Matadouro Cinco

Matadouro Cinco Kurt Vonnegut




Resenhas - Matadouro 5


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lexsouza 23/03/2021

Guerra pra quê?
Um dos textos de ficção pacifistas mais interessantes do século passado. Fique boquiaberto com as descrições e viagens no tempo desse autor tão criativo.
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Paulascrap 16/05/2020

Diferente da abordagem convencional sobre Guerra para surpreender o leitor!..
.📝 É assim mesmo .......... com essa frase Billy Pilgrim encerra cada narrativa ao contar em dois tempos presente e passado sobre a Segunda Guerra Mundial especificamente na destruícao de Dresden na Alemanha, o maior bombardeio na História da Europa ..... .................📝O autor como seu protagonista testemunhou como prisioneiro de guerra , em 1945, a morte de milhares de civis , e sua sobrevivência se deve a estar nesse momento em um frigorífico subterrâneo ...........................📝E de uma forma nada convencional e sem uma sequencia dos fatos , nos narra essa trajetória com uma narrativa de viagem do tempo , com detalhes dos fatos ocorridos ou pesquisados, incluindo depoimentos de sobreviventes de forma irônica e pontos delirantes de extraterrestres , uma mistura de relato de guerra com episódios fantásticos de ficção científica ..................................📝 Uma obra para ser relida , não espere uma leitura comum , o mais importante que chegar ao fim é conseguir decifrar as mensagens embutidas no decorrer dela, a mensagem anti-guerra e os distúrbios pos traumático do veterano protagonista .......📚Recomendo assistirem à resenha do @pipocaenanquim depois da leitura para destrinchar um pouco mais as ideias que deixamos passar no conteúdo
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Day 02/08/2020

"nada de inteligente pode ser dito sobre um massacre"
Terminei esse livro e fiquei pensando o que eu poderia falar sobre ele além de "perfeito". Kurt Vonnegut conta sua própria história de um jeito diferente em Matadouro Cinco, usando a viagem no tempo pra auxiliar.
Mas não se engane, esse não é um livro sobre viagem no tempo. Nem um livro sobre guerra. Esse é um livro antiguerra (palavras do autor).
Uma obra que me fez chorar, rir e refletir muito sobre a sociedade em que vivemos e pensar no porquê de fazermos o que fazemos.
A única reclamação que eu teria a fazer sobre esse livro era sobre a construção um pouco rasa dos personagens, mas, assim que pensei isso, Vonnegut me refutou com uma passagem que não vou dizer aqui para não dar spoiler, mas que está nas páginas 218/219.
Esse livro é incrível em tudo que se propõe e, depois dele, com certeza Kurt Vonnegut se tornou um dos meus autores preferidos.
Penso que, assim como os passarinhos, a única coisa que posso dizer sobre essa história é "pu-ti-uít".
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Julio.Cesar 22/07/2023

É assim mesmo
?Deus, me conceda a serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar, coragem para mudar as coisas que posso, e sabedoria para sempre reconhecer a diferença?

E é assim mesmo. Se na década de 40 Benjamin já alertava que os mortos não estariam seguros caso o inimigo vencesse, hoje mais que nunca, nos encontramos numa constante resistência contra a recaída da sociedade numa barbárie. Barbárie esta, documentada em toda e qualquer obra que temos em nossas estantes, e barbárie esta, incrustada no cerne da civilização.

E é dessa rememoração das perdas, do mapeamento dos destroços, que nasce o exercício imaginativo de Vonnegut. A fim de não se conformar com o esquecimento das vidas jogadas fora em nome de conflitos bélicos que atestam alguns dos abismos mais horrendos da desumanização, o autor usa da fissura espaço-temporal da literatura de ficção científica para explicitar os crimes de guerra realizados pela governo americano (especificamente o Bombardeio de Dresden) durante a Segunda Guerra Mundial.

Carregado por um caráter visceralmente metalinguístico, Vonnegut usa do seu romance para estabelecer conexões com os episódios reais que marcaram sua história. Assim como o protagonista Billy Pilgrim, jogado na guerra quando jovem e desnorteado em meio àquele conflito entre os Aliados americanos e os nazistas, o autor fora sobrevivente do mesmo bombardeio de Dresden, presenciou a morte de aliados e inimigos, e ao voltar ao território americano se viu diante de uma sociedade completamente cínica aos massacres que ocorriam naquele tempo, com cidadãos suburbanos vivendo entorpecidos pelo capitalismo estadunidense enquanto vidas eram ceifadas diariamente no Vitnã pelos mesmos ?heróis? americanos.

Com doses descabidas de humor negro, uma escrita alucinógena e diálogos e personagens tão erradios quanto o cenário caótico que os circunda, Vonnegut narra a aventura onipresente de Billy Pilgrim da forma mais desarmônica possível, a fim de expressar em algum grau o sentimento que muitos jovens e crianças viveram frente aos massacres.

Conectando os conceitos de viagem temporal com os exercícios de alteridade entre a raça humana e os alienígenas Tralfamadorianos, o autor estende uma percepção temporal que abarca os acontecimentos humanos do passado, presente e futura numa leitura simultânea, potencializando assim o papel do protagonista de expectador da guerra e testemunha de sua própria vida, alguém completamente dissociado da veracidade de livre arbítrio, que sabendo tudo que já aconteceu e vai acontecer em sua existência, nos presenteia com um conformismo agoniante que não escapa muito das inúmeras analogias possíveis à ?evoluída? sociedade estadunidense vigente e contemporânea.
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Sabrina 28/05/2021

É assim mesmo
Livro incrível, tragicamente cômico.
Mistura segunda guerra mundial com abdução alienígena.
"Por que você? Por que nós, a propósito? Por que qualquer coisa? Porque este momento simplesmente é."
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Paula.Moreira 01/10/2021

"É assim mesmo" - "so it goes..."
Com passagens muito boas, o livro é uma mistura de romance histórico autobiográfico com ficção científica.
No início da minha leitura, eu estava meio confusa e apreensiva para saber se alguma hora eu iria conseguir estruturar a história do livro. Mais para frente, eu peguei o ritmo e o livro ficou mais claro e bem interessante.
Gostei muito do desenvolvimento do livro, e acho que ele foi muito bem sucedido em não glamourizar a guerra. Mas ao mesmo tempo, não gostei de como as mulheres foram retratadas no livro e diminui a nota muito em virtude disso.
No mais gostei da experiência!
Guilherme 02/10/2021minha estante
Como o autor retrata as mulheres no livro?! Se tiver tempo e paciência, conta só um pouquinho... Seus comentários sobre "A Casa das Belas Adormecidas" foram bastante relevantes, pontuou coisas que eu não havia notado...


Paula.Moreira 03/10/2021minha estante
Vou te dar um exemplo! (Por mais sutil que seja, o que acaba me incomodando é o somatório de coisas sutis.) "A mulher tinha uma beleza suave e translúcida, conquistada por uma longa alimentação composta exclusivamente por batatas. O homem vestia terno, com gravata e tudo." Aqui ele faz um juízo de valor quanto a aparência da mulher e no outro ele faz apenas uma descrição. Isso sozinho não incomoda... Mas num contexto maior já é o suficiente para me irritar.


Guilherme 04/10/2021minha estante
Deu para entender bem o seu exemplo, vou me atentar para isso agora... Lembrou-me "Guerra e Paz", sinto que ele dá um tratamento diferente para as personagens femininas, você deve notar melhor do que eu quando for ler; e ele faz uma aberração literária com uma personagem feminina no fim do livro, acho que o exemplo mais claro...


Paula.Moreira 04/10/2021minha estante
Pois é... Eu acredito! Tenho uma amiga que sempre fala do machismo do tolstoi!


Guilherme 04/10/2021minha estante
Pois é... Um autor de vida controversa: como marido e como homem foi um pesadelo... Destaca-se mesmo pela literatura e outras ações...




Luiz.Goulart 07/09/2021

Este libelo contra o absurdo das guerras
“Billy Pilgrim ficou solto no tempo”.

Assim o norte-americano Kurt Vonnegut começou o livro que o colocou no panteão dos grandes autores do século XX: o clássico moderno Matadouro Cinco.

O livro caiu como bomba ao ser lançado em 1969 bem durante a Guerra do Vietnã, sendo imediatamente abraçado pela contracultura e pelos hippies, chegando a ser banido de alguns estados norte-americanos, o que foi revertido pela Suprema Corte do país.

Este libelo contra o absurdo das guerras tem como pano de fundo a horrorosa destruição da bela cidade alemã de Dresden, conhecida como “A Florença do Elba” no finzinho da Segunda Guerra Mundial, ato covarde dos britânicos e americanos. Este episódio vergonhoso, dentro de uma guerra já suficientemente vergonhosa, mostra sua face mais amarga por ter ficado obscurecido pelas duas bombas atômicas despejadas logo depois no Japão. Mais inocentes morreram na destruição de Dresden do que em Hiroshima e Nagazaki e até hoje isto está relegado aos escaninhos da História.

O personagem central, Billy Pilgrim, sobreviveu como soldado americano à destruição de Dresden e esta marca profunda faz com que ele atravesse a sua vida alternando viagens no tempo e no espaço, abduzido por extraterrestres, navega entre passado, presente e futuro. Dá para suspeitar de uma síndrome de stress pós-traumático e fuga da cisão da mente, mas brilhantemente, o autor não deixa isso explícito nem apela para sentimentalismo, recorrendo até mesmo a pitadas de humor.

Atualmente, o livro é lançado no Brasil pela editora Intrínseca com uma bela capa dura comemorativa do cinquentenário da obra-prima, mas a edição que li é mais antiga, da L&PM, e que tem basicamente uma grande diferença na tradução, que é exatamente o bordão do livro, repetido infinitamente ao longo de cada página. O original “So it Goes” foi traduzido por “É Assim Mesmo” pela Intrínseca, mas na L&PM era traduzido por “Coisas da Vida”. Parece implicância minha, mas de tanto ser repetido, fica evidente que “Coisas da Vida” traduz mais a ideia da falta de livre arbítrio exposta do original do que “É Assim Mesmo”.

O livro tem o subtítulo de “A Cruzada das Crianças" e contextualiza a origem daquela horrível Cruzada na Idade Média. Há uma potente passagem quando o narrador se defronta com a raiva da esposa do amigo com quem lutou na Guerra: “Vocês farão de conta que eram homens em vez de crianças e suas vidas serão interpretadas no cinema por Frank Sinatra, John Wayne ou algum outro desses velhos safados e glamorosos defensores da guerra. E a guerra parecerá formidável e teremos muitas guerras mais, que serão lutadas por crianças”.

Então o autor lhe promete: “Mary, não creio que esse meu livro jamais chegue a ser terminado. Devo ter escrito umas cinco mil páginas e rasguei todas. Mas uma coisa eu lhe prometo: se algum dia eu terminá-lo, não terá papéis que sirvam para Frank Sinatra ou John Wayne. E vou chamá-lo de A Cruzada das Crianças”.

Este livro é uma preciosidade como ficção científica, como resgate da História, como exercício de literatura moderna e elegante narrativa repleta de metalinguagem. Trata-se surpreendentemente de uma leitura muito fluida, irônica e mesmo simples, artifício inteligente para ao abordar um tema tão difícil, torná-lo mais acessível a todos.

Como paralelo da destruição bíblica de Sodoma e Gomorra, Kurt Vonnegut vê-se como a mulher de Ló, que desobedeceu a ordem divina de não assistir ao horror, não olhar para trás: “Mas ela olhou. E eu a amo por isso, porque foi um ato muito humano. Aí ela virou uma estátua de sal. É assim mesmo. As pessoas não devem olhar para trás. Eu garanto que não vou fazer mais isso. Já terminei meu livro sobre a guerra. O próximo vai ser divertido. Este é um fracasso, e tinha mesmo de ser, pois foi escrito por uma estátua de sal.”.

Coisas da vida ! É assim mesmo!

site: http://chacais-sempre-espreitam.blogspot.com/
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Gabriel 13/09/2023

Criativo e importante, mas um pouco chato também.
Uma doidera esse livro... É um livro anti-guerra que mistura uma narrativa com sátiras e ficção científica para explicar o impacto da guerra na vida das pessoas que a viveram, em específico no episódio do bombardeamento de Dresden. Eu achei genial o uso desses elementos pois você entende o quão destruída está a mente do personagem principal, através das viagens no tempo e as histórias com os Tralfamadorianos. Único ponto negativo seria mais para o desenrolar da história que não prende muito, mas pelo menos no final deixa bem claro sua mensagem.
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Pedrocramos 24/04/2022

O livros trás muito sobre o que foi o Bombardeio de Dresden, o maior da Europa. Que foi bastante "ofuscado" pelo choque que foi as Bombas atômicas no Japão. Em pesquisas rápidas, aparecem que foram mais de 25 mil pessoas, no livro conta que foram mais de 130 mil.
Kurt tem uma escrita super fluida, por conta da sua maneira simples, irônica e engraçada de escrever. Eu escolhi esse livro pela capa (Essa a edição da intrínseca tá incrível, muito bonitaaaa). E a história é muito bem desenvolvida também. Amei.
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Libio 25/08/2020

"os que mais odiavam a guerra, eram os que tinham realmente combatido."
Achei muito interessante essa mistura que o autor fez (aliens, guerra, viajem no tempo...) ficou bom! Recomendo a leitura.
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Dudu 01/03/2022

A escrita é boa e a história é interessante, principalmente por conter elementos reais sobre a Segunda Guerra Mundial.

Em geral, a história não empolga e não prende.
As idas e vindas tornam o desenvolvimento da história confuso e repetitivo. Parece que se está na cabeça de alguém com alguma doença mental.

Talvez isso tenha sido proposital, para revelar os possíveis efeitos psicológicos das guerras.

É mais interessante como um relato pessoal do que como uma obra de ficção científica.
E, na tentativa de ser as duas coisas, acaba falhando em ambas, a meu ver.
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themannyfiles 19/11/2020

"É assim mesmo."
A escrita do Vonnegut é tão simples, as vezes cômica, que fez até eu gostar de um livro com temática de guerra (geralmente não me agrada). Certos trechos não são fáceis de ler e você se irrita com a passividade do Billy, mas é exatamente isso o ponto de todo o livro. Ele não podia mudar nada, apenas viver o momento que se apresentava, quer tenha vivido milhares de vezes antes ou não. E te faz pensar que talvez, talvez ele esteja certo. O que quer que tenha acontecido ou acabado na terra, ainda existe e vai continuar existindo para sempre em algum lugar do espaço, caso você resolva dar uma olhadinha aqui.
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Johnatan 04/02/2021

Kurt Vonnegut nos leva através do tempo e da mente Billy Pilgrim, por uma sequência de fatos desconexos e histórias aleatórias, que se encaixam na trajetória do veterano de guerra. Cheio de humor ácido e sátiras marcantes, matadouro cinco trouxe algo completamente diferente do que já li e vi sobre conflitos e fatos históricos.
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Cintia.PrAspero 29/08/2020

É assim mesmo.
Matadouro-Cinco ou a Cruzada das Crianças: Uma Dança compulsória com a morte é um livro antiguerra, que nos conta como Billy Pillgrim, o protagonista sobreviveu ao maior bombardeio à Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial na cidade de Dresden. Um retrato cru, sem glamourização, com doses de ironia e sarcasmo. Por mesclar ficção científica sobre viagens no tempo, a narrativa não é linear, o que pode ser um pouco confuso no início, mas logo nos acostumamos com a história de Billy, o que ao meu ver deixa a narrativa muito mais interessante, pois vamos desde o passado, presente e o futuro, simultaneamente, como em Trafalmadore, o planeta onde Billy chega a ser abduzido em uma das passagens da história.
Este livro de Kurt Vonnegut tem traços autobiográficos, pois o próprio autor esteve presente no bombardeio a Dresden, o que fez com que ele adotasse durante sua vida uma postura pacifista e totalmente contra às guerras. Com sua linguagem objetiva e simples, o autor nos conta uma história muito e original sobre as guerras e suas consequências na vida de um soldado.
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