Cipreste Triste

Cipreste Triste Agatha Christie
Agatha Christie




Resenhas - Cipreste Triste


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Edivanda 15/11/2020

Fui surpreendida!!
O caso é extremamente óbvio, mas sabendo que é da Agatha, desconfiei desde o princípio. Errei (como sempre) nos meus suspeitos e o final foi inesperado. A parte do julgamento é um pouco chata, mas essencial pra revelar o(a) verdadeiro(a) culpado(a). Recomendo.
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Marcela Nacazato 15/11/2020

Bom
Achei o livro muito bom, mas confesso que pela primeira vez alguns pontos ficaram soltos pra mim (minha ignorância, com certeza, rs).

No mais, achei a trama bem legal e fiquei bem presa na narrativa. Recomendo a leitura!
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Andressa 24/07/2020

Amo cada livro da Agatha, quer dizer menos Passageiro para Frankfurt, esse eu apenas gostei, poderia ter sido bem melhor, não digo que é ruim, mas a autora tem livros melhores!
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Aline 28/06/2020

Hercule Poirot nunca decepciona!!!
Minha genteeeee, se vc gosta de história de detetive leiam esse livro!!! Que livro mara!!!!!
A história é muito bem construída e tão bem escrita que vc se imagina assistindo um filme!
Consegui acertar o culpado (juro que consegui!!!), mas por vezes me peguei pensando: "- Putz, será que não foi fulano? Vixe, errei e foi a fulana!!!" E, com isso, vc vai devorando o livro porque não se aguenta de curiosidade e quer descobrir quem afinal de contas matou Mary Gerrard!!!! Acreditem, a vontade de olhar a última página é absurda!!!! Mas NÃO LEIAM!!!! SE AGUENTEM!!!!
Em resumo, assim como meu detetive preferido, tia Agatha não decepciona!!!!
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Claudia 15/03/2020

Ótima história de Poirot
Como sempre, Agatha Christie escreve de maneira que faz com que você devore a leitura.
A história é muito boa, dessa vez tem uma parte no tribunal que eu gostei bastante.
Um dos melhores livros que eu li da autora.
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Maria 03/01/2020

...

Meu primeiro contato com o Universo da Agatha Christie e permanece como o meu favorito da autora. Obra de uma tremenda riqueza psicológica.Brilhante e inesquecível.
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Emilia Yumi 15/10/2019

Cipreste Triste - um caso para Poirot...
Elinor recebe uma carta anônima dizendo que alguém está querendo se aproveitar de sua tia. Ela e seu noivo Roddy visitam a tia Laura. Lá eles conhecem Mary Gerrard, uma protegida de sua tia. Roddy se apaixona por ela e termina com Elinor.
A tia Laura fica muito doente e morre sem fazer um testamento. Pelas leis, o parente mais próximo deve herdar toda a fortuna, no caso Elinor. Mais tarde, com intenção de vender a mansão, Elinor vai ao local para arrumar os pertences quando se encontra com a enfermeira Hopkins e Mary Gerrard. Ela faz sanduíches e comem juntas, Mary passa mal e morre. No inquérito é descoberto que Mary foi assassinada. A culpa recai sobre Elinor. Cabe a Hercule Poirot fazer sua investigação para encontrar a verdade...
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gabrielrjf 22/09/2018

Primeiro contato
Meu primeiro livro da rainha do crime.

Aprovado! Gostei da escrita. Sucinta, direta, envolvente, sagaz...

Tudo explicado certinho. Desconfiei de muitos e inclusive da assassina. Achei a motivação convincente e forte (estava com medo de não engolir a motivação do crime)

Com certeza lerei mais!
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Leila de Carvalho e Gonçalves 15/07/2018

Duplo Homícidio
Durante a Primeira Guerra, Agatha Christie trabalhou como voluntária no dispensário de um hospital onde aprendeu sobre a composição química de venenos e medicamentos. Sem dúvida, a formação ideal para uma escritora especialista em assassinatos.

Aliás, o envenenamento é um procedimento constantemente empregado em seus livros e "Cipreste Triste" faz parte da lista. Escrito em 1940, seu título foi escolhido de um trecho da comédia "Noite de Reis" de Shakespeare:

"Vamos rápido, morte, se apresse!
Deito em tábuas tristes de cipreste.
Vai-te embora, sopro de vida meu!
Matou-me uma donzela linda e cruel.
Mortalha branca em muito teixo,
Já deixem tudo feito.
Não houve um outro mais fiel que eu:
Chegou aqui e morreu.

Uma curiosidade é que pela primeira vez, Poirot aparece num tribunal. O detetive foi contratado para provar a inocência de Elinor Carlisle, acusada de dois homicídios que aparentemente só ela tinha motivos e meios para realizar.

A primeira vítima foi sua tia que lhe deixou uma imensa fortuna. Inválida e bastante adoentada, Laura Welman estava prestes a nomear novos herdeiros, quando foi friamente envenenada, porém, o envenenamento só é descoberto após a exumação do corpo.

Essa medida foi tomada pela Justiça após Mary Gerard, filha do jardineiro e protegida de Laura, ser encontrada morta por ingestão de morfina. Mary foi a responsável pelo rompimento do noivado de Elinor com seu primo Roddy que se apaixonou perdidamente pela jovem.

Com um desfecho impecável, Poirot consegue impedir um grave erro judiciário. As cenas do tribunal são o clímax da história e graças a sua atuação, o criminoso é descoberto. O que surpreende é o motivo, absolutamente previsível, que escapa aos nossos olhos.

"Cipreste Triste", não figura entre os best-sellers da escritora, mas está entre seus casos mais intrigantes e complexos. Ao mesmo tempo que apresenta uma minuciosa análise psicológica de Elinor, abrindo uma pertinente discussão sobre a culpa, pouco se sabe sobre sua rival. Carismática, Mary é apontada como a imagem da perfeição pelas pessoas a sua volta, mas sua proximidade e abnegação por Mrs. Welman não fica acima de qualquer suspeita e cabe ao leitor decidir se ela era realmente uma criatura angelical ou uma pessoa manipuladora e ambiciosa que acabou sendo derrotada por um inimigo inesperado.

Para finalizar, durante uma entrevista na época do lançamento do romance, a escritora confessou que preferia ter escrito a história sem Poirot. De olho nos lucros, a editora rejeitou o projeto, deixando clara a conflituosa relação entre ela e seu mais famoso protagonista, mas chega de mexericos e boa leitura!
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Nina Vinhas 24/04/2018

Um casal. Uma herança. Uma bela jovem
Elinor recebe uma carta anônima avisando que alguém está se aproveitando de sua tia doente vítima de um derrame, Laura Welman, talvez com interesse na herança que seria sua e de seu noivo, Roddy, sobrinho do falecido marido da Sra. Welman.

Eles viajam imediatamente para a casa onde a Sra. Welman vive no campo e reencontram a jovem filha de um dos empregados da casa, Mary Gerrard, que Roddy não vê desde que ela era apenas uma criança. Diante da bela mulher que a menina se tornou, ele se apaixona irremediavelmente, abalando seu noivado com Elinor e a deixando doente de raiva.

Logo, a Sra. Welman tem um segundo derrame e morre durante a noite. Mas, antes de falecer, conseguiu, com dificuldade por causa das sequelas, pedir a Elinor que chamasse seu advogado porque queria deixar uma quantia em dinheiro para Mary, por quem tinha uma grande afeição. Ela promete que seu desejo será realizado no dia seguinte e, quando sua tia morre, resolve fazer sua vontade e garante a garota que lhe dará 2 mil libras.

Mas Mary é assassinada antes disso acontecer e Elinor é presa pelo crime, pois todas as provas apontam para ela. Desesperado, o médico da Sra. Welman pede a Hercule Poirot que encontre alguma prova da inocência da mulher por quem se apaixonou. Após relutar um pouco, o famoso detetive belga aceita e mergulha em uma investigação repleta de mentiras e segredos e, quando finalmente descobre a verdade, a revelação do verdadeiro assassino é chocante e inesperada.

Agatha é uma de minhas autoras favoritas (entre homens e mulheres), senão a favorita. Tentei ler "A Maldição do Espelho" quando era criança porque sempre ouvi falar que ela era uma grande escritora e esse exemplar estava na estante da minha casa. Odiei e não saí do início do livro. Anos depois, já adolescente, voltei a ler essa mesma obra e me apaixonei. Então não parei mais de ler Agatha Christie. Mas foi quando conheci Monsieur Poirot (em qual livro não me lembro) que encontrei meu personagem favorito da Dama do Crime. Desde então li poucos livros com Mrs. Marple e menos ainda com outros detetives. Hercule Poirot tem um lugarzinho especial em meu coração, maior até do que o do seu rival, Sherlock Holmes. Mas fazia uns 2 anos que não lia nada de Agatha, sendo que passei todo o ano passado sem ler nada. Há 2 dias resolvi voltar a ela e a meu amado Hercule e não me arrependi.

Cipreste Triste é surpreendente. O início é meio lento, mas depois te prende completamente e você fica ansioso para chegar no final e descobrir quem é o assassino.E quando descobre, fica extremamente chocado. É realmente inesperado. Eu recomendo muito a leitura dessa obra maravilhosa, onde Poirot mostra todo seu jogo de cintura para extrair a verdade das pessoas, como também o episódio da série "Agatha Christie'S Poirot" que a adaptou com o brilhante David Suchet na pele de Hercule Poirot. E tenho que dizer que já vi vários atores diferentes interpretarem Poirot, mas nenhum o fez com a maestria de Suchet. Ele com certeza é o melhor Hercule Poirot que já existiu e inclusive os descendentes de Agatha pensam assim. E é ele que imagino quando leio um livro protagonizado pelo pequeno belga desde que assisti ao 1º episódio dessa série maravilhosa.

Além de tudo que já disse, tenho mais 2 coisas a destacar sobre esse livro.

A 1ª é uma frase genial que Poirot fala durante a história que eu jamais esquecerei e que diz muito sobre a vida: "As mentiras revelam tanto quanto as verdades para quem escuta. Às vezes revela até mais"

A 2ª é que a capa dessa edição é um spoiler gigante. Quem teve a ideia de fazer essa capa simplesmente não pensou direito. É lamentável! Mas, de qualquer forma, não vai estragar a leitura de ninguém e nem tirar o brilho do livro.

Agatha Christie e seu pequeno detetive belga da cabeça de ovo mais uma vez se superaram!
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Mr. Jonas 12/02/2018

Cipreste triste
A dona de uma mansão no interior da Inglaterra morre durante o sono, depois de padecer de uma longa doença. Enquanto a família ainda se recupera do golpe, uma jovem aparece morta nas redondezas. Quando a bela Elinor é incriminada mediante provas aparentemente irrefutáveis, Hercule Poirot é a única pessoa que pode provar sua inocência. Para chegar à verdade dos fatos, ele terá de travar um embate sem igual na justiça inglesa. Este é o primeiro romance de tribunal protagonizado pelo mais famoso personagem da Rainha do crime.

Publicado em 1940, Cipreste triste foi escrito em plena Segunda Guerra Mundial, um período de intensa produção na carreira de Agatha Christie, que se tornaria um dos nomes mais célebres do século XX em matéria de histórias de tribunal imortalizadas no cinema.

“Mais brilhante e intenso do que nunca.” The Observer
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Jaque - Achei o Livro 06/09/2017

A Dama me enganou direitinho!
Geralmente acerto o culpado nos livros da Agatha apesar de quase sempre errar o por quê, mas nesse livro fui completamente enganada! E isso foi um dos motivos pra ter entrado na minha lista de favoritos :-)

A estória é ótima, prendeu minha atenção do início ao fim.
Começa no tribunal com o julgamento de Elinor e logo em seguida começa a narrativa de como tudo aconteceu.
Elinor e Roderick são noivos e se conhecem desde crianças, pois ela é sobrinha de Laura Welman e ele sobrinho do marido dela, já falecido.
Os dois resolvem visitar a tia pois sua saúde já se encontra muito frágil e alguns dias depois ela vem a falecer.
Os prováveis herdeiros seriam os dois, mas há também a filha da caseira, Mary, que foi criada desde bebê ali na mansão e que talvez poderia herdar algo.
Porém, após a morte da tia, algumas coisas começam a mudar, principalmente o noivado dos dois.
Quando a segunda pessoa morre, as circunstâncias do crime apontam a sobrinha Elinor e todas as provas a incriminam.
Porém, um jovem apaixonado vai intervir à favor dela e pede socorro à Poirot que aceita investigar mesmo que seja para provar a culpa da moça.
Enquanto investiga, Poirot descobre alguns segredos e muitas mentiras que à princípio vão confundi-lo mas com o tempo e umas perguntas a mais, ele verá a verdade.

"As mentiras revelam tanto quanto as verdades para quem escuta. Às vezes revela até mais"

Eu tinha dois prováveis suspeitos, tinha certeza que era um ou o outro mas quebrei a cara bonito rsrs
Mesmo faltando poucas páginas para acabar, ainda tinha muitas dúvidas e nenhuma certeza.
O final se dá no tribunal com o júri dando o veredito, mas é sempre aquela explicação do Poirot de como tudo aconteceu que é o ápice da estória.

Eu recomendo sim, Agatha Christie merece todas as honras e títulos por que ela é genial!

site: http://acheiolivroperdiosono.blogspot.com.br/2017/09/cipreste-triste-agatha-christie.html
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Rafael Vinícios 11/08/2016

"O passado não serve" Cipreste Triste - Agatha Chrisite
Agatha Christie me apareceu casualmente na forma de um título curioso, em uma biblioteca de minha antiga cidade. Um livro que não era nada místico e nada fantástico do que eu esperava, mas que por si só, possuia uma beleza que me cativou e que hoje me faz constatar que é a autora que mais li nestes meus poucos anos de vida. Agatha Christie é a que mais observo e que mais me intriga com os mais de 50 romances policiais que já li da mesma.

Não lembro se já li este livro antes, mas sei que por não lembrar nada, eu precisei lê-lo (novamente?) e descobrir o que se esconde no mistério do mesmo.

Acho que não importa qual livro seja, se é a primeira, segunda ou última vez que estarei a ler... mas sempre há alguma frase durante o livro que vai me chamar atenção para o crime, que mesmo que eu não descubra exatamente os detalhes do grand finale antes deste chegar, Agatha Christie sempre me dá algumas pistas que, mesmo que ela não apresente no desfecho, estão ali, para serem observadas. Esta não é uma resenha sobre o livro, mas sobre minha paixão por Agatha Christie...

Embora de uma outra época, outros lugares e outros estilos de vida, suas obras são clássicas, seus personagens são clássicos e atemporais. E é interessante observar isto tudo, observar a genialidade de uma mulher escrevendo tudo isto, mesmo que alguns finais de seus livros sejam surreais, estupendos e absurdos, ainda assim é interessante perceber a ótica da autora que os escreveu.

A simplicidade com que ela conduz o leitor é brilhante e alguns de seus ensinamentos são puros e fortes, demonstrando a força que há em algumas pessoas determinadas e de personalidade forte, que são alguns personagens das obras de Agatha Christie e principalmente a força, determinação e personalidade de alguém como Agatha Christie.

"Quando se caminhou pelo vale sombrio da morte e se saiu dele para a luz clara do sol - então, meu amigo, começa uma vida nova... O passado não serve..."
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Brino 22/07/2015

Recomendo!
Elinor Carlisle costumava passar muito tempo na casa de sua tia, Laura Welman, quando criança. Lá, ela convivia com Roderick(sobrinho do marido de Laura) e Mary, a filha do guarda da mansão.

Agora na faixa dos vinte anos de idade, Elinor e Roderick estão noivos, Laura está muito idosa e doente, vivendo sozinha e Mary voltou a morar nas dependências da mansão com o pai após anos no exterior. Com as visitas de Elinor e Roderick ficando cada vez mais escassas, Laura e Mary tornam-se mais próximas. E alguém parece temer as consequências disso. Elinor, há dois meses sem visitar a tia, recebe uma carta anônima, a alertando de que a sua herança pode estar ameaçada por outra garota. Elinor supõe que a garota citada na carta seja Mary, e comenta o assunto com Roderick, que sugere que os dois se dirijam a Hunterbury para averiguar se o conteúdo da carta tem algo de real, e para ver Laura, cuja saúde está muito debilitada.

Lá chegando, Roderick vê-se diante de uma situação complicada: ele fica fascinado por Mary e já não sabe se quer casar com a "prima". Elinor, que o conhece bem demais, não demora a perceber o que está acontecendo e sofre calada, determinada a não demonstrar o quanto realmente o ama e não quer perdê-lo.

Como se isso não fosse o bastante, Laura, à beira da morte, manifesta informalmente o seu desejo de deixar uma doação em dinheiro significativa para Mary e pede a Elinor que contate o advogado da família imediadatamente. Mas ela falece horas depois, antes de deixar um testamento por escrito, involuntariamente deixando toda a fortuna para Elinor, sua parente mais próxima.

Elinor decide vender a mansão, Roderick faz uma viagem para refletir sobre o que sente e Mary vai trabalhar em Londres. Tudo parece ficar razoavelmente bem, até que Mary é envenenada e todos os indícios sugerem que Elinor é a responsável pelo crime, sendo a única que tinha motivos, intenção e oportunidade. Elinor é presa e o médico da família, Peter Lord, contata o detetive Hercule Poirot para ajudar o advogado de defesa a provar a inocência dela.

Adorei o livro. Gosto muito quando a Agatha constrói de forma mais gradual o terreno para o acontecimento do crime e o início da investigação. Também aprovei a forma como ela apresentou e desenvolveu cada um dos personagens principais, todos com seu devido espaço na trama. A participação do Poirot nesse livro foi na medida certa, nem intrusiva demais, nem apagada.

A única ressalva que eu tenho quanto ao livro é o final, fiquei sentindo que não era bem aquilo e que ia ter alguma reviravolta a mais, mas não teve. Achei estranho também, que de todos os livros com o Poirot que eu li até agora, este foi o único em que a identidade do assassino não foi revelada por ele. Ele explicou tudo, mas na altura em que ele fez isso, o leitor já sabia. Ficou meio anticlimático por causa disso. No mais, gostei demais do livro e recomendo, achei um dos melhores da autora.
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Literatura Policial 18/06/2015

Cipreste Triste, de Agatha Christie
Durante a Primeira Guerra, Agatha Christie trabalhou como voluntária no dispensário de um hospital, onde aprendeu sobre a composição química de venenos e medicamentos. Sem dúvida, a formação ideal para uma escritora especialista em assassinatos.

Aliás, o envenenamento é um procedimento constantemente empregado em seus livros e “Cipreste Triste” faz parte da lista. Escrito em 1940, seu título foi escolhido de um trecho da comédia “Noite de Reis” de Shakespeare:

Vamos rápido, morte, se apresse!
Deito em tábuas tristes de cipreste.
Vai-te embora, sopro de vida meu!
Matou-me uma donzela linda e cruel.
Mortalha branca em muito teixo,
Já deixem tudo feito.
Não houve um outro mais fiel que eu:
Chegou aqui e morreu.

Uma curiosidade é que, pela primeira vez, Poirot aparece num tribunal. O detetive foi contratado para provar a inocência de Elinor Carlisle, acusada de dois homicídios que aparentemente só ela tinha motivos e meios para realizar. A primeira vítima foi sua tia, que lhe deixou uma imensa fortuna. Inválida e bastante adoentada, Laura Welman estava prestes a nomear novos herdeiros quando foi friamente envenenada, porém esse fato só é descoberto após a exumação do seu corpo.

Essa medida foi tomada pela Justiça após Mary Gerard, filha do jardineiro e protegida de Laura, ser encontrada morta por ingestão de morfina. Mary foi a responsável pelo rompimento do noivado de Elinor com seu primo Roddy, que se apaixonou perdidamente pela jovem.

Com um desfecho impecável, Poirot consegue impedir um grave erro judiciário. As cenas do tribunal são o clímax da história e graças a sua atuação, o criminoso é descoberto. O que surpreende é a razão, absolutamente previsível, que escapa aos nossos olhos.

“Cipreste Triste” não figura entre os best-sellers da escritora, mas está entre seus casos mais intrigantes e complexos. Ao mesmo tempo que apresenta uma minuciosa análise psicológica de Elinor, abrindo uma pertinente discussão sobre a culpa, pouco se sabe sobre sua rival. Carismática, a jovem é apontada como a imagem da perfeição pelas pessoas a sua volta, mas sua proximidade e abnegação por Mrs. Welman não fica acima de qualquer suspeita. Portanto, cabe a cada um decidir se ela era realmente um anjo ou, manipuladora e ambiciosa, acabou sendo derrotada por um inimigo inesperado.

Para finalizar, durante uma entrevista na época do lançamento do romance, a escritora confessou que preferia ter escrito a história sem Poirot. De olho nos lucros a editora rejeitou o projeto, deixando clara a conflituosa relação entre ela e seu mais famoso protagonista. Mas chega de mexericos e boa leitura!

site: http://www.literaturapolicial.com/
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