Luan.NietzsChe 15/04/2024
Carrie, Carrie, Carrie...
A maneira como foi narrada essa estória foi interessantíssima. De forma a contextualizar tudo, King inclui em sua obra, além da narrativa em terceira pessoa, reportagens, estudos científicos sobre o caso Carrie White, trechos de livros, seja de estudos, como já dito, seja de sobreviventes, interrogações, etc. É um livro rico, eu gostei bastante, pegou-me de surpresa, confesso, pois não esperava muito. Mas algo me pegou, que foi nada mais nada menos que a sua escrita, foi o que motivou-me a dar quatro estrelas e não cinco. Talvez eu deva apenas me acostumar com a sua escrita, ler outros livros de sua autoria, afinal estou iniciando o King agora, com a sua primeira obra. Com certeza lerei muitos outros!
Carrie, estranha para muitos e até para si mesma. Vista pelo colegiado como uma garota trivial, uma ninguém que, sendo ninguém, merece os tratamentos mais baixos possíveis. Mas, de fato Carrie não é estranha? Aos dezessete anos, tendo a sua primeira menstruação e, histérica, crédula de que está sofrendo hemorragia, crédula de que está morrendo, próxima de outras jovens, obviamente, fora motivo de piadas, escárnio. Além da escola, sofria ainda mais em casa, com a sua mãe, que, impondo o seu fanatismo religioso, a manipulava, fazia crer que tudo era pecado, apresentava-lhe sempre que podia o seu Deus irascível. Facilmente era manipulada. O que não esperavam ? jamais esperavam ? é que Carrie possuía um poder sobrenatural, a telecinese. E o clímax dessa estória ocorre na última vez em que magoaram a Carrie.