Resenhas - A Estrela do Diabo

Wania Cris 14/03/2021

Levantem os pés que eu vou passar pano agora.
Quinto livro da série Harry Hole e se os dois primeiros não me conquistaram tanto assim, os dois últimos me deixaram de boca aberta. Jo Nesbo evoluiu muito e conquistou o pódio de melhor autor de suspense policial na minha vida (obviamente Harlan Mozão Coben está acima de qualquer premiação...)

O pobre coitado fudido do detetive Harry Hole inicia essa trama no quinto subsolo do fundo do poço. Deprimido, obcecado, derrotado, largado e quase desempregado, não há uma luz no fim do túnel onde Harry se encontra deitado sobre os trilhos, mas como é período de férias coletivas em Oslo e todo mundo tá viajando, quando ocorre um assassinato nada mais resta que convocar o lazarento pro trabalho. E justamente ao lado de se grande desafeto Tom Weeler. Vai dar merda? Mas é claro que sim...

Jo segue a fórmula que já o consagrou, mas, ao contrário do imenso Garganta Vermelha, com muita agilidade. Cada capítulo trás uma revelação e um soco na cara de Harry, que chega ao final em situação tão lastimável quanto no início... Coitado.

Foi um dos livros que mais tive dificuldade em largar e o que li mais rapidamente, além de ter começado esse na guimba do anterior, Casa da Dor. Nesbinho lindo aprendeu mesmo a escrever seus livros e tá engatado em alta velocidade.

Que venha logo abril pra que eu possa ler o próximo. Expectativa querendo ficar alta por aqui...

Ro Tonks 09/04/2021

Instigante e criativo
Jo Nesbø nunca deixa de surpreender seu leitor! Mais um livro de Harry Hole como protagonista e um dos melhores, entrou para a listinha juntamente ao lado de O Leopardo. Sem sombra de dúvidas, melhor série de investigação. Amo e recomendo sempre!

Simone de Cássia 26/12/2011

Livro cansativo. A sinopse promete muito, mas, o conteúdo decepciona. Fui toda empolgada achando que o enredo ia arrasar... Começou morno e eu insistindo e acreditando que a coisa ia melhorar. Engano total. A estória arrasta-se até o fim de um jeito sem graça. Foi frustrante.

Bia St James 27/02/2021

Nossa esse livro prendeu MUITO a minha atenção, gostei muito mais do eu achei que gostaria, cheio de informações que eu não sabia q queria saber kkkkkk não fiquei mt surpresa com a revelação do assassino e tbm n entendi o último parágrafo do livro (se algm quiser explicar tmj)

Henning 29/04/2014

sugestão: ler antes A Garganta Vermelha
É o 5º Livro do Jo Nesbo que eu leio, e o quarto da série Hole.
Primeira dica. Ler antes o livro Garganta Vermelha ajuda a situar o leitor em relação a algumas informações que são apresentadas neste livro. Talvez ler este sem ler antes a Garganta Vermelha torne a história um pouco confusa.

Li primeiro O Redentor, depois O Boneco de Neve, em seguida Garganta Vermelha e agora A Estrela do Diabo (acabei pulando A Casa da Dor). Desses livros, o que menos me agradou foi Garganta Vermelha, mas ler logo em seguida A Estrela do Diabo reacendeu minha empolgação em relação ao Jo Nesbo.

Vejo que em muitas resenhas de seus livros ele é criticado por ser muito descritivo. Concordo que isso acaba reduzindo um pouco o ritmo de leitura, ou protelando um pouco aquele momento de clímax tão esperado no decorrer da história. Mas gosto desses momentos descritivos pois me ajudam a ficar mais envolvido com o ambiente, com a tensão dos personagens, etc.

Os nomes são um problema, no início, mas apenas na primeira leitura. Como os personagens centrais se repetem de uma história para outra, salvo um ou outro personagem que sai de cena e outro entra na história seguinte, já no segundo livro os nomes deixam de ser um problema.

Especificamente quanto a esse livro, achei toda a trama muito bem construída. Como em outros livros, Jo Nesbo consegue nos levar a acreditar numa conclusão de quem é o assassino, mas novos fatos apresentados no decorrer do livro alteram completamente o curso da história.

Nesse livro o Inspetor Hole parece estar no limite de sua depressão, de seus problemas (com bebida e relacionamento), atormentado, ainda, pelo assassinato de sua parceira. Mesmo assim consegue usar sua intuição para desvendar os mistérios que rondam a série de assassinatos que acabam com a tranquilidade das férias em Oslo.

Desacreditado, inclusive por seus superiores, tem que se valer dos poucos amigos para salvar sua vida, sua carreira, e de outras pessoas próximas (não citarei nomes para evitar spoilers).

Recomendo a leitura.

Vivi 05/09/2020

Um excelente policial!
Comecei a ler a série pelo quinto livro. O inspetor Harry Hole está atravessando algumas dificuldades para se manter sóbrio e trabalhar, quando um mulher aparece morta em seu apartamento e a equipe de investigadores da polícia é chamada para a investigação.

Hole é um ótimo policial. Perspicaz, íntegro, mas tb problemático. Seu emprego na polícia está ameaçado em razão de suas atitudes autodestrutivas e o mistério em relação ao assassinato de sua parceira em um momento anterior ao início do livro. Vamos acompanhar, como pano de fundo da trama principal, as venturas e desventuras pessoais de Hole.

A narrativa de Jo Nesbo é muito boa. Excelente ritmo narrativo, considerando a extensão do livro. Nesbo manipula perfeitamente a mente do leitor aponta para um determinado suspeito, alimenta nossas convicções, as afasta e as reafirma, provocando-nos a manter a atenção e nos alimentando com uma história surpreendente sobre as razões do agir humano.

Se vc gosta de um bom livro policial, precisa ler Jo Nesbo.

Mono 29/02/2020

o Nesbo tava com a faca e o queijo na mão, maaaaasss
Por onde começar?? bem primeiro q eu achei o tal culpado tão apagado q msm depois de descobrir qm era a minha cabeça excluiu essa informação, sim eu sei q o Jo tem mania (pelo menos nos dois livros q li dele) de colocar como culpado alguém meio apagado na historia mas quando falo apagado me refiro ao motivo q o levou a cometer tal ato, sim eu sei q existem casos assim mas matar + três pessoas q não tinham NADA HAVER??? n comprei, acho q o Nesbo tenta convencer vc com a loucura do personagem mas msm assim n consegui engolir, eu sinceramente acho q ele podia ter trabalhado melhor esse assunto (o assunto q motivou o tal culpado) assim como ele podia tbm ter trabalhado melhor a historia do personagem X q eu sinceramente achei mais interessante, o Jo tbm podia ter trabalhado melhor os estupros q só foram citados,claro n to falando de detalhar o ato e sim a historia por trás e todo o desenvolvimento desse assunto e como se n bastasse teve uma troca de conceito e ainda meteram um ''o motivo é sempre sexual'' amado?? AMADO??? não p esse tipo de transtorno NÃO. MAS vamos deixar clr q eu n li na ordem da saga Hole então TALVEZ algumas das minhas reclamações estejam erradas, vai q ele desenvolveu algo lá atras q eu n li... por isso msm vou tentar um terceiro livro e dessa vez na ordem k.

5rafha5 27/06/2011

O romance abaixo resenhado está sendo lançado esta semana pela editora Record - o qual tive acesso através de uma promoção no twitter que entregaria aos vencedores a boneca do livro (versão antes da impressão final). Por conta disto, o texto é praticamente inédito para grande parte dos leitores. Diferente da versão final, a boneca veio em espirais, o que facilitou o manejo com a leitura que vinha sendo realizada. Sem mais delongas, segue a resenha:
O livro “A estrela do diabo” - do autor Jo Nesbo, tem seu enredo desenvolvido em torno do detetive Harry Hole, já utilizado em outras obras do escritor - característica própria de autores que lidam com tramas policiais/thrillers. Neste caso em específico, após ter sofrido a perda da parceira de trabalho e tendo o colega de investigação Tom Waaler como principal suspeito por sua morte, mas não encontrando provas o suficiente que o incriminem, vê sua vida atingir o fundo do poço. Entregue a bebida, abandonado pela namorada e perto de perder o emprego, se depara com o inesperado. Diante do período de férias coletiva de sua cidade, se vê obrigado a trabalhar com seu arque rival. Uma série de assassinos que ocorrem no decorrer do enredo o trazem a tona para traçar o perfil de um serial killer, fazendo com que a aproximação com o passado seja inevitável. À medida que os fatos desenrolam-se, a trama ganha mais profundidade nas ações dos envolvidos e desperta para amplas discussões.
Por mais que um serial killer pudesse manter uma trama forte o suficiente para o sucesso, isto não foi o suficiente para Jo Nesbo, foi necessário inserir uma trama maior diante da série de assassinatos. E é assim, tentando reconstruir as pistas deixadas pela morte de pessoas comuns que o escritor apresenta uma rede de corrupção ainda maior. A discussão presente na narrativa sobre ética profissional, dinheiro, corrupção, valores morais acabam se sobrepondo a série de assassinatos. O conflito estabelecido pelo protagonista leva à suspeitas de uma possível corrupção que só será revelada nas linhas derradeiras da trama.
O livro apresenta um verdadeiro quebra-cabeças ao leitor, sejam pelas ações planejadas pelo assassino ou pela teia a que Harry é envolto para participar do esquema de corrupção. O romance, como não poderia deixar de ser, é fiel ao seu título nas divisões de capítulos, sendo representado pelas cinco pontas de uma estrela - de um pentagrama - forte símbolo na trama. Apresenta uma série de personagens e situações corriqueiras com o intuito de ampliar as possibilidades, ao mesmo tempo em que afasta o assassino do foco dos leitores. Apesar de ser característica de obras investigativas, a dimensão às vezes dada aos diferentes personagens contribuem para uma superpopulação narrativa.
O autor utiliza ainda de artifícios próprios para descrever os ambientes em que são inseridos os crimes, apresentado o passado através do enredo da história, a exemplo, como se deu a construção do prédio em que a vítima foi encontrada. É necessário destacar o incomodo pelo fato de começarmos a leitura de cada capítulo a mercê do autor da historia, sem saber corretamente os envolvidos na cena e tento de tatear as evidencias apresentadas para se localizar. Outra informação interessante são os títulos atribuídos aos capítulos, sempre um dia da semana precedido de algo que descreva os acontecimentos do mesmo, Ex: “Terça feira. Perfis.”
O fim do romance, ou melhor, da narrativa, fecha um ciclo aberto das primeiras linhas. A propósito, apesar de apresentar todos os desfechos necessários, não há um ponto final, apenas reverberações das ações que se perpetuariam como obviedades no decorrer da vida dos personagens.


Para outros textos, acesse: meuolharsobreolocus.blogspot.com

Marina Suassuna 27/06/2012

O patinho feio da história...
Talvez para muitos o título não apareça atraente, e com sinceridade, para mim foi menos ainda, quando o vendedor da livraria me apareceu com ele em mãos. Enfim, realmente ao começar o livro não deu pra mim, achei o livro muito cansativo, com os nomes (e quantidade) dos personagens excêntricos.De fato, o começo do livro faz uma análise dos personagens.
Porém, depois da chatice das apresentações dos personagens, o livro realmente começa a ficar bom! Mesmo o personagem principal sendo um “chato de galocha” (e clichê, diga-se de passagem) e com todos os seus problemas de personalidade. Nesbo conseguiu me prender à leitura, simplesmente não tive como parar! O autor lhe induz a pensar que o serial killer é um ou outro personagem, mas acaba que não é, a medida que os fatos vão sendo apresentados ao leitor... e de repente, BUM(!), O final é surpreendente e bem bolado, fiquei impressionada com a genialidade de Nesbo.
E o mais legal de tudo, o livro é super bem desenvolvido, nele você não vai encontrar o começo com 150 páginas, o meio com 200, e o final com 50, mas sim, o começo, o meio e o final com o mesmo nível de desenvolvimento!
Em suma, vale a pena ler esse livro, mesmo com os seus contras. No final da leitura ao você fazer a análise, você irá perceber que a leitura valeu, nem que seja só pelas curiosidades que ele traz.

criscat 07/10/2012

Gostei bastante e a resenha esta no meu blog: http://migre.me/b2Xr6

@Caroline 24/03/2024

Me surpreendi com esse livro!
Publicado pela primeira vez em 2003, temos Hole envolvido em uma série de assassinatos, que estão interligados com situações que se iniciaram nos livros anteriores. Sendo esse o 5º livro da coleção Harry Hole, é o primeiro que tem de fato um plot twist inesperado. Realmente a identidade do assassino surpreendeu.

Harry, no livro anterior, descobriu sobre Waaler e sua conexão com o contrabando de armas e assassinato de Ellen, mas isso ganhou mais notoriedade nesse livro. Temos, como de costume, Harry estragando tudo com Rakel, devido ao seu alcoolismo. Mas, aparentemente, temos um Harry que admite ser alcóolatra, e que, mais uma vez, tenta no final do livro, atingir a sobriedade. Talvez isso de fato aconteça, ou pelo menos leve mais tempo para ele ter uma recaída, devido ao que aconteceu envolvendo Oleg - aliás, temos Oleg chamando Harry de pai, o que foi bem fofo.

Waaler faz uma proposta a Hole, que, em várias partes, nos fez duvidar de seu caráter e pensar que ele iria aceitar. Mas, no fim, temos as atitudes do bom e velho Inspetor Harry Hole.

Como de costume, temos a escrita magnifica de Jo Nesbo, que nos envolve na história, de uma forma quase que literal, nos transportando para dentro do livro, onde as cenas são tão vívidas que parece que estamos no mínimo, assistindo, criando as imagens em nossa cabeça. A leitura flui muito bem e rapidamente, os capítulos se intercalam entre curtos e médios. E, em alguns momentos, temos um locutor que intercala a narrativa de Hole para outras personagens, como Waaler, Rakel e Olaug.

Wal Frederico 14/01/2014

Jo Nesbo surpreende mais uma vez.
Adorei o livro!
Recomendo muito! Acho importante ler os livros anteriores para acompanhar melhor a trajetória do anti herói Harry Hole, personagem central da narrativa.
Final imprevisível e surpreendente!

Jansen 04/09/2014

Recomendo
Lido em 03/09/2014. Muito bom. Somos envolvidos na trama onde a cada momento surge um suspeito pelos crimes, além do envolvimento de policiais em tráfico de armas. Na verdade tudo está ligado. Ótimo autor, o Jo Nesbo. Dele classifiquei também com quatro estrelas: Boneco de neve, Headhunters e Garganta vermelha. Não gostei foi de O morcego.