A peste

A peste Albert Camus




Resenhas - A Peste


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Tatiane 09/10/2020

Leitura importante!
Um clássico que nos mostra - no meio dos flagelos, da dor, da perda, da morte - a humanidade em sua essência. Traz também, porém, esperança, pois, mesmo que não se atinja de novo aquilo que se considerava "normal", mesmo que a peste não morra e esteja pronta a voltar a qualquer hora (como estamos vivendo agora com esses governos populistas e autoritários), há, segundo Camus (não indico a página de propósito), "há nos homens mais coisas a admirar que coisas a desprezar".
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LaAs183 25/02/2021

Necessário
Um livro extremamente importante para compreender cenários semelhantes a esse que estamos passando. As relações humanas em meio a crise, o medo constante da morte, a banalização da vida. Tudo abordado de maneira assustadora e bastante profunda.
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Cinara... 29/03/2020

"Os flagelos, na verdade, são uma coisa comum, mas é difícil acreditar neles quando se abatem sobre nós. Houve no mundo igual número de pestes e de guerras. E contudo as pestes, como as guerras, encontram sempre as pessoas igualmente desprevenidas."

"Na verdade, uma das consequências mais importantes do fechamento de portas foi a súbita separação em que foram colocados seres que não estavam preparados para isso."

"Algumas famílias, poucas aliás, não levaram a questão a sério e sobrepondo a qualquer prudência o desejo de rever os parentes, convidaram estes últimos a aproveitar a ocasião. "

"... a Itália foi devastada por uma peste tão violenta que os vivos mal chegavam para enterrar os mortos.

"...pelo rádio quando deixou de anunciar as centenas de óbitos por semana, para passar s comunicar 92, 107 e 120 mortos por dia."

"E, afinal, vê-se que ninguém é realmente capaz de pensar em ninguém, ainda que seja na pior das desgraças."

Mas vejam! Poderia ser os jornais, ou as notícias da internet de 2020, mas não!! todos trechos de um livro escrito em 1947 ?

Eu não teria a mesma experiência lendo este livro em outra época de minha vida, narrou completamente tudo o que vivemos hoje! E toda nossa angústia tão real e presente!
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Renato 12/07/2022

Uma cidade sitiada
Situações limites fazem as pessoas apresentarem aquilo que tem de melhor e de pior, sempre tocando seus extremos. Privados da normalidade por uma epidemia sem cura ou fuga, os moradores de Orã, totalmente fechada e isolada do resto do mundo, são confrontados com a fatalidade que pode alcança-los a qualquer momento. Albert Camus nos introduz neste lugar sufocante pela narrativa de um médico empenhado a dar seu melhor aos infelizes moradores. Cada personagem, a seu modo, é uma faceta do espirito humano reagindo ao inimigo invisível, invencível e opressor. É inevitável fazer associações reais ou metafóricas com nossos dilemas.
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LairJr 30/08/2022

O livro é dividido em 4 partes, cada uma delas representando uma fase da epidemia relatada na obra. Toda a trama em muito se assemelha com o período que vivenciamos durante a pandemia. Livro muito interessante, mas não considero o meu preferido de Albert Camus.
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Sergio Carmach 22/12/2011

Obra de gênio
Na década de 40 do século XX, a cidade argelina de Oran começa a ser invadida por ratos agonizantes. A cada dia, maior é a pilha de animais mortos. Não demora para os habitantes da localidade também começarem a perecer, vitimados pela terrível peste negra. Quando as autoridades percebem a situação sair de controle, fecham as portas de Oran. Quem estava fora não pode retornar, tornando-se um exilado; quem estava dentro não pode sair, tornando-se um prisioneiro. Publicado em 1947, a obra chegou a ser encarada como uma alegoria da II Guerra Mundial, evento histórico no qual a peste nazista ocupou países, criou campos de concentração e infectou o continente europeu.

O livro, que rendeu o Nobel de Literatura em 1957 a seu autor, é uma obra magistral em todos os sentidos. Pode-se dizer que Camus era um escritor que sabia filosofar e um filósofo que sabia escrever. E é sob esse enfoque filosófico que A Peste deve ser entendido. Quem resolver lê-lo com a cabeça oca, ou em busca de um romance comum, não assimilará a essência do livro e irá se decepcionar. Por outro lado, os leitores de espírito reflexivo encontrarão um campo vasto para todo tipo de ponderações. Quanto à linguagem, apesar de não ser complicada, é fina e bem trabalhada, sendo mais uma fonte de prazer para os amantes de textos bem construídos.

O que é mais valoroso para o espírito? A felicidade pessoal ou ajudar a coletividade em um momento de crise? E do que o espírito mais necessita nesse momento de crise? Dos dogmas religiosos ou do pensamento racional? É interessante notar que essas questões envolvem os personagens centrais, inclusive o protagonista, Bernard Rieux, médico que se une a um esforço para debelar o mal, mesmo sendo esse mal algo de difícil compreensão, tanto do ponto de vista físico quanto espiritual.

Como dito, A Peste tem um texto farto em filosofia, e as citações possíveis, com suas respectivas interpretações, seriam capazes de gerar um outro livro. Os trechos relacionados a Deus chamam bastante a atenção, merecendo destaque os sermões do padre Paneloux e a visão racional de Rieux. O médico, indagado se acredita em Deus, explica: “se acreditasse num Deus todo-poderoso, deixaria de curar os homens, deixando a Ele esse cuidado”, filosofando mais adiante: “Visto que a ordem do mundo é regulada pela morte, talvez valha mais para Deus que não acreditemos n`Ele e que lutemos com todas as nossa forças contra a morte, sem erguer os olhos para o céu, onde Ele se cala.”

Quanto aos sermões de Paneloux, o primeiro é de uma genialidade única. As palavras colocadas na boca do padre por Camus mostram como o autor sabe ler a alma humana. O discurso do sacerdote mostra a visão clássica do cristão: a natureza em fúria é uma resposta divina à culpa humana. Posteriormente, Paneloux assiste à terrível morte de uma criança e diz: “Isto é revoltante, pois ultrapassa a nossa compreensão. Mas talvez devamos amar o que não conseguimos compreender.” Assim, no segundo sermão, já mais fustigado pela tragédia, ele abranda o tom e torna-se menos enfático sobre a culpa do homem, dizendo “que havia coisas que se podiam explicar em relação a Deus e outras que não se podiam.” Bem... Talvez se possa dizer que o padre, com essa frase, transformou a humildade trazida pela razão em uma espécie de arrogância da fé.

Para fazer jus ao livro - que trata de inúmeros temas, como justiça, suicídio, amor, essência humana, religião - e colocar aqui tudo o que é digno de nota, a resenha precisaria ocupar páginas e mais páginas. O texto de A Peste é riquíssimo e esta singela análise sequer abordou 1% de tudo o que há nele e de tudo o que pode ser extraído dele. Para finalizar sem mais delongas, talvez o mais importante a se dizer seja o seguinte: se o racionalismo filosófico de Camus serve para provocar descrença em Deus, por outro lado é muito mais forte para despertar a fé nas qualidades do homem.

http://sergiocarmach.blogspot.com/2011/12/resenha-peste.html
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Larissa 11/07/2020

Impressionante
Fiquei impressionada de como o autor conseguiu "acertar" nos sentimentos e comportamentos que o confinamento e isolamento podem trazer.
Livro muito bom, cheio de mudanças e que aborda os sentimentos e incertezas que vivemos, mesmo sendo escrito na década de 1940, consegue ser atual, ainda mais com o momento de pandemia vivido.
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César 26/05/2020

Estou convencido de que a literatura tem um propósito e por mais insondável que pareça reverbera em nossa existência, afetando nossas vidas. Por nutrir tal crença decide ler este livro que suscita sentimentos tão nobres e até angustias tenazes nas vítimas de seus flagelos revelando (muito mais do que a efemeridade e a desolação da vida humana) a sutileza e o brilho da existência. Um alento, considero, em meio ao isolamento que experimentamos; oferecendo uma fagulha de vigor e de obstinada confiança de que estamos preparados para superar mais atrocidades do que somos capazes de conceber.
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Gabriela Silva 05/05/2020

Em tempos de pandemia, e ainda mais vivendo no Brasil, a peste do livro, a população e os órgãos públicos se mostram mais desejosos em acabar com a doença do que por aqui. Nos deixa refletindo bastante sobre nossa atual crise, principalmente a humana.
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Atteneee_ 17/09/2023

A peste revela em nós a ilusão da estabilidade.
"A pestilência é tão comum que tem havido tantas pragas no mundo quantas guerras, mas as pragas e as guerras sempre encontram as pessoas igualmente despreparadas."

Em períodos de crise, a condição humana se desvela, revelando a complexidade de nossa existência. Muitas vezes, buscamos nos aferrar a uma sensação de privilégio dentro de nossa zona de conforto, enquanto nos vemos amaldiçoados pela imprevisibilidade e caos que permeiam a vida. A abordagem quase tragicômica para confrontar o absurdo da existência, embora desafiadora de ser percebida, é uma representação veraz da realidade. Em nossos esforços para escapar dessa verdade, muitas vezes apelamos para bênçãos e maldições como muletas psicológicas. Contudo, quando uma crise se abate sobre nós, a verdadeira essência da vida é desnudada diante de nossos olhos, fazendo com que percebamos, em um lampejo, que vivemos uma mentira.

O livro é com certeza bom, embora para alguns possa se tornar uma leitura beeeem cansativa. A essência do livro é sutil e quase subliminar em meio a uma tonelada de personagens e diálogos, requer bastante atenção e contexto sobre o proprio Camus, mas eu gostei da leitura.
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Letícia 18/07/2020

A solidariedade no meio do caos?
Que é um texto excelente, disso não tenho dúvidas!
Mas foi um livro que não me prendeu do tipo que preciso ler sempre para descobrir os próximos acontecimentos.
Foi meu primeiro contato com o autor, pode ser isso também!
Mas independentemente das ressalvas, gostei de poder mergulhar na cidade de Orã e me sentir parte daquela população. O sufocamento, os distúrbios mentais, a peste, o isolamento, o negacionismo, tudo que estamos vivendo na atualidade. Aí reside o mérito do texto e de seu autor, quando nos coloca com personagens dentro da história por ele contada.
Há também possibilidade de outras leituras alegóricas como o Nazismo que estava contaminando toda a Europa e por assim dizer também a França - uma França colaboracionista diga-se de passagem.
É um texto que pretendo revisitar em outro momento!
Deixo aqui minha recomendação e pretendo ler outros livros do autor!
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Thayse 14/01/2023

Bom livro
O livro narra uma epidemia que, nos tempos em que vivemos, é impossível não relacionar com tudo que passamos com a COVID. Mas sabendo do paralelo com o nazismo, torna-se ainda mais interesse.
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Felipe.Teixeira 04/06/2020

Lê-lo esse livro durante uma quarentena é uma experiência única. Contem varias reflexões sobre o individualismo e a responsabilidade social. Bom livro.
Camila.Kato 04/06/2020minha estante
Bom livro. 3,5




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