Jaqueline Felix 31/07/2020
Pedro Páramo é o único romance do escritor mexicano Juan Rulfo, publicado em 1955, e seu segundo e último livro. É uma obra aclamada pelos críticos e elogiada por escritores como Jorge Luís Borges, Gabriel García Márquez e Carlos Fuentes.
Alguns o definem como um romance regionalista tanto quanto como um expoente do Realismo mágico, pois o texto. Eu o enquadraria como um drama - terror leve, com uma pitada de romance.
A metáfora que me vem à mente é uma cebola, pois o livro tem muitas camadas e nada é o que parece ser, num primeiro momento. Não há capítulos, e sim fragmentos, que vão se alternando entre o passado e o presente.
Na narrativa, lugares e personagens são marcados pela acidez, morte e decadência. E, aos poucos, vamos entendendo como isso tem relação com Pedro Páramo, seu caráter e atitudes.
Para finalizar, deixo as palavras de Eric Nepomuceno, no prefácio dessa edição: "Depois de Pedro Páramo não houve outro livro de Juan Rulfo. Ele foi, sim, o mais silencioso dos escritores latinoamericanos. Um gigante que preferiu seguir a lição extrema, que indica que quando não há nada que efetivamente valha a pena ser dito, mais vale o silêncio. O que ele havia dito antes já foi suficiente para permanecer valendo a pena para sempre".