O remorso de Baltazar Serapião

O remorso de Baltazar Serapião Valter Hugo Mãe




Resenhas - O Remorso de Baltazar Serapião


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Ana Rabelo 27/03/2020

Um tsunami linguístico
?Basta ler a primeira página, a primeira palavra, sentir a primeira respiração. É um livro diferente [...]- José Saramago.
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May - @may.book.s 24/03/2020

Intenso e cruel
Sem palavras para descrever tamanha intensidade e crueldade que esse livro apresenta. Uma narrativa simplesmente avassaladora de VHM: poética e crua de escrita livre e suja...

Pesado mas que não se consegue largar. O melhor livro que li essa ano até agora...

Vale muito a pena!!!
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Nico 02/03/2020

Mulheres caladas e homens mal ditos
Violento, e Valter não nos esconde, já na primeira página podemos saber qual tratamento esperam as mulheres na vida de Baltazar Serapião, que narra as violências mais revoltantes com suma naturalidade. Ainda assim, talvez pela escrita poética de Valter Hugo Mãe, que nunca me falha, não consegui odiá-lo, Baltazar não é um personagem fora da curva de sua sociedade, mas um mero retrato da mesma, sua crueldade é estrutural. As personagens femininas são todas silenciadas, mais tarde ao fim e ao cabo, nunca constroem pensamentos completos, o narrador sempre nos impede de ao menos considerar suas vozes. Diferentemente de outros livros do autor, O Remorso de Baltazar Serapião não é um livro belo, mas atrai pela repulsa.
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Bookster Pedro Pacifico 01/03/2020

O remorso de Baltazar Serapião, Valter Hugo Mãe - Nota 10/10
Mas uma leitura incrível de um dos meus autores favoritos. Dessa vez, VHM nos apresenta um romance frio e cruel, abordando a natureza humana em sua forma selvagem. Literalmente selvagem, já que as personagens chegam até mesmo a apresentar características de animais. Ambientado na Idade Média, a obra traz como protagonista Baltazar Serapião, o primogênito dos Sargas, uma família pobre, sofrida e com uma história desastrosa. Pai, mãe, vaca e irmão moram todos numa pequena e miserável cabana a uma certa distância da Casa Grande. Tamanha a “animalização” dos Sargas, que eles são conhecidos por serem “nascidos de pai e vaca”. É impressionante como VHM consegue levar os sentimentos das personagens em seu nível mais intenso. Com sua escrita genial e extremamente poética, o autor constrói uma narrativa que incomoda, abordando a violência e submissão da mulher - com passagens que chegam até mesmo a embrulhar o estômago. No entanto, até nesses momentos mais cruéis, o autor consegue manter o seu lirismo inigualável… Não é por outro motivo que Saramago qualificou esse livro como um “tsunami literário”. Deixo aqui uma dica: para quem nunca leu VHM, não sugiro começar com essa obra. Fora isso, recomendo demais!

site: https://www.instagram.com/book.ster
Flávia Menezes 28/01/2024minha estante
Verdade! Quem nunca leu, melhor nem começar por esse até porque os efeitos desta leitura despertam muitas emoções que em cada um poderá ser bem diferente!




Eduardo1994 03/10/2019

o espanto...
... é duplo: pelo tema, cortante, cru, visceral; pela escrita, inventiva, fascinante, verbo exposto. causa atração e repulsa, um dualismo inescapável. valter hugo consegue essa proeza de colocar a nu o pensamento do homem superior, filho de deus, regido por uma ignorância brutal do feminino, amparado por certa religiosidade tosca, distorcida a seu favor, levando às últimas consequências os desdobramentos de tal brutalidade de postura. é quase impossível continuar a ler, igualmente difícil não continuar. valter hugo precisa ser lido.
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Natalia Cunha 07/05/2019

Livro excelente, mas não indico!
Primeiro livro que leio de Valter Hugo Mãe. Que livro triste, dolorido, solitário. O autor consegue realmente te transportar pra essa sociedade distópica (podia ser uma sociedade real, podia ser o interior do Ceará), onde a solidão dos indivíduos e a separação entre eles só não é maior do que o machismo presente (a vaca causa maior interesse no pai do personagem principal do que as mulheres). Muito bem escrito, mas só leia com estômago.
Cecilia 05/07/2019minha estante
Foi sua primeira leitura de VHM? Comecei por O Filho de Mil Homens, depois li A Máquina de Fazer Espanhóis (????) e A Desumanização. Vou ler esse agora.


Cecilia 05/07/2019minha estante
Comecei a ler VHM por O Filho de Mil Homens, acho que é mais suave. A Máquina de Fazer Espanhóis é maravilhoso! A Desumanização não curti tanto. Agora comprei esse. Acho que já deu pra me ambientar à escrita do Valter. Eu particularmente amo ?




Carol.Cuofano 05/03/2019

Ainda não consegui descobrir o meu sentimento por esse livro. A única certeza que tenho no momento é a de que ele não é, para mim, o melhor do autor.

Em alguns momentos a leitura ficou cansativa e arrastada, demorei a entender a trama narrativa, talvez não fosse o meu momento de ler VHM.

Apesar disso, o autor mostra toda a sua genialidade de escrita com o uso nada convencional dos sinais de pontuaçãoe a ausência de letras maiúsculas. O lirismo é tamanho que esses elementos não fazem falta para o livro.

Com certeza é um livro que precisa ser relido para que eu o compreenda melhor. Ou talvez eu ainda esteja tão emocionante abalada com A desumanização que não me permitir sofrer com as personagens dessa obra.

Não podemos perder de vista que esse livro foi elogiado por José Saramago na entrega do prêmio que leva seu nome. Por isso acredito que não o li no melhor momento, com certeza não enxerguei o que era necessário para amar o livro.

De toda forma é uma leitura muito necessária.
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Isa Nascimento 23/01/2019

Violência
Valter Hugo Mãe tem o poder das palavras. Mesmo sem pontuação você consegue ler e perceber, de acordo como a história é contada, perguntas diálogos e outras nuances que tornam o uso de pontuações desnecessária. Fora a magia das palavras e dos vocabulários. Você quase consegue entrar no contexto da história, na época, em tudo. E é uma característica que está presente em todas as obras que eu ja li dele. Mas esse livro em especial me trouxe uma angústia que até hoje nao sei se gostei ou não totalmente do livro. Uma violência, submissão e confusão além do que eu imaginava ler (mesmo tendo visto comentários sobre isso). Além do machismo exacerbado, quase como coisa certa a se fazer. Mas eu gosto muito desse lado "caricato sobrenatural"(sei nem como descrever) de como as coisas são ditas e são interpretadas pelos personagens. No mais, não é o melhor do VHM, mas no fim, passa uma mensagem poética (ou não).
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Debora 07/12/2018

Uma história que dói
É muita dor junta. Li o livro há mais de 1 ano e ainda posso senti-la. É muita solidão, desumanização. Falta de ... falta de tudo. É um bom livro, mas dói, de tão duro
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Maí­ra 28/09/2018

o remorso de baltazar serapião
Uma coisa muito importante que precisamos levar em consideração é que, assim como ocorre com os livros do Saramago, os livros de Valter Hugo Mãe são publicados no Brasil sem adaptação, isto é, o texto está integralmente em português de Portugal, algo que, principalmente nas primeiras vezes, pode ser uma dificuldade na leitura. Especialmente nesse livro, que contém uma série de especificidades por conta de seu contexto rural e pelos personagens principais serem pessoas simples, pode ser difícil entrar nesse mundo para quem não está acostumado com a escrita do autor.

Além disso, quando não são as especificidades da língua, o leitor é posto em uma posição desafiadora pelo próprio pensamento e cultura retratado. Isso porque a família Serapião vem de uma cultura extremamente machista e patriarcal, onde a mulher não tem nem direito a voz, muito menos a igualdade. Como o livro é narrado em primeira pessoa, somos obrigados a ouvir pensamentos e até presenciar cenas carregadas de violência, machismo e dor, algo que fez com que este fosse o livro mais desafiador que já li do autor.

“As mulheres são frutos podres, como maçãs podres, raios hão-de partir eternamente a eva por ter sido mal lavada nas intenções”.

No entanto, me parece ter ficado bem claro que o que estamos vendo é um retrato de um personagem e de um comportamento cultural específico, não compartilhado necessariamente por seu autor. O próprio Serapião inclusive, embora não chegue propriamente a se redimir, demonstra perceber em alguns momentos as contradições e absurdos do tipo de pensamento que aprendeu de seu pai e reproduz em um ciclo vicioso.

Achei particularmente impressionante que, mesmo em uma história tão bruta, Valter Hugo Mãe ainda tenha conseguido manter seu estilo próximo do lírico. O leitor fica, desse modo, constantemente dividido entre a revolta e a emoção, entre a dor e a beleza, até que não conseguimos mais determinar se o que está nos movendo são os acontecimentos em si ou o talento com as palavras do autor.

“Vimos bichos revirados de maleita, flores que perdiam pétalas, coisas simples que se complicavam contorcendo-se e murchando. somos uma coisa do mal, pensávamos, trazemos males aos seres mais frágeis e beleza que exista se arrepende em redor de nós.”

Embora tenha achado que alguns pontos poderiam ter sido melhor trabalhados, Valter Hugo Mãe conseguiu, mais uma vez, construir uma obra impressionante, onde seu estilo único e uma forte história se encontram para formar um resultado incrível! Não é uma leitura fácil, mas que compensa, principalmente para os leitores que gostam de uma prosa mais lírica e forte. Se contar que a edição é linda, e cheia de ilustrações instigantes que tornam a experiência da leitura ainda mais completa.

site: http://resenhandosonhos.com/o-remorso-de-baltazar-serapiao-valter-hugo-mae/
Leonia.Oliveira 03/10/2018minha estante
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liciahora 06/04/2018

Gente! Terminei agora "o remorso de baltazar serapião" - o livro mais louco que já li, no qual o "amor" e a violência a mulher se misturam.
É medieval, desumano, machista, patriarcal e opressor.
Muita tensão, mas Valter Hugo Mãe é de uma genialidade poética tamanha, que não me fez, em momento algum, sentir desprezo por qualquer personagem.
Devorei o livro - todo o tempo - tensa e curiosa.
Debora 27/04/2018minha estante
Você traduziu em palavras o que eu senti e não fui capaz.
Que dor este livro despertou em im!




Priscila (@priafonsinha) 13/07/2017

Não rolou.
Tentei dar mais uma chance pra VHM, pois este livro ganhou o prêmio Saramago em 2007 e foi elogiado pelo próprio dizendo que era um "tsunami literário", mas infelizmente não consigo gostar de nada que ele escreve. :( Achei o livro tão violento e maçante! A história se passa na Idade Média, quando as mulheres eram tratadas piores que os animais. A escrita arcaica que usou e o "estilo Saramago" só funcionam mesmo com Saramago.
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Ana 27/01/2017

Brutal
"sabe, senhor paulo, as mães são como lugares de onde deus chega. lugares onde deus está e a partir dos quais pode chegar até nós. porque só através delas nos encontramos aqui. e, por isso, não há mãe alguma que não mereça o céu, porque, em verdade, as mães transportam o céu dentro delas..."
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