@vaisetratarleitora 02/07/2022
Não é ruim, mas também não é ótimo
Esse é o 12° livro da Agatha Christie, lançado em 1930.
Ele é bem diferente dos 11 já lidos até então.
Ela tinha muita admiração e interesse pelo personagem Arlequim e quis usá-lo em uma de suas histórias e assim nasceu esse livro.
Nele temos 12 contos onde acompanhamos o Sr. Satterthwaite, um idoso de quase 80 anos se não me engano e que passou a vida observando as pessoas. As pessoas amam conversar com ele e se abrir pra ele.
Numa certa noite, na casa de amigos, discutindo sobre o suicídio de um amigo em comum a todos os presentes, ocorrido há alguns anos e que ninguém entende as motivações, chega um homem misterioso chamado Harley Quin, ou o Sr. Quin. Através de suas perguntas e análises, o Sr. Satterthwaite chega ao fundo do mistério e assim eles descobrem o que levou seu amigo em comum a se suicidar.
Esse é o primeiro conto e os outros seguem a mesma linha. O Sr. Satterthwaite se vê envolvido em algum drama para o qual ele tem a "ajuda" do Sr. Quin para desvendar.
O Sr. Quin nunca se envolve pessoalmente até o último conto, ele apenas guia o Sr. Satterthwaite em suas deduções. Ele aparece e desaparece do nada, como se fosse um fantasma.
Fui pesquisar sobre o Arlequim pra tentar entender esse personagem, mas as histórias que li não me fizeram chegar mais perto de entender.
Todos os contos tem uma pegada de coisa sobrenatural, destino e inevitabilidades, então se vc curte isso, vai gostar. Não é o meu caso.
Os contos não são ruins, a gente fica curioso pra saber como vai se resolver, mas ao longo da narrativa o final fica óbvio na maioria das vezes e a gente já percebe o que vai acontecer antes do desfecho ser decretado.
Por eu não curtir muito essas narrativas muito cheias de coincidências, casos que se resolvem do nada e coisas sobrenaturais, esse livro acabou não merecendo uma nota muito alta pra mim. E o último conto com certeza é o mais sobrenatural de todos e termina sem pé e sem cabeça, o que com certeza também influenciou nessa nota baixa.
Enfim, não é ruim, mas também não é ótimo.