!!! Benedetti trata de um tema delicado como a ditadura uruguaia de uma forma leve, porém sem deixar de ser crítica e reflexiva. Os protagonistas falam de seus espantos e de suas alegrias. Cada um a sua maneira. Falando do lugar onde se encontram, vivem o cotidiano apesar do exílio, apesar da prisão.
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