Mar morto

Mar morto Jorge Amado




Resenhas - Mar Morto


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Cristiane 23/09/2023

Mar Morto
Neste romance o leitor conhecerá Guma. Ele vem de uma família de marinheiros que pilotam saveiros... seu pai, Frederico, morreu no mar, quando Guma era bem pequeno. Foi criado pelo tio Francisco que também é marinheiro. Guma é bonito, corajoso, leal, trabalhador. É apaixonado por Lívia e pelo seu Saveiro: Valente. Passará por muitas aventuras, terá um filho... Lívia, ao contrário de Guma, não é do mar, sofre muito com os perigos que o marido atravessa, deseja outra vida para eles. Sofre a cada viagem do marido ... até que um dia...
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Vinicius.maris 23/10/2023

"É Doce Morrer no Mar"?
"Mar Morto", de Jorge Amado, superou todas as minhas expectativas. Uma história perfeitamente construída, repleta de reviravoltas e críticas sociais, narrada de forma lírica que envolve o leitor do início ao fim. Com maestria, Amado nos transporta para a Bahia, para a beira do mar, onde podemos sentir a intensidade da vida dos marinheiros e a magia que permeia o cais.

Suas descrições poéticas nos fazem mergulhar nas águas profundas que guardam tantos segredos e histórias dos saveiros e suas tripulações. O livro é um verdadeiro mergulho na cultura baiana, repleto de referências e personagens marcantes. Através do dilema dos marinheiros, "É doce morrer no Mar", somos levados a refletir sobre a relação entre o homem e o mar, entre a vida e a morte. É uma obra rica em emoção e beleza, que nos faz apreciar ainda mais a grandiosidade da literatura de Jorge Amado. Como é descrito no último verso do livro, "o leitor que mergulha nestas águas entenderá o motivo".

Esse romance clássico, uma experiência eterna, com palavras tão belas e ternas. Levo para a vida, a estética sublime, desse livro a me encantar.

Ps:Até playlist esse livro ganhou, pois tem várias músicas e canções que me fazem lembrar dessa história que me veio a cativar.
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Rodrigues 29/09/2020

Primeiro livro da literatura Brasileira que li na vida
Em 2001 eu vi a novela da Globo,Porto dos milagres,onde contava a história de amor de Fuma e Lívia,falava sobre Iemanjá e sobre a cultura da Bahia e gostei muito.
Quando descobrir que era uma novela baseada em um livro gostei muito.Conseguir ler esse livro só em 2004 e gostei muito.
Nesse livro em específico eu pude conhecer como vivem os pescadores,as suas dificuldades,em como eles acreditam em Iemanjá ( coisa que eu particularmente não acredito,porém respeito) e no grande amor de Guma e Livia,o pescador que se apaixona pela menina rica.
Livro extremamente bem detalhado e desenvolvido.Acho que comecei a ler os livros de literalmente por uma grande obra.Um clássico
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Thaysrochamed 25/08/2020

Na beira do mar
Apesar do mar ser lindo, ele tem os seus segredos, seus mistérios e traz consigo devaneios dos marinheiros que ali dependem e também tristezas das mulheres que esperam a vida toda o dia em que seu marido desaparecerá naquele imenso mar, o Mar Morto. O mar de Iemanjá, de Janaína. O que fica é a esperança, a espera de um milagre daqueles que ali dependem das águas turbulentas, para que um dia tudo isso acabe, que as mulheres não criem seus filhos sozinhas, que não haja a evasão escolar, que não exista desespero e dor na beira do mar.
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Rodolfo Vilar 20/06/2021

Mar Vivo
Até agora, de todos os livros que já li do Jorge,"Mar morto" representa como que um acalanto e ao mesmo tempo uma surra. É quando ele nos chama para um canto confortável, deixa um pouco sua rebeldia de lado, seu jeito político de ser (mesmo continuando a ser político entre as linhas) e nos conta as histórias sobre o mar, sobre os marítimos, sobre Iemanjá, Janaína, e sobre a história de amor de Lívia e Guma. O livro é incrivelmente poético, é incrivelmente sonoro aos ouvidos quando a gente lê em voz alta pra alguém escutar (faça esse teste) e se torna tão aconchegante, tão místico, tão sobrenatural que nos cativa e nos assusta. Sempre fui apegado a histórias sobre o mar, é algo que me fascina e não havia dúvidas que esse livro não poderia cativar. Jorge Amado fala sobre o amor, sobre o mar, sobre o constante medo que os amantes têm de perder seus amados. E a gente se embala nisso, sente cada coisa por dentro que fica impossível também não se sentir perdido, não ter perdido um amor.
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Eric 16/06/2022

É doce morrer no mar
Mar Morto trás um belíssimo e fidedigno retrato de um povo pouco falado na literatura. Aqui, vamos conhecer a rotina das família que vivem do mar, mais especificamente da vida dos condutores de saveiros. Gente muito pobre e humilde, que ganha a vida com transportes de encomendas e a pesca no Recôncavo Baiano, o qual possui uma relação muito íntima com a natureza marítima e os mistérios de Iemanjá.

O destino é certo: os homens já nascem para serem mestres desses barcos, filhos e esposos de Iemanjá. Já as mulheres que casam com esses mestres estão destinadas a ficarem viúvas e se virarem para criar os filhos que perderão os pais para as profundezas das terras de Aioca.

Com uma escrita poética e muito íntima, Jorge Amado traz a história de Guma, um menino que cresceu com seu tio Francisco, mestre de saveiro que passou toda a tradição para o sobrinho, o qual se torna um dos melhores mestres da sua comunidade. Também conhecemos a história de Livia, uma mulher da terra que vive um amor muito sincero com o marinheiro acompanhada dos seus receios com o emprego da sua paixão.

Nesta obra vamos ver um dos melhores lados do Jorge Amado, aquele que observa e homenageia um povo muito esquecido pela sociedade. É com muita delicadeza que o autor descreve o ambiente, a cultura e o cotidiano. A linguagem poética potencializa a beleza dos cenários e intensifica o sentimentos e as relações dos personagens com a natureza, morte e religião. O engraçado é que o autor já explica ao leitor no começo da obra que se esse texto não transmitir tudo o que é a vida desse povo, é porque foi contata a partir da visão de um homem da terra.

Iemanjá é uma presença constante no cotidiano desse povo. Jorge Amado consegue captar cada nuance da devoção que esses homens entregam a orixá. É uma relação de agradecimento constante, de desejo de morrer em seus braços, uma busca por estar sempre com sua presença. Já dizia uma das músicas do botequins dos cais: ?É doce morrer no mar?.

Vale ressaltar a singularidade do autor em sempre trazer personagens que marcam seu acervo literário. Apesar de Guma e Lívia serem o centro dessa narrativa, a Rosa Palmeirão foi a que ganhou um carinho especial. Junto com Gabriela, essa personagem já entrou no ranking das melhores já criadas pelo autor. Mesmo que sua passagem não tenha uma espaço tão merecido, ela consegue ser marcante e muito forte por representar uma feminilidade que foi embrutecida pela vida.

Mar Morto é uma experiência única e marcante. É belo, trágico, divertido e cultural. É um retrato digno de um povo que não abdica da sua miséria em prol de viver suas íntimas relações com o mar.
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Barbara Martins 06/08/2022

Vale a pena
Já adianto que é difícil, mesmo a escrita do Jorge Amado sendo maravilhosa. No começo eu senti dificuldade pra entender o jeito de falar dos personagens, mas com o tempo me acostumei. O livro é incrível, mostra a realidade sofrida daquele povo e a falta de esperança. Muitas vezes eu torci o nariz para as atitudes do protagonista, além de umas ideias que eu não concordo, mas não é culpa do autor, e sim da época. As repetições podem parecer cansativas, mas elas tem um conceito por trás: Como certas coisas na vida são diariamente repetidas e são tomadas como verdade absoluta, sendo que no fim cabe a cada um de nós romper com essa verdade e buscar nossa própria vontade
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gnassau 31/07/2021

Mar Morto
A narrativa é focada na vida dos homens do cais da Bahia. Homens que, de geração a geração, dedicam sua vida ao mar, ainda assim ao decorrer da história você percebe que eles não só têm dedicação, mas que de certa forma estão selados ao mar. Como se ela os pertencesse de alguma forma. Ela? sim, Iemanjá, mãe d'água. Dona do amor, da vida e da morte. Os marinheiros aproveitam sua vida ao máximo porque sabem que, no final das contas, seu destino é morrer no mar. Tem os que fazem isso de bom grado. Se jogam ao mar sorrindo na esperança de encontrar e se afagar nos braços de Iemanjá. Não desejam vida comum e não esperam grandes coisas da vida, somente ter um barco de pesca, se aventurar no mar, beber no farol e fazer um filho que siga o mesmo destino que o seu. Apesar disso, o livro não se prende somente a homens no cais, é uma história sobre amor e angústia. As mulheres não sabem se irão ver seus amados novamente que partiram para o mar, se hoje vão se deitar no colo da mãe d'água. Jorge Amado tem uma espécie de familiaridade com as letras, cada diálogo escrito dá para sentir que ele realmente sabe o que está fazendo. Sabe transmitir muito bem o dialeto simples do povo, te deixando totalmente imerso na história e cultura baiana. É exposto o sofrimento da vida miserável do povo do cais, homens que morrem e deixam para trás suas mulheres e filhos. Uma vida de escravidão descrita pela professora Dulce, confiante no milagre que mudará a vida dos homens do cais. Representatividade feminina através de Rosa Palmeirão, mulher negra bastante respeitada pelos homens do cais. Todos têm medo e admiração por ela. Mulher valente que não leva desaforo para casa, mas que também tem ternura e desejo de amor. A mitologia da cultura baiana é evidente na obra, detalhada com a origem dos orixás e o surgimento das águas, assim como a baía de Todos-os-Santos. Presença constante de Iemanjá na narrativa, há breves associações que ela é mãe-esposa.
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Rafael 26/12/2021

"Mas destino é coisa que não se muda."
É um imenso prazer, para mim, ler as histórias contadas por Jorge Amado. Nesse livro, Mar morto, o escritor baiano aborda a sofrida vida dos homens que ganham a vida com o mar, e de suas famílias, que vivem em constante temor com o destino que quase sempre se concretiza àqueles que se aventuram pelas águas de Janaína. É demasiadamente prazeroso acompanhar as aventuras na beira do cais do Recôncavo Baiano, as tristezas e alegrias dos marítimos, suas histórias, canções e as celebrações religiosas e culturais que permeiam o livro. Nessa segunda leitura de Jorge Amado, já posso dizer que me tornei um admirador. Sua facilidade com as palavras, os personagens incríveis, e a crítica social que está entranhada em suas obras são alguns dos pontos positivos de seus livros. Como não se encantar com as personagens femininas, passando pelo zelo e o amor de Lívia, a sensualidade e a malícia de Esmeralda e a força e a valentia de Rosa Palmeirão. Para não me estender muito, cabe a mim indicar essa leitura. Uma viagem à Salvador do início do século XX. Certamente um dos grandes clássicos da literatura brasileira.
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th4i.collins 23/11/2020

Ah o Jorge Amado...
Sempre que leio algo desse homem um turbilhão de sensações me domina.. ele me faz rir e chorar na mesma proporção..
Em O Mar Morto até raiva ele me faz sentir ..
Lindo, poético, trágico, etc
Tem romance, ação e muitas reflexões..
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Lucas do Vale 18/06/2022

Amor e morte no cais da Bahia
"É doce morrer no mar..."
Jorge Amado em seu segundo livro publicado vem nos contar uma (ou várias) histórias de amor e morte da beira do cais da Bahia, através de Guma e Lívia. Os marítimos vivem em um trabalho perigoso que são as travessias e viagens em seus saveiros guiados pelo seu amor do mar e seus amores de terra. Contudo, apesar desse clima arrebatador, a tristeza e o desamparo da morte desses navegadores está sempre ali lembrando aos amores da terra que eles são não seus, completamente.

A escrita e o lirismo místico do autor sobre a Bahia e seus navegadores é o ponto alto deste livro, pois ele consegue te seduzir e prender com a paisagem, a religiosidade e a vida das personagens. O romance e o erotismo são também outros elementos que dão o toque especial. Entretanto, as estórias que lemos em alguns momentos se perdem devido ao ritmo ou até pela repetição que o autor faz sobre alguns acontecimentos, isso torna o livro cansativo e às vezes enfadonho. Tive a impressão em alguns momentos que a estória não andava.

Isso quer dizer que o livro é ruim? Não! Mas, que ele tem seus defeitos, e isso não diminui a sua grandeza.
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Margô 28/01/2021

Amado Jorge
Relendo Mar Morto, revivi emoções antigas, devolvidas pelas ondas do mar, e que sussurram momentos de tensão constante, no vai e vem dos saveiros, e das marés que nem sempre trazem de volta, os que singram os cabelos de Dona Janaína.
Só Jorge Amado conseguiu traduzir de forma tão lírica a dor de quem vive à beira do cais, e que sobrevive graças ao que o mar leva e traz...( Quando traz!)

Como sempre, em todas obras do Amado, as mulheres ocupam um espaço de orgulho e coragem independente de sua classe ou ocupação. É um aspecto que muito me apraz.
O amor e a dor se entrelaçam em um compasso marcado pela narração de várias vozes. Do mestre Guma, Rosa Palmeirão, Mestre Manoel, o velho Francisco, Babau, e dentre outros Lívia, a rainha do saveiro de Guma.

E nada é mais presente na obra, do que a morte!. O destino de todos nós, mas que aqui vai acompanhada da canção...

"É doce morrer no mar"...
( Dorival Caymmi).
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Paula1882 12/01/2021

Um livro extremamente poético, que me emocionou, me fez sentir raiva e muita tristeza. Em alguns momentos achei cansativo.
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Tatiane 07/11/2022

O mar é doce amigo
Esse livro é poesia pura! Tudo o que eu disser não vai ser o suficiente para descrever o que eu sinto por essa obra. A escrita do Jorge Amado é um carinho para quem está lendo e nos transporta diretamente para a vida no cais da Bahia.

Li Mar Morto em 2019, num momento muito importante e agora em 2022 decidi reler ao iniciar uma nova fase da vida. Tenho um carinho especial por ele, que me acompanhou e me abraçou com uma história de amor e lealdade ao mar.
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