Macbeth

Macbeth William Shakespeare
Manuel Bandeira
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Resenhas - Macbeth


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Renata.Deplanck 06/06/2021

Até que ponto é válida a busca por poder?
Segundo livro de Shakespeare que leio e esse trouxe uma nova experiência. Mostra como a busca desmedida por poder pode levar à tragédia.
Recomendo a leitura.
Pedro 06/06/2021minha estante
A humanidade já nos mostrou que a busca por poder não tem limite. A vontade de potência é um dos motores que impulsionam o ser humano, seja para o bem ou para o mal. Geralmente é para o mal...kkkk


Renata.Deplanck 07/06/2021minha estante
Pois é...
E nunca entendi, de que vale um poder que não te dá a opção de um sono tranquilo?


Pedro 07/06/2021minha estante
"O poder de dominar é tentador."
Fogo, da banda Capital Inicial
A maioria das pessoas trocariam facilmente a tranquilidade da consciência pelo poder de dominar. A política é o maior exemplo disso.


Renata.Deplanck 07/06/2021minha estante
??????


Pedro 07/06/2021minha estante
A bonequinha ataca novamente..
????


Renata.Deplanck 07/06/2021minha estante
??




Pablo Paz 06/11/2023

Minha taça de paz enchi de fel.
Na minha época de ensino médio, ou seja, há muito, muito tempo, fazia um curso de teatro no Sesi. Tínhamos que escolher uma peça de Shakespeare para representar - como uma espécie de TCC. As peças que lemos foram: Otelo, Macbeth, Romeu e Julieta, Mercador de Veneza e Sonhos de uma Noite de Verão. Lembro-me que Macbeth não chamou a atenção do grupo, ficamos entre Romeu & Julieta e Mercador de Veneza e acabamos escolhendo... Sonhos de uma noite de verão.

Mas nos últimos dias - por causa do filme 'A Tragédia de Macbeth' (2021) de Joel Cohen, com Denzel Washington e Frances McDormand - reli essa peça e, santo deus!, sabe aquela sensação que temos de: como não vi a beleza disso antes? Pois é, que peça linda, cheia de nuances, simbolismos e significados sobre como o (desejo de) poder pode ser nefasto nos corações e mãos de pessoas erradas. O casal Lady e Lord Macbeth talvez sejam os melhores vilões já inventados na história da literatura ocidental. Lady Macbeth, minha preferida, deixa explícito que queria ter nascido homem só para ter o poder e ferrar com todo mundo (ahahah). É claro que há na construção da personagem muito estereótipo da bruxa medieval: ela não tem filhos, acredita em magia, fala com bruxas e espíritos, manipula e é muitíssimo inteligente... A mentalidade de homens e mulheres da Idade Média temia mulheres inteligentes e sem filhos porquanto achavam que o Diabo nos corrompia e nos contatava a partir desse tipo (psicológico) de mulher, 'infeliz' por não ter se realizado na maternidade (algo que vem lá do Velho Testamento, com Sarah, esposa de Abraão), mentalidade essa que começa a mudar com o Renascimento. Olha que trechos lindos:

Lady Macbeth:
"Vinde, espíritos
Das ideias mortais; tirai-me o sexo:
Inundai-me, dos pés até a coroa,
De vil crueldade. Dai-me o sangue grosso
Que impede e corta o acesso do remorso;
Não me visitem culpas naturais
Para abalar meu sórdido propósito.
Ou me fazer pensar nas consequências;
Tornai, neste meu seio de mulher,
Meu leite em fel, espíritos mortíferos!
Vossa substância cega, onde andar,
Espreita e serve o mal. Vem, deusa Noite!
Apaga-te na bruma dos infernos,
Pra não ver minha faca o próprio golpe,
E nem o céu poder varar o escuro
Para gritar-me 'Para! Para!'

Lord Macbeth:
Dia tão lindo e feio eu nunca vi
(...)
Estou pronto, e cada nervo
Será um tenso agente deste horror.
Vamos; mostrando ar sereno e são,
O rosto esconde o falso coração.
(...)
Minha taça de paz enchi de fel.

"Covenants without swords were but words". Pactos sem espadas, são só palavras, disse Hobbes, no livro Leviatã. Mas para Shakeaspeare, não. Para Shakespeare: "words are like sword"... Palavras são como Espada. Era este o seu superpoder. Suas palavras atravessam gerações, atingindo, a nós que temos a sorte de ir ao seu encontro, atingindo-nos, enfim, como espadas, armas e bombas de lirismo, metáforas, provérbios, poesia e de tudo saber da natureza humana...

P.S.
01-) Li essa edição bilíngue, mais a da Bárbara Heoliodora no vol. 1 do 'Teatro Completo', mas leia qualquer tradução; o original é tão bom que quaisquer delas não irá decepcionar.
02-) Se puder, assista ao filme; está à altura do livro. [Link do trailer: https://youtu.be/HM3hsVrBMA4?si=62ZpCWqeGA6tU-A1]
Ana Sá 06/11/2023minha estante
Pablo, é muito bom revisitar certos livros na vida adulta, né?

Acho que vc me deu o impulso que eu precisava pra tirar esse clássico do armário, pq tb tô curiosa pro filme!

obs.: o SESI não tava pra brincadeira nas leituras não, hein haha


Pablo Paz 06/11/2023minha estante
Ana, demais mesmo, parece que certos livros são para serem lidos na época certa, né? Se puder, leia antes de assistir, a peça é curta: umas 100 páginas apenas. ler antes e assistir depois será uma verdadeira fruição estética. Quanto ao Sesi, é verdade, mas a professora era tão maravihosa. dominava a didática lúdica, tanto que mal notamos que lemos esses livros, 'chatos' para adolescentes, em um ano, e no ensino médio! Mas sejamos justos com os professores de escolas formais: o fato de ser um curso livre ao invés de obrigatorio também pesa muito na motivação pessoal, né? O que era para ser chato foi algo muito proveitoso...


Pablo Paz 06/11/2023minha estante
Ana, demais mesmo, parece que certos livros são para serem lidos na época certa, não é? Se puder, leia antes de assistir, a peça é curta: umas 100 páginas apenas. Ler antes e assistir depois será uma verdadeira fruição estética. Quanto ao Sesi, é verdade, mas a professora era maravihosa, dominava a didática lúdica, tanto que mal notamos que lemos esses livros, 'chatos' para adolescentes, em um ano, e no ensino médio! Mas sejamos justos com os professores de escolas formais: o fato de ser um curso livre ao invés de obrigatorio também pesa muito na motivação pessoal, não é? O que era para ser chato foi algo muito proveitoso...


Pablo Paz 06/11/2023minha estante
*muito prazeroso...


Ana Sá 07/11/2023minha estante
Eu não poderia concordar mais com tudo o que você disse, e fico muito feliz de vc ter tido uma experiência assim!

Obrigada pela dica livro-filme, vou fazer assim com ctz! :)


JurúMontalvao 10/11/2023minha estante
??




Maria.Capobianco 19/04/2022

A relação entre a ganância e a ruína.
Durante muito tempo ignorei as obras de Shakespeare, peças teatrais nunca despertaram meu interesse. Porém esse ano resolvi experimentar e para minha surpresa eu, genuinamente, ADOREI!!
Aqui nessa peça, acompanhamos a história do general Macbeth, que levado pela ambição e pelo desejo de poder, comete atos hediondos e acaba caindo em desgraça, juntamente com sua esposa, Lady Macbeth.
É uma narrativa violenta, obscura e cheia de momentos sangrentos, que traz inúmeros ensinamentos sobre o poder destrutivo da ambição.
Ademais, é uma tragédia extremamente bem escrita, com excelentes citações e momentos bem poéticos.
Pedro 19/04/2022minha estante
Excelente resenha, Maria. No ano passado eu li Hamlet, mas me decepcionei um pouco. Tenho Macbeth, embora não tenha lido ainda. Acho que terei que reverter isso. ?


Dhewyd 19/04/2022minha estante
Eu nunca li nenhuma peça teatral ?.


Maria.Capobianco 29/04/2022minha estante
Muito obrigada Pedro. Olha vi várias pessoas recomendando começar ler Shakespeare por Macbeth, e acho que é uma boa viu. Vale a pena dar uma chance!!


Maria.Capobianco 29/04/2022minha estante
Dhewyd eu também nunca tinha lido, essa foi a primeira, e foi uma excelente porta de entrada.


Pedro 30/04/2022minha estante
Obrigado pela recomendação, Maria.




Vinny Britto 31/01/2020

Confesso que nunca tive muita vontade de ler Shakespeare ou outros do gênero, em parte por não gostar do estilo da narrativa.
Decidi ler Macbeth quando soube que Jo Nesbø estaria lançando um Romance Policial que seria uma espécie de releitura ambientado na década de 70, então quis ler a obra original antes.

A história de Macbeth faz jus a fama. Sombria, intrigante, com reviravoltas e traições, de fato se mostrou uma grande e obscura tragédia.

Como nem tudo são flores, continuo não gostando do estilo.
DANIROMA 31/01/2020minha estante
Somos 2 então, acho que tudo na cultura inglesa ( música e literatura ) é super valorizado. Abcs


Vinny Britto 31/01/2020minha estante
Nesse caminho mesmo, com exceções claro.


Rique Viola 31/01/2020minha estante
Mas isso acontece em qualquer país, até aqui no Brasil temos clássicos que são super valorizados e ruins!


Vinny Britto 31/01/2020minha estante
Verdade Rique, bem lembrado!




Natalie Lagedo 14/03/2017

As tempestades noturnas são os momentos escolhidos pelo Bardo para trazer à baila homicídios funestos. A falta de luz solar é um espelho da escuridão do casal Macbeth. A maldita peça escocesa é recheada de ambição, inveja e sede de poder. É também uma demonstração do que os maus conselhos podem causar a pessoas de caráter fraco.

O Rei Duncan, agradecido pela grande vitória que o "thane" Macbeth conseguiu para o reino, não percebe a cilada que o aguarda no castelo do barão. Contrariando as regras da hospitalidade e levado pela maldade nata de Lady Macbeth, o regicídio é cometido sem o menor escrúpulo. Confiando nas previsões de bruxas e de Hécate, acredita o tolo, o cego, Macbeth, que vai governar soberano se matar também o seu companheiro Banquo. Movido pelo egoísmo e, mais do que tudo, por sua pérfida esposa, é isso o que faz.

Lady Macbeth é a perfeita voz do demônio. Nenhum dos espíritos conjurados se compara a essa personalidade infame. Shakespeare faz de características femininas, como o apego aos detalhes e a preservação da família, uma arma letal: arquiteta cada passo dos assassinatos com a justificativa de estar buscando o melhor para si e o marido, uma vez que (ah, felizmente!) não tiveram filhos.

A loucura e o arrependimento dão o desfecho para esta estória. Acometida de sonambulismo, a rainha entra em colapso e provavelmente dá cabo da própria vida, pois o dramaturgo não deixa isso explícito. Macbeth, por sua vez, após ver o fantasma de Banquo e subestimar a força e coragem de Macduff, também perece. É uma peça em que os sentimentos são mais vivos do que os personagens e é isso o que a torna atemporal.
PC_ 14/03/2017minha estante
ah, lady macbeth...
tinha um coração tão branco...

não me esqueço dessa parte de sua fala desde que vi a peça encenada.

na traduçao que li dizia coração transparente, não dei conta,
mas no teatro, entendi o porque do coração tão branco.

Macbeth
...
Will all great Neptune's ocean wash this blood
Clean from my hand? No, this my hand will rather
The multitudinous seas in incarnadine,
Making the green one red.

lady macbeth
My hands are of your colour; but I shame
To wear a heart so white.


Natalie Lagedo 14/03/2017minha estante
Tive que refletir sobre esta peça por alguns dias, PC! Lady Macbeth é a personificação do mal. Achei excelente.


DIRCE 14/03/2017minha estante
Mais uma resenha excelente.


PC_ 14/03/2017minha estante
nao quero travar uma batalha com minha memória agora, mas não sei se era a personificação do mal , talvez mais um instrumento dele, pelo menos foi essa a impressão que deve ter me causado na época em li/vi a peça .

acho que coração branco resume bem lady macbeth.

fazia o que tinha que ser feito para atingir seus objetivos.

talvez ricardo III tenha descalibrado meu senso de maldade...




Andreia Santana 24/06/2016

"A vida não passa de uma sombra que caminha"
Macbeth é intenso, vertiginoso, claustrofóbico, um thriller dos anos 1600 ambientado em um cenário medieval e cruel. William Shakespeare, com esse drama pintado de sangue, cria uma metáfora perfeita para a desconfiança, a inveja, a traição, a ambição cega e desmedida que leva à ruína, temas recorrentes em sua bibliografia.

O atormentado general escocês Macbeth abre caminho rumo ao trono de seu país no fio da espada após receber uma revelação de três bruxas. Tendo a esposa, Lady Macbeth como cúmplice e principal incentivadora de suas ações. A partir do assassinato do rei a quem servia, o casal se afunda em crimes e conspirações que ameaçam destruí-los.

Seriam as bruxas seres enviados pelo inferno para tentar o até então honesto guerreiro? Seria Lady Macbeth, como muitos defendem, essa tão terrível víbora que com sua língua afiada conduz o marido ao infortúnio ou ela apenas tem coragem de verbalizar as atrocidades que já povoam a mente dele? Ou Macbeth não passa de um dissimulado que sempre teve a intenção de tomar o poder? Ou ainda, teria o bravo guerreiro enlouquecido e tudo o que se passa nesse drama curto, preciso e angustiante é fruto dos delírios do personagem principal?

Seja qual for a conclusão do leitor, e todas são possíveis a depender da linha interpretativa seguida, vale destacar que ele é um dos vilões mais cruéis e ao mesmo tempo dignos de piedade da literatura clássica. Macbeth em sua perdição e solidão é tão humano que a única forma de lidar com o espelho que ele nos mostra, o reflexo dos nossos defeitos enquanto civilização, é chamando-o de monstro.

Com sua história crua e recheada de monólogos desconcertantes, Shakespeare mais uma vez explora o universo de intrigas, conspirações e jogos de poder que elevam e destituem reis. É a origem sem dragões e outros seres mitológicos (e as bruxas de Macbeth seriam seres místicos, quase religiosos, e não fantasia) do jogo dos tronos. Se G. R. R. Martin bebeu na fonte da Terra Média para criar sua sanguinária Westeros, não é segredo para ninguém que Tolkien sempre se banhou de corpo inteiro nos dramas shakespereanos.

Para conceber Macbeth, o bardo inglês se inspirou nas Crônicas sobre a Inglaterra, Escócia e Irlanda, dos reis Duff e Duncan, publicadas em 1587, e no filósofo escocês Hector Boece. O dramaturgo, além de livremente basear-se nos sórdidos fatos reais de seu tempo ou de gerações anteriores à sua, também era grande conhecedor da história inundada em vísceras e cabeças decepadas da Grã-Bretanha medieval. E aqui é preciso agradecer a todos os predecessores de William Shakespeare, como os autores das novelas arturianas, por exemplo.

A força de Macbeth enquanto clássico atemporal e imortal reside no fato de que além da ambição mostrada com sua face nefasta, das traições, golpes de estado e intrigas que permeiam a história de Shakespeare e que ainda reverberam nos dias atuais de traições políticas e guerras sanguinárias mundo afora; a segunda parte do livro é sobre culpa, autopunição e o remorso que tortura até a perda da razão.

Escrita originalmente como peça de teatro, Macbeth já foi adaptada muitas vezes para o cinema. A mais recente, de 2015, dirigida por Justin Kurzel e com Michael Fassbender e Marion Cotillard vivendo o casal protagonista da história. O filme de Kurzel, inclusive, é uma adaptação bem fiel ao texto de Shakespeare, com uma fotografia bela, desesperada e angustiante.

A história de Macbeth também já foi adaptada como ópera, quadrinhos e minissérie para a TV. O texto, escrito no alvorecer do século XVII, é assustadoramente atual!

site: https://mardehistorias.wordpress.com/
Natalie Lagedo 24/06/2016minha estante
Resenha instigante.


Andreia Santana 26/06/2016minha estante
Obrigada :)


vagnerassilva 21/10/2016minha estante
Ficou muito boa mesmo sua resenha.
E eu não sabia do Filme, vou dar uma procurada, imagino que seja muito bom. Obrigado.


Andreia Santana 23/10/2016minha estante
Obrigada. Essa adaptação de 2015 é bem fiel ao livro.




@aprendilendo_ 04/12/2021

Resenha de "Macbeth"
Após uma vitória gloriosa contra os exércitos da Noruega e da Irlanda, Macbeth, honrado barão de Glamis, recebe, por meio de três feiticeiras, a profecia de que se tornará o rei da Escócia. Infelizmente, a promessa acaba por desenvolver uma ambição assassina no barão e revelar os piores lados de sua personalidade. A partir disso, tem-se o início de uma rede de traições e assassinatos em busca do poder e de sua sustentação. Escrita por volta de 1603, “Macbeth” é considerada uma das melhores obras do dramaturgo inglês William Shakespeare.

De início, por meio da escrita poética e reflexiva de Shakespeare, a obra começa com uma ótima apresentação de Macbeth e sua honra perante os nobres de seu reino. Nesse contexto, com a dignidade do protagonista bem estabelecida, toda a decadência mental e ética do personagem durante a história acaba por ser impactante e inesperada, de maneira a imergir o leitor na trama e torná-lo curioso sobre seus futuros acontecimentos. Tais elementos, por fim, são apenas realçados pela peculiar violência demonstrada durante toda a obra, repleta de um tom vingativo e ambicioso, o qual gera a tensão narrativa e todo aspecto de guerra iminente.

Em outro momento, deve-se pontuar sobre outros personagens, como Lady Macbeth e Banquo. Enquanto a primeira, esposa do protagonista, demonstra uma malícia dissimulada, Banquo, companheiro de batalha de Macbeth, apresenta-se como o grande contraponto moral do casal principal. Nesse sentido, há o aspecto de uma batalha não apenas externa, entre os diversos nobres, mas, igualmente, interna, entre as ambições de cada um e sua determinação de conquistar o desejado, não importando a forma. Dessa forma, a trama acaba por ter, como foco, a descaracterização moral de Mcbeth e o rio de consequências advindos desse fato.

“Macbeth” é uma obra interessante, a qual demonstra muito bem a decadência de um grande homem perante a ambição maliciosa por poder e o peso de ter que lidar com as consequências de seus próprios atos.

Nota: 8.75



site: https://www.aprendilendo.com.br/
Fernanda T. 07/12/2021minha estante
Emendar com ? O som e a fúria ? do Faulkner, cujo título veio de Macbeth :)


Flávia 03/06/2022minha estante
É maravilho, porém é o tipo de livro que precisamos tomar um curso pra entender. Depois da leitura, assisti a peça e ouvi um podcast de especialista para conseguir entender todos os pontos mais importantes.


Daisy Mary 23/12/2023minha estante
É simplesmente maravilhoso! A escrita me deslumbrou e com certeza ascendeu minha vontade de ler clássicos! Extremamente detalhado e complexo, demorei um pouco para entender tudo, porém é uma experiência incrível.




Francisco240 19/06/2022

O preço da ganância
Macbeth, é uma tragédia baseada nas crônicas escocesas, na qual Shakespeare desenvolve umas de suas mais conhecidas e célebres tragédias.
Michela Wakami 21/06/2022minha estante
Amo.??


Francisco240 22/06/2022minha estante
Eu mais ainda kkk
Preciso ler alguma comédia ou peça histórica dele


Michela Wakami 22/06/2022minha estante
Se puder, leia Hamlet.




Liliane 30/06/2020

Meu segundo contato com shakespeare, parecendo ser o primeiro, pela diferença de linguagem anterior (Sonho de uma noite de verão). Macbeth possui uma linguagem rebuscadas, me fazendo recorrer ao dicionário várias vezes. Leitura densa, com muitas personagens. Uma tragédia poderosa, intensa, que mostra a que veio, logo no primeiro ato! Uma peça com pegada! Macbeth, um general estimado pela realeza, que acompanhado de sua esposa, não mede esforços para fazer-se cumprir uma profecia. A peça fala sobre poder, ambição, traição, tirania, tudo isso numa esfera limítrofe entre loucura e sanidade! Como o ser humano é capaz de transformar-se num ser cruel e tirano para alcançar seus objetivos! Macbeth em busca de poder e crescimento, acaba deteriorando-se. Querendo ganhar, acaba perdendo. Perdeu paz, sanidade e por fim, a vida!
JP 30/06/2020minha estante
A resenha tbm tem pegada! Rss ?


Liliane 30/06/2020minha estante
?




Graça 14/03/2021

Minha primeira experiência com Shakespeare
Uma peça curta e prazerosa. A obra pode ser antiga porém a tirania do personagem principal é bastante atual. Uma das melhores leituras do meu 2021.
Lêticia Lopes 14/03/2021minha estante
Se vc gostou desse, então, precisa ler Otelo.


Graça 14/03/2021minha estante
Obrigada pela recomendação ?




LSS 22/02/2021

O crime não compensa
A primeira vez que lei um texto nesse estilo. Muito bom. Os acontecimentos passam bem rápido. Mas a história não deixa de ser emocionante.
Macbeth é um traidor que vira rei através de um golpe. Entretanto, seu reinado não dura muito tempo.
Liliane 22/02/2021minha estante
Acho essa, uma peça poderosa. Amo Shakespeare! ?


LSS 23/02/2021minha estante
Ele é ótimo mesmo ? primeira vez que leio um livro de Shakespeare.




Roneide.Braga 31/03/2020

[MACBETH - William Shakespeare]
É uma estória sobre abuso de poder, ambição, moral, traição etc. Uma peça muito forte e bastante sangrenta!
- A peça é pequena, sem rodeios e com muita ação.

Foi a primeira vez que li um livro em formato de peça teatral, no início foi difícil se adaptar, mas gostei muito.
Jose 31/03/2020minha estante
Leia Júlio Cesar, é muito bom. Essa eu vou ler ainda.
Achava que Shakespeare era inacessível e agora descubro que é uma delícia de ler.


Roneide.Braga 31/03/2020minha estante
Pode deixar, obrigada pela dica ?




@apilhadathay 10/01/2011

Magnífico!
"Aquilo que sabe o coração falso, a cara falsa deve esconder"

Estou maravilhada.
Escrito no século XVII, aproximadamente entre 1605 e 1606, Macbeth é uma peça maravilhosa, que narra a história de um oficial do exército escocês, tido em alta conta pelo rei: o General Macbeth. Eu não resisti a inúmeras citações perfeitas que encontrei durante a leitura e muitas estão aqui.

"O belo é podre e o podre, belo sabe ser: ambos pairam na cerração e na imundície do ar"

Macbeth é um bravo e valoroso guerreiro que está a ponto de se tornar uma lenda nas batalhas. É primo e homem de confiança do rei Duncan da Escócia. Seus feitos lhe rendem cada vez mais títulos, mas uma profecia alimenta mais que suas expectativas para o futuro. Três bruxas encontram Macbeth e seu amigo Banquo, numa charneca deserta, e fazem predições sobre os dois: um será rei e o outro será pai de reis, menos importante, porém mais poderoso.

"Aconteça o que acontecer, o tempo e as horas sempre chegam ao fim, mesmo do dia mais duro dentre todos os dias"

Alimentado pelo gênio maquiavélico e sedento de poder de sua esposa, a dissimulada Lady Macbeth (uma vilã fantástica, que eu adoraria interpretar no Teatro), o general é levado a cometer a mais vil traição contra aquele que tanto o admirava. Testemunhamos, por esta história, a que ponto chega um ser humano em sua busca pelo poder: a frieza, os melindres, o coração duro e falso, que depois da primeira crueldade sente mais facilidade em cometer a seguinte.

Mas, uma hora dessas, tudo o que fez se volta contra você. E pode sentar, porque virá quando menos esperar.

"Não existe arte pela qual se possa adivinhar o caráter de um homem só observando-lhe a fisionomia"

Uma onda de parricídios tem início, no reino escocês.
Quando dizem que o gênero é dramático, não se referem apenas ao estilo literário, mas aos exageros em Oh!’s e Ah!’s no decorrer do texto, bem como a reação das pessoas. Por exemplo, dos assassinos contratados para matar um cidadão na emboscada!

"Sou sujeito, meu Suserano, a quem os golpes vis e as bofetadas do mundo de tal modo enfureceram que me é indiferente se faço isso ou se faço aquilo, contanto que eu machuque o mundo"

Parece com drama de adolescência. Mas imagine isto sendo dito por um homem com fogo e desespero nos olhos afundados de sofrimentos antigos. Hoje em dia, isto se traduziria assim: “Já apanhei muito da vida e agora é hora de dar porrada!”

Os assassinatos na emboscada da estrada, e do rei, pelos servos, tinham tudo para ser crimes perfeitos, com álibis irrefutáveis e profissionais envolvidos. Mas acontece que o único crime perfeito é aquele que não se comete. Além disso, a culpa e a confiança demasiada são as piores inimigas dos fracos de espírito.

"Que a benção de Deus o acompanhe, e a todos aqueles que desejam transformar o mal em bondade e os inimigos em amigos"

Um ponto interessante na ideia das festas da sociedade real naquele tempo: o anfitrião precisava reiterar várias vezes que os convidados eram bem vindos para que a festa não fosse arruinada. Em todo caso, a pior inimiga que Macbeth poderia conseguir chegou e ele, como sempre, é salvo pela esposa.

"Mais seguro é ser o objeto que destruímos, mais seguro do que habitar uma alegria duvidosa, construída pela destruição (...) Coisas para as quais não há remédio não devem ser contempladas. O que está feito, está feito"

Vemos no livro a ideia apregoada por tantos séculos sobre o mal, para alguns, ser algo louvável, enquanto fazer o bem é tido como atitude de loucos. E Macbeth aprende da pior forma que pôr os olhos no futuro sem ter posto os pés nele, antes, pode ser mais assustador do que aguardá-lo chegar, no dia em que vier.

"Quando não fazem de nós traidores as nossas ações, nossos medos disso encarregam-se"

As pessoas na Escócia começam a fugir, temendo morrer, porque o rei mandava executar todos os traidores. O reino escocês sofre: ninguém mais sorri, soluços e gemidos e gritos ecoam por toda arte, tristeza é um sentimento corriqueiro e quando se anuncia um funeral, ninguém mais pergunta quem morreu. As emoções estão alcançando os limites humanos.

"A dor que não fala termina por sussurrar a um coração sobrecarregado, pedindo-lhe a explosão"

Aos assassinos do rei, não se esperava apenas que fossem traídos por uma inimiga tão próxima e tão incontrolável – uma que eles não poderiam eliminar na base da tirania e da espada.

PRECISO VER O FILME!

PALAVRAS NOVAS

Alambique = destilador
Alaúde = antigo instrumento musical oriental de cordas dedilháveis
Ameias = cada saliência retangular separada a intervalos sobre muros
Anteparos = defesas
Arauto = nas monarquias medievais, oficial que fazia publicações solenes, anunciava guerra ou paz.
Arremetida = investida impetuosa
Asseverar = garantir, afirmar
Atalaia = ponto de vigia, guarda
Auspicioso = promissor
Beligerante = que está em guerra
Charneca = terreno não cultivado
Claudicante = coxo
Cutiladas = golpe de cutelo, sabre, espada
Desditosa = infeliz, desventurada
Desfraldar = brandir, agitar
Diligente = rápido, direto
Embotado = enfraquecido, desfocado
Epicurista = adepto do epicurismo, doutrina que prevê que se encontre o bem pelo prazer, pela prática da virtude e da cultura de espírito
Fenecer = acabar, morrer
Galgo = espécie de cão
Gorgomilo = garganta
Imberbe = sem barbas
Imprecação = praga
Impudente = sem pudor
Inconteste = não contestado / questionado
Inebriante = embriagante, extasiante
Infausto = infeliz, aziago
Laivos = manchas, nódoas
Oboé = instrumento musical de madeira, de sopro, com palheta dupla
Parricídio = assassinato do pai
Pardacento = tirante a pardo, que aparenta ser pardo
Pasmaceira = pasmo tolo, apatia
Pérfida = falsa, traiçoeira
Perfídia = falsidade
Perpetrar = cometer, praticar
Purgar = purificar
Rameira = meretriz
Refrega = luta
Rendilhado = ornado com rendilhas
Sacrílego = que cometeu sacrilégio
Silente = silencioso
Vaticínio = profecia
Verruma = instrumento com ponta em hélice, para abrir talhos em madeira
Vicejar = ter viço, opulência
Laura 26/05/2012minha estante
Oi Thaíse Gomes, eu queria saber qual foi a tradução que você leu, porque não consigo encontrar uma boa. Obrigada.


@apilhadathay 26/05/2012minha estante
OI, Laura! Foi da L&PM, justamente a da capa que está nessa resenha =)




Brubis 19/07/2022

Bom
O livro demanda um pouco mais de atenção pra ser lido, porque a forma de escrita de Shakespeare pode ser um pouco confusa se você não prestar muita atenção.
Achei a história emocionante até: tem bastante ação e sangue e é interessante ver a mudança de Macbeth ao ser, cada vez mais, consumido pela ambição.
Entretanto, acho que Shakespeare não é muito meu estilo, porque não tem reviravoltas impactantes e as cenas de guerra, por exemplo, não são tão desenvolvidas.
Mika 05/01/2023minha estante
Oi, entendi seu ponto, mas acho que você não compreendeu o que o gênero propõe. Essas peças são escritas de forma semelhante a um "roteiro", por isso as batalhas, e quaisquer ações, não são muito descritas.
Agora, "não tem reviravoltas impactantes", sério??


Brubis 05/01/2023minha estante
Oi, tudo bem? Li esse livro a mando da escola, então fiz uma pesquisa sobre a biografia dele e as caraterísticas das obras. Portanto, sabia, sim, do fato de ser um roteiro. Por isso mesmo, ressaltei na resenha que a obra não fazia o >meu< estilo. Gosto de outras formas de escrita, com mais detalhes, porque, sem eles, não consigo sentir grandes emoções.
Além disso, o assassino já foi revelado desde o início, então o foco da trama foi a transformação psicológica do protagonista, que não me atraiu. O único momento que me causou empolgação foi a estratégia usada na batalha final, mas isso foi um ponto muito específico da história. Já li livros com plots que, na minha opinião, são muito mais impactantes e geniais do que o de Macbeth (qualquer um da Agatha Christie, por exemplo).
Mas enfim né, entendo que cada um tem sua opinião e que o livro tem importância histórica. Entretanto, leio para me divertir e, por isso, avalio o meu divertimento, e não importância da obra.




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