Marcos Pinto 26/01/2015De tirar o fôlego Não posso dizer que Herdeiro do Império foi uma surpresa para mim porque minhas expectativas sobre o livro eram altíssimas. Como fã dos filmes, só me restou devorar o livro freneticamente. E o resultado não poderia ser outro: amei. E tem mais: a obra ainda conseguiu superar minhas expectativas em todos os aspectos. Tem coisa melhor?
Para quem já assistiu aos filmes, o início do livro é bem familiar. A rebelião contra o Império está mais forte do que nunca e, cada vez mais, planetas se unem à Nova República. Essa tenta reavivar os ideais do passado, transformando a democracia novamente na base do sistema de poder.
Leia e Luke são peças importantíssimas na estruturação da Nova República, assim como Han. Eles fazem de tudo um pouco, trazendo o sucesso para a volta da democracia. Porém, é claro, isso não agrada nada ao Império que tentará, de todas as formas, subjugar os rebeldes revolucionários.
Governos e planetas inteiros são importantes, 3PO. Mas, no final das contas, eles são simplesmente compostos de pessoas (p. 35).
Thrawn é a principal peça do Império na tentativa de derrubar os rebeldes. A bordo do destroier estelar Quimera, ele usará o seu vasto conhecimento para surpreender e causar o pavor aos planetas aliados à República. Depois de um período de latência, a guerra parece que voltará ainda mais forte.
Como é possível perceber, o livro começa onde os filmes pararam, dando início a um universo expandido e uma possível realidade após o último filme. Essa sensação de continuidade, aliada ao reencontro de personagens marcantes, faz a leitura ser visionária e nostálgica, misturando o melhor dos dois.
Por falar em personagens marcantes, Zahn conseguiu capturar com perfeição a essência dos participantes do filme e também criar novos personagens que tinham a cara da série. O autor fez do livro algo como continuar uma velha e forte amizade, dando um tempero a mais. E isso, sem dúvidas, foi incrível.
Luke não esperou para ver o que exatamente o borrifo fazia. A manobra lhe havia concedido talvez meio segundo de confusão, e ele não podia se dar ao luxo de desperdiçar nenhum segundo (p. 101).
Eu poderia escrever por diversos parágrafos como cada personagem foi descrito bem e como são convincentes, porém, não o farei. Não de todos, pelo menos, até por questão de espaço. Mas darei as devidas honras ao autor por reproduzir de maneira tão perfeita dois dos integrantes mais incríveis desse universo: C-3PO e R2-D2. Esses dois robozinhos queridos me ganharam novamente com suas loucuras e aventuras. Confesso que foi bom até mesmo ouvir novamente as besteiras do 3PO.
Todo esse clima especial não para no conteúdo do livro, mas alcança também a sua diagramação. Ela está bela e confortável, proporcionando uma excelente leitura. As páginas são grossas e amareladas; sem contar que algumas são negras e repletas de pontos brancos, representando o universo. Um verdadeiro espetáculo à parte.
Diante desse clima de nostalgia e novidade, é impossível não adorar Herdeiro do Império. Os fãs vão amar, sem dúvida. Quem ainda não conhece a saga vai se render. Esse livro é mais do que uma aposta, é a certeza de uma boa leitura. Você não pode deixar de conferir.
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