Os Irmãos  Karamázovi

Os Irmãos Karamázovi Fiódor Dostoiévski




Resenhas - Os Irmãos Karamázov


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Ale 22/05/2023

Apesar de não ser o tipo de livro que me faz querer ler tudo de uma vez só, precisei dar 4 estrelas simplesmente pela escrita genial do Dostoiévski. Ansiosa pelo volume 2.
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Maria10726 18/05/2023

A última obra de Dostoiévski

? Os irmãos Karamazóv, 1250 páginas; 1879 - 1880.

? Considerado por Freud "o maior romance já escrito", está obra aborda análises psicológicas profundas e muito bem detalhadas, construído através de um realismo absurdo. Confesso que no decorrer do livro eu me decepcionei, achei a leitura repetitiva e monótona, alguns capítulos desnecessários e extremamente longos, porém, penso que a descrição profunda do Dostoiévski fazia parte de toda a complexidade da obra.

? Demorei alguns meses para finalizar o romance, haja vista que tive dificuldade e muitas vezes pensei em desistir, mas persistir pelo amor e admiração que sinto pela literatura russa, e por ter lido alguns livros do autor que eu me apaixonei.

? Inicialmente somos apresentados a todos os irmãos Karamazóv e suas particularidades, Pavlovich é o genitor, irresponsável e péssimo pai, um homem arrogante e esnobe, que passa a vida gastando dinheiro com mulheres e bebidas.

?Dimítri é o filho mais velho, fruto de um casamento por interesse, apesar de possui as mesmas características do pai, altera com momentos de compaixão. Seguiu carreira militar e retorna ao lar paterno para reunir os irmãos e reivindicar herança, muitas vezes esse personagem me irritou, devido a sua obsessão, insistência e imaturidade.

? Aliocha é o filho favorito, bondoso e totalmente diferente do pai, seguiu vocação eclesiástica e é muito interessante esse contexto de religião no tempo russo, a vida no mosteiro, os aprendizados e a loucura pela religião. Aliocha faz o meio campo entre a família, dando conselhos e amenizando os conflitos familiares.

? Ivan é totalmente diferente de ambos os irmãos, ambicioso e com teorias sobre o universo e a existência divina. Possui um amor obsessivo, assim como seu irmão Dimítri. Ambos os irmãos possuem particularidades que se destacam e constrói a história.

? Dimítri se envolve em algo monstruoso, que se desencadeia em embates jurídicos e policiais, com questões filosóficas, que expõe a mente humana. Foi nessa parte que me perdi, a repetição me cansou e espero que um dia eu possa compreender a magnitude da obra frente aos acontecimentos da vida. Dostoiévski é magnífico.
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Ramiro.ag 16/05/2023

"Pois o homem ama a queda do justo e a sua desonra"
"Para que seja possível amar um homem, é preciso que ele se esconda. quando ele mostra a sua face, o amor desaparece"

Eu não sei nem por onde começar, eu tinha expectativas altíssimas para esse livro, mas a obra conseguiu superar todas. Com toda a certeza meu modo de ver o mundo vai ser altamente impactado por essa leitura.

A obra retrata a família Karamazov, o pai Fiodor, completamente negligente e insensível com o seus filhos, e os irmãos que possuem personalidades distintas. Alexei, o mais novo, é um religioso, muito bom e cândido, e ao meu ver, é até um remediador dos outros personagens, uma figura de luz. Ivan, o do meio, é um intelectual, e de certo representa a juventude russa niilista da segunda metade do século XIX, nunca para de "pensar com a razão", sendo constantemente atormentado por sua consciência (o que no final, vai ficar ainda mais evidente). E por fim, o mais velho, Dmitri, uma figura intensa, orgulhosa e instável e que vai vir a disputar financeiramente e amorosamente com seu pai.

"Mas as hesitações, a ansiedade, as lutas entre a crença e a descrença, às vezes se tornam tal tortura, para um cheio cheio de escrúpulos como você, que é melhor enforcar-se."

Dostoiévski consegue transmitir até o fundo de todos os personagens e o exterior que os cercam, traçando um retrato geral da Rússia e de seu povo. Além de impor grandes questionamentos filosóficos, religiosos e morais, principalmente nos que diz respeito a reforma judiciária, a construção das bases da sociedade e da estruturação da família.

Há tantas passagens intensas no livro, que me fizeram refletir, parar e respirar um pouco, como a morte do mestre Zozimo e a mudança psicológica intensa do Aliocha. O debate sobre a morte de Deus entre Aliocha e Ivan. Os delírios de Ivan. A defesa do Dmitri. A jura em lembrança ao pequeno Illiucha. Sinto que vou precisar reler esse livro logo, a intensidade com que fui atingida é aburda.

"Seu crime não seria um crime, mas a simples revolta contra a força que injustamente o oprime."

É uma obra que todos devemos ler, traz lições e ideias que levarei para a vida toda.

"Essas pessoas não se preocuparam com o meu destino, não fizeram nada para me educar, para me instruir, para me transformar em um verdadeiro homem. Essas pessoas não saciaram a minha fome, nem aplacaram a minha sede, nem me visitaram, nu em minha prisão, e são elas que me enviam à condenação."
Erika Sá 17/05/2023minha estante
Ótima resenha ?




Pamela 14/05/2023

Um bando de canalhas
Rapaz, eis aqui a "grande família" da Rússia, sinceramente um negócio desse nem Freud explica, não sei quem é mais doido.
Tem um bocado de nome difícil, geralmente terminados em sufixos de "ski's", "vitch's" (uma transcrição fonética de um capítulo desse livro é de endoidecer qualquer um tá).
É treta pra tudo quanto é lado. Tem debate de religião, de moralidade, tem santo que não é santo, tem personagem secundário que faz a gente chorar.
Olha, que cabaré viu.
E no meio disso tudo o que ficou martelando na minha cabeça foi a 🤬 #$%!& de uma cebola.
Eu amei demais, amei pega de surpresa. Só sabia que era um clássico e o cretino do Dostoiévski vai, e rouba meu coração.
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Manu1201 12/05/2023

12 de Maio de 2023
Ler Os Irmãos Karamazov é uma experiência!

Não esperava tanta entrega e exposição do âmago de todos os personagens como foi. Mostrando o coração, mente e facetas de todos os integrantes dessa pequena longa história, Dostoiévski nos entrega divagações, interrogações, meditações e esperança.

Por diversos momentos me senti frustrada por demorar a ler o livro mas, analisando agora, foi a melhor coisa que poderia ter feito. Cada coisa e acontecimento foi absorvida em seu devido tempo, atenção e emoção. Eu amei demais acompanhar a família Karamazov, mostrando de forma visceral e arrebatadora suas imperfeições, fé, loucura e paixão.

Ao final do livro entendi a frustração de alguns leitores e o porque do próprio Dostoiévski pronunciar que faria uma continuação. É muita coisa e depois que você engaja na história ela voa! E você vai ficar sedento por mais, pelo menos eu fiquei kk
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Renata.Carmo 09/05/2023

Depois de pouco mais de um ano lendo consegui terminar. Um livro cheio de tretas familiares. Muito bom de ler
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Karime 07/05/2023

Todo mundo deveria ler.
Em os irmãos Karamazov encontramos 3 Irmãos diferentes em diversas maneiras, suas ideias, religiões e ideias são únicos em cada um.

Fiodor e um Pai que foi tão duro com eles que negligencia a todos enquanto vive a vida de forma egoísta, egocêntrica e farrista, deixando os 3 à mercê da própria sorte e eles crescem as suas próprias maneiras e somente na vida adulta que todos se encontram.

Aliocha é um religioso temente a Deus que tem fé na bondade humana, ele é gentil, fofo e extremamente apaixonante. Cuida de todos e ama os irmãos, ainda que seja mais próximo de Dmitri.

Ivan e ateu que estudou, cresce e se vê sendo egoísta em relação aos irmãos e à vida, sendo cético sobre a religião de Aliocha e a vida livre de Dmitri.

Dmítri é vivaz e vive a vida de forma livre, liberta e tem sentimentos reais para com Aliocha ainda que admire as conquistas de Ivan.

Em os irmãos Karamazov vemos uma Rússia cega aos seus próprios preconceitos e hábitos, onde religião, ceticismo e cinismo caminham lado a lado entre dos cidadãos.

Fiodor Dostoievski nos leva à essência da humanidade, mostrando o egoísmo, religião, ceticismo e luxúria em cada um dos personagens de forma sincera e humana.

É difícil descrever as sensações que esse livro me passou, tendo uma leitura difícil e densa em diálogos longos e cheios de verdades atemporais, nos fazendo refletir nos grandes discursos e nas pequenas frases.

Fiodor consegue nos prender enquanto apresentar o crescimento e desenvolvimento dos personagens humanizados conforme a vida é difícil.
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Jussara 03/05/2023

Acho q nunca demorei tanto pra finalizar um livro.
Os irmãos Karamazov são diferentes entre si, e ao mesmo tempo tem suas semelhanças, trazem cada um sua própria perspectiva de vida, visões diferentes do mundo, mas ainda assim caminham lado a lado. Sempre atormentados pelo nome Karamazov.
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jackpveras 01/05/2023

I ?? Dostoiévski
Não há palavras, em nenhum idioma existente ou imaginado, capazes de expressar a grandiosidade de Os Irmãos Karamázov.
Sem dúvidas, uma das obras de arte mais incríveis e perfeitas já criadas pela mão do homem. É impossivel fechar o livro e olhar o mundo, as pessoas e as relações humanas da mesma forma de outrora. Cada Karamázov é uma fragmentação de mim mesmo e isto, por si só, gerou um mim uma catarse inédita, intensa e avassaladora.

Grande parte de mim, neste exato momento, tem orgulho de estar viva e de respirar o mesmo ar que Fiódor Dostoiévski um dia respirou.
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heriks.ribeiro 27/04/2023

Casos de família russa
Um trecho: "ora, a natureza dos Karamázovi se resume assim: sensuais, ávidos no ganho e malucos!

Um grande clássico mundial. Aqui Dostoiévski reúne toda sua genialidade. É incrível como ele consegue alcançar o âmago da consciência de cada personagem da narrativa. A obra traz aspectos teológicos, morais, éticos entre tantas outras abordagens.

Acompanhamos através de um terceiro narrador nas histórias e tramas da família. Toda a trama se rodeia em volta de cinco (ou seriam quatro?) homens Karamázovi. De forma impressionante, Dostoiévski consegue discriminar a personalidade única de cada personagem sem ser taxativo. Apenas nos revelando através de diálogos e fluxos de consciência.

Como um bom clássico, alguns momentos da história são lentos e o leitor pode se perguntar se realmente alguns trechos são importantes para a obra de modo geral.
Enfim, minha recomendação é que leiam com paciência e apreciando cada trecho.
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Tata 21/04/2023

Me disseram que quando eu terminasse ia precisar de terapia, e sim, eu preciso
O livro faz você refletir sobre todos os aspectos da moral e da mente humana, fazendo vc questionar sobre tudo que vc acredita ser o certo. Um livro inteligente. Pretendo ler mais do autor
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Kézia 20/04/2023

É um livro que tem muito a dizer. As vezes a narrativa pode ficar um pouquinho mais lenta mas é sempre importante para o contexto da história. Levanta vários questionamentos sobre várias temáticas e mostra diferentes formas de ver a vida. Achei maravilhoso.



"Olhem as obras de Deus: o ar é puro; o céu é claro; a relva é tenra; a erva é terna; as aves cantam nesta natureza maravilhosa e inocente; só nós, impios e estúpidos, não compreendemos que a vida é um paraíso, pois nos bastaria desejar compreendê-lo para que logo o paraíso nos aparecesse em todo o seu esplendor.."



"Então, saibam que não há nada mais nobre,
mais forte, mais saudável, mais útil, na vida, do que uma bela lembrança, principalmente uma lembrança de infância, vinda da casa paterna, falam-lhes muito de sua educação, mas uma bela lembrança, sagrada, guardada desde a infância, talvez seja a melhor educação. Se nós levamos muitas dessas lembranças ao longo de toda a vida, estamos salvos para sempre. E, mesmo se uma só dessas lembranças permanece em nosso coração, um dia ela pode servir para nos salvar."
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celle 06/04/2023

?seu coração arde de ódio, temo por ele?
Esse é a minha terceira leitura russa e me afirmo, antecipadamente, enquanto uma mera leitora, pouco estudiosa da literatura e, portanto, meus apontamentos são amadores.

Para a maior parte dos clássicos da literatura que eu leio, sempre registro ?futuramente, será uma releitura, quando eu estiver mais madura? e, de fato, acredito que livros profundos como esse merecem, sim, um olhar mais vivido e experiente, para serem melhor aproveitados. No entanto, como não posso refrear a minha curiosidade para com esse autores, acabo aproveitando-os ao máximo, ponho-me profundamente no lugar de cada personagem, envolvo-me em seus conflitos, choro, sinto compaixão, retiro boas lições para a minha vida - mesmo que esse não seja o objetivo de qualquer livro do porte, de tudo podemos aprender um pouco - e reconheço a necessidade de retirá-los novamente, da estante para a cabeceira, em algum novo dia.

Dostoiévski é um autor-filósofo. Zonas desconfortáveis do nosso íntimo e muitos questionamentos morais são, pois, comuns e bem explorados no livro. Posso dizer que durante toda a leitura eu me encontrei em constante conflito comigo mesma, com meus próprios ideais e me perguntando ?o que eu faria se estivesse no lugar de Aliocha??, muitas vezes sem resposta. Encontrei-me em catarse e envolvida com cada personagem principal, diante da qual pude ter grande aproximação devido ao seu desenvolvimento pelo autor.

As personagens principais - espelhadas no que, em realidade, o ser humano é - possuem uma moral instável, balançada entre a razão, o divino e o carnal, o amoral. A jornada e os conflitos psicológicos tornam-se mais extensos e desenvolvidos do que, de fato, a própria narrativa. Até no ?clímax? não há muita mudança de cenários e acontecimentos e, sim, uma grande e intrigante exploração das psiqués que já conhecemos, conflituosas por si só, pelos seus passados, traumas e, também, pelo envolvimento de pessoas de extrema importância em suas vidas.

Existe o retrato de seres profundamente humanos, nada perfeitos e em constante dúvida frente à sua natureza. O autor, ao longo da narrativa, por meio de muitas passagens, deixa claro a existência - no senso comum daquele cenário - de uma natureza Karamázov, vil, libertina e egoísta, sobre a qual todos os irmãos estão, sentenciados - uma herança de seu genitor:

?A sensação da própria queda degradante é tão indispensável a essas naturezas desenfreadas, frenéticas, quanto a sensação da mais alta nobreza moral.? P.824

Nessa passagem, evidencia-se a característica mor daquilo que seria inerte à família desses homens: a contemplação do abismo acima de si - ?dos ideais elevados?, das almas imaculadas - e do abismo abaixo de si - aquele para o qual sempre voltam-se.

Todos os irmãos possuíam isso e suspeito de que todos nós, uns mais que outros, a possuímos também. Nosso - e meu herói -, Aliocha, por mais nobre que fosse a sua alma, admitiu pensamentos vis, dúvidas cruéis que balançavam sua fé e fragilizavam as bases daquilo que ele imaginou ser devoto. Até o mais querido por mim mostrou-se vulnerável, à semelhança do que, na sociedade, existem entre nós: o erro, o pecado e a maldade. Não há perfeição na crença.

A paixão arrebatadora, o ciúmes, o sentimento de posse e o desejo de vingança foram consequências inerentes da negligência, do abandono e da indiferença daquele que, aos seus filhos, não deu nem, ao menos, afeto. Mas, acredito que as relações entre pai e filhos não foram o principal.

O cerne das questões psicológicas nele fomentadas, na minha opinião, foi explorar os resultados de todo esse meio caótico e de todos esses sentimentos arrebatadores, que deixaram, na alma de cada um dos irmãos - de diferentes formas -, enormes cicatrizes:

?Se o grão de trigo cai na terra e não morre, permanecerá só; mas, se morrer, produzirá muito fruto.?

E, realmente, produziu muito fruto.

Sobretudo, é constantemente repetido que nós, seres humanos, somos permanentemente culpados por tudo e por todos; que somos tão pecadores quanto qualquer outro ser; que erramos, pecamos, desejamos e, no fim, nos agarramos àquelas lembranças da bondade e do amor sentidos em nosso íntimo outrora, como agarra-se à cebola a pecadora orgulhosa. Concluímos que cabe somente a Deus julgar e, a nós, desejar sermos vistos e ouvidos somente perante a Ele.

No mais, é uma leitura difícil, mas recomendo para qualquer um que queira desafiar os alicerces do seu pensamento.
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