Resenhas - O Festim dos Corvos

Rodrigo 03/03/2012

Dois lados de uma mesma moeda...
Há quem diga que este livro dividiu águas, a quem diga que a melhor parte da história começa aqui, há quem diga que a história decai totalmente aqui. Afinal, porque tanta imparcialidade?

Martin, com sua escrita perfeita, acabou nos acostumando muito mal com suas tantas, e maravilhosas, reviravoltas. Isso é muito bom, claro, mais devemos saber que foram essas reviravoltas que deixaram a história tão complexa, e que resultaram nesse belo, lindo e maravilhoso livro, pelo menos ao meu ver, O Festim dos Corvos.

A diferença no ritmo da narrativa é notado, e, infelizmente, acaba eclipsando outra forma que a narrativa toma, a de uma beleza unica. Não que a narrativa dos livros anteriores não tem seu valor, mais em O Festim dos Corvos o autor mostra um lado mais sensível (sim, acreditem), e que nos ensina que todas as decisões tem suas consequências, e quando se trata de decisões de reis e lordes, as consequências são piores ainda.

Sobe a ótica de Brienne, podemos ver com clareza tudo o que o povo de Westeros passa devido ao Jogo dos Tronos, um jogo sem piedade, sem escrúpulos. Não que o Jogo dos Tronos não aconteça neste livro, pelo contrario, ele se torna mais intenso, complexo.

E é por ele ter se tornado tão intenso, complexo, é um dos grandes motivos para as grandes batalhas que os leitores tanto gostam serem ínfimas, afinal de contas, em um jogo de gigantes, cheios de astucia, a força bruta as vezes torna-se desnecessária.

As reviravoltas são mais escassas aqui, claro, mais quando aparecem, chegam com tudo, nos tiram o folego. Este festim para corvos não faz referencia nenhuma a Patrulha da Noite, pelo contrário, faz referencia a todos os resultados das decisões de reis e lordes, e todos os personagens se veem obrigados a digerir este grande festim.

Eder 04/03/2012

O Festim dos Corvos - George R. R. Martin
Festim dos Corvos, quarto livro da série As Crônicas de Gelo e Fogo, pode-se dizer que é o segundo ato de uma série que se encaminha para o final. Ou parte dela, já que Festim dos Corvos será complementado com A Dança dos Dragões. O livro é focado quase que inteiramente nos acontecimentos em Porto Real, tendo Cersei e Jaime Lannister como principais protagonistas.

O que mais me chamou atenção foram os capítulos com ponto de vista de Cersei. Já nas primeiras páginas percebemos que é ela quem começa a dar as cartas, afinal, com seu filho Jofrey Baratheon e seu pai Tywin Lannister mortos, e Jaime cumprindo seu juramento junto à Guarda Real, ela toma para si as responsabilidades de governar o reino. Afinal, ela tem que cuidar do trono para o pequeno Tommen. Isto é o que ela diz para si mesmo, mas percebe-se que o que ela deseja mesmo, é ser a Rainha, e governar Westeros sozinha. Em determinada altura ela começa a se comparar a seu pai, citando-o a todo o momento, e a agir como se fosse um homem. Cersei é um dos personagens mais odiosos e ao mesmo tempo mais fascinantes já concebidos por Martin.

O mesmo não pode ser dito de Sansa. Ao contrário do que prometeu o final de A Tormenta de Espadas, os capítulos dela são muito chatos e chegam a atrapalhar o ritmo da leitura. Ela continua a mesma personagem enfadonha de sempre. Tem um capítulo inteiro dedicado à descida dela do Ninho da Águia. Torci desesperadamente para que escorregasse fazendo companhia à sua tia. E, como já é de praxe, o livro termina com mais um noivado para ela.

Jaime, desde A Tormenta de Espadas, vem se tornando um dos personagens mais intrigantes da série. Nos dois primeiros livros, tínhamos praticamente só a visão que os nortenhos formavam dele. Mas a partir do momento em que passamos a compreender os fatos sob o seu ponto de vista, começamos a simpatizar com o personagem. Em minha opinião, ele é mais parecido com seu pai, nas atitudes, do que Cersei (e menos do que Tyrion, como é citado no livro), mesmo que esta pense o contrário. O que fica evidente nas suas atitudes durante o cerco a Correrrio.

Os capítulos de Samwell, Arya e Briene nada mais são do que perambulações dos personagens. Arya, até que enfim chega a algum lugar, pelo menos, já que nos livros anteriores ela parecia nunca conseguir alcançar um destino. Eu, particularmente, não gostei do rumo que foi dado à personagem, mas a partir de agora, acredito que teremos uma Arya mais interessante nos próximos livros. Briene foi minha maior decepção. Com sua promessa a Jaime, no livro anterior, e com uma espada nova, de aço valiriano, criei muitas expectativas para ela. Mas, infelizmente, Martin se mostrou pouco generoso com a personagem. Ela passa o livro todo tentando encontrar pistas do paradeiro de Sansa, sem nunca chegar a algo concreto. Já Sam também passa o tempo todo viajando, a caminho de Vila Velha, o que é uma frustração depois de seus capítulos em A Fúria dos Reis e A Tormenta de Espadas serem dos melhores da série. Mas sua participação em O festim dos Corvos acaba se salvando ao final do livro.

A introdução de novos personagens, inclusive alguns com POV (pontos de vista), são muito importantes para história, pois somos apresentados a lugares que até agora eram somente citados, como Dorne e Vila Velha, e temos uma visão melhor das Ilhas de Ferro, além de nos colocar a par de alguns fatos até então desconhecidos. Dentre os novos personagens, gostei muito dos irmãos Victarion e Euron Greyjoy, e acredito que eles terão grande importância nos próximos livros, e no rumo do jogo dos tronos.

O livro é excelente, mas não está no mesmo nível dos anteriores. Afirmo sem hesitar que é o mais fraco da série. Em nota, Martin explica que O Festim dos Corvos e A Dança dos Dragões seriam um único tomo, que devido às proporções adquiridas, acabou sendo dividido. Mas esse não é o problema do livro, mesmo que sintamos falta de alguns personagens. O grande defeito é a aparente estagnação que acontece na história, que fica mais notável ao compararmos ao livro três.

Kalil 21/01/2017

O pior
Leitura massante. Desinteresse pela narrativa quase durante todo o livro. Demorei mais de um ano para terminar. Infelizmente um mal necessário já que a obra completa é fora da curva.

Jones 11/03/2012

Concordam?
Bom, sinceramente é difícil fazer alguma crítica a George R.R, mas como todo autor de livro nenhum na sua carreira foi totalmente perfeito, sem ser alvo de queixas e afins. Então aqui vai...

Jogo dos Tronos, Fúria dos Reis e Tormenta de Espadas foram os livros que mais me deixaram sem ar em toda a história de leitura que eu tenho, os tipo da narrativa, os acontecimentos, personagens, intrigas, magia da historia e etc é de deixar qualquer um louco, mesmo aqueles que não apreciam esse tipo de leitura, com certeza começariam a gostar.

Mas o que acontece em O Festim dos Corvos é um "desleixo" da parte do George, tudo bem que ele avisa no início do livro que os acontecimentos narrados naquele livro serão focados em um lugar único, no caso ao redor dos Leões. Mas nunca imaginei que ele deixaria os outros fatos como a Muralha e Além do Mar sem ser seguido adiante, explicado, continuado a história. Estou quase terminando o livro e até agora não vi nenhum comentário sequer de Daenerys, dos Outros, etc... Concordo que tudo tem seu tempo, mas ponho minha mão no fogo que O Festim de Corvos decepcionou muitas pessoas, vou terminar o livro, claro, afinal é As Crônicas de Gelo e fogo, mas não vou terminar com um sorriso no rosto e um pensamento de 'papel cumprido' como aconteceu com os três primeiros exemplares.

Fica a dúvida do porque o autor optou por esse método de continuação, acho que poderia muito bem focar o que ele bem quer e continuar com as histórias secundarias/terciarias sejam como forem chamadas.

Então, no fim, é isso. Não acho que perdi meu tempo lendo/vou ler O Festim dos Corvos, mas tenho certeza sim que poderia ter sito muito mais proveitoso, vamos ver o que o final nos mostrará.

Uma coisa é certeza, seja o que for que acontecerá, nos fará esperar meses mais para a chegada do próximo.

Concordem, discordem, mas deixem seu ponto de vista.

Taci 21/06/2012

Início do II Ato
O Festim dos Corvos é o ponto, no qual, começa a segunda, e mais intrigante, parte dAs Crônicas de Gelo e Fogo. Demos adeus às antigas personagens com os quais convivemos durante três longos livros, e fomos apresentados ao futuro literalmente, pois profecias não faltam a este livro .

Continuando a usar a analogia ao teatro, digo que, a partir de aqui, o esplêndido George R. R. Martin trocou os cenários e nossos lugares de espectadores, obrigando-nos a assistir a esse espetáculo sob um prisma completamente diferente.

Neste volume, estamos em Porto Real, sob o comando do Rei Menino, com uma Rainha Regente (que não pode ser considerada também como Rainha do Bom Senso), governando os então, devastados, Sete Reinos. Tentando, por diversas maneiras, por o Reino nos trilhos, quando não consegue sequer por ordem a sua própria cabeça.

Se já tivemos um Rei Louco, digo que, Cersei é a representante do gênero feminino.

Além das tramas de Porto Real, somos apresentados aos famigerados Foras da Lei, agora sob o comando da sem misericórdia, Coração de Pedra (da qual obtivemos um surpreendente vislumbre no final do volume anterior); Conhecemos Bravos, Vilavelha e a quente Dorne (que é mais importante do que se poderia supor, até então).

Pequenos detalhes soltos no decorrer da história só instigam ainda mais a vontade de ler o próximo volume e, enfim, saber o que nos aguarda nesse mundo louco onde Dragões, Homens Sem Rosto e Outros não fazem parte só das histórias contadas pelos mais velhos.

Em A Guerra dos Tronos, conhecemos crianças. Hoje, conhecemos homens e mulheres que jogam o Jogo dos Tronos. Jogo esse, em que ou você ganha. Ou morre.

E, assim, se inicia o II Ato. Com ainda mais revira voltas do que imaginávamos. Com Homens de Ferro entrando de vez no jogo pelo Trono de Ferro. Com lobos de quatro patas cada vez mais destemidos. E, com muito, mas muito mistério por ser desvendado.

Tudo isso sem nunca esquecer, é claro, que o inverno está chegando.

Anderson 14/08/2016

Ele dá o personagem, mas toma com violência! Kkkk
Terminei esse danado!! Putz! Confesso que demorei, livro chatinho... digamos que ele é o bastardo da série, até agora, rs. Mas é aquela coisa, é chato, mas é fundamental para a série. Ele é mais focado em Porto Real, apresenta o Príncipe de Dorne; Conhecemos mais da família Greyjoy; a maioria dos capítulos são focados em Cersei, Brienne e Jaime. Sem contar que Martin deixou os personagens mais interessantes para a Dança dos Dragões. Não paro de ficar impressionado com essa saga maravilhosa, os personagens, a escrita... Ah, ainda não sabendo lidar com algumas mortes deste volume. Porra, Martin, deixa de ser cruel com seus leitores! Pare de matar o povo!! ??

Carol 10/02/2023

Quando fica bom, acaba!
Após o livro anterior ?Tormenta de Espadas? fui com bastante expectativa ler esse. E acabei um pouco decepcionada porque é um livro mais lento com poucos acontecimentos. O livro é centrado em Porto Real, Dorne,Bravos, Correrrio e ninho da águia. Apesar de tudo é uma leitura, maravilhosa e aqui a Cersei é a estrela! Vemos como ela é fria e calculista e como mãe faz tudo para proteger o filho. E eu estou surtando com o final desses últimos capítulos ?? estou muito curiosa com o que vai acontecer.

Alecio Miari 21/09/2012

Linguiça, linguiça, linguiça....
Só uma semi-palavra para descrever este livro: Afff...

Pensa em um livro que fala, fala, fala, fala.... e não diz nada!
Tem uns dois eventos no livro inteiro que são dignos de nota. Um é entender as tramoias do Mindinho - que são fantásticas, diga-se de passagem - e outro é toda a armação (burra) que a Cersei tenta tecer.
De resto, o livro é uma puta de uma encheção de linguiça maçante! Você só continua lendo porque fica pensando: "ah, terá uma batalha mais cedo ou mais tarde" "agora vai! Esse personagem vai pro pau". Aí de repente seus pensamentos mudam:"PUTAQUEPARIU! Só vou continuar lendo esta bosta porque já to na página 400!!"
Saco de livro, chato, grande, desgastante e muito, muito, muito descritivo. Pulei vários parágrafos totalmente inúteis durante os textos que só referiam-se a loooooooooongas descrições. Acho que tenho grande limitação em minha imaginação pois não consigo visualizar "um cavaleiro de mechas castanhas caindo aos olhos com um queixo quadrado e uma barba rasa moldando sua cara hirsuta, vestindo um gibão prateado mesclado com o dourado e bordado com finas linhas vermelhas ao longo de toda sua extensão e seguro pelo broche da casa Tyhoekpjsd, usando grevas metálicas e zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz CHAAAATOOOO!!!"
Não comprei este, não tenho vontade de comprar e estou pensando seriamente se irei ler os próximos pq se continuar nessa pegada só a isismagalhaes para nos salvar: http://www.youtube.com/watch?v=EDtwUdCPR3A&feature=relmfu

Diego Piu 11/05/2021

Bom... Dizer que eu não gosto do conteúdo seria uma grande mentira, caso contrário, seria uma grande tortura chegar até aqui.

Por que começo uma resenha assim?

Porque mesmo gostando, as vzs bate um desespero de que essa saga nunca vai acabar. As vzs tbm bate uma sensação de que algumas páginas só fazem volume.

Mas ainda assim, eu gostei de chegar até aqui.

Em pensar que ainda tem volumes a serem publicados (hahaha).

Enfim, Volume V, tô chegando!

Jessica.Agustuni 15/08/2018

Regular
Ficou difícil ler o livro sem Tyrion, Jon, e os demais. É uma leitura cansativa por causa da riqueza dos detalhes, mas no meio do livro as coisas ficam mais interessantes.

Carol 15/04/2012

(Originalmente publicado no blog: http://terradasfabulas.blogspot.com.br/2012/04/o-festim-dos-corvos.html)


Sim, é isso mesmo oque vocês estão vendo, eu finalmente terminei de ler o quarto livro da série "Crônicas de Gelo e Fogo". E demorou...

Demorou muito mais do que eu previa, se continuasse a ler o livro no mesmo ritmo que eu comecei, teria terminado em apenas uma semana, e o verdadeiro motivo por eu não ter feito isso é... Não contarei agora, em vez disso...

A série da HBO foi anunciada, um novo best seller nascia nos EUA, e as editoras e livrarias não perderam tempo, já foram logo colocando nas suas prateleiras aquele que seria a mais nova febre literária do momento. E acertaram em cheio, é claro. A publicidade é cada dia mais eficiente.

Enquanto o seriado lançava sua primeira temporada, o autor dos livros G.R.R.Martin publicava o seu quinto volume da série nos EUA, "A dance with dragons". Já aqui no Brasil, tínhamos apenas os dois primeiros livros traduzidos, e o terceiro logo a caminho.


Lógico que viciados como quase todos nós ficamos, assistimos ao seriado, lemos os dois primeiros livros, e em questão de poucos meses já estávamos acompanhando o terceiro, e já no ansiosíssimo aguardo do quarto que ainda demoraria muito.

Quem leu a resenha que fiz de "A Tormenta de Espadas" sabe como foi emocionante para mim ler tudo aquilo ali, a ansiedade que eu senti para ter o quarto livro em mãos não consegue ser explicada, imagina a que outras pessoas sentiram no meu lugar?

Finalmente, o dia chegou.

Apesar de anunciada a pré-venda nos principais sites de compra on-line, fui firme, e segui os conselhos de meu pai, o Brasil é o único lugar do mundo, onde as coisas chegam nas lojas antes de chegar nas casas das pessoas que compraram na pré-venda.

E sim, valeu muito apena, foi anunciar o lançamento oficial, e meu pai já foi nas livrarias e me trouxe num dia (que não me recordo agora) de noite para ver a minha cara de felicidade.

Extremamente feliz, deitei na cama e abri aquele livro com cheirinho de novo que eu adoro, e comecei a engolir as suas páginas furiosamente!

Para que? Para nada...

Repentinamente me vi sendo altamente enrolada, era como se nada estivesse acontecendo, página após página, aqueles personagens tão queridos não apareciam, a exceção de Arya, onde é que estavam todos os outros?

Pois bem, eis aqui o motivo do porque eu demorei tanto. O autor, em sua infinita empolgação, escreveu tanto, mas tanto, que quando se deu conta, estava escrevendo um livro gigantesco demais para ser publicado em um volume só. Lógico, ele poderia simplesmente parar por ai, colocar um "Continua..." e publicar o resto depois. Então ele teve a ideia, melhor contar toda a história de alguns personagens primeiro, e depois contar a dos outros.


E adivinha quais foram os outros que ficaram para o próximo livro? Tyrion, Jon, Daenarys...

Pois é... Nada mais desmotivante do que isso, mas estou sendo cruel com o livro, ele não é ruim não, de forma alguma. Apenas fui com cede demais ao pote, e falando em cede, outra coisa que me motivou a demorar tanto foi saber que o próximo sairia só no semestre seguinte, portanto, pra que a pressa? Não é muito melhor ler com calma e degustar a história como um bom vinho? Melhor assim.

Vamos logo para as partes técnicas da história. Quem já conhece os livros já está habituada a forma novelesca que Martin gosta de empregar. Dando nomes aos bois, ele narra cada capítulo pela perspectiva de alguns personagens, e a cada livro ele muda seus protagonistas, e é lógico que nesse aqui não seria diferente.

Quais foram as novas aquisições? Pasmem, logo de cara Cercei Lanister, isso mesmo, a grande vilã da nossa história até o atual momento. E ver o mundo pela sua ótica é no mínimo chocante, e extremamente importante em termos de trama para entender muita coisa que já aconteceu. E ainda arrisco dizer que a atriz que a tem interpretado na série tem feito um excelente papel.

Além da rainha louca, temos Brienne de Tarth, a donzela amazona que se demonstrou um dos melhores cavaleiros dos sete reinos. Me admirou ela receber tanta importância do autor. Confesso que achei suas partes do livro verdadeiramente chatas, era como se nada de importante acontecesse, mas não menosprezem Martin, ele sabe oque faz, e essa mulher é fundamental.

Outra novidade nas perspectivas, foi que dessa vez o autor tomou a liberdade de narrar capítulos focados em outros personagens, que não são principais. Como ele fez isso? Simples, ele atribui títulos mais ortodoxos aos capítulos, narrando várias outras partes da história, com vários outros personagens. E na minha opinião, grande parte dessas cenas foram as mais interessantes até agora.

Provavelmente já devem estar se perguntando, mas qual foi a minha real impressão do livro?

Um novo começo, um marco zero na trama. O primeiro livro foi a introdução das introduções, o segundo sua continuação, e o terceiro o final desse primeiro ciclo, para só então, dar início a outro muito maior.

É realmente como se tudo estivesse aumentando de proporção, nada ainda está certo, muitas coisas acontecem nesse quarto livro, mas nada tão impressionante quanto no terceiro, e justamente por isso já vou avisando, melhor não ir com sede ao pote, vocês podem ficar com mais sede ainda.

No geral, achei o livro fraco, muito morno, lógico que em termos de história, porque em termos de narrativa, Martin está cada vez melhor. Ele descreve aquilo que precisa de detalhes com dedicação, e descreve aquilo que precisa de entendimento, com clareza, ponto muito positivo para ele. Mas mesmo assim, tenho que confessar, está muito menos dinâmico do que foram seus anteriores.

Acredito que toda série tem seus altos e baixos, e esse livro é o ponto baixo do momento, nada que abale a história como um todo, que tem muito a nos surpreender.

Adiel Barbosa 04/04/2021

Um tanto lento nos acontecimentos
Dos quatro livros que eu li até agora de As Crônicas de Gelo e Fogo, esse foi o menos aprazível. Ele não é ruim, mas o fato de ter centralizado os acontecimentos no sul de Westeros não funcionou tão bem quanto o Martin achou que funcionaria. Quando a história trazia todas as personagens, a trama fluía incrivelmente bem. Nesse, entretanto, num determinado momento fiquei de saco cheio do Sul, querendo logo ir para as terras para lá das Ilhas do Verão, para a Muralha e o Norte. Ressalto mais uma vez que o livro não é ruim, apenas que me cansou de ver tanto sobre as mesmas personagens.

Nathi 05/06/2015

Equilibrado
O quarto livro da série Crônicas do Gelo e Fogo, Festim dos Corvos (George R. R. Martin) conta os acontecimentos do Sul de Westeros e da cidade de Dorne, onde está a princesa Myrcella.

Depois do bombástico A Tormenta de Espadas, aqui o ritmo desacelera. Mas não de um jeito chato. Muita coisa interessante acontece. Achei o enredo bem equilibrado, nem muita ação, mas não monótono.

Começando por Brienne e Jaime. Gostei muito dos capítulos deles. Podemos ver outro lado de Jaime nesse livro, e porque é um regicida. Vemos que na verdade ele é por vezes injustiçado, e claro, sinistro, por amar a irmã de um jeito não peculiar.

Cercei é uma vadia maldosa. Porém faz tudo pelos filhos. O cerco se fechando em Porto Real a deixa encurralada e os Tyrell, do Jardim de Cima, se aproveitam.

Arya está em Bravos, aprendendo novas habilidades e tentando sobreviver. Sua irmã Sansa, foi levada por Mindinho, que tem grandes intenções com a moça.

Dorne, mantendo a princesa Myrcella, quer seu espaço em Westeros, já que a menina seria a seguinte na ordem de sucessão.

Os capítulos que mais gostei foram os de Sansa, estou muito na expectativa do que vai acontecer com ela e Mindinho. Acho que ela é a grande saída para os Starks.

Quanto ao livro, a narrativa está envolvente e gostosa de ler como de todos os outros livros. Esse quarto livro acredito que seja apenas para colocar os pingos nos i's, ou seja, são os detalhes da história, nada de realmente novo. Claro, George poderia ter colocado esses detalhes em menos páginas, mas acho que o número de páginas é para compensar o quanto demora para sair os livros novos.

Senti falta de Tyrion, pois queria muito saber o que se sucedeu com ele, mas ficará para o próximo volume. Os Starks estão fracos, os Lannister andando sobre fogo... Quem será que ganhará esse trono?

site: feitico-literario.blogspot.com

Sales 20/01/2021

Esperava que depois do terceiro livro a história cresceria ainda mais, e a falta de alguns personagens me frustrou um pouco, porém a história se mantém grandiosa apesar de um pouco lenta. Achei os capítulos dá Brienne meio chatinhos e simplesmente não levaram a lugar nenhum ( exceto o último). Mas o melhor de tudo com certeza foi ver a Cersei se dando mal.