Resenhas - O pão da amizade

Ceile.Dutra 19/09/2011

Resenha retirada do meu blog Este Já Li (www.estejali.com)
O Pão da Amizade mostra, simultaneamente, o dia-a-dia de algumas pessoas da pequena cidade de Avalon. Todas essas pessoas lidam com algum tipo de perda e como reagem ou enfrentam esta perda, ou simplesmente o que não fazem para superar a dor, é o que o livro foca.

O Pão da Amizade – a receita mesmo - chega para mudar toda a história do lugar, e principalmente de Hannah, Madeline, Julia e Mark – os principais personagens da história (ou os que mais me prenderam).
Após as três mulheres se conhecerem, elas vão, dia após dia, mudando, se redescobrindo. Não dá para pontuar um momento de virada das personagens, pois é a rotina que as fazem mudar, encarar de fato a vida e não mais se deixarem levar pelos fatos, sem ditar regras.
O livro também mostra como pequenos atos individuais podem ser transformados quando feitos em conjunto e podem fazer a diferença na vida das pessoas.

Superação e perdão são palavras-chave do livro.

A leitura no início é um pouco confusa, pois quando uma estória começa a ficar interessante, surge outro capítulo com um novo personagem e essa sensação dura até nos acostumarmos com o ritmo e logo temos (de uma outra perspectiva) a continuação da estória.
No geral, ela é muito bem narrada, com diálogos que levam à lembrança de uma personagem, permitindo que, aos poucos, entendamos suas perdas e certos porquês.

Darien Gee soube deixar bem leve e terno o drama da rotina de seus personagens, o que fiquei admirada, pois ela conta sobre perdas muito grandes – o filho, o casamento, o gosto de viver – e não nos sentimos angustiados, mas sim motivados a continuar lendo e torcer por um belo desfecho (que acontece!)

E ainda no final, tem umas receitas com o Pão da Amizade.
Dica: Não leiam de estômao vazio. É de dar água na boca ^^

ThaisTuresso 19/09/2011

Como a maioria deve saber, fui uma das contempladas para ler em primeira mão a obra não revisada e não final deste livro, a leitura foi maravilhosa, a descoberta do mesmo maravilhosa e quando saiu o resultado final, minha resenha ficou entre as 30 finalistas. Hoje coloco a minha resenha que escrevi para o concurso na íntegra para vocês!

A autora Darien Gee escreveu o livro “O Pão da Amizade” com emoções profundas e arrebatadoras, já imaginou ou presenciou um momento em que nada mais podia dar errado? A protagonista Julia Evarts vivia deprimida desde o dia da morte de Josh, e inconscientemente culpava todos à sua volta, principalmente a irmã, mesclando sentimentos pessimistas e exaspero da vida, ela sobrevivia a cada dia, com o coração ardendo pela dor da perda e da incapacidade de ter feito isto ou aquilo. Em contrapartida, a viúva Madeline transmite bondade, transformando a dor em contentamento. Em suma, a autora tem um estilo único e maravilhoso e arrebatador, onde o leitor não consegue parar de ler, com narrativas primorosas e descrições perfeitas dos sentimentos dos personagens que tornam leitura deste livro imprescindível.
Sabe aquele livro que não só te leva a entrar no mundo criado pela autora, mas que muda e transforma sua maneira de encarar a vida e as amizades? Esse livro é “O Pão da Amizade”, o livro que me fez acreditar que a amizade tem que ser conquistada sempre, e jamais desistir de angariar a confiança daquele que a sustém, quem é que poderia imaginar que um simples gesto, um simples saco ziploc de massa do pão da amizade poderia transformar tantas vidas? Juntar tantas pessoas a redescobrirem o amor e amizade dentro de cada uma? Terminei a leitura satisfeita pelo que li e com saudades dos momentos vivenciados junto aos personagens, em suas vidas, em seus caminhos descobertos pelo gesto de solidariedade.
A história a princípio parecia detalhar apenas acontecimentos vivenciados pelos personagens, dividida em partes e narrado por diversos pontos de vista, o que abrangeu uma visão maior dos acontecimentos, a narração se expandiu e além de proporcionar uma leitura agradável e extasiante, trouxe-nos mensagens maravilhosas, verdadeiras lições de vida e amizade, que acompanharão todos que lerem, e que com certeza se deliciaram deste delicioso pão da amizade, da partilha, da superação, da caridade e do amor.

Dana Silva 02/08/2011

encantador e fofo
A autora Darien Gee escreve com tanta doçura, sabedoria e naturalidade que a leitura flui de forma prazerosa e rápida. O estilo é descomplicado, apesar de serem várias histórias separadas e isso tender para um pouco de confusão, Darien consegue tecer as histórias de maneira com que tudo venha a se encaixar perfeitamente no decorrer do livro. Ela deixa o leitor muito à vontade com os personagens, que possuem perfis realistas fazendo com nos identifiquemos com as trajetórias de vida narradas, dá a impressão de já conhecê-los de longa data, tendo cada personagem uma importância ímpar, mesmo este aparecendo uma ou duas vezes apenas.

A história do pão da amizade foi uma das mais lindas que eu li este ano. Emocionei-me com cada situação contada, claramente identificando-me com algumas delas. É um livro que nos faz refletir sobre a vida, a morte, família, amizade, dinheiro, etc. Com certeza este não é o tipo de livro que se deva ler apenas uma vez na vida, definitivamente você deve marcar suas partes favoritas e/ou as partes em que você certamente aprendeu alguma coisa. O livro me fez querer encontrar amigas tão preciosas quanto Julia, Madeline e Hannah e ter um lugar aconchegante como a casa de chá de Madeline para me encontrar com elas, e juntas compartilharmos idéias malucas, sonhos e projetos, decepções. Coisas de amigas, e que embora você tenha ficado triste por algum motivo, logo percebe que deve ficar feliz só em saber que tem amigas que estão lá esperando e torcendo por você. A amizade deu-se de forma gradual, à base da conquista de confiança, de maneira que chegou um ponto em que as três tornaram-se inseparáveis. O pão da amizade foi um laço que as uniu para a vida toda. Definitivamente este livro deve ser passado adiante, assim como O pão da amizade.

O modo como a história é contada é certamente uma das coisas mais atraentes neste romance. É narrado em terceira pessoa, onde é possível ter o ponto de vista de várias pessoas sobre a mesma situação. É interessante também a notória evolução dos personagens, principalmente Hannah, Julia e Madeline, que ao iniciarem o livro tinham vidas completamente bagunçadas, e ao passar das páginas é possível verificar que as coisas vão fluindo para elas e que ao final cada uma tem superado ou vem superando muito bem seus próprios dramas pessoais.

A diagramação é muito boa e espero que só melhorem na edição final do livro. O tamanho da fonte e espaçamento entre as linhas é ideal para não cansar a visão do leitor. O Estilo descomplicado da autora, fazendo com que o livro todo seja bom, sem ter momentos chatos e maçantes. Leitura muito agradável e extremamente rápida. O leitor deleita-se com todo o tipo de emoções: Alegria, tristeza, compaixão, raiva, tudo num só capítulo, fazendo com que este não queira largar o livro nem por um minuto só para saber o que vai acontecer depois. As receitas ao final do livro dão um toque especial, que acreditem me fez querer ir imediatamente para a cozinha, fazer o pão da amizade, após o término da leitura da obra.

De pontos negativos, sinceramente, só vejo os erros de pontuação e digitação, que não devem nem ser levados em consideração, pois esta ainda é uma cópia não revisada. Certamente posso afirmar que este livro entrou para a minha lista de favoritos e será completamente indicado por mim para todos os meus amigos e familiares.

Agradeço a oportunidade de ler esta obra incrível e espero que o livro seja um sucesso. Acredito profundamente que será, pois a história de vida de Julia e de todas as outras personagens envolvidas deve sim ser passada adiante. Posso dizer que tirei várias lições deste romance e espero que todos tenham a oportunidade de apreciá-lo, assim como eu tive. Obrigada a Editora Leya e Livraria Cultura.

Julia G 01/08/2011

O Pão da Amizade - Darien Gee
Resenha publicada originalmente no blog http://conjuntodaobra.blogspot.com

Um simples presente deixado na porta de Julia faz com que sua vida tome rumos que não poderia esperar. É um pão da amizade, junto a um saco de massa e instruções, e um pedido de que o pão seja compartilhado.
Cinco anos antes, um acidente causou a morte do filho de Julia, Josh, e nada em sua vida, desde então, teve sentido. Nem mesmo sua pequena filha Gracie, que já estava à caminho na época, ou o amor de Mark, quem esteve sempre ao seu lado, tentando tornar tudo mais fácil. A linda relação que teve por toda a vida com sua irmã Livvy foi a mais abalada, e Julia se fechou então em um mundo alheio a tudo o mais.
Mas é compartilhando a massa que ela conhece Hannah e Madeline, e vê na amizade das duas um ponto de onde recomeçar. O pão da amizade, assim, começa a se espalhar pela cidade de Avalon, como uma corrente em que cada pessoa divide a massa com outras pessoas, o que modifica, de uma maneira ou de outra, a vida de cada uma delas.

O Pão da Amizade, em uma palavra, é uma história doce. O enredo é simples, narrando a vida das pessoas da cidade após a chegada do pão, mas complexo de uma forma inestimável. A complexidade se deve, principalmente, pelas características tão realísticas dos personagens, que têm as imperfeições necessárias para nos convercer da possibilidade de verdade da história. Como se aquelas pessoas pudessem realmente existir.

Cada personagem tem que enfrentar sua dor, seu pesar, e somos possibilitados de conhecer a fundo cada um deles. Mesmo com a profundidade com que são mostradas as tristezas que carregam, Darien Gee consegue colocar isso de uma maneira tão leve que permite perceber como todos são movidos pelo amor.

Para mim, o mais encantador da história, foi a maneira como a autora colocava - entre os capítulos principais da história - diversos capítulos secundários, mostrando as transformações que o pão da amizade provoca em todas as famílias da cidade. Eram apresentados nesses capítulos diversos personagens, até então estranhos, que me comoviam pela simplicidade e solidariedade, ou provavam que muitas vezes falta apenas um empurrãozinho para tomarmos atitudes que desejamos ter há algum tempo, mas que não temos coragem para isso. Além disso, algumas passagens engraçadas, como quando Edie e Livvy descobrem que estão grávidas, dão um toque divertido à história.

Apesar de uns poucos erros de digitação, talvez por ser ainda uma cópia não revisada do livro, não percebi detalhes relevantes que atrapalhassem o contexto. É um livro lindo, que vale muito a pena conhecer, por trazer mensagens que devemos carregar conosco sempre.

Leninha Sempre Romântica 01/08/2011

Darien Geen escreve com a simplicidade, a beleza e a empatia de quem nos é próximo afetivamente. Tudo em seu estilo evoca sentimento.
O Pão da Amizade é um livro comovente. Através das experiências vividas pelos personagens, o texto cria uma comunicação próxima do leitor. Sendo assim, cada uma das histórias contadas sugere contato, conexão.
O drama da mãe que, ao perder o filho, recusa-se a perdoar gerando consequências dolorosas para si e sua família; na história de uma mulher e o seu casamento em crise; no caso de uma senhora e os seus traumas antigos; e nos novos laços de amizade que se formam.
Cada conflito existente no livro vem de uma ação do passado, e a autora atinge o leitor, tornando-o também parte da história.
Ao estabelecer o elo entre o leitor e a história contada, a autora nos convence de que a narrativa faz sentido. Isto é, convence-nos de que o sentido do pão é muito mais metafórico do que literal. O Pão nada mais é do que uma ponte de ligação entre pessoas diferentes, unidas em prol de um ato cotidiano e comum como o de cozinhar.
É notável o percurso do Pão pela cidade de Avalon como agente de mudanças a formar uma grande corrente de união e amizade. Sendo assim, o livro projeta no Pão significados que vão além da necessidade alimentar. O que se aplaca é a fome afetiva e o que se busca é a nutrição da alma. No tocar, no fazer, no misturar, no sovar, no fatiar o Pão, dá-se forma ao que se faz. Evocam-se sentimentos, lembranças de eventos significativos que, ao serem vivenciados na memória, abrem caminhos para a cura emocional.


Enfim, o Pão da Amizade é um livro que nos faz repensar nossos valores, nos pega pela mão e nos conduz à reflexão. E assim, ponderamos sobre nossos erros. Lembramo-nos das pessoas que deixamos para trás e nas palavras que deixamos de dizer. Uma leitura pela qual se aprende o valor do perdão, a importância de fechar um ciclo para abrir outro, a amar sem julgar os atos cometidos. Especialmente, aprende-se a tomar posição na vida a despeito das críticas alheias.
O Pão da Amizade e a sua mensagem permanecem no leitor mesmo após o término da leitura.

Por tudo isso, é um livro tocante. Não à toa, é para se ler com o coração aberto e espírito livre.

Uma obra original, de grande valor reflexivo e especial interesse para os leitores apaixonados pela vida.
Da minha parte, senti-me convidada a fazer o Pão e a propagar, entre os meus, o sabor da amizade por meio de um ato simples: o de seguir as receitas ao final do livro.

Livy 26/07/2011

Encantador!
Visite o blog http://nomundodoslivros.blogspot.com

Encantador. Não havia forma de começar esta resenha, sem antes deixar um adjetivo que classificasse o livro. Aliás, classificá-lo como encantador não basta.

O Pão da Amizade tem uma narrativa envolvente e arrebatadora. Não há como não mergulhar nos personagens e suas vidas. Não se trata de uma história onde os personagens são perfeitos e nada aprendem, pelo contrário. Eles são muito reais, com seus defeitos, pecados, erros e acertos. Mas o que mais impressiona é esta humanidade, este calor humano, estes erros e sentimentos que são descritos com tanta precisão e maestria. Todos tem seus medos e anseios, mas crescem, amadurecem e mudam suas visões conforme a trama se desenrola. Todos encaram as adversidades que os tranformam em pessoas melhores e mais conscientes.

Um fator interessante é que a autora, Darien Gee, soube conduzir muito bem todos os personagens e não há uma única ponta solta que nos faça questionar certas atitudes ou acontecimentos. Outro ponto interessantíssimo é que ela soube muito bem como amarrar início, meio e fim, com uma história onde todos têm profundidade, personalidade e coesão. Nada é por acaso, tudo tem um motivo. Cada diálogo, situação e vivência tem seu lugar no enrredo. Outro fator muito bem colocado no livro são as pequenas histórias (pequenas visões que temos de como o Pão da Amizade está se espalhando pela cidade e sua influência) de membros da comunidade, que vemos entre um capítulo e outro. Mas que não são por acaso, pois de uma forma ou de outra, estas pessoas terão um papel direto ou indireto no decorrer da história.
O livro não nos mostra apenas a história de Julia, Gracie e Mark Evarts. Ou de Hannah Wang e Madeline (a dona da famosa casa de chás, que se torna o ponto oficial de amizade entre Julia, Hannah e ela, além de lugar especial onde o Pão da Amizade faz toda a diferença). Se trata da história da comunidade que compõe Avalon, a cidade onde vivem. Da união inusitada entre pessoas que nem ao menos conversavam ou realmente se conheciam.

Como um pão pode transformar a vida dessas pessoas? Como um pequeno gesto pode mudar suas histórias? Como um simples alimento pode contruir uma amizade? Reconstruir um lar? Isso tudo acontece, graças ao Pão da Amizade. Muitas pessoas o veem como uma praga, afinal imagine a situação: você recebe um saco Ziplog com a massa fermentada. Você deve cuidar desta massa, apertando, acrescentando ingredientes, etc. durante dez dias e depois dividir esta massa em três, assando uma parte e colocando as duas restantes em novos sacos Ziplog e os doando a amigos. Imagine a situação que se alastra pela cidade? Em pouco tempo haverá milhares de pães espalhados. Mas imagine que você pode modificar a receita, acrescentar coisas das quais você gosta, dar de presente, discutir gostos e criar laços de amizade. Alguns o encarariam como um milagre, uma terapia. Seja como for, uma praga ou um milagre, o Pão da Amizade transforma a vida de todos os habitantes da cidade, começando como algo pequeno e ingênuo e se tornando algo grandioso, de proporções surpreendentes.

Darien Gee escreve com precisão e de forma tão gostosa, que é como estarmos saboreando o próprio Pão da Amizade. Sua forma de escrever nos transmite ternura e seu livro é um retrato de como o amor e as amizades podem operar mudanças maravilhosas em nossas vidas. Elementos básicos foram usados, mas foram justamente estes pontos que tornaram o livro tão atrativo e encantador. A culinária está presente em todo o livro, e é uma delicia saborear cada estrofe. Os sentimentos são o motor para os acontecimentos, e temas como amor, casamento, filhos, perdas, traição, raiva, dores, sofrimentos, comida, familia, superação, amor próprio e amizade, são os que compõe o livro. O que vemos é que a esperança é o que move todos os personagens e toda uma comunidade, e que a união e a solidariedade podem transformar tudo. Algo que poderia ser um trantorno pode se tornar algo muito bom, e de onde menos esperamos é de onde vem todas as nossas respostas. Cada descoberta, cada sentimento, cada dor é narrada de forma que nos mostra como a vida é preciosa.
Resumindo: Darien Gee sabe medir, assim como uma ótima cozinheira, cada sentimento, cada acontecimento e cada personagem, misturando tudo em uma narrativa sensacional. O resultado é um livro que tem uma história contada na medida certa, uma leitura da qual você não irá querer largar até o final. O Pão da Amizade tem uma história inesquecível, tão deliciosa quanto o próprio nome. A sensação que tive ao ler o livro é indescrítivel e ao terminá-lo tive a impressão de estar deixando para trás uma grande amizade, da qual sempre sentirei saudades. A história é intensa e calorosa, tão saborosa e verdadeira que nos faz querer mais.

Joice (Jojo) 22/07/2011

A primeira pergunta que me fiz quando peguei "O Pão da Amizade" para ler foi: Como um pão vai mudar a vida das pessoas? Com a leitura desse livro maravilhoso, eu descobri como, e ainda tive muito no que pensar.

"O Pão da Amizade" é dividido em capítulos "normais", onde narra a história dos protagonistas (Julia, Hannah, Mark, Livvy, Eddie e Madaleine), e em capítulos "especiais", onde abre um parêntese para contar a história de um outro personagem que pode ou não aparecer posteriormente na história principal. Isso parece cansativo, mas na verdade confere um bom ritmo ao texto, que por si só já é ótimo.

Os personagens também são muito bons: carismáticos e envolventes. A princípio, fiquei me perguntando como a autora faria para trabalhar tantos personagens, mas ela o faz, e de forma bastante íntima até. Em menos de 20 páginas, nos flagramos já completamente envolvidos com a trama de cada um. E é fácil transportar as lições que cada personagem apreende com nossas próprias vidas, algo como "Escola dos Sabores". Será que isso pode ser uma característica de livros sobre comida?

Aliás, acredito que para quem goste de cozinhar, o livro tem um tempero a mais. Há várias receitas do Pão da Amizade no final, a quem possa interessar.

Amei o livro. Ele é mais que diversão, é um livro que nos faz crescer como fermento. Recomendo totalmente!

CooltureNews 22/07/2011

Por: Junior Nascimento
Postado no Coolture News

Através de uma ação inédita no Brasil da Lua de Papel e da Livraria Cultura, onde foram selecionados 50 leitores para ler e avaliar a cópia não revisada do livro “O Pão da Amizade” da escritora havaiana Darien Gee antes de seu lançamento oficial. Essa iniciativa inovadora teve como objetivo oferecer aos leitores do gênero a mesma oportunidade de jornalistas. Eu fui um dos selecionados e fiquei em 9° lugar na promoção, o que me rendeu vários prêmios. Para saber mais sobre essa ação assim como ler o que os demais participantes escreveram sobre o livro basta acessar o Portal de Informação da Livraria Cultura

Depois de muito tempo lendo livros de romance voltado para o publico mais jovem, ou seja, com uma narrativa mais simples, definitivamente estava precisando ler um livro com uma narrativa mais complexa e ainda sim melhor. Apesar de o titulo dar a impressão de ser um livro estilo auto-ajuda, a autora consegue transmitir mais do que isso, afinal se trata de uma grande história onde podemos tirar vários exemplos para aplicar em nossas vidas.

A principio fiquei um tanto receoso, afinal quem nunca em sua vida recebeu ou presenciou alguém recebendo esse tipo de corrente, só em casa acho que já vieram umas três receitas de pães e bolos com a mesma premissa. Porém o livro fala de muito mais do que uma simples receita de pão. Convivo com casos de depressão na família e é impossível não se colocar no lugar de alguns personagens em seus dramas pessoais. O livro consegue atingir todas faixas etárias.

Achei extremamente interessante a forma com que o livro começa, apresentando os personagens através de capítulos e nos dando somente frações de seus passados, para depois de um tempo percebemos como as histórias estão conectadas, e assim tendo uma visão mais ampla de todo o drama que eles enfrentaram e ainda enfrentam, a cada página a expectativa aumentava consideravelmente pela espera do momento onde tais personagens se encontrariam. Isso tudo fez com que eu lesse o livro muito rápido, afinal eu devorava os capítulos esperando a continuação do anterior, e isso não acontecia somente com um personagem, foi com todos. Outro fator positivo, foi disponibilizar no livro a receita e as variações do Pão da Amizade, afinal é impossível ler o livro e a forma com quem os personagens descrevem o sabor do pão e não ter vontade de provar. Estou completamente doido para provar desse bendito pão.

O que considerei um ponto positivo agora a pouco é justamente o único que tem um lado negativo, a princípio me senti perdido entre todas essas tramas paralelas, a autora nos apresenta muitos personagens, e como disse anteriormente, estava me acostumando a ler livros onde a narrativa é mais linear. Devido a isso, e ao perfil dos atuais leitores, os mesmos podem ficar um pouco desanimado para continuar a leitura. Porém no decorrer da história isso deixa de ser um problema, e é exatamente isso que torna a leitura agradável e diferente de tudo o que tem aparecido nas prateleiras ultimamente.

Poucos autores, conseguem fazer uso desse estilo de escrita que Darien Gee utilizou sem parecer algo forçado, e com isso a autora acaba de ganhar mais um fã, e pelo que pude descobrir ela possui outros livros, os quais estou com muita vontade de ler, e espero que mantenha o mesmo estilo de “O pão da amizade”.

Lidiane 22/07/2011

Darien Gee tem um estilo claro e envolvente, que faz da leitura um prazer. Ela faz da leitura um maravilhoso diálogo, onde cada personagem se torna real e próximo. É uma escrita madura que revela a sabedoria de quem tem algo pra dizer e sabe como fazê-lo. É fácil esquecer o mundo, e viver nas aconchegantes linhas de seu livro.
O pão da amizade é lindo e encantador, uma história de superação, união e solidariedade. É tocante a forma como uma história de uma simplicidade notável, consegue mexer com a alma e fazer pensar sobre as pequenas coisas que são, na verdade, tudo que de fato importa.
A história é contada por diferentes ângulos, temos consciência do que está acontecendo com vários personagens e da repercussão das ações deles. Ela vai conquistando e envolvendo o leitor a cada página, na medida em que os personagens vão sendo apresentados. Tudo é de forma muito suave e real, as descobertas são contínuas, e pouco a pouco conhecemos a vida e a alma de cada componente dessa comovente história.
Gostaria de ter visto um pouco mais sobre Leon Ydara. Ele teve tão poucas páginas, mas revelando um amor tão lindo, que queria ter podido vê-lo mais uma vez