Resenhas - De Profundis

bi, só bi. 01/02/2024

Maravilhoso
Simplesmente chorei lendo esse livro, e ler algo diretamente escrito pelo Osar sobre um relacionamento íntimo que teve com o desgraçado do Alfred Douglas me faz sentir mais próxima dele como homem do que como aquele escritor magnífico e distante que ele é. A missão dele pós carcere de reformar alguns sistemas doentios do próprio sistema carcerário das prisões inglesas me encanta, porque ele vivendo na pele aquela dor se sentiu no direito de agir.

_izz.1d 22/12/2023

Em você, o ódio sempre foi mais forte do que o amor
Sinceramente, só recomendo a leitura se você realmente for muito fã do Oscar Wilde. é algo lento, 190 páginas dele reclamando de um cara, em algumas partes você até consegue claramente ver que ele só falou aquilo na tentativa de magoa-lo
gosto do Oscar Wilde e queria saber mais dele, mas definitivamente não era isso que eu esperava. não me arrependo de ter lido mas nunca leria novamente. não dá pra tirar de verdade muita coisa fora que aquele amigo dele era um desgraçado

bonfimpiva 13/11/2023

ERA SÓ TER TERMINADO COM ESSE G4Y MANIPULADOR MEU DEUSSSS
meus pêsames ao oscar wilde querido, todos os lgbt been through that ??

arthurzito 07/09/2023

Esta é uma obra singular que nos permite adentrar na mente e na alma atormentada de Oscar Wilde, meu escritor inglês favorito, durante seus dias na prisão. Neste livro, encontramos uma coleção de escritos onde Wilde reflete sobre sua vida, seus erros, sua arte e sua busca pela redenção.

Sol 62 31/07/2023

De Profundis é uma carta escrita por Oscar Wilde, durante sua permanência na prisão, endereçada ao Lorde Alfred (Bosie), seu amante, o responsável por sua prisão e por toda a sua decadência.É uma carta muito sofrida, sombria onde o autor expõe: sua paixão e toda a relação abusiva que viveu com o Bosie; a crueldade vivida na prisão; e sua relação com o cristianismo, principalmente com a figura de Jesus Cristo.

Morgan 12/05/2023

O de Profundis, é um livro que o Oscar Wilde escreve no final de sua condenação na prisão, para o Lord Alfred Douglas, seu ex amante, que é um dos principais responsáveis para sua condenação por homossexualismo.
"Estou na prisão há quase dois anos. Da minha natureza emergiu desespero selvagem, um abandono à dor que era penoso de contemplar, furor terrífico e impotente, azedume e desdém, uma angústia sempre em pranto e uma infelicidade que não conseguia encontrar expressão, dor muda."
Muito triste ver o relato do Oscar, que foi muito difícil para lidar com o sentimento que ele sentia por esse rapaz e foi tão intenso e arrebatador que fazia com que ele passasse por cima dos seus princípios para deixar o Lord feliz, é profundo e inesperado, principalmente do Oscar se deixar permitir esse sentimento em meio a uma Inglaterra de 1895, que o simples ato do homossexualismo era proibida e condenada.
Oscar principalmente comentou como era precário a vida de quem era condenado, a insalubridade e todas as coisas que tinham que passar, eram tratados como bichos.
Ele achava que o sentimento era reciproco, que era algo que eles poderiam viver isso, mas era um sentimento unilateral, o que faz Oscar escrever essa carta com uma melancolia intensa, principalmente citando que gastou fortunas com o Alfred, enquanto isso ele só brincou com seus sentimentos.
Aqui uma das citações "estas palavras me regressaram ao espírito nas infames solitárias das várias prisões para onde fui mandado"
Mas o que me deixou bem confusa que no final do livro ele começa a falar sobre religião, essa religião que fez ele ser preso e condenado a 2 anos em reclusão, ainda assim vale muito a pena ler, é maçante, cansativo e é um texto corrido, mas é importante essa leitura, é muito triste.
O que deixava mal, que ele já tava mau visto pela população, muitos já sabiam de tudo, o Lord ainda o perseguia e começava insultos, é triste demais todas as coisas que o Oscar passou, pior de tudo ainda era que quando ele saísse ainda perderia a família, todo prestigio, seus livros, só a poucos anos a Inglaterra concedeu o perdão àqueles condenados pela homossexualidade, o Oscar foi preso, o Allan Turing foi castração química, o que tem em comum além da homossexualidade é que ambos tiveram depressões profundas e qual se foram mais cedo.
E deixo esse ultimo paragrafo, para ver o qual genial o Oscar era.
"Vieste a mim para aprender o Prazer da Vida e o Prazer da Arte. Talvez eu tenha sido escolhido para te ensinar uma coisa mais maravilhosa ainda, o significado da Dor, e a sua beleza."

Deskvice 12/05/2023

Tirado das profundezas!
De profundis é um livro que não estava na minha lista de leitura, até assistir uma série da Netflix Colombiana, chamada, ?la primeira vez?. Além da série ter me apresentado inúmeras obras, me apresentou essa obra de arte, que é este livro.

De profundis fala profundamente sobre a vida de Oscar Wilde, um livro redigido em cartas, e escritos com a intenção de, atingir um rapaz que Oscar ?amou?? ele fala sobre como foi difícil para um artista como ele lidar com uma paixão que ele não esperava, acaba se envolvendo de uma forma demasiada intensa e inesperada na vida deste rapaz, forma essa tão profunda que acaba se perdendo na paixão. ?Melancolia? eu diria, ele se perde no objeto, na ideia da relação que ele tem com o rapaz. Acreditando fielmente ser uma relação recíproca, quando na verdade não era, e quando percebe, já está nessa toxicicidade e não consegue se ver fora dela.

É muito triste ver toda a evolução das cartas, pois são escritas enquanto ele está na cárcere, vivendo de forma precária e insalubre. Tudo isso por causa dessa paixão que ele se deixou levar, e não conseguiu lidar, tendo que viver de acordo com suas emoções, e esse rapaz, conseguiu convencer de fazer coisas absurdas, coisas essas que estavam foram da índole de Oscar, mas por esta tão perdidamente apaixonado, acabou se perdendo e fazendo coisas que normalmente não faria.

Oscar apresenta neste texto não só sua visão de quando estava apaixonado, mas principalmente sua visão de quando está totalmente arrependido de ter se submetido a tal situação, o que o leva a submissão das mais piores situações que alguém poderia viver, de forma profunda e emocionante, ele expressa sua insatisfação com todo acontecido, sua revolta com tudo que viveu, e que se submeteu, e deixa muito claro também, que apesar de tudo, reconhece que o maior culpado do acontecido, era ?ele mesmo?.

De forma instigante e genial, Wilde ele correlaciona a vida de Jesus, com toda a precariedade que é viver o que ele está vivendo, e fala muito sobre como Cristo, foi o precursor do romantismo, como ninguém jamais no mundo! Poderia sofrer como Cristo sofreu, e como ele foi a personificação da bondade em pessoa. Como foi o primeiro homem a olhar pelos olhos dos cegos, como a ouvir pelos ouvidos dos surdos, ele foi o primeiro a realmente ser humilde e se importar com todos, apesar de toda injustiça que o acometia, ele foi o maior romântico de todos os tempos. E a partir disso, Wilde percebe como a única forma segundo ele de alcançar a humildade, era justamente passando pelo que passou, perdendo tudo que poderia, só assim poderia ser humilde suficiente para reconhecer o que precisava.

No final do livro, com todas suas experiências, ele ainda redige cartas ao sair da prisão, para uma pessoa que está envolvida com o sistema falho e desumano da cárcere. Ele fala sobre a insalubridade, a falta de humanização e de respeito com os prisioneiros, que a cárcere tem com as pessoas, como o sistema é injusto, inclusive com as crianças.
E dar palpites e opniões sobre como poderia ser melhorada. Incrível todo o livro.

Por fim, deixarei uma citação do livro que gostei muito. ? Talvez minhas palavras soem demasiado amargas aos seus ouvidos, mas não poderá negar os fatos. Tudo se passou exatamente como relatei e se leu esta carta com todo o cuidado, como deveria ter feito, terá conseguido enfrentar a si próprio, cara a cara.?

Vicente 17/11/2022

Dolorido mas fantástico
Des Profundis é uma longa e dolorosa carta que Oscar Wild escreveu a Lord Alfred Douglas, seu ex amante e um dos responsáveis pela sua condenação por homossexualismo. Apesar de triste é um texto belíssimo.

Rani.Silva 07/07/2022

Oscar Wilde, escreve em forma de carta para Lorde Alfred - Bosie, quando está em cárcere. Transformada em livro, retrata a alma ferida de um artista intenso, traído pelo próprio sentimento em um período em que amar a pessoa errada poderia custar a liberdade.
Amo Wilde

Rafaela 18/10/2021

Vi a indicação desse livro no Twitter e resolvi ler pois não tinha nenhum livro comigo no momento. É um livro q é relativamente curto, então dá para ler em uma tarde. Esse livro é uma especie de "carta" que Oscar Wilde fez, enquanto estava preso, para Alfred Douglas, com quem mantinha uma relação homoafetiva. Lendo a carta, você percebe a tristeza, a amargura, a dor que ele põe nas paginas enquanto está preso. É um livro que é de certa maneira tocante e que com certeza irei ler denovo em um outro momento da vida e irei indicar à todos os meus amigos.

hollowIl 18/09/2021

a prosa da culpa
vergonha e remorso, talvez com um.pouco de esmero Wilde devota essas linhas ao perdão nunca recebido pela sua família, por Lors Douglas e a tantoa cujos suas ações para a época ditas como desonrosa e uma vergonha ante a natureza do homem... Entre soluços e lágrimas vemos como ele coleta fragmentos de perdas e danos que nunca serão reparados além das memórias vividas no seu tempo na prisão por "violar a natureza do homem", é trágico e infeliz ver o fim de um grande autor e como ele narra seus últimos dias.

annnnnnnnnnnnna 03/06/2021

"o mistério final é a própria pessoa. quando houvermos pesado o sol na balança, e medido a trajetória da lua, e mapeado os sete céus estrela por estrela, ainda restaremos nós mesmos. quem pode calcular a órbita da própria alma?"


gadice convertida em poesia e eu gostei

Brenda 03/05/2021

Dor.
É inegável a profundidade, sensibilidade, tragédia e sofrimento descritas em cada linha dessa carta. Sinto muito que Oscar tenha passado por isso, por todas essas injustiças a que foi cometido pela sua época e por suas leis, e pelo infortúnio de uma amizade tóxica. Como ele, embora de forma diferente, sei o que é perdoar um amigo e não conseguir se desfazer de sua presença, mesmo ela sendo tóxica e maldosa para nós. É impossível não se identificar e não compartilhar das sensações e filosofias que ele passa por aqui.

Consegui refletir sobre muitas, muitas coisas mesmo nesta leitura. Doeu, foi um texto azedo e cru, mas com uma imensa beleza e filosofia da qual nos coloca o prazer de pensar. Sempre tive conflitos com o catolicismo e através do texto consegui extrair uma imagem diferente de Cristo. Ainda não consigo simpatizar com os religiosos cristãos e com o histórico da Igreja, mas de fato olho para Jesus como um artista, tal qual ele foi. Não somente, Oscar traz análises sobre a natureza, a humilhação, o pecado, o amor e o sofrimento que é tão, mas tão incrível, que não tem outro caminho senão ficar perplexo e encantado.

Amo Oscar Wilde de todo o meu coração. Sou apaixonada por sua figura, sua arte, sua mente, quem ele foi e ainda permanece nas obras. Gratidão por ter existido, Wilde. Gratidão.

Jansen 23/02/2021

Lido em papel, em 2.001. Uma preciosidade. Obra prima da literatura. As páginas às quais me refiro nesta sinopse são da edição da L&PM Editores S/A de 1998. ISBN: 85.254.0825-5. Com 193 páginas.
Observo que o livro não está organizado por capítulos pois foi escrito continuamente . É que o autor tinha acesso a poucas folhas de papel por dia e economizava de toda maneira ao escrever. É de impressionar como mantinha a coerência na escrita, pois todos os dias exigiam que devolvesse o que foi escrito para que obtivesse novas páginas. Além de escrever com letras miúdas tinha que guardar de memória todo o enredo para manter a continuidade da história. Algo que entendo ser dificílimo.
Há uma mudança substancial no rumo do documento de sua passagem pelo cárcere a partir da página 97. Ao escrever suas memórias na cadeia e vislumbrar seu passado descobre Deus, ou algo parecido, que desconhecia. Primeiro um Deus do sofrimento, ainda difuso que vai, num crescendo se misturando a todas as formas de arte até que na página 107 percebe que Deus é a união da "personalidade com a perfeição". Tal como nos movimentos de um concerto o tema é introduzido num "allegro" que nos envolve até nos levar num "andante" ou "largo" grandioso. Nos mostra seu Deus sobre o ponto de vista da arte, na visão do artista. Na página 121 assume Cristo com o "poder de dizer coisas maravilhosas" e, mais ainda "fazer com que as pessoas lhe dissessem coisas maravilhosas". Wilde mostra também, por diversas vezes, a importância da imaginação. Finalmente na página 126 aceita a doutrina de Cristo como a única verdadeira. Como pode ter mudado tanto? Teria sido uma espécie de lavagem cerebral? Fica posta a questão desta conversão do gênio Oscar Wilde.

andyelivros 24/01/2021

de Profundis...
A obra de redenção de Oscar Wilde!!
Por meio de cartas, o autor nos coloca a par dos dois anos que viveu no cárcere.