Ana 30/05/2021
Que peça! Uma releitura muito bem atualizada de Medeia (de Eurípedes)! Fiquei morrendo de vontade de ter visto a adaptação de 1975 com a Bibi Ferreira e dirigida pelo Gianni Ratto e a de 2019 com o Coletivo Negro e direção do Jé Oliveira!
"Creonte: Vou lhe dizer o que é que é o brasileiro: alma de marginal, fora da lei, à beira-mar deitado, biscateiro, malandro incurável, folgado paca vê uma placa assim: "não cuspa no chão", brasileiro pega e cospe na placa. Isso que é brasileiro seu Jasão...
Jasão: Não, ele não é isso, seu Creonte. O que tem aí de pedra e cimento, estrada de asfalto, automóvel, ponte, viaduto, prédio de apartamento, foi ele quem fez, ficando co'a sobra. E enquanto fazia, estava calado, paciente. Agora, quando ele cobra é porque já está mais do que esfolado de tanto esperar o trem. Que não vem...." (p. 95-96)
PS. Jasão você é um cretino em todas as versões e essa dramaturgia precisa de um aviso de violência contra a mulher.