Leilane 11/03/2016
Uma história de amor fantástica que consegue ficar ainda mais arrebatadora na segunda parte de “O Resgate no Mar”
Claire finalmente está onde deveria estar novamente, mas será que ela está pronta para descobrir tudo que se passou nas últimas décadas? Será que este amor realmente transcende o tempo e supera tudo? Segredos, viagens marítimas e ação em quase todas as páginas, a segunda parte de “O Resgate no Mar” nos leva definitivamente para uma viagem sem volta para o mundo de “Outlander”.
Este livro representa a minha reconciliação definitiva com a série que cheguei seriamente a pensar em desistir. Desde o que aconteceu com o Jamie lá no final do primeiro livro da série, tive problemas em aceitar o estilo da Diana. Ela escreve detalhes de coisas que eu nunca queria ter sabido na vida, coloca seus personagens nas provações mais indizíveis possíveis e não tem nenhum pudor na hora de fazê-los sofrer. Foi realmente difícil de aceitar isso, desde o começo amo o casal Claire e Jamie, e mesmo querendo saber o que acontecia com eles, eu sofria demais com essa escolha da Diana de nos apresentar esse casal. Mas tudo mudou neste livro…
Não sei exatamente dizer em que ponto finalmente admiti para mim mesma que não poderia ser de outro jeito, um amor unido de forma tão fantástica só poderia ser desenvolvido de forma mais fantástica ainda, mas quando aconteceu passei a realmente a apreciar a série “Outlander” além de Claire e Jamie, e assim como Claire, fiquei:
“… à mercê de forças muito mais poderosas do que eu.”
E como a Claire estava certa em dizer isso! A segunda parte de “O Resgate no Mar” realmente a tira da vida controlada e previsível de Boston para lidar com contrabando, um bordel, assassinatos, viagens marítimas das mais variadas, uma tripulação quase inteira doente, naufrágios, escravidão, mulheres que ela acreditava que nunca mais veria na vida, outros tipos de magia e o mais dolorido de tudo: lidar com as verdades do passado de Jamie enquanto estiveram separados.
Jamie também não fica muito atrás disso. Depois do choque inicial, seguido da mais plena felicidade de ter Claire de volta, muitas coisas começam a desandar. Em primeiro lugar, a perda de seus dois meios de sustento, seguido de quase perder Claire e a própria vida novamente por conta de uma decisão infeliz do passado, e chega ao seu ápice da má sorte quando seu sobrinho é raptado por um navio pirata, obrigando-o a fazer uma viagem cega em direção às Índias Ocidentais com a esperança de resgatá-lo. E isso é só o começo dos infortúnios.
Entenderam o que falei de sofrer pelos personagens? Como eu disse, agora tenho apreço pela genialidade de Diana Gabaldon em nos apresentar “Outlander” desta maneira tão complexa e bem amarrada. A mania de detalhes dela tem motivo, um exemplo ótimo deste livro é um aparente acaso durante uma conversa com seu amigo médico que depois ela acaba descobrindo uma conexão perturbadora com ela mesma – não tem como não gelar a espinha junto com a Claire quando ela descobre. Entretanto, eu poderia ter ficado sem aquela informação sobre a cultura chinesa, Diana! Posso até ter aceitado seu estilo, mas não significa que não vou reclamar seus excessos.
Agora recomendo a série Outlander como um todo, já escrevi em resenhas anteriores que você teria de amar muito o casal para seguir em frente, mas depois de ler este livro posso dizer que você vai seguir em frente pela história e pelo enredo genial que Diana Gabaldon apresenta. E por falar em resenha anterior, realmente darei sequência a esta série por e-books, estou muito feliz em ter até aqui os livros físicos, mas considerando espaço na estante, esta é a melhor opção para mim, e a melhor notícia é que já recebi de parceria a primeira parte de “Os Tambores do Outono” da Arqueiro, lançado este mês! Só vou dar uma semana de descanso para mim e para os personagens e em breve tem resenha aqui.
site: http://lerimaginar.com.br/blog/2016/03/uma-historia-de-amor-fantastica-que-consegue-ficar-ainda-mais-arrebatadora-na-segunda-parte-de-o-resgate-no-mar/