O Cemitério de Praga

O Cemitério de Praga Umberto Eco




Resenhas - O Cemitério de Praga


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Antonio Luiz 01/03/2012

Uma ficção mais verdadeira que verossímil
Como romance de Umberto Eco, "O Cemitério de Praga" se sai menos do que satisfatório. Em geral – e embora algumas passagens de "A Misteriosa Chama da Rainha Luana" consigam surpreender positivamente nesse aspecto – não se espera que a ficção desse excelente crítico literário e razoável romancista seja séria e profunda ao explorar os sentimentos humanos, de maneira que o livro não decepciona nesse aspecto. Pode-se, por outro lado, contar em seus romances com cenários históricos e culturais muito bem pesquisados e recriados e com reflexões brilhantes sobre o uso da linguagem e a manipulação ideológica, e esta obra não deixa de cumprir muito bem essa sua obrigação.

O que Eco às vezes consegue e outras vezes não é uma trama verossímil e envolvente. É neste aspecto que este seu mais recente trabalho de ficção – mais precisamente, semificção – ficou devendo. Por absurdos que pareçam, os acontecimentos decisivos da trama são historicamente verdadeiros ou pelo menos interpretações aceitáveis dos fatos conhecidos, mas essa não é a questão: Como escreveu Mark Twain, “A verdade é mais estranha que a ficção, porque a ficção é obrigada a se ater ao verossímil e a verdade, não.”

A história de Eco é quase real, mas não é contada de maneira convincente e por muitas vezes parece desconjuntada e forçada, mesmo quando se sabe que os fatos realmente se passaram da mesma maneira.

Em parte isso se deve a personagens mal esboçados, cujos motivos soam frequentemente arbitrários e são explicados ou sugeridos de maneira superficial e sem convicção, principalmente no que se refere ao protagonista.

Simone Simonini se move ao sabor de seus interesses egoístas pontuais, interessado apenas em embolsar seus ganhos e livrar-se de seus apuros, sem que a história mantenha um curso definido por tempo suficiente para empolgar o leitor. Apesar disso, ele nutre uma obsessão de décadas por criar uma falsificação sobre uma conspiração de rabinos que se reúnem num cemitério de Praga para planejar o domínio do mundo – eventualmente vendidos à polícia secreta do tsar como os infames "Protocolos dos Sábios de Sião" – e no final do livro se diz feliz por contribuir para o extermínio dos judeus.

Apesar de ser o motivo condutor do livro e a razão do título, a obsessão de Simonini é vista como uma espécie de hobby do personagem que em nenhum momento é bem analisada ou aprofundada. Ele é antissemita porque aprendeu a sê-lo com o avô, porque foi desprezado por uma garota judia e nada mais. Simonini parece ter sido concebido como expressão da “banalidade do mal” analisada por Hannah Arendt. Acontece que, ao que se sabe, Adolf Eichmann, em relação a quem essa expressão foi criada, não era particularmente antissemita, nem era fascinado por uma fantasia recorrente: era apenas um burocrata obediente, ansioso por subir na carreira. Não é o caso de Simonini, cuja criatividade perversa (apesar de baseada numa colagem de clichês conspirativos de diferentes autores) exigiria outro estofo para convencer.

Outra parte da sensação de inverossimilhança se deve aos excessos a que Eco recorreu para contar sua história. O protagonista é contratado ou ameaçado por representantes de diferentes serviços secretos e organizações que encomendam fraudes e falsificações para chantagear personalidades ou manipular a opinião pública. Embora isso envolva importantes acontecimentos, como a unificação da Itália, a Comuna de Paris e o Caso Dreyfus, além de personagens como Giuseppe Garibaldi, Sigmund Freud e Alexandre Dumas, para o leitor que não se interessa pelos conflitos do século XIX e pela história do antissemitismo, muito disso pode soar tão repetitivo, monótono e sem sentido quanto parece a Simonini.

Para combater esse tédio e conferir interesse a um protagonista banal, Eco criou uma trama paralela fazendo este desenvolver uma dupla personalidade – o falsificador Simonini e o abade católico Dalla Piccola – cada uma das quais ignora parte do que a outra sabe e que se comunicam por recados escritos, uma contando a outra a sua história, até Simonini conseguir superar essa situação com ajuda de algumas ideias do “Doutor Froïde”. Não que seja impossível, mas soa tão forçado que o falso mistério não consegue despertar interesse. Ao contrário do que se passa em "A Misteriosa Chama...", no qual a amnésia do protagonista, muito plausível como resultado de um AVC, é o fundamento da trama e gera um drama humano convincente.

Além disso, Eco dá rédea solta a maneirismos que acabam por se tornar irritantes – particularmente a mania das listas, à qual dedicou recentemente um livro inteiro (A Vertigem das Listas). Há parágrafos inteiros dedicados a desfiar listas de acusações aos judeus, títulos maçônicos, nomes de conspiradores e assim por diante, mas as mais insistentes são os menus e as receitas, já que o protagonista compensa sua indiferença ao amor e ao sexo (coisas de que Eco, como narrador, foge como o diabo da cruz) com a paixão pela boa comida. Alguns resenhistas expressaram preocupação com que o romance pudesse ressuscitar clichês e preconceitos a respeito de judeus, maçons e outras vítimas das falsificações de Simonini, mas é mais provável que o leitor acabe por desenvolver ódio pelos gastrônomos. Fora isso, as maiores vítimas do livro são o Papa Leão XIII e a Igreja Católica da Belle Époque, impiedosa mas merecidamente ridicularizados em sua propensão a repercutir patranhas grotescas a respeito de judeus e maçons e recompensá-las generosamente.

Vale a pena o esforço da leitura? Sim, para o leitor interessado na análise das origens históricas de preconceitos e teorias da conspiração e na importância da ficção, das falsificações e da manipulação dos meios de comunicação na história e na cultura, sem se incomodar com as manias e pedantismos do autor. Para quem busca apenas o prazer de uma boa narrativa, talvez não.
Bruno 02/03/2012minha estante
Acho que o grande mérito de Eco é justamente o seu maior defeito: a erudição exarcebada. O autor em todos os seus livros parece estar escrevendo uma tese de doutorado invés de um simples romance de ficção. Traçando uma comparação gastronômica, acho que sua erudição é um tempero exótico em sua escrita, afinal, para o bem ou para o mal isso o diferencia das centenas de thrillers de suspense/espionagem/aventura que lotam as prateleiras, o problema é que esse tempero é forte e de difícil digestão, aí nem todo mundo gosta. . .sem contar que nem sempre ele combina com o prato que está sendo degustado...


Patricia 28/04/2012minha estante
Antonio, te agradeço pelo exelente resumo do livro. Eu já havia desistido dele. Me irritou tanto ódio, de judeus, de padres, de mulheres. O maior mistério é como um livro desses se torna um best seller.


Toni 01/08/2012minha estante
fui um imenso prazer ler sua resenha, Antonio, e concordar com cada parágrafo mesmo não havendo terminado a leitura do livro.


Leo 06/08/2012minha estante
Muito boa a sua crítica, ainda estou na metade do livro e concordo em certos pontos, estou apreciando bastante a leitura por gostar muito de história e a parte histórica do livro é imensamente rica, e também por ter uma certa queda por psicologia na qual se encaixa bem os preconceitos e um pouco até a dupla personalidade de Simonini. Realmente não é um livro para qualauer um ler e sim um livro especifico para quem gosta desse campo. E um recado para Patrícia que comentou abaixo, não tenho ódio do autor ou do livro pelos preconceitos nele colocados pois são apenas fotografias da natureza humana principalmente naquela época, claro que no caso de Simonini eles são elevados a niveis extremos mas ainda assim é apenas o nosso ódio natural.


NILTON 07/11/2012minha estante
Antonio Luiz,
Sua crítica ao livro de Eco é ótima. Acabo de lê-lo e tudo o que você diz na crítica é condizente com o que achei do mesmo. Confesso que me senti frustado com o referido livro. Esperava muito mais.
Embora também não seja uma obra brilhante, que cause entusiasmo, considero "A Misteriosa Chama da Rainha Luana" melhor do que "O Cemitério de Praga".


Rubiane 17/11/2012minha estante
Concordo com tua escrita, confesso que li as primeiras páginas e quase joguei ao lixo, por eu achar uma leitura truncada, com palavras eruditas demais, algumas que nem no dicionário encontramos, além de frases e termos em francês que aparecem no decorrer do livro, mas retomei a leitura e agora estou finalizando. Esse livro não o "devorei" como outros tantos que já li. Esse estou lendo a "conta gotas", hehe. Vamos ver o que se passa no final da história.

Humberto Eco exagerou na erudição...




LinaPa 25/11/2012minha estante
Concordo plenamente com a opinião da Rubiane. Sempre gostei muito das narrativas ficcionais do umberto eco, a exemplo de Baudolino e O nome da rosa, mas este livro está "travando", creio que muito em parte pelo excesso de erudição, que torna a letura por vezes maçante. Inclusive os termos em francês sequer possuem uma nota de rodapé para esclarecimento...também estou a conta gotas, e acabei iniciando um outro livro.


Marcel 21/01/2013minha estante
Tenho uma coisa a dizer: Tá difícil pra caramba terminar esse livro!!! E não quero desistir, serei sincero, to até pulando algumas palavras para tentar ser mais rápido e ver se chega em alguma parte interessante!!!


Marcelo 03/04/2013minha estante
Otima resenha,parabéns! ,


Telma Regina 15/07/2013minha estante
Muitp obrigada, Antonio !Agradeço pela resenha.Eu precisava expressar-me em relaçao a este livro, mas não conseguia organizar os prós e contras.Parabéns!! Brilhante!!


LEANDRO 27/08/2013minha estante
Realmente Antonio, também não encontrei aquela chama que te move a devorar os capitulos. Fã das teorias da conspiração, quando vi falar em maçons e judeus etc, pensei que encontraria outro "dan brown" , mas o que vejo é que estou lendo literalmente à força. Se vc assistiu "em nome da rosa" e decidiu conhecer Umberto Eco, não comece por esta obra.


Elaine 06/01/2015minha estante
Esse é o primeiro livro que comprei do Umberto Eco e confesso que criei expectativas demais. Concordo plenamente com tudo que foi dito na sua resenha e infelizmente não consigo avançar a leitura, sempre o abandono para começar um novo livro.


Regiane 14/09/2015minha estante
Ótima resenha...
Achei que só eu não havia conseguido terminar o livro, mas vejo que o livro é realmente complexo e não atrai o leitor. Espero um dia ter paciência para retomá-lo, mas enquanto isso, ficará na minha estante.


Sabrina.Siqueira 12/12/2023minha estante
Excelente resenha! Concordo super! Se tivesse sido escrito por uma mulher, aposto que O cemitério de Praga não encontraria editora interessada. Mas um homem branco erudito europeu acadêmico pode até fazer "batatinha quando nasce" virar best-seller!




Bia 08/12/2011

É assim mesmo?
Pessoal que também está lendo, eu estou na página 68 e nada de o livro "começar". Vocês também acharam isso???
Comigo aconteceu o mesmo com A Menina que Roubava Livros e não me animei a ir pra frente. Já com Os Homens que Não Amavam as Mulheres, eu persisti e valeu a pena.
O que vocês acham?
Lucas 29/12/2011minha estante
Bia, não desista, este é o estilo do Umberto Eco, são tantos detalhes que a estória torna-se um mero detalhe. O desenrolar dela é lento sim, mas estou na página 130, creio que nessa altura você já me superou, a estória ganha um bom ritmo e a leitura é rápida e agradável, o que surpreende pois, dos livros que já li do autor, isso nunca aconteceu! Tive a mesma impressão da Menina que Roubava Livros, mas o livro me conquistou aos poucos. Abraço


Bia 29/12/2011minha estante
Estou insistindo, Lucas. Estou na página cento e pouco, mas acho que ainda não cheguei na 130. Não consegui ir pra frente com A Menina que Roubava Livros. Isso aconteceu com Os Homens que Não Amavam as Mulheres. Quase desisti, mas depois não conseguia largar o livro. Como nunca tinha lido Umberto Eco, resolvi experimentar com esse Cemitério de Praga. Logo mais te digo se consegui avançar ;) Obrigada!


gscheibel 01/01/2012minha estante
Estou com o mesmo problema, já passei da página 100, e estou achando extremamente chato. Indefinido entre uma aula de estória, ficar falando mal de todas as nacionalidades e crenças. Concordo que é bem complexa e demonstra grande conhecimento do autor, mas tortura o leitor.


Lucas 03/01/2012minha estante
Ah, meu caro Glaucio, não tenha dúvida de que Umberto está dando uma aula de história, pelo menos nesse livro ele nos poupou das citações no original em grego e latim, acredite, a obra está ótima para ler, já foi muito pior, em O Pêndulo de Foucault ele simplesmente disserta sobre umas trezentas seitas templárias... não sei se torturar é bem o termo...


Bia 03/01/2012minha estante
Realmente, como disse Lucas, agora parece que vai começar a "ação" do livro. Entrei no Capítulo 6 ontem, lá pela página 110, e agora que está dando pra entender o que o Simonini está fazendo, ou fez hehehehe


fsamanta (@sam_leitora) 19/02/2012minha estante
Eu insisti e li até o fim e não gostei, achei péssimo. Como em outros livros, ele brinca com a realidade e ficção e tem até algumas sacadas interessantes, mas a história é pedante.
Quanto A Menina que roubava livros, eu adorei. Não sei bem qual o seu estilo, mas este livro que achei que foi sensível sem ser piegas.


Bia 22/02/2012minha estante
Pois é pessoal, depois de muito insistir, esse foi o segundo que entrou pra "coleção" de inacabados. Fui até a página 150 e poucos e não consegui mais. Agora estou com A Menina que Brincava com Fogo. Estou devorando!!! (E cada vez com mais medo da Lisbeth Salander hahahahaha)




Eduardo 02/06/2012

Horrível!
Como perdí páginas de minha vida lendo um livro tão horroroso? Parece que o autor sentou-se em frente a seu computador e pensou: "vou escrever um livro bem confuso, com uma história horrorosa e depois vou rir dos críticos idiotas que o elogiaram". Não indico nem para meu pior inimigo, caso tivesse algum.
Silvia 03/07/2012minha estante
Nossa vc odiou mesmo, eu ainda não li mas já estou com medo.


Eduardo 04/07/2012minha estante
Olá boa noite. Não gostei mesmo Silvia. Reconheço que o cara escreve bem, mas não precisava disso. O Nome da Rosa é tão bom, mas esse, nota zero


ivo 23/10/2012minha estante
Concordo com você, o livro é horrível. Pensei uma coisa, e foi outra completamente diferente. Eu comprei porque sempre lia que o Umberto Eco é um autor maravilhoso e tal (acredito que sua pessoa e outros romances escrito por ele, seja bom, mas não vou arriscar mais ler outros livros dele), e que também estava na lista dos mais vendidos. Antes de ler, já estava presentindo que o livro era ruim, e foi constatado.Ainda estou na página 360, ansioso que chegue o final. = )


Roberta 05/01/2015minha estante
Você acha mesmo que Umberto Eco use computador? Duvido!




Aguinaldo 28/10/2011

cemitério de praga
Não leia esta resenha caso você prefira não saber nada da trama e de eventuais detalhes do livro. "El cementerio de Praga" é o último romance de Umberto Eco. Não é arrebatador como o "Pêndulo de Foucault" (meu favorito entre seus romances) nem estimulante como "O nome da rosa" (com o qual ele conquistou o mundo das letras há trinta anos). É um romance psicológico, que brinca histórias de espionagem, se ampara em miríades de fatos históricos, se apropria de personagens reais (quase todos loucos de pedra) e que fala da farsa da concepção de um famoso texto anti-semita, o execrável "protocolos dos sabios de Sião". Como sempre nos livros de Eco você pode se concentrar apenas na história ou desfrutar dos jogos literários e da erudição do autor. Vamos a ver. Há três narradores na história, três vozes, que ele inclusive grafa com fontes tipográficas diferentes. Um é o narrador que conta a história, as outras duas correspondem às consciências divididas de seu personagem principal, que ora é Simone Simonini, um sujeito com patente de capitão, falsificador renomado, ora é um abade chamado Della Piccola. Estes dois dividem um diário, que é lido e interpretado pelo narrador da história. Freud, o "inventor" da psicanálise, aparece no livro, explicando a Simonini alguns dos aspectos de suas teorias e procedimentos clínicos. A história propriamente dita se passa basicamente na segunda metade do século XIX e envolve a vida e os sucessos do notário (tabelião) e falsificador de documentos Simonini. Criado por um avô anti-semita ele cresce e passa a ser educado por padres jesuítas. Após trabalhar alguns anos para um rico tabelião de sua cidade ele é recrutado pelo serviço secreto piemontês e passa a produzir documentos falsos para os fins todos os fins. Com o tempo ele passa a produzir não apenas documentos avulsos, mas histórias e tramas inteiras, para os mais variados usos e práticas. As invenções são sempre mirabolantes, envolvendo conspirações cruzadas entre maçons, jesuítas, carbonários, judeus, protestantes, papistas e cristãos, incluindo os mais variados sentimentos anti-clericais, satânicos e anti-semitas. Partindo de sua Piemonte natal ele emigra para Paris. Sua carreira acompanha alguns dos fatos políticos europeus mais importantes da segunda metade do século XIX: as conspirações dos carbonários; as guerras de independência e de unificação italiana; a guerra franco-prussiana; a comuna de Paris; a aproximação entre a França e a Rússia. Sua "obra prima" é a produção de um documento para o serviço secreto russo que servirá de base, já no início do século XX, dos protocolos de Sião. O interessante neste personagem é que ele parece acreditar nas farsas que produz. O livro tem o ritmo de uma história de espionagem, algo na linha das conspirações da guerra fria inventadas por Ian Fleming por exemplo. Há também saborosas descrições gastronômicas, especialmente da culinária francesa, algo que sempre me faz lembrar o detetive Carvalho do Manolo Vazquez Montalbán. Há momentos que o livro dá mesmo fome. A psicologia freudiana e os mecanismos do inconsciente pairam sobre a trama do livro. Se não é o melhor livro dele ao menos tudo é divertido afinal de contas, especialmente para quem é vaidoso intelecutalmente e gosta de tramas eruditas intrincadas. O livro tem um bom número de ilustrações, reproduções de gravuras antigas, a maioria delas propriedade do próprio Eco. No final uma ironia final dele, com o acréscimo de um resumo e um quadro descritivo do livro que ele chama de "inúteis esclarecimentos eruditos". O sujeito sabe mesmo que o ofício da literatura só tem sentido se o autor se diverte. [início 13/01/2011 - fim 17/01/2011]
"El cementerio de Praga", Umberto Eco, tradução de Helena Lozana Miralles, Barcelona: editorial Lumen (Random House Mondadori), 1a. edição (2010), brochura 14x21 cm, 590 págs. ISBN: 978-84-264-1868-5 [edição original: Il cimitero di Praga, Bompiani (Milano), 2010]
Camile 02/11/2011minha estante
Coloca que tem spoiler na resenha, bem simples.


Sergio 19/01/2012minha estante
Maravilhoso.A realidade com ficção onde só um mestre como o Eco pode nos proporcionar.


Krishna.Nunes 23/03/2012minha estante
Marque que tem spoiler na resenha.


ivo 23/10/2012minha estante
O livro é horrível. Estou no começo do fim à força.




Franque 10/01/2012

Chato
Livro chato. Estou na página 324 a semanas e não consigo retomar a leitura. A história não de desenvolve, a coisa não anda.

O livro parece apenas um pretexto para Eco mostrar a sua erudição. Se eu quisesse ler uma tese de doutorado/mestrado teria procurado uma.

Eu gosto de Eco, gostei muito de "O Pêndulo de Focault" e de "A Ilha do Dia Anterior", as este "O Cemitério de Praga" tá ruim de engolir.

aldeense 22/04/2012minha estante
Excesso de erudição a serviço de uma estória de leitura cansativa.


Jarbas Miguel 05/09/2012minha estante
Achei que só eu que não tinha gostado, QUE LIVRO CHATO! Não só por causa da erudição, mas a confusão que o cara cria com os personagens, e o pior é que não tem graça nenhuma.


William 22/10/2012minha estante
O livro é bem cheio de informações mesmo rs


LinaPa 25/11/2012minha estante
Pois é, parei na pág. 201, e todo dia olho pra ele, arriscando retomar...mas 3 ou 4 páginas depois....que cansaço!




Estevo 30/08/2012

Uma surpresa ... Ruim!
Este livro me surpreendeu, infelizmente para o lado ruim. Não sei se o motivo é o estilo de escrita do Umberto Eco ou a história em si que me deixaram bem triste ao concluir a leitura. Demorei mais de uma semana para ler e confesso que não desisti por pouco. Mas, gosto é gosto e talvez você possa gostar do livro.
Janaina @revisora.janainastaciarini 01/11/2012minha estante
Ah, que pena que não gostou... Eu comecei não gostando. Mas como sou muuuito fã do Umberto Eco, me forcei a continuar. Gostei. :)


Estevo 02/11/2012minha estante
Poisé Nina, não curti nada não ... gosto é gosto né, esperava algo beeeem diferente, vai ver pq falam bem do autor, mas não gostei. Valeu pelo feeedback ;-)


Silvia 10/06/2014minha estante
Tbm não gostei deste livro, aliás abandonei, e odeio abandonar um livro, mas sabe ele estava me irritando tanto, mas tanto, que parei de ler.




Daniéla 27/05/2014

Enfadonho, maçante, interminável. Essa é toda a resenha do livro mais chato que eu já li.
Peterson Boll 09/10/2014minha estante
A erudição de Umberto Eco é para poucos.


everlod 20/03/2015minha estante
Peterson, não é por falta de erudição que se deixa de gostar de um livro que se propõe a ser romance, mas acaba fracassando neste quesito. Baudolino é bem mais difícil de ler e exige muito mais erudição ainda assim é muito superior a este cemitério, que não tem meio, nem fim, nem personagens e uma trama que não necessitaria mais do que algumas páginas para desenrolar-se. Umberto Eco errou a mão feio e para os que querem saber sobre Hitler, antisemitismo, protocolos e afins, melhor ir direto à fonte. Acho que para poucos é o estoicismo necessário para acabar a leitura deste livro maçante.


Daniéla 25/05/2015minha estante
Everlod, de fato você concluiu muito bem. Umberto Eco errou a mão feio em O Cemitério de Praga. Reitero, enfadonho, maçante e interminável.




Silvia 02/10/2012

O Cemitério de Praga
Desculpem-me, mas infelizmente não consegui levar adiante a leitura deste livro, deveria claro, mas é massante demais. Sinto que se eu continuar a leitura, corro o risco de nunca mais querer ler, pois acredito que todos os livros trazem uma bagagem de conhecimentos, mas devem trazer também o prazer da leitura. Em toda a minha caminhada pelo Mundo dos Livros este é 0 3° que abandono, se eu levar em conta que leio em média 50 livros por ano, significa que ainda sou uma boa leitora. Os livros são como música agrada uns e desagrada outros. Se me sinto mal em estar abandonando este livro? Sim me sinto, mas vou passá-lo adiante, para outro leitor que provavelmente vai lê-lo com todo o carinho que ele merece.
denis.caldas 03/10/2012minha estante
Xi Sílvia, eu acabei receber esse livro de uma troca...o que será que vai acontecer comigo?!?! Mas vou tentar... Um abraço!


Vanessa 14/12/2012minha estante
Silvia, estou há 9 meses tentando terminar este livro!




Vanessa 31/08/2016

Ufa...é só o que me vem a cabeça, por teimosia cheguei ao final desse livro.
Me pergunto se só eu ficava feliz quando me deparava com uma figura e pensava uma página a menos.
Alain.Melo 16/06/2017minha estante
Definitivamente, nao sei se consigo terminar! Bj.


skuser02844 30/12/2017minha estante
Essa é a terceira vez que recomeço e, mesmo assim não consigo ir adiante. Interessante é que O Nome da Rosa, fluiu muito bem. Mas esse, realmente acho que não vai dar.




Inlectus 27/11/2014

Magistral.
Livro para se ler com muita sensibilidade e cuidado.
everlod 20/03/2015minha estante
E estoicismo principalmente...


Leonardo 28/07/2015minha estante
Everlod...kkk...Referência a Nietzsche?




Marlete 30/01/2012

Incrível ! Eu não lia algo tão legal desde o Senhor dos Anéis. O livro me absorveu muito, mas é tanta informação que não dá pra ler as quase 500 páginas de uma vez e o final é surpreendente. Fiquei com vontade de reler estudando os fatos históricos mencionados. Muito polêmico e muito ousado.
Gláucia 20/03/2012minha estante
Estava com medo de não ser um livro atraente, essa resenha atiçou minha vontade.


Silvia 03/07/2012minha estante
Uffa até que fim uma resenha positiva com 5 estrelas, eu ainda vou ler, tomara que eu goste do livro.




Anatole 06/06/2012

Fantástico e Instigante
Tenho visto muitas opiniões antipáticas em relação ao O Cemitério de Praga, e, depois de ler, não consegui entender a razão disso. O autor conseguiu criar uma trama convincente em meio de espisódios históricos verídicos, e, só por isso, a obra já merecia ser lida e relida. Além disso, o personagem principal - o único fictício - possui uma personalidade forte e bem delineada durante a obra. Apesar de ser um trapaceiro, traidor, preconceituoso e ganancioso, nós acabamos gostando do Simonini, não por adotar suas ideias, mas por perceber o tamanho absurdo que elas representam, e até se divertir com isso.

Li algumas resenhas, inclusive aqui no Skoob, criticando a falta de fluidez da trama, tendo em vista que a história se passa em diversos momentos históricos. Mas, desde o começo do livro, o autor deixa bem claro que o leitor estará diante de uma espécie de "biografia" do personagem principal, que passa a relatar fatos de sua infância em diante. Sendo assim, como poderia a trama se passar no mesmo local durante todo o livro? Seria impossível...

Claro que, em alguns momentos, a obra se torna um pouco "travada". Mas isso decorre do próprio desenrolar da trama, que, em virtude de ser baseada em fatos reais, exige, para melhor compreensão, um pouco de conhecimento histórico. Assim, às vezes o autor expõe muitas informações ao mesmo tempo, confundindo o leitor. Mas basta atenção e um pouco persistência. Confesso, entretanto, que para um "leitor iniciante" ou para aquele acostumado com as leituras fáceis dos livros de fantasia, a obra não é indicada, de forma que recomendo deixar para um momento futuro.

Quanto à questão do livro ser "preconceituoso" ou "fomentar o ódio", também não concordo. Primeiro porque, para que um amante da literatura absorva por completo a beleza de uma obra, ele deve abster-se de suas convicções políticas, regiosas, éticas e até da moral, ou então sua leitura estará viciada. Segundo porque o autor expõe o pensamento de um momento histórico, e isso nem ele, nem nós, poderíamos mudar.

No geral, encontrei no livro várias horas de diversão, ironia finíssima, personagens interessantes e uma trama instigante. É absolutamente fantástico o relato das guerras da unificação Italiana, dos tempos da Comuna Francesa, do caso Dreyfus etc. Enfim, é um livro que exige atenção, mas que recompensa o leitor. Totalmente recomendado.
Mari 10/12/2012minha estante
Ótima resenha, eu curti o livro, tbm não entendi muito as MUITAS criticas que já li em resenhas, é um bom livro e entrou p minha lista de recomendações ;)


Mari 10/12/2012minha estante
Ótima resenha, eu curti o livro, tbm não entendi muito as MUITAS criticas que já li em resenhas, é um bom livro e entrou p minha lista de recomendações ;)




Marselle Urman 26/06/2012

...Consegui chegar a pouco menos da metade...
Me sinto frustrada ao abandonar qualquer livro, quanto mais um Eco. É como se eu não estivesse "à sua altura". Menos estereótipos e vitimalismo, tentarei novamente num futuro.
Silvia 03/07/2012minha estante
Eu também sofro quando abandono um livro, fica um vazio, já abandonei 2 livros. Só lendo muitos livros para superar este vazio...




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