Bruna 01/02/2024
Contém spoiler
Gostei muito da narrativa ser dividida em duas partes, a do sequestrador e a da vítima. Quando li a parte narrada pelo Frederick consegui sentir certa "empatia" por ele, imaginei que no fundo ele fosse ser uma pessoa boa ( boa não, talvez menos pior do que era) que seria só solitário e ao final do livro até cheguei a imaginar que se arrependeria, que amaria Miranda de verdade.
Já na parte da Miranda consegui enxergar como realmente a situação toda era terrível e bizarra, senti nojo do Frederick, como Miranda diz, ele não tinha nada de humano.
Achei bem repetitiva e me deu uma preguiça de ler as partes onde ela escrevia sobre o G.P. e tal, mas gostei de ver o lado forte e esperançoso dela.
Não gostei muito do final, imaginei diversas situações que poderiam acontecer, até cheguei a imaginar que ela desenvolveria uma síndrome de estocolmo talvez? e com o passar da leitura foi ficando bem óbvio a morte da Miranda, mas não queria acreditar, esperei até o final por um plot twist, a questão de o final acabar "meio aberto", ele com planos para um próximo sequestro não me surpreendeu, só fiquei meio indignada por sentir empatia por ele e achar que ele seria capaz de amar ela, e no fim foi comprovado que era realmente só obsessão e foi atrás de outra.
Senti falta de saber notícias sobre os conhecidos da Miranda, se a família e G.P. a procuravam, se ele sentia sua falta e etc.
Mas em geral a leitura é muito boa, meio lenta mas intrigante e as referências artísticas tornaram o livro ainda mais interessante.