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L'étranger Albert Camus




Resenhas - L'Étranger


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Clio0 02/12/2022

L'étranger não é exatamente um livro sobre falta de empatia, tampouco sobre a liberdade social - embora essa apareça em várias obras subsequentes do autor. É mais sobre humor negro.

Meursault, por todas as definições, é um psicopata. Sua apatia em relação aos movimentos humanos à sua volta chegam ao descaso e nada é verdadeiramente assimilidado a não ser que, de uma maneira ou outra, sua existência gere algum tipo de diversão ou irritação.

Como uma história francófona do século XX, há várias críticas e zombarias a temas conhecidos como "a fixação pela mãe", o "ódio ao estrangeiro", e desrespeito as convenções sociais. Camus parece se deleitar em mostrar ao leitor como todas as grandes questões não deveriam afetar, e de fato nem o fazem, o viver comum.

O que não quer dizer que consequências não existam...

O mundo reage a presença e ação do personagem principal em sua forma mais repressiva: a ação governamental-religiosa. Porém, e a possibilidade da inexistência que finalmente faz Meursault começar a valorizar sua leveza de passos... enfim, outra ironia.

É um ótimo livro, mas pode ser preciso um pouco de conhecimento sobre a literatura europeia do século XX para pegar todas as referências.

Quanto ao nível de Francês, alguém com nível intermediário pode acompanhá-lo. O vocabulário é relativamente fácil.
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Wamarisen 03/02/2024

Há spoiler
Gostaria de apontar que o meu favoritismo não deve ofuscar a beleza que por si só essa obra tem.

É fantástico o jogo de palavras precisas e simples narradas pelo personagem Meursault que construíram uma narrativa cheia de camadas e fluída. Há muitos modos de ler essa obra.

Meursault é desapegado e indiferente a muitas coisas e não seguiu a norma padrão da sociedade. Essa personalidade o levou a morte, literalmente, o julgaram mais por sua insensibilidade do que pelo seu crime. Ao entrar em um momento de desespero Meursault refletiu sobre seu passado e, conclui que sua mãe faleceu pronta para aceitar a morte, livre. E que ninguém tinha o direito de chorar por ela, afinal ela morreu feliz e livre, enquanto há vivos infelizes e presos por aí. Para mim foi algo tocante, em tão poucas palavras demonstrou um imenso respeito e carinho por ela que antes parecia inexistente.

"maman devait s'y sentir libérée et prête à tout revivre. Personne, personne n'avait le droit de pleurer sur elle."

Também tem o fato de que em muitas cenas marcantes Meursault observa a temperatura KKKK no início pensei que fosse um detalhe de ambiente mas não vejo mais dessa forma. Contudo, também não tenho base concreta, apenas meu achismo. O sol e o calor são descritos por Meursault em várias passagens marcantes como se eles fizessem parte do mesmo não apenas como um detalhe de ambiente. Meursault sente calor num tribunal ventilado e após isso diz ter vontade de chorar após ser visto de forma negativa por todos naquele salão.

Será mesmo apenas um detalhe ambiente ou para dizer que está tenso? Uma forma única de dizer que estava queimando por dentro? Se for, que baita criatividade, e se haver outra explicação eu quero muito saber.
Fabio 05/02/2024minha estante
Livrão, ainda mais na língua original!!!


Wamarisen 05/02/2024minha estante
Concordo 100%




Bookster Pedro Pacifico 01/03/2020

O estrangeiro, Albert Camus – Nota 10/10
Um clássico da literatura mundial, O estrangeiro é um romance sempre atual e com forte teor existencialista, abordando a solidão, o desapego do ser humano aos valores da sociedade e a sua indiferença com a rotina e as próprias emoções. Com uma narrativa em primeira pessoa, o leitor acompanha o cotidiano de Mersault, um cidadão comum, com um emprego comum e que apenas observa o passar dos dias – e da vida. Mersault vive em um constante estado de “Tanto faz”. Um dia, no entanto, o protagonista se envolve em uma briga e comete um assassinato. A partir desse momento, submetido a um longo julgamento que poderá, inclusive, condená-lo à pena de morte, Mersault começa a acordar para a vida (foi exatamente essa a sensação que tive!), se tornando cada vez menos alheio ao que se passa no seu redor. Gostei muito de enxergar o ponto de vista do próprio acusados que pode, a qualquer momento, ser condenado à pena de morte. Uma obra prima! Li a versão original, em francês, e pretendo fazer uma releitura em português daqui a um tempo!


site: https://www.instagram.com/book.ster
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Arieska 17/03/2024

L'étranger
Eu achei uma leitura um pouco difícil de seguir porque geralmente gosto quando tenho uma identificação com o personagem.
Por causa da apatia e de certas escolhas que pra ele pareciam "indiferentes" eu senti um desconforto que dificultou a obra pra mim.
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Melina 02/05/2021

L?étranger - Albert Camus
O estrangeiro, de Camus, é tido por um romance existencialista, que também tem seu lugar no Absurdo. Conta a história de Meursault, um homem ordinário que vive uma vida ordinária, sem sentido, sem razão, a impressão é que ele literalmente deixa a vida o levar, vive num estado de tanto faz. A história começa com a seguinte frase ?Aujourd?hui, maman est morte? (hoje mamãe morreu), e o personagem nada sente, nem tristeza, nem dor, nem coisa alguma, ele é indiferente, não apenas a esse evento. É um estrangeiro a ele próprio, estrangeiro à própria existência. É um livro interessantíssimo e intrigante.
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Luíza | ig: @odisseiadelivros 11/07/2020

Leitura de quarentena #11
O mundo é um caos, nós procuramos significado na vida, mas será que há um verdadeiro significado? Por isso, não importam nossas ações. A vida vale nada.
A teoria do absurdo, presente em L'étranger, nos dá em que pensar. É um romance curto, narrado pelo Monsieur Meursault, um homem que vive a vida com indiferença. Não acredita em Deus, não chora no enterro de sua mãe e mata um homem sem ter motivos concretos para isso.
Narrado em primeira pessoa, a história é centrada nele. Apenas nele. As frases curtas, cirúrgicas, com palavras bem definidas, fazem com que o livro tenha uma das técnicas narrativas mais interessantes que já vi. Além disso, o egocentrismo do protagonista faz com que ele fale mais dele do que de qualquer outro personagem ou fato. Assim, sempre destaca sua indiferença aos fatos, mesmo que não esteja alheio a eles (ele apenas não se preocupa). Outra técnica estilística utilizada para ressaltar o seu egocentrismo é o discurso indireto livre: é ele quem, na maioria das vezes, fala pelos outros personagens.
O livro, em inglês, possui o título The Stranger (O estranho) e, em português, O estrangeiro. O personagem de quem os títulos falam é o Meursault, alheio, indiferente aos outros e à vida, tece a teoria do absurdo, a falta de significado que esperançosamente damos à vida.

site: https://www.instagram.com/odisseiadelivros/
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gatoviski 16/03/2024

La chute de la vie
D'après moi, cette livre est un grand introduction pour la philosophie d'Albert Camus. Le protagoniste est très antipathique, et pour la plupart de la lecture il cause une sensation d'étrangeté pour les lecteurs.
La vie est complètement absurde, du point de vue du protagoniste, et tous les situations bizarres qui se passent dans cette bouquin sont, selon moi, les situations qui peuvent passer dans le quotidien de n'importe quoi. J'ai encore beaucoup des choses à réfléchir sur cette livre.
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rafaelgoncalves 03/02/2023

Livro super curtinho mas com uma densidade filosófica gigante.

Além de uma narrativa e enredo muito bem elaborados, diga-se de passagem, Camus dá luz a uma série de questionamentos centrais a respeito da vida e seu valor.

Os acontecimentos na vida do personagem escalonam para um ápice aterrorizante mas que é suavizado pela aparente resignação deste frente a todos os problemas e conflitos que os códigos sociais lhe exigem.
Diler1 03/02/2023minha estante
Tmb amo esse, mas ler no original


Diler1 03/02/2023minha estante
, aí é outro nivel




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julia 20/11/2021

Ótima leitura para treinar o francês e refletir, talvez eu tenha perdido parte da beleza da obra por não ter lido em português mas gostei demais e fim do livro (frase final principalmente) me impactaram bastante.
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Cristian.Alves 12/04/2022

Você esconde seus sentimentos ?
O livro « L?étranger «  (o estrangeiro) conta a história de um cidadão comum, mediano e até mesmo medíocre.
Durante toda sua vida ele foi apático com tudo que acontecia ao seu redor, como a morte da sua mãe ou o romance que tinha com sua namorada.
Um clímax ocorre quando ele se vê envolvido em um homicídio. Durante o processo de julgamento ele permanece apático até que aos poucos a ficha começa a cair porém talvez tarde demais.
Um livro bem filosófico porém uma leitura mais ou menos. Li em francês e o nível é intermediário.
Não é um livro tão legal de ler mas é um clássico então vale a pena a leitura.
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Mariana 28/01/2020

cela m'était égal
Mia gente, que livro foi este? Não vou contar muito sobre o plot porque é o tipo de livro que se deve começar sem saber de muita coisa. Só lendo pra entender.

L'étranger é uma narrativa sobre o absurdo da vida, sobre como nada faz sentido. O protagonista e narrador, o messieur Mersault, é um cara absolutamente frio, passivo, amoral, que entende a vida como uma série de fatos sem muita importância. Tudo "dá igual".

"Il m'a demandé alors si je n'étais pas intéressé par un changement de vie. J'ai répondu qu'on ne changeait jamais de vie, qu'en tout cas toutes se valaient et que la mienne ici ne me déplasait pas de tout."

Diante das experiências do narrador, relacionadas a um assassinato e suas consequências, Mersault vai construindo seus pensamentos rumo a um destino final, que é comum a todos: a morte.

Conceitos como o desespero, a felicidade, ou aspectos morais perderiam diante desta falta de sentido da vida, cujo ápice do entendimento é captado pelo narrador no final.

"J'avais le désir de lui affirmer que j'étais comme tout le monde, absolument comme tout le monde. Mais tout cela, au fond, n'avait pas grande utilité et j'y ai renoncé par paresse."

De uma forma geral, é um livrão. Penei pra ler em francês mas valeu a pena cada página. Recomendo!
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Nati 07/02/2015

Le livre suscite des réflections: on doit condamner à mort tous les individus qui ne souhaitent pas le bon fonctionnement de la machine? Cela est un côté défectueux? D’où vient l’obligation de collaborer moralement? Qu’est-ce qu’on considère une bonne organisation? L’humanité doit suivre son chemin sans accroc?
Monsieur Mersault attend la réponse à son appel et continue à vivre une vie subordonnée et sans éclat. Au chemin de son execution, il affirme que les sirènes qui hurlaient « annonçaient des départs pour un monde qui maintenant m’était à jamais indifférent ».
Le chaos souffert par le personnage expose l’apathie en face de l’absurde de l’existence et de la solitude de l’être humain vis-à-vis l’universe.
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Fernanda.Sales 20/08/2021

Acredito que meu erro foi ter lido o texto original. Como não tenho tanto costume de ler textos grandes em francês, demorei bastante para terminar.
A história não tem um enredo envolvente. O personagem não tem relacionamentos profundos, então não consegui desenvolver nenhum apego por ninguém, muito menos por ele.
É um personagem que não me deixou triste, feliz, com raiva, nada. Ele é indiferente. Quando eu imaginei as cenas do livro eu sempre as via em preto e branco. Nada era bom ou ruim, nada era importante. O personagem apenas passa pelas situações da sua vida, ele não vive.
Acredito que pelo ritmo da história e o fato de ter lido o original, achei um pouco chato. Contudo ainda tenho vontade de ler a tradução para ter uma ideia mais robusta sobre o livro.
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Gustavo Simas 25/02/2019

Um estrangeiro, passageiro de algum trem...
"Aujourd'hui maman est morte. Ou peut-être hier, je ne sais pas"

A obra L'Étranger faz parte do Ciclo do Absurdo de Albert Camus composta também pelo ensaio O Mito de Sísifo e a peça teatral Calígula.

O Estrangeiro começa com uma das frases mais famosas da Literatura e, de simples ataque súbito, já revela a complacência do protagonista com os acasos do tempo. Monsieur Mersault é um homem que perde sua mãe na primeira linha do livro. (e isto não é um spoiler, nem deveria ser).

Porém, como bom absurdista de Camus, pouco demonstra alteração de humor.
De que adianta, afinal, viver, se todos morremos no fim? De que adianta amar, sofrer? De que adianta trabalhar por décadas, ajudar o vizinho, perder tempo em discussões pífias, suar e tentar construir algo que se erodirá após a vida?

Um leitor que acaba por entender os signos da narrativa acabaria por se perguntar: "de que adianta eu ler este livro?"

De que adianta, também, eu continuar a fazer essa resenha?
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