Bi 17/10/2021
Leitura difícil, porém fundamental
Só não dei 5 estrelas pela dificuldade que tive de compreender o livro, mas ele é muito bom e fundamental para quem tem interesse em começar a estudar assuntos relacionados aos Estudos Subalternos, Pós-colonialismo e Decolonialismo. É um livro muito denso, com muita informação e referência a Foucault e Deleuze, que como não estudei eles na faculdade, tive muita dificuldade em entender, sempre precisava parar a leitura e pesquisar, o que me gerou um desgaste (não li pela faculdade ou para alguma pesquisa, peguei para ler porque tenho interesse na temática). Mas tirando esse desafio, o livro traz uma mensagem que é muito importante: as configurações do mundo em que vivemos não permitem que o sujeito subalterno fale, e quando ele tem espaço para falar, ele não é ouvido.
Ressalto alguns pontos que considero centrais:
- a crítica aos pensadores ocidentais que criam o sujeito subalterno como objeto de pesquisa; e a partir desse ponto ela discute o conceito de representação;
- ela faz uma autocrítica ao grupo de Estudos Subalterno;
- o sujeito subalterno é heterogêneo e vai além da ideia de proletariado (conceito europeu);
- estudo de caso: análise dos sujeitos subalternos do sul asiático: a posição da mulher.