A peste

A peste Albert Camus




Resenhas - A Peste


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Juscelino L 25/09/2020

Se 2020 fosse um livr... pera
Não é por menos que temos notícias que A Peste é um dos livros mais lidos nessa pandemia. O tema central ja nos remete ao que estamos vivendo na pandemia coronavírus 2020, mas quando você vai lendo as semelhanças aparecem mais, as experiências vividas e as atitudes tomadas pelos cidadãos da cidade de Oran se misturam com o que vivemos agora e não deixa de ser triste perceber essas coisas.

Uma parte interessante da minha leitura foi quando apareceu aqui em casa um rato (pela primeira vez que nós notamos) e aí neste momento eu achei que as semelhanças com o livro foram longe demais rsrs, já não bastasse vivermos essa pandemia.
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Lucas1659 23/05/2022

As Grandes Desgraças são monótonas
Comecei a ler esse livro bem no final de 2019. Em meados de 2020, ainda sem conseguir tocar muito nele, pois o semestre na faculdade pesava em cada passo, em cada palavra que eu tinha que escolher consumir. A pandemia e o tempo sobrou, mas só retomei e finalizei a leitura dessa peça em 2021. E só agora em 2022 venho prestar o que achei. Esse livro foi viceral em como é atual.

"(...) as grandes desgraças são monótonas. Nas lembranças dos sobreviventes, os dias terríveis da peste não surgem como chamas cruéis, e sim como um interminável tropel que tudo esmaga à sua passagem" — umas das inúmeras citações que descrevem o arrebatador e agonizante eterno-momento qual foi viver a nossa peste.

"Assim, a doença, que aparentemente tinha forçado os habitantes à solidariedade de sitiados, quebrava ao mesmo tempo as associações tradicionais e devolvia o indivíduo à sua solidão. Isto causava tumultos" — cenário recorrente nas épocas mais criticas em que festas clandestinas cantavam soltas.

Por fim, um discurso que sempre detestei e ouvi com certo desprezo era o de que a pandemia veio para nos unir e fazer crescer. E é claro que esse livro tem uma citação sobre isso, a peste "pode servir para engrandecer alguns. No entanto, quando se vê a miséria e a dor que ela traz, é preciso ser louco, ou cego ou covarde para se resignar à peste".
Menino Aquário 23/05/2022minha estante
Quero muito ler esse




Aline BS 19/08/2020

SE CUIDEM! USEM MÁSCARAS! LAVEM AS MÃOS!
A cidade de Oran (Orã) é acometida por uma epidemia. O livro narra esse ataque tardio da Peste Negra (Peste Bubônica) mostrando cada passo. Tudo começa com os ratos aparecendo mortos pelas ruas. Depois os doentes surgindo aos poucos até os números ficarem alarmantes e a doença descoberta. O isolamento da cidade, a dor do distanciamento e saudade dos que ficaram longe, as medidas para controle, a intransigência religiosa afirmando que Deus protegeria os merecedores, a dor e suplicios da morte, as tentativas de cura, a espera, a negação, etc.
Um livro perfeito pra ser lido no momento atual. Algumas partes me fizeram me indignar em como puderam lidar melhor no livro do que o que estão fazendo hoje em alguns aspectos. Tem partes muito fortes como o sofrimento de um menino prestes a morrer.
O livro traça um paralelo (apenas na intenção do autor, não é algo tão perceptível) com a peste e a ocupação nazista da França na 2a Guerra Mundial.
Eu não considerei o livro interessante em todas as partes, justo por conter metáforas, talvez não muito bem colocadas ao meu ver, varias partes destoam e se tornem quase sem sentido para a trama.
SE CUIDEM! USEM MÁSCARAS! LAVEM AS MÃOS!

Citações:
"Os flagelos, na verdade, são uma coisa comum, mas é difícil acreditar neles quando se abatem sobre nós."

"Os doentes morriam longe da família e tinham sido proibidos os velórios rituais..."

"Os caixões escassearam, faltou pano para as mortalhas e lugar nos cemitérios"

"Muitos dos enfermeiros e coveiros... morreram de peste. Nem para os trabalhos especializados nem para os que se chamavam trabalhos grosseiros a mão de obra era suficiente."

"Basta dizer que sou como todos. Mas há pessoas que não sabem ou que se sentem bem nesse estado e pessoas que o sabem e que gostariam de sair dele. Por mim, sempre quis sair dele"

"Os meses que acabavam de passar, ainda que aumentassem o desejo de libertação, ensinaram-lhe a prudência e os habituaram a contarem cada vez menos com um fim próximo da epidemia."

"O bacilo da peste não morre nem desaparece nunca, pode ficar dezenas de anos adormecido nos moveis e na roupa, espera pacientemente nos quartos, nos porões, nos baús, nos lenços e na papelada. E sabia, também que viria talvez o dia em que, para a desgraça e ensinamentos do homens, a peste acordaria os seus ratos e os mandaria morrer numa cidade feliz".
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Ana Aymoré 20/07/2020

A peste que mata e o viver empestado
O que pode a ficção nos ensinar sobre a vida? Transitando, há um bom tempo, entre as veredas da literatura e da história, por gosto e por ofício, muitas vezes voltei a essa questão, seja para ensinar, seja para aprender sempre um pouco mais. E a cada dia mais me convenço que a evasão da realidade empírica, que é o primeiro movimento proporcionado pela leitura de uma obra literária, é, ou deveria ser, completado pelo movimento de retorno à essa mesma dimensão da nossa experiência, do vivido e do testemunhado. Mas retornamos ao nosso destino, como os heróis dos contos de fada, munidos de um talismã ou uma bússola: a literatura, que talvez não tenha o poder de transformar diretamente o mundo, tem, em contrapartida, o poder de nos transformar.
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Mesmo instintivamente sabemos disso, e por isso temos a necessidade vital das histórias inventadas. Desde que a covid19 deixou de ser o eco distante de um flagelo exótico, e passou a pautar nosso cotidiano, o interesse por livros que tratam, de forma mais ou menos realista, das epidemias e suas consequências para nós como indivíduos e como corpo coletivo, dispararam. Entre eles, é claro, A peste de Camus, publicada originalmente em 1947, teve uma ascensão imediata ao primeiro lugar - curiosamente, seguido de um romance fundamentalmente alegórico, que é o Ensaio sobre a cegueira, de Saramago.
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Acontece que, como em todo grande título da literatura, o romance de Camus nos fala sobre o flagelo que se espalha sobre uma comunidade e sobre suas consequências mais diretas, todas elas percebidas diretamente por nós hoje - a dor, o luto, o medo, o sentimento de exílio, a sensação de aprisionamento, a espera incessante, o desamparo, a perda da noção de tempo, a saudade de pessoas e lugares, a crise econômica, as conversas de estátuas dos rostos mascarados - mas também, ao fazer a crônica de uma peste fictícia, nos provê de outras formas de significação sobre o que é viver (na acepção de Tarrou, uma das mais belas personagens do romance) "empestado", e sobre como escaparmos às pestes mais duradouras e contínuas, que matam o nosso espírito: "Pouco a pouco o doutor se dissolvia no grande corpo uivante, ia percebendo que aquele grito, pelo menos em parte, era também dele. Todos haviam padecido juntos, na carne, e na alma, férias difíceis, exílio sem remédio e uma sede nunca satisfeita. Entre pilhas de mortos, campainhas de ambulâncias, avisos do que se convencionou chamar destino, marchas aflitas e enormes revoltas nos corações, um grande rumor persistia em correr e alertar aqueles seres atônitos, dizendo-lhes que era preciso achar a verdadeira pátria."
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Nazrat 02/11/2020

Paralelos atuais
Um dos livros mais mencionados neste período de pandemia, é uma leitura essencial para confirmar que negacionismo, interesses financeiros e políticos individualistas, além de crenças prejudicam - e muito - uma vida em sociedade numa situação de crise.
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Will 04/09/2020

Epidemia em um vilarejo
Este livro retrata bem o que a sociedade está passando com a pandemia do Covid, pois ao ler o livro, consegue relacionar o enredo com os fatos que estão acontecendo, como a quarentena, presidente (na história é o prefeito) que finge que não é a nada a peste, entre outros fatos. Vale muito a leitura.
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MagalhAes.Costa 04/05/2020

De quarentena, em plena pândemia de Covid 19, assistindo os procedimentos adotados pelos países e recomendados pelas organizações de saúde, fiquei me perguntando como em outros momentos da história, os povos se defendiam de epidemias, sem as informações, a capacidade de comunicação e sem o avanço científico que temos hoje. Fui à estante e encontrei “A Peste” do prêmio Nobel de literatura de 1957, Albert Camus. O livro foi um dos mais lidos no período pós segunda guerra mundial, já que há uma identidade entre Orã, a cidade argelina onde se passa a história, e a Paris sitiada pela ocupação nazista.
A peste é a bubônica também conhecida como peste negra. A história se inicia com a mortandade de ratos por todos os pontos da cidade. Isto é tratado pela população com um certo descaso, mas chama a atenção do Dr. Rieux, médico, personagem central do livro. Quando as pessoas começam a ter os sintomas da doença e a disseminação se acelera a cidade é isolada, o porto é fechado, ninguém entra e ninguém sai. Os cafés e restaurantes se esvaziam, mas não completamente. E é nesse cenário que vamos acompanhar os personagens na sua solidão, tristeza e no despojar das posturas confiantes rendidas pelo medo. Tal como nos nossos dias, as pessoas vão perdendo seus entes queridos, os hospitais vão ficando abarrotados, o cemitério não comporta mais funerais e os corpos começam a ser enterrados em valas comuns.
Dr. Rieux é um médico dedicado, discreto, que trabalha, além do consultório, no formato de médico de família visitando em casa alguns pacientes diariamente. Durante a epidemia, quase não dorme mas nunca deixa de atender a um doente. Merece também os aplausos para os profissionais de saúde, que hoje assistimos de nossas varandas. Os outros personagens o satelizam e são a expressão de todas as angustias e aflições antigas que se exacerbam ao tempo da peste.
A peste chega ao pico e começa a recrudescer quando para surpresa dos que cuidam, alguns pacientes, que estavam praticamente desenganados, começam a driblar a doença. Há sempre a surpresa de no final um dos heróis ser rendidos por ela. Os ratos, agora saudáveis, reaparecem.
Ao final, quando a cidade reabre, os encontros entre os que ficaram separados no período da epidemia contrastam com os que voltam e não encontram mais seus entes queridos levados pela peste.
A leitura foi adequada para o momento que estamos vivendo. Pude observar semelhanças de A Peste de Camus com a pandemia do Covid 19. Com todo o desenvolvimento tecnológico dos nossos tempos, o ser humano se comporta da mesma forma diante de fenômenos naturais dos quais não tem controle.
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Felipe Augusto 31/12/2023

"A Peste", de Albert Camus, é uma obra intensa que mergulha na condição humana sob o impacto de uma epidemia de peste em Oran. Publicado em 1947, o livro segue o médico Bernard Rieux, cuja luta contra a doença torna-se uma alegoria profunda da existência. Camus utiliza a peste como metáfora das crises existenciais, explorando as reações psicológicas e filosóficas dos personagens diante da morte iminente.

A narrativa aborda a busca por sentido em um universo aparentemente absurdo, destacando a resistência e solidariedade humanas perante a adversidade. A escrita precisa de Camus reflete sua filosofia do absurdismo, onde a vida é confrontada como inerentemente sem sentido, mas os indivíduos têm o poder de criar significado através de suas ações.

"A Peste" desafia os leitores a refletirem sobre questões existenciais, moralidade e responsabilidade em face das tragédias coletivas. A obra continua a ser uma reflexão atemporal sobre a natureza da vida, incentivando-nos a confrontar as complexidades de nossa própria existência e a encontrar significado mesmo nas situações mais desafiadoras.
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Rodrigo 20/03/2021

A Peste
Resolvi ler o romance dado a situação de pandemia em que nos encontramos.

Alguns trechos da história possuem alguma semelhança com o que está acontecendo no país. A desorganização das autoridades e a capacidade de não querer enxergar lá no início da pandemia o que nos aguardava no futuro.
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César Ricardo Meneghin 21/10/2021

Intrigante...
Tenho certeza que Camus, fez uma viagem no tempo até 2020. E depois voltou e escreveu este livro.
Os paralelos são vários. E não podemos deixar de ver o lado mais profundo.
O ser humano, é sua incapacidade de aprender e entender a vida.
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Toni 28/09/2020

Livro certo na hora errada
Creio que precisarei reler A Peste no futuro. Apesar de adorar a escrita de Camus, a leitura feita neste momento acabou ficando comprometida. Talvez devesse ter lido logo no começo da pandemia ou então bem mais para frente. De fato, foi o livro certo na hora errada.

Para mim, foi como se estivesse lendo mais um noticiário sobre o coronavírus - sem as burradas do governo, é claro. Cada vez que o narrador descrevia a doença e sua mazelas tinha vontade de abandonar o livro.

Claro que isso foi comigo. Talvez você, colega leitor, não esteja tão estafado como eu e possa apreciar melhor esta leitura. Nunca se sabe...



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Dávila 05/05/2020

Atual e assustador.
Em tempos de COVID, nada mais apropriado.
A metáfora da ocupação nazista é mais um símbolo entre vários.
Entretanto, sendo mais literais: pode o ser humano aprender depois de catástrofes inimagináveis?
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Eduardo 06/08/2020

A crônica da ternura e da morte: da vida
Pensar em uma avaliação para esse livro foi bem conflituoso. Por um lado, 3,5 parecia pouco para a importância dessa obra, e, por outro, 4 parecia muito para a experiência que tive com a leitura. Então que esteja escrito que esse livro tem duas notas em minha cabeça.
As partes que tive mais prazer de ler foram as diversas passagens mais descritivas dos sentimentos e comportamentos dos cidadãos da cidade argelina Oran. Diante da praga epidêmica, os espíritos dançam no teatro das emoções, da nostalgia ao temor, da solidariedade ao desespero.
Os paralelos com a conjuntura que vivemos são inúmeros, ao ponto de ter me pegado refletindo sobre uma ordem maior que roteiriza e orquestra esse teatro.
Mas, ao mesmo tempo, fiquei entediado e não encontrava momentos adequados pra pausar a leitura, parando no meio do capítulo várias vezes.
No mais, achei um livro muito bom. Fico feliz de ter tido a oportunidade de tê-lo conhecido por agora.
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Letícia 18/07/2020

A solidariedade no meio do caos?
Que é um texto excelente, disso não tenho dúvidas!
Mas foi um livro que não me prendeu do tipo que preciso ler sempre para descobrir os próximos acontecimentos.
Foi meu primeiro contato com o autor, pode ser isso também!
Mas independentemente das ressalvas, gostei de poder mergulhar na cidade de Orã e me sentir parte daquela população. O sufocamento, os distúrbios mentais, a peste, o isolamento, o negacionismo, tudo que estamos vivendo na atualidade. Aí reside o mérito do texto e de seu autor, quando nos coloca com personagens dentro da história por ele contada.
Há também possibilidade de outras leituras alegóricas como o Nazismo que estava contaminando toda a Europa e por assim dizer também a França - uma França colaboracionista diga-se de passagem.
É um texto que pretendo revisitar em outro momento!
Deixo aqui minha recomendação e pretendo ler outros livros do autor!
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WeltonLuis 18/11/2020

Impossível ler esse livro sem traçar um paralelo com a pandemia atual. Encontramos aspectos como a ignorância em relação ao vírus, o isolamento social, a separação de famílias e amigos, a luta de profissionais de saúde, o tratamento do vírus pelas autoridades e até empresários e especuladores tentando lucrar com a epidemia. Embora narrado em terceira pessoa, temos acesso a impressões pessoais das personagens Rieux, Trarrou, Rambert e tantos outros.
Leitura interessante, inclusive, para entender melhor o tempo em que vivemos.
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