Thaisa 20/11/2020
Laura Welman, uma rica senhora, vive seus últimos dias. Os que acreditam serem seus futuros herdeiros (sua sobrinha Elinor Carlisle e o noivo dela, Roderick Welman) recebem uma misteriosa carta, alertando que, talvez, a senhora acabe deixando sua fortuna para outra pessoa...
Enquanto o casal viaja até o local afim de entender o que está acontecendo e fazer companhia para Laura, Mary Gerard, filha de um dos empregados de Welman, está sempre lá, ao lado da dona da propriedade, já que Mary é muito bem tratada, recebeu a melhor educação e nutre um imenso carinho pela mulher.
Mas quando a senhora acaba morrendo antes de modificar algumas coisas em seu testamento, os problemas apenas começam: ela gostaria que a jovem ficasse com parte da herança (o que Elinor consente). Mas Roderick se apaixona perdidamente por Mary, deixando sua noiva para perseguir esse novo amor. E quando a senhorita Gerard morre após se servir de uma comida preparada por Elinor e oferecida pela própria, é claro que esta será acusada de assassinato.
O médico da tia de Elinor, tendo sentimentos por ela, contrata o grande detetive Hercule Poirot para descobrir o que realmente ocorreu e livrar sua amada da culpa.
Diferente de muitos livros de Agatha Christie, este já começa em um tribunal, durante o julgamento de Elinor. Poirot, que geralmente acompanha os casos desde o princípio, só aparece na segunda metade da narrativa. E, ainda assim, sua presença é crucial para resolver todo esse mistério...
Particularmente, eu gosto dessas histórias de Christie que possuem um lado mais romântico, onde Poirot assume o papel não apenas de detetive, mas também de conselheiro - assim como no maravilhoso "Os Cinco Porquinhos". Apesar de não aprofundar tanto os personagens, a Rainha do Crime explora mais daquilo que ela já é mestra em fazer: um caso mal-resolvido com amores não-correspondidos e mortes provocadas por substâncias químicas.
Com uma linguagem simples, elementos dramáticos bem equilibrados e o sempre brilhante e divertido detetive belga, é difícil não se entreter com "Cipreste Triste".
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