Madame Bovary

Madame Bovary Gustave Flaubert




Resenhas - Madame Bovary


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JD Rodrigues 06/02/2019minha estante
Dona, Quixota!




Mari 27/10/2021

A madame que fugia da realidade
Tanto na pintura como na literatura sempre achei interessante conhecer as obras que deram início a um novo movimento, e Madame Bovary é considerada o marco do realismo na literatura mundial.

O realismo surgiu para substituir o romantismo, que tinha como características: a subjetividade, o sentimentalismo, a fuga da realidade e a idealização da sociedade, da mulher e do amor.

Em Madame Bovary, Flaubert nos traz a mulher adúltera, o amor corrompido, o fracasso social e as críticas à sociedade e aos valores da época.

Emma Bovary é romântica e ingênua. Idealiza o amor e deseja vivê-lo com a mesma intensidade que o experiencia em seus livros. Ao se casar, fantasia uma vida de luxo ao lado de um marido que a ama.

Apesar de não ser o mais brilhante, nem o mais interessante dos homens, Charles é íntegro e a ama verdadeiramente, e sua situação financeira não é a pior, mas ainda assim Emma se descobre infeliz, pois não sente o que deseja sentir.

?Antes de casar, Emma julgara sentir amor; mas a felicidade que deveria resultar desse amor não aparecera, pelo que se deveria ter enganado, pensava ela. Procurava agora saber o que se entendia, ao certo, nesta vida, pelas palavras felicidade, paixão e êxtase, que, nos livros, lhe haviam parecido tão belas.?

A sua pequena cidade e a mediocridade provinciana a irritam, o seu casamento e seu marido sem ambição a deixam com falta de ar, a filha e as obrigações da maternidade a desnorteiam, tudo se transforma em tédio e insatisfação no mundo de Emma, até mesmo os amantes - assim que os encontros escondidos passam a virar rotina, ela começa a se entediar.

A sua essência romântica e infantil faz a realidade ser um fardo pesado demais a ser suportado, e assim, a cada expectativa frustrada Emma se torna cada vez mais egocêntrica e imprudente.

Madame Bovary é, sem dúvida, um romance que vai de encontro com o romantismo. A deprimida e entediada Emma inaugura o gênero realista com louvor.

Flaubert é sensacional e a leitura flui super bem. Terminei com um nó na garganta que demorou a se desfazer.
Livro bom é assim!

?
Em 1982, o filósofo francês, Jules de Gaultier, inspirado pela obra, escreveu um ensaio onde analisa o comportamento da personagem e cria o termo ?Bovarismo? utilizado hoje na psicologia e descrito no dicionário como ?a tendência que certos indivíduos apresentam de fugir da realidade e imaginar para si uma personalidade e condições de vida que não possuem, passando a agir como se as possuíssem?
Lara 04/11/2021minha estante
Amei sua visão! Terminei hoje! É Parecida com a minha!




Clara 07/11/2010

Mme. Bovary somos nós.
Li esse livro de 06/10 a 21/10, seguindo o cronograma do Clube da Leitura, do fórum Meia Palavra.

Flaubert conseguiu me fazer odiar profundamente e ao mesmo tempo ter uma imensa compaixão pela Emma Bovary.
Assim, a mulher é uma grande f.d.p.!
Ao longo da história, muitos dos pensamentos e atos da personagem são realmente escrotos!
Mas, ao mesmo tempo, seus sonhos, suas esperanças e sentimentos são tão parecidos com os meus que é impossível não ocorrer a identificação.
Tá certo que a maioria daqueles sonhos e sentimentos da Emma Bovary eu tive na infância e adolescência, mas mesmo assim, a humanidade da Emma é embaraçosamente (pra mim) verdadeira.
Mesmo, ou melhor, principalmente em sua mesquinhez e egoísmo.
Meiry 15/12/2010minha estante
Clara, li o livro já faz muito tempo. Mas pelo pouco que me recordo, quando Emma se casa com o médico, ela era bem novinha. Por isso, os sonhos que Emma teve são parecidos com os seus, quando era adolescente.

Faz sentido, não acha?! O que deixa a personagem ainda mais verossímil!

=)




Toni 16/08/2019

Podemos analisar este livro por dois olhares diferentes. Pela obra em si e pelo efeito que ela causou na época. Madame Bovary foi uma obra que deixou os conservadores e religiosos com urticárias. Se fosse hoje em dia, com certeza Bolsonaro teria mandado prender o autor - assim como tentaram fazer no século 19.

Mas falando do livro em si, posso dizer que gostei bastante. Confesso que ele só melhora a partir da Segunda Parte quando, de fato, a protagonista resolve realizar seus desejos e vontades.

Uma das coisas que mais me fascinou foi que não consegui decidir o que penso da sra. Bovary. Ao longo das páginas, tive raiva, desdém, pena e amor por ela. Vilã, heroína e mártir ao mesmo tempo.

Minha paixão pelo clássicos só cresce.
Sheila Lima 16/08/2019minha estante
Difícil definir sentimentos acerca de Bovary. Melhor efeito que ela causa em nós. Dicotomia pura!




May 27/08/2018

Um longo romance que tem de tudo
Como diz no processo contra o livro, é um livro que começa e termina com Charles (nesse livro ta Carlos) Bovary. Mas no desenvolvimento da história Ema aparece e ela rouba toda a cena. Flaubert além de conta a história de uma mulher completamente entediada com a própria vida, ainda retrata uma França após as revoluções, com aquele ideal progressista. Voltando a Ema, há muito questionamento e insatisfação em sua condição, feminina. Ela anseia por liberdade de amar e viver, mas ela tem que ser somente uma boa mulher e uma esposa exemplar.
JD Rodrigues 06/02/2019minha estante
Se ela tivesse toda a liberdade do mundo, ainda não ficaria satisfeita, pois perseguia um ideal de existência que sofria modificações sempre que alcançava um estagio desejado. Daí, estragava tudo ao seu redor em busca de uma próxima realização que acreditava lhe trazer plenitude. E assim era, viciada em perseguir ideais de perfeição de vida. Além disso, com a irresponsabilidade administrativa que demonstrava pra a com os próprios recursos, ela poderia ter toda a liberdade do mundo, que ainda acabaria nas sarjetas... Ou no cemitério, como se deu.




Torres 07/08/2014

Um Realismo mais que nú
Flaubert, a meu ver, não quis, evidentemente, somente puxar o tapete do Romantismo com um enredo de composição da realidade tão desafortunada e tão crua como o apresentado nos acontecimentos que se sucedem nas vidas de Ema e Carlos. Ele quis, mais do que essa ínfima característica, que por sinal e veracidade, não dá conta por definir a escola do Realismo, mostrar como a realidade na qual nós seres humanos estamos inseridos pode se apresentar de maneira tão lastimavelmente catastrófica perante nossos destinos; pois que, uma vez vivos no mundo, estamos vulneráveis às suas desgraças e aos seus dissabores, que podem se revelar, ainda que os contrários de suas naturezas primeiras, tão amargos quanto os próprios gostos horrendos experimentados por nossos paladares.
Ema foi vítima de seus desejos, e Carlos (pobre Carlos!) foi vítima inocente dos frutos da insensatez de sua amada, que uma vez desencadeada, espalhou seus demônios para o destino deste, tal como a Caixa de Pandora espalhara as desgraças pelo mundo.

Um ótimo romance, sem dúvidas! Digno, realmente, de ter causado burburinho e provocado a mente de um corpo júri.
Romildo.Maia 19/02/2015minha estante
Acabei de ler ontem, adorei, reli algumas passagens mais sacanas e picantes, descobri e li a parte censurada pelo editor do "Caderno de Paris", onde Flaubert excita até um poste, com uma classe e uma sutileza capaz de enlouquecer até o Papa Francisco. Mas por favor, me digam:
DE QUÊ MORREU O CHARLES BOVARY ? Não entendi se foi suicídio, pois ele não estava doente, e morreu cheio de saúde, de repente, em frente a sua filha, no caramanchão de sua casa, onde a sua Madame o corneava a torto e a direito. (romildo49@globo.com)




Ana 21/02/2021

Emma, a personagem leitora
Emma é, sem sombra de dúvidas, uma das mais intrigantes personagens femininas da literatura. A leitora voraz de Walter Scott e outros tantos romances cria expectativas de vida inalcançáveis. Assim, o amor e a devoção do apaixonado Charles acabam não sendo suficientes para a jovem idealista que quer sentir na pele todas as emoções descritas nos livros. Muito embora muitos críticos digam que os livros são os responsáveis por toda a frustação de Emma, eu, como leitora apaixonada, preciso sair em defesa dos livros. Afinal, todo leitor/a é idealista em alguma medida - quem nunca sonhou em viver grandes aventuras e desbravar o mundo seguindo sonhos e desejos, tal qual a personagem daquele livro favorito?
Dessa forma, em vez de vilões, os livros tornam a trajetória de Emma mais interessante ainda e "Madame Bovary" com certeza é muito mais do que a história de uma mulher adúltera.
Mandark 21/02/2021minha estante
Os sonhos de Emma são maiores do que ela. Destaque para a personagem do Charlie, que eu amo demais!




Vihh 21/02/2023

Este é um dos livros que teve um efeito profundo em minha vida. A moral? Seja feliz com o que você tem e onde está!!! Sra. Bovary desperdiça toda a sua vida com pensamentos de: "Se ao menos X acontecesse, ENTÃO eu poderia ser verdadeiramente feliz" e, no entanto, ela nunca é. Ela consegue tudo o que pensa que quer, apenas para descobrir que ainda não está satisfeita.

Este livro de 1856 é, obviamente, um produto do período romântico na cultura, mas supera a maioria de seus contemporâneos por sua psicologia precisa - tanto de homens quanto de mulheres, sua ironia, sua crítica sutil do "pequeno burguês" e da sociedade francesa, e a observação meticulosa de detalhes. Mesmo 161 anos depois, continua sendo um monumento da literatura e um ápice da liberdade de expressão (Flaubert foi perseguido no tribunal e venceu os censuradores).
HULK AGIOTAAA 21/02/2023minha estante
O primeiro realista agente nunca esquece ?




Paula 24/03/2023

Tenho esse livro há anos e nunca conseguia passar da primeira parte.

Realmente a primeira parte é a mais chatinha de ler, mas depois vemos o pq desse livro ser tão elogiado. Ele nos faz sentir um mix de sentimentos.

Não consegui sentir nada além de pena pelo Charles. Já em relação a Emma foi muito mais complexo, as vezes entendendo parte do que ela sentia mas também as vezes sentindo um ranço absurdo. Mas no fundo ela queria encontrar no outro algo que faltava nela mesma.
DAbora116 25/03/2023minha estante
Eu estou relendo madame Bovary novamente e percebo que ela me irrita muito as vezes.




talita.vanessa. 23/01/2022

Será que dá pra separar a obra do autor?
Sinceramente, não sei o que pensar.
Há alguns dias atrás estava convicta de que tinha amado e até favoritei o livro (dei 5 estrelas) pelo meu entendimento o livro era incrível, a interpretação que eu fiz me fez amar esse livro, eu vi uma mulher que perdeu a mãe muito cedo, cresceu confinada num convento, não sabia nada sobre a vida, fora ensinada que o casamento a salvaria de algo que ela nem sabia o que era, mostrara ser uma mulher fútil e egoísta e que não conseguia olhar a beleza da vida comum, eu apliquei essa minha interpretação para todas as pessoas, mas essa não era a intenção do autor e descobri da melhor forma possível, lendo o processo que ele recebera.
Para ele(e para a maioria dos homens) essa fraqueza do adultério é aplicada somente para as mulheres e que esse pecado leva a morte(de fato leva, concordo) e que a mulher tem que se contentar com o que ela tem, mas e os homens? Eles vivem livremente suas vidas, traem suas esposas(porque pelo que sei os cabarés não serviam só para os homens solteiros) eles também deviam se contentar com o que tem não é? Mas isso não é mostrado no livro e ter a informação de que Gustave Flaubert era machista me faz questionar se gosto ou não do livro.
Leonardo.H.Lopes 01/05/2022minha estante
E será que dá para analisar a obra fora do contexto em que se passa a narrativa? A narrativa se passa no Século XIX em que os valores da sociedade francesa eram outros, o modo de viver, os "costumes de província", como é o subtítulo deste livro. Outrossim, a opinião do autor sobre a obra, uma vez publicada, é mais uma entre todas as possibilidades de interpretações que surgirão, já teorizava Roland Barthes em "A Morte do Autor", nos anos 60. As pessoas tem que esquecer "o que autor quis dizer" e deixar o texto falar por si próprio, atrelado à bagagem de quem está lendo/interpretando (reconheço que é uma tarefa para poucos).
Por fim, o fato de o Gustave Flaubert ser ou não machista é algo questionável, afinal o que é ser machista nos anos de mil oitocentos e bolinha? Dá para aplicar os valores de hoje, dentro de uma análise racional, na análise de um comportamento de 200 anos atrás? Obs.: "Emma Bovary sou eu", disse ele no banco dos réus.




Lú Ribeiro 28/11/2020

Sensível e real
Emma Bovary, a meu ver, foi apenas atrás de uma vida com um maior significado e sentido para ela.

Um reflexo da sociedade da época, mas que se encaixa perfeitamente na nossa sociedade atual sob a perspectiva de nossas condutas humanas.

Um clássico que vale muito a pena a leitura. Indico!
Pedro Costa 14/12/2022minha estante
Há quem defenda (incluo-me na lista) que a protagonista seja simplesmente o alter ego de Flaubert, assim como Ana Karênina o é de Tolstói... com o que também concordo! Ambas personagens riquíssimas em profundidade humana e leituras indispensáveis.




giu 14/10/2020

Madame Bovary, foi um dos livros mais surpreendentes que já li. Ao mesmo tempo que o autor nos faz querer torcer pela personagem, ele nos faz ter uma certa raiva por suas atitudes e ganância (tanto material quanto sentimental).
Marlla 14/10/2020minha estante
Confesso que no começo tinha mais raiva, mas do meio pro fim fui ficando com um pouco de pena dela.




Viviana 27/10/2016

Este livro já estava há um tempo no meu kobo e aproveitei para ler para o Desafio Literário Skoob 2016 de novembro. Só me arrependo de não ter lido antes.
É uma característica dos clássicos abordar temas que são universais, e está é uma obra que sem dúvida requer uma leitura crítica. Na época, as pessoas se escandalizaram porque o livro tratava de adultério, mas nem acho que esta seja a questão mais importante abordada. De certa forma, me deprime quando leio uma crítica social tão forte e percebo que os séculos passam e as coisas não mudam em sua essência.
Os personagens são muito bem construídos, ocorre uma evolução ao longo da trama que é totalmente coerente com a personalidade de cada um e o autor não deixa pontas soltas. A narrativa é feita a partir da perspectiva de cada personagem e o autor deixa o juízo de valores a cargo do leitor, que é um recuso que eu gosto muito. Desta forma, muitas situações e intenções não são explícitas no texto e em alguns trechos as descrições se tornam cansativas, mas quando isto aconteceu eu achei que foi um recuso válido para montar uma cena ou personalidade (como no passeio de carruagem com Leon ou nos longos discursos do Sr Homais).
A edição que eu li mantinha uma linguagem mais antiga, mas nada que um dicionário não resolvesse ou que atrapalhasse o ritmo da leitura. Este é mais um livro sobre o qual eu pensarei ainda muito tempo e recomendo muito a leitura.
Corredora Letrada 15/11/2016minha estante
Livro magnífico mesmo né? Eu sonhava com ele durante a leitura, acredita, de tanto que entrei na leitura. 5 estrelas sem dúvida!




Rafael.Said 17/01/2019

A vida pode não ser tão bela, mesmo quando se é linda, culta e casada com um homem bem-sucedido. As desilusões vivenciadas por uma mulher, a procura pela felicidade, em uma trama que envolve traições, idas e vindas, suicídio.
JD Rodrigues 06/02/2019minha estante
Uma mulher que destruiu toda a família.




Lipe 07/01/2019

Emma Bovary, protagonista deste romance realista francês, escrito no século XIX por Gustave Flaubert, se perde no seu idealismo e visão romântica. Dona de si e fortemente influenciada pela literatura, Emma mostra o distanciamento entre as ambições humanas e a reais condições de materializá-las. Tornando-se metáfora do inconformismo humano, independentemente do sexo, Madame Bovary nos mostra que por mais louváveis que sejam nossas idealizações, a realidade dos fatos se impõem.
Dan 07/01/2019minha estante
ótimo romance, um dos meu prediletos.




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