Wallace50 01/03/2024
"Parece que estamos nos vendo em um espelho distorcido.Todas as pessoas que pareciam certas são erradas"
Casualidades atingem o auge no vigésimo primeiro romance de Agatha Christie,sim,no plural,porque não é só o engenhoso início com o corpo encontrado próximo a um campo de golfe que se caracteriza como casual,ao longo da narrativa há várias pequenas obras do acaso,seguindo uma linearidade bastante condizente com o propósito geral.Bobby e especialmente Frankie,são adoráveis,ela é engraçada,audaciosa e diria que até cruel em certos momentos,proporcionando uma típica comédia ácida britânica que amo (sempre com espontaneidade),uma das coisas mais notórias aqui é que identidade pessoal te engana diversas vezes e te incita lendo os desdobramentos pra descobrir mais detalhes,o nome que parece pertencer a alguém na verdade pertence a outra pessoa,o mistério do tal do personagem chamado Evans que está explícito logo no título...Sem citar sobre seu protagonismo,empenhado por detetives não-profissionais,pra mim isso é um atributo muito sagaz,porque quem não é ou nunca foi profissionalmente envolvido com investigações pode ficar tentado em se imaginar vivendo uma experiência assim,afinal,só basta ter curiosidade e perspicácia o suficiente.Solucionar um crime dessa forma aparenta ser instigante.