MATADOURO CINCO

MATADOURO CINCO Kurt Vonnegut




Resenhas - Matadouro 5


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Fer 10/09/2022

E é assim!
Precisei de tempo pra digerir tudo antes de escrever essa resenha, e mesmo um dia depois eu acho que uma resenha pra esse livro NUNCA será suficiente.

Matadouro Cinco é um livro de quebras. Ele quebra nossa visão linear em tantas formas que a gente sai até meio zonzo. O livro nos traz a história de Billy Pilgrim, um homem que se acredita ser volúvel ao tempo - ou seja, ele viaja para o passado/presente/futuro de forma constante. A ideia de tempo não é mais linear, e é com isso que a estrutura do livro brinca: ali em uma só página é possível ver Billy criança, Billy na guerra, Billy em outro planeta e Billy bem sucedido.
Billy Pilgrim é um rapaz que aceita. Por entender o tempo como não linear, ele aceita os acontecimentos e o que é preciso ser feito. E é com essa característica que ele vai sendo levado para o que se espera de sua jornada, e vamos acompanhando essa jornada junto a ele. O livro nos apresenta assim histórias intensas sobre a Segunda Guerra, sobre Dresden, e sobre o quão absurdas são todas essas destruições.

Mesmo não sendo linear, a história é fácil de acompanhar. Ele é dividido em diversos parágrafos, o que é ótimo para ir lendo por aí, e assim a leitura acaba voando. A qualidade de escrita é incrível, não a toa Kurt é um clássico.

Recomendo muito, e não só para amantes de ficção científica!
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Lucas.Silva 05/09/2022

Tenho poucas palavras para descrever o que esse livro me proporcionou. Nessa obra, o autor trata, de uma forma muito criativa, os terrores da guerra. Essencialmente, pretende tratar do quão ruim foi o bombardeio de Dresden, algo tão pouco comentado, e que resultou em mais vítimas que a bomba atômica em Hiroshima. No entanto, a narrativa não se detém a isso, tratando de relações e situações análogas à guerra no contexto micro da vida, assim como suas consequências psicológicas.

Ao mesmo tempo, também fala de que mesmo a guerra ser um horror, as pessoas muitas vezes a banalizam, tratam-na como um lugar que heróis se destacam. Um livro doloroso e necessário.
Bia | @vouleretedigo 05/09/2022minha estante
vc eh tao unteligente




ane 03/09/2022

Kurt Vonnegut foi muito cirúrgico em demonstrar os horrores da segunda guerra mundial como demonstra nesse livro. É uma obra autobiográfica, que Kurt relata o que aconteceu com ele por meio do Billy, os horrores da 2ª guerra mundial. Toda vez que eu falo de matadouro cinco pra alguém eu sempre ressalto que a coisa que mais me chama a atenção é banalização intencional de coisas terríveis. Essa "banalização" é uma critica a ao nosso próprio modo de não conseguir compreender corretamente o horror que foi para muitas pessoas esse conflito mundial, e, até mesmo outros conflitos porque não estivemos na pele dessas pessoas. Sabemos que foi horrível, que não podemos deixar outra coisa naquela escala acontecer novamente, mas nunca compreender de fato o que foi passar por aquilo. Agora, atentando-se ao protagonista. Eu tenho uma leve impressão de que o Billy nunca conseguiu ser feliz de fato, passou por todos aqueles horrores na guerra, foi prisioneiro de guerra, viu muitas pessoas de quem gostava morrerem, depois que voltou pra casa ele se casou com uma mulher que não amava, trabalhou em algo forçado e provavelmente vai ficar naquele looping de viajar no tempo pra sempre. A obra me fez ficar pensando em como a sede de poder pode arruinar a vida de milhões de pessoas pra no final, do poder só sobrar ruínas e histórias tristes.
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Julio.Jose 22/08/2022

Engraçado e chato
Esperava mais da obra pela fama e notoriedade. Entretanto, a leitura não me envolveu, em que pese ter momentos engraçados pelos absurdos que acontecem.

Uma ficção científica que não aprofunda nada e vai meio solta como uma pequeno barco de papel no oceano.

O trunfo é dar destaque ao massacre de Dresden na Alemanha que matou mais do que a bomba de Hiroshima.
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leaoliterario 20/08/2022

?Tudo isso aconteceu, ou quase. As partes da guerra, pelo menos, são bem verdadeiras.? ?
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Juliana @4livreira 18/08/2022

É assim mesmo
O livro é muito rápido e fácil de ler, mas foi bem difícil de escrever sobre ele. Kurt é um autor de ficção científica e nesse livro, autobiográfico, ele aborda a própria experiência em que foi um soldado (como o personagem) sobrevivente de um bombardeio em Dresden, Alemanha. (É aí que entendemos o título também).

Somos apresentados a uma explicação do contexto e dos motivos que o levaram a escrever este que seria o seu livro preferido. Nessa época, já famoso, ele trabalhava como professor de escrita universitário e eu gostei muito de me conectar ao Kurt, como se ele estivesse do meu lado narrando o livro todo! ?

Billy Pilgrim é um rapaz quando o convocam pra guerra e daí desfilamos por toda sua vida, intercalando tempos e momentos da narrativa que não se perde (não fiquei em nenhum momento perdida) e flui com diálogos rápidos e o jeito cômico do autor nessa história bem louca, eu diria, que mistura guerra com alienígenas (um jeito leve de abordar o relato real dele), planetas e criaturas que nos apresentam uma nova perspectiva de tempo e te leva a refletir sobre sociedade, nós como indivíduos e seres inteligentes. ?

Qualquer sinopse que eu possa escrever é um spoiler que vai afetar sua leitura, então, leia! Recomendo muito. Tem romance também viu?

E a frase que fica, repetidamente gravada na nossa mente: É assim mesmo. Vem logo na contracapa dessa edição perfeita da @intrinseca ! A frase é como um lema de Tralfamadore, o planeta que Billy nos apresenta. ?
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jonathanrausch 12/08/2022

Uma obra que mistura ficcional e o real para fazer enredo
A forma de narrar a história é o ápice dessa obra junto do que está atrelado em fatos da segunda guerra mundial, e emoções expressas nessa forma de narrar e se desvincular da realidade. O enredo é plano de fundo para entendermos a cabeça de alguém abalado pela guerra, ao mesmo tempo que sem compromisso tratar de ficção científica, usando como meio cômico mais do que qualquer outra coisa.
Se o seu interesse for um livro sobre a segunda guerra mundial, narrado de forma descompromissada, e até psicodélica às vezes, é uma boa obra, mas se espera um livro sério ou um livro com boa ficção científica de fundo, nos mínimos detalhes suas explicações implicações, não é está a obra que irá lhe agradar.
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Ana Terra 04/08/2022

Se eu tivesse que somente resumir a leitura deste livro em uma palavra seria "frenético". Ele não é um livro parado ou monótono, ele é rápido e intrigante. Muitas ideias e acontecimentos nele são expressados com uma enorme velocidade que ás vezes, precisei reler as páginas anteriores e me perguntar "é isso mesmo? mas será que aconteceu mesmo?".
Matadouro Cinco nos conta a história de Billy Pilgrim, que como Kurt Vonnegut, foi um veterano da segunda guerra mundial e presenciou diversas situação horríveis envolvendo morte de civis, dentre outras coisas que a gente sabe que acontecem em guerras, mesmo não tendo presenciado uma, certo? Dito isso, temos a base para este livro: uma carga muito grande de traumas e vivências pesadas para o nosso protagonista.
Este livro é uma enxurrada de situações e você se engana se acha que ele é SOMENTE sobre guerra. Ele é sobre doença mental, viagem no tempo, alienígenas e muito sarcasmo. Kurt foi capaz de traduzir nas 284 páginas deste livro toda uma vida destruída pela guerra e em muitos momentos eu me pegava pensando o quanto isso não seria uma vivência mais dele do que do personagem em si.
Minha experiência com este livro foi incrível, eu não esperava nada disso quando o peguei na estante pra ler. Eu caí na simples ideia de que "ok, eu sei que esse livro é de sci-fi, eu amo sci-fi", mas não, ele foi mais que isso, ele foi visceral e deu muitos tapas na cara. Nós esquecemos que as pessoas que vivenciaram guerras talvez nunca tiveram um apoio emocional depois disso e é triste pensar que suas vidas foram destruídas por motivos que só existem pelo dinheiro.
Em suma: eu tenho que ler ele mais uma vez, para absorver tudo o que aconteceu, mas recomendo muito para vocês pois foi uma viagem muito maluca pra dentro da cabeça desse gênio que o Kurt foi!
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Cibele 03/08/2022

Reflexivo
É um livro que no meu ponto de vista não é o enredo o seu forte, mas sim os detalhes da narrativa que permitem uma reflexão sobre os horrores e brutalidades da guerra.
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Cristine.Tecchio 02/08/2022

É assim mesmo
Ao misturar passado presente e futuro em uma ordem não cronológica bagunçada, a sensação trazida para o leitor é de confusão. Não uma confusão ruim, uma confusão necessária, visto que o livro é uma crítica irônica às guerras (que como o livro deixa bem claro, são lutadas por crianças).
Tudo acontece porque tem que acontecer e vai continuar acontecendo pra sempre, ninguém morre pois o tempo não é linear e em algum momento ainda estão vivos e sempre vão estar, é assim mesmo... E outras passagens desse livro serviram pra mim como uma forma de sátira aos livros de auto ajuda difundidos na modernidade.
No fundo estas frases e esse livro criticam o pensamento de que vidas não importam, e que foram sacrificadas porque assim tinha que ser.
O que Kurt gritou pra mim foi "não tinham que morrer, eram crianças, não tinha que ter sido assim, não deveria ter tido guerra, o autoconforto não trará de volta todas as vidas perdidas em um conflito desnecessário que poderia ter sido evitado com o mínimo de esforço entre as partes"

Acredito que a revolta de ler essas frases repetidas tantas vezes em situações tão absurdas seja exatamente o sentimento que deveria ser despertado ao ler um livro sobre guerra. Nesse ponto, a leitura foi valiosa. O escritor escancarou os malefícios da guerra sem nunca se quer fazer uma crítica direta a eles.
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samis4 01/08/2022

Não há nada de inteligente a ser dito sobre um massacre.
Kurt Vonnegut, com muita maestria e toques autobiográficos, constrói aqui uma narrativa cujo propósito é afastar o protagonista Billy Pilgrim dos traumatizantes eventos da Segunda Guerra Mundial, mesclando passado, presente e futuro, transformando-os em uma só coisa. Fantasias de um planeta distante, chamado Tralfamadore, fazem parte do imaginário do protagonista, como forma de fuga da realidade e tentativa do mesmo de amenizar as dores da vida. É assim mesmo.

Junto com Billy, o leitor se vê envolvido nessa desarmonia temporal orquestrada por Vunnegut, e cada vez mais a imagem da guerra criada pelas produções hollywoodianas ganha um novo formato, dessa vez sem heróis ou histórias tocantes, sendo retratadas apenas como elas são. Aqui, se entende o porquê o autor ter levado mais de 20 anos para concluir seu trabalho: não há nada de inteligente a ser dito sobre um massacre. É assim mesmo.

Com uma linguagem simples, satírica e crua, Kurt nos revela a verdadeira face de uma guerra, entregando a leitura mais dinâmica de um livro clássico que tive em toda a minha vida. Kurt Vonnegut fez aqui, o que parecia impossível de se fazer: transformou um livro repleto de fantasias e ficção científica, na narrativa mais realista e precisa sobre a guerra, não a transformando em algo romantizado e ainda sim enfatizando que a sua memória deve ser sempre sentida com muito pesar. Ainda que haja alguma beleza na vida, não há nada de bonito e heroico na guerra. Ela é assim. É assim mesmo. Aliás, se algum dia vocês passarem por Cody no Wyoming, é só perguntarem pelo Bob Selvagem.

?Sugestão de playlist: o álbum Hawaii Part II foi a trilha sonora que me acompanhou durante a leitura. O álbum é composto por músicas que parecem transitar constantemente entre o passado, o presente e o futuro com melodias que combinam gêneros antigos e técnicas atuais, criando uma atmosfera de familiaridade e nostalgia, por tudo que se viveu, se vive e ainda há de se viver. Acho um ótimo representante pra história contada nesse livro e às reflexões que o acompanham, e em nenhum momento tira sua sensibilidade. É assim mesmo.
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Paula1630 31/07/2022

O humor desse livro me lembrou o Guia do Mochileiro das Galáxias, ele não é ruim, mas não me agradou.
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SanderleyAlves 24/07/2022

A guerra é cruel. Esse livro não.
Um clássico que não se prende em seu tempo presente, mas assim como sua história nos teletransporta pelo passado, futuro e o então presente. Kurt V. consegue escrever simplesmente uma história que todos tem a praticidade em ler.
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Felipe Lapa 20/07/2022

Matadouro cinco
Aqui, o passado e o futuro coexistem com o presente. O livro ?Matadouro cinco?, do autor Kurt Vonnegut, vai contar a história de Billy, um ex-combatente de guerra e sobrevivente ao ataque de Dresden, assim como Kurt. O autor foi um prisioneiro de guerra, ficou abrigado em Dresden e sobreviveu ao bombardeamento da cidade.

Contextualizando, durante os dias 13 e 14 de fevereiro de 1945, quase no final da Segunda Guerra Mundial, aconteceu o ataque à cidade de Dresden, na Alemanha. O ataque deixou a cidade inteira em chamas e com um cenário apocalíptico. Em uma frase do livro, Kurt descreve o cenário como se fosse a Lua, ou seja, um cenário cheio de crateras. O oxigênio do ar da cidade foi dizimado e sufocou as pessoas que tentavam fugir das chamas. O bombardeio foi muito questionado na época, já que Dresden, na teoria, seria somente uma cidade turística.

O livro mistura muito bem humor, tristeza, filosofia e aventura. No primeiro capítulo do livro o autor irá dar uma pequena introdução à história e como foi o desenvolvimento dela, nos capítulos seguintes a história começa e segue normalmente. Uma situação muito interessante no livro é que o autor mesclou o passado, o presente e o futuro do personagem principal, então é necessário uma percepção temporal sintonizada com o livro, já que essas trocas acontecem no mesmo capítulo ou até mesmo antes do parágrafo acabar. Essa troca temporal constante se deve ao problema que Billy tem, ele possui espasmos temporais e não consegue controlar tudo isso. E toda a experiência é contínua, não são apenas memórias soltas no tempo.

O livro possui discussões importantes, como levar crianças para guerra, até que ponto é realmente necessário uma guerra e as marcas que ela deixa em quem sobrevive. Os soldados que participavam da guerra não tinham saído da juventude ainda, alguns soldados mais velhos achavam eles muito bebês para estarem ali.

?Matadouro cinco? é um livro que retrata uma aventura muito emocionante vivida pelo próprio autor. Para quem admira histórias de guerra e aventuras nesse cenários, vai amar a leitura.
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