O som e a fúria

O som e a fúria William Faulkner




Resenhas - O Som e a Fúria


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Ricardo 20/03/2011

Dá pra tomar uma Kaiser antes?
O autor não facilita a vida do leitor, o livro é narrado por várias vozes e algumas delas não muito faceis.
A parte que é narrada pelo deficiente é interessante, mas um pouco longa.Logo em seguida parece que você está ouvindo os pensamentos de um estranho e fica tentando adivinhar do que se trata.
Do meio para o fim a leitura fica mais fácil.
O livro é uma aula de estilos literários, e o autor brinca com eles a todo momento.
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Raquel.Faria 26/04/2018

O Som e a Fúria
Que livro incrível! 4 vozes, 4 fluxos de consciência diferentes. Uma delas de um deficiente mental. Reunidos para contar, à sua versão, a tragédia familiar da decadente família Compson. Ambientada no sul dos Estados Unidos, entre 1915 a 1926, esta obra tem muito mais a nos falar do que escravidão, incesto, filhos bastardos, disputa por heranças e poder. Faulkner conseguiu, com maestria, quebrar o tempo e nos deixou uma obra atemporal e fabulosa. Difícil atrevimento em querer descrevê-lo. Se puder, leia.

site: https://trazumcappuccino.wordpress.com/2018/04/17/resenha-o-som-e-a-furia/
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Tuhã 12/04/2018

Decadência pura e bela
Esse é um daqueles livros impossíveis de não se envolver. A trama é jogada na cara do leitor logo no início, pelo personagem louco Benjamin. Tempo, espaço, ações e personagens se confundem nesse emaranhado narrativo, mas nada impossível de se acompanhar também, apenas exige um pouquinho a mais de esforço.

Todos os personagens são complexos, a trama é instigante - apesar de simples - e a construção narrativa descontínua e confusa só contribui para deixar tudo mais intrigante. Provavelmente O som e a fúria será o maior e melhor quebra-cabeça que você irá montar em sua vida. Livrão imperdível para qualquer amante de uma boa literatura.

OBS: as descobertas sobre a trama e o desenvolvimento dos personagens é essencial na leitura de O som e a fúria, ver/ler resenhas carregadas de spoilers sobre o enredo podem diminuir e muito a experiência de lê-lo.
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Vinícius 11/04/2018

Dificílimo
O Som e a Fúria foi o livro mais difícil que já li. Recomendo aos futuros leitores que deem uma pesquisada sobre a obra, sobre como ela é construída e dividida pra que possam ler de uma maneira mais inteligível. Os dois primeiros capítulos são muito complicados, mas ao terminar a obra e entender a razão disso, deparamo-nos com um feito magistral, de uma inteligência fantástica. Recomendo a leitura da resenha da Leila de Carvalho na Amazon também, além da explicação de Munira Mutran no programa Literatura Fundamental, que pode ser encontrada no YouTube.
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Solange.Campos 02/04/2018

Um desafio literário
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Ana Saka 27/07/2015

É um desafio, mas compensador
Este livro é um grande quebra-cabeças cujas peças são dadas aos poucos. Ele começa com um doente mental contando a história, e segui um conselho que dizia que devemos lê-lo com atenção, mas fiz um acréscimo por minha conta: no primeiro capítulo, ia anotando os nomes que surgiam e tentava descobrir pelos contexto e diálogos o papel de cada personagem na trama. Ao descobrir, anotava ao lado do nome, isso facilitou bastante. O segundo capítulo também é complexo, pois é narrado por um personagem perturbado. Já os dois últimos capítulos preenchem as lacunas deixadas pelos capítulos anteriores. É um livro que exige dedicação, mas compensa o esforço. Ao terminar 'O som e a fúria', entendi porque algumas obras sobrevivem ao tempo.
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Gabriela Dunham 26/01/2018

Em "O Som e a Fúria" acompanhamos a decadência - em diversos níveis e formas - da família Compson, em quatro capítulos + uma espécie de posfácio. Os três primeiros capítulos são narrados pelos irmãos Benjy, Quentin e Jason e há um ponto de interseção marcante em suas narrativas: a irmã Caddy. É interessante e quase irônico que a personagem que tantas vezes dita o rumo da história seja a única dos irmãos a não ter voz, a não ter qualquer chance de apresentar a sua versão dos fatos e seu ponto de vista. A falta dela, inclusive, faz com alguns pontos levantados sejam apenas isso; não há uma explicação posterior. Acredito que Faulkner optou por suprimir essa narradora para dar ao leitor a chance de construir a personagem em sua mente e de preencher por conta própria as lacunas deixadas pela sua ausência. Porém é possível fazer uma crítica à situação feminina no período em que a história se passa (final do século XIX - início do século XX) e entender a falta de voz à Caddy como um símbolo do silenciamento e da falta de escolha que permeava a vida das mulheres naquele período. Especialmente dentro de uma família tradicional sulista, que ainda parecia perdida dentro de um mundo pós Guerra de Secessão.
A narrativa de Faulkner inicia-se extremamente confusa, mas segue numa crescente; cada capítulo parece mais fácil e entendível que o anterior - e o posfácio no qual o próprio autor assume a narrativa fecha algumas pontas soltas deixadas no decorrer do livro. Porém acho que o capítulo mais importante é mesmo o mais confuso e difícil, ou seja, o primeiro. Ele é narrado por Benjy, o terceiro filho e aquele que possui problemas cognitivos. Sua narração é feita toda em fluxo de consciência, alternando eventos passados e futuros, trechos de conversas atuais, memórias e um pouco da forma como ele percebe o mundo em geral. Nessas idas e vindas ficamos sabendo de eventos que vão desde a infância daqueles irmãos até o dia 07/04/1928, dia em que Benjy faz 33 anos e antecessor a um dia particularmente importante para aquela família. Os demais capítulos - embora o segundo, narrado por Quentin, também contenha muitas lembranças e fluxos de consciência - possuem uma limitação temporal muito maior, por isso considero que o primeiro é o capítulo mais completo; é ele que nos narra toda a história dos Compson e os outros apenas o complementam.
Isso se torna ainda mais claro quando lemos na orelha do livro a citação de Macbeth, na qual a vida é "uma história cheia de som e fúria, contada por um idiota e que não significa nada". Benjy é visto - e chamado, algumas vezes - como o idiota da família, presencia fatos importantes apenas porque as pessoas sabem que ele não terá como conta-los depois, já que se expressa, basicamente, através de gritos (som e fúria, rs). Mas nós leitores podemos entrar na mente dele e - tentar - ver o mundo com seus olhos. Ao chegarmos ao final temos mesmo essa sensação de que foi Benjy - mais do que todos - quem nos contou essa história, a qual, não mostra início-meio-fim de cada personagem como estamos acostumados, não nos dá grandes lições de moral e, talvez, como disse Macbeth, não signifique nada, por ser só "mais uma história" de uma família com problemas, como tantas. Ou talvez signifique muito, mais uma vez Faulkner deixa isso à cargo de quem lê!
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Eduardo 10/12/2014

Tomorow and tomorow and tomorow...

“O Som e a fúria”, livro tão intenso quanto o título. Marcado pela trágica história de uma família sulista estadunidense; os Compsons. Quase que destinados ao ódio a ganancia e a desesperança, os membros da família colocam em processo de derrocada a sua própria existência.

Resenha completa no blog.

site: http://odemonionasentrelinhas.tumblr.com/post/104808512293/tomorow-and-tomorow-and-tomorow
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Giovanna Mayer 23/07/2011

Surpreendente
Peguei esse livro ao acaso para ler em uma viagem para correr a Maratona do Rio de Janeiro. Fechei o livro antes de as aeromoças servirem a comida no avião. Tentei ler mais um pouco durante a viagem e desisti. Ora, ler um livro não pode ser mais difícil que correr uma maratona...Pois, no final de semana do dia 16 de julho de 2011, foi isso que aconteceu. Os quarenta e dois quilômetros viraram brincadeira se comparados com o desafio de entender a obra de Faulkner.
Quando voltei para casa, pesquisei sobre o livro e resolvi dedicar-me a ele. Lia cada trecho várias vezes, sublinhava, voltava. Em poucos dias, superei os dois capítulos iniciais e pude desfrutar da tranquilidade instigadora dos dois últimos capítulos.
Uma das melhores coisas que fiz em 2011!
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Henrique 16/07/2015

resenha completa:
https://www.youtube.com/watch?v=BXveZlqvtPA

não deixem de assistir! e o mais importante: não deixem de LER ;)
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Dom Ramirez 08/05/2015

Sonoro e furioso, de fato
Ao ser questionado sobre qual conselho daria aos críticos que diziam não entender seus livros mesmo após lê-los duas ou até três vezes, o Nobel de literatura William Faulkner respondeu: “Sugiro que leiam quatro vezes.”
Não há dúvida de que, ao citar tais críticos, a entrevistadora se referia ao seu livro mais complexo e importante: O Som e a Fúria. O título é retirado de uma frase famosa da peça Macbeth, de Shakespeare, em que se diz que a vida é “uma história cheia de som e fúria, contada por um idiota e que não significa nada.” E, de fato, a narração da saga da família Compson começa a ser descrita pelo idiota Benjy, o narrador do primeiro capítulo.
Ao ler a história da degradação dos Compson, o leitor deve estar preparado para sentir em paralelo uma degradação de sua capacidade intelectual: durante os dois primeiros dos quatro capítulos que compõem o livro, o leitor acompanha a história do ponto de vista de um retardado mental mudo e um homem desesperado prestes a se suicidar, e o desespero da narrativa, seu som e sua fúria, emanam das páginas com tamanha caudalosidade que quase não é possível acompanhar a história.
O terceiro capítulo, narrado pelo sádico e inescrupuloso Jason, oferece ao leitor uma narrativa mais convencional, mas ao mesmo tempo o desconforto permanece através do confronto com o cinismo demasiadamente humano da personagem.
O derradeiro capítulo é narrado por uma voz onisciente focada na personagem Dilsey, a empregada negra dos Compson. Em seu encerramento sublime, Faulkner subverte a noção de apoteose e apresenta o clímax do livro através do único momento de tranquilidade do retardado Benjy.
O próprio autor disse que este foi o trabalho que mais sofrimento e angústia lhe causou, como a mãe que tem mais amor pelo filho que se tornou ladrão ou assassino do que por aquele que se tornou sacerdote. Complexo demais, furioso demais, sonoro demais, O Som e a Fúria deve ser abordado da mesma maneira que seu autor sugeriu que se abordasse o Ulisses de Joyce: com fé. Fé na arte, fé na humanidade. Os incautos podem não resistir à violência do jorro verborrágico das primeiras páginas, mas a recompensa é sublime.
Poucas vezes a literatura alcançou um estado tão elevado, e, enquanto a leitura deste livro pode ser incrivelmente difícil, é fácil demais entender porque este é considerado um dos maiores clássicos do século XX.
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Leila de Carvalho e Gonçalves 19/11/2017

Para Ler E Reler
Em 1929, após ter um livro rejeitado pelas editoras, William Faulkner resolveu dar uma guinada na carreira. Isolou-se e começou a escrever um romance exclusivamente para sua satisfação, sem pretensão de agradar leitores, críticos ou editores. Assim nasceu "O Som e a Fúria", responsável por sua ascensão profissional que culminou vinte anos depois com o Prêmio Nobel de Literatura.

A narrativa tem como palco a fictícia Yoknapatawpha County e aborda a decadência de uma tradicional família do Sul dos Estados Unidos, descendente de um herói da Guerra da Secessão, o General Compson. Aliás, tanto as personagens como seus ascendentes aparecem em outros textos do escritor.

Empregando o fluxo de consciência, ruptura de sintaxe e um enredo não linear, sua leitura requer redobrada atenção. Assemelha-se a um intrincado quebra-cabeças cujas peças vão pacientemente sendo encaixadas até chegar à última. De fato, nem sempre é possível entender o que está acontecendo, mas, pouco a pouco, a história vai tomando forma e o esforço vai sendo recompensado. Uma boa maneira para não desanimar (e que me ajudou) é conhecer de antemão os quatro narradores, cada qual responsável por um capítulo do livro. São eles:

- Benjamin ou Benjy Compson: Mudo e deficiente cognitivo, é o filho caçula e motivo de vergonha da família. Descreve o mundo com baixa compreensão e um raro sexto-sentido. Seu relato soa desarticulado, com pontos obscuros e para não se perder com os frequentes saltos temporais, verifique se é Versh (infância), T.P. (adolescência) ou Luster (vida adulta) quem cuida da personagem.

- Quentin Compson: Trata-se do primogênito, o escolhido pelos pais para estudar em Harvard. Neurótico e instável, defensor da honra e da moralidade, é um suicida cujo desabafo desesperado e fantasioso conforme avança, vai se fragmentando. Essa é a parte mais difícil e estudada do livro.

- Jason Compson: Irmão mais novo de Quentin, é cínico, desprezível e manipulador. Trata-se do vilão da história que, indigno de confiança, tenta passar a imagem de filho injustiçado a quem coube sustentar a família após a morte do pai. Seu relato não oferece maiores dificuldades de entendimento.

- Na quarta parte, Faulkner faz uso de um narrador onisciente, sugerindo pensamentos e ações das personagens, mas quem monopoliza a atenção é Dilsey, uma negra que trabalha para os Compsons há muitos anos e surge como a voz da razão.

No entanto, o papel de protagonista pertence a Caddance ou Caddy, a única filha do casal. Ela jamais adquire uma voz, mas permite que os sentimentos dos irmãos revelem seu caráter, aliás, é o objeto da obsessão dos três e a única que consegue escapar da relação doentia que os une, indo viver a própria vida.

Finalmente, Faulkner se inspirou num trecho de "Macbeth" de Shakespeare para dar titulo e desenvolver a história:

"Apaga-te... apaga-te breve vela!
A vida nada mais é do que uma sombra que anda...
um pobre ator que se pavoneia e se agita durante sua hora no palco e depois não é mais ouvido.
É uma história contada por um idiota
cheia de som e fúria que nada significa!"

Nota: Um apêndice foi inserido pelo autor após dezesseis anos da primeira edição. Não só traça o esboço de algumas personagens, como dá detalhes sobre o futuro.
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Leo 06/04/2015

Um enredo sem linha de rumo preciso navega num tempo sem definição, ondeando entre memórias e prenúncios, desprezando a linearidade, a lógica. Como se ao longo da rota 66, como se caminhando descalço sobre o alcatrão das estradas do Iowa, como se sem destino nem rumo certo...

Respira-se o desprezo pelo concreto, a recusa do próprio tempo. O simbolismo, intenso e sempre presente, enreda-se permanentemente numa linguagem barroca, de formas por vezes sublimes, mas nunca frívolas.

Jogos de palavras, simples prazer da escrita e da leitura. Um grito coletivo de revolta: uma família apodrecida pela América da falsa prosperidade, rodeada de negros acorrentados à humilhação de ter nascido. Personagens enlouquecidas, devassas, horríveis, infelizes, perdidas num vazio de humanidade.

E a Dilsey… a criada negra desgraçada e feliz… normal.

Benjy é louco, Jason alucinado, Quentin lunático, e... um bando de negros.

Faulkner constrói assim um quadro quase sem nexo, quase sem sentido, como a vida. Quando chegamos ao fim as estórias ganham, finalmente, forma e sentido. Mas nessa altura fica na nossa mente a frustração de não haver mais páginas… como se todos os Compsons tivessem morrido de súbito. Apetece então voltar ao início… como na vida: uma circunferência que nunca se fecha e assim se transforma em espiral… perpetuamente… sem tempo…

Sem dúvida (pelo menos na minha opinião), um dos melhores livros de toda a história da literatura mundial.

Para ler e reler...
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