A peste

A peste Albert Camus




Resenhas - A Peste


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Val Alves 20/06/2020

Trechos:

"Teria desejado voltar a ser aquele que, no princípio da epidemia, queria correr, com um único impulso, para fora da cidade e atirar-se ao encontro daquela que amava. Mas sabia que isso não era mais possível. Ele mudara, a peste tinha deixado nele uma distração que, com todas as suas forças, tentava negar, e que, entretanto, continuava nele como angústia surda. De certa forma, tinha o sentimento de que a peste terminara com demasiada brutalidade, de que não recuperara sua presença de espírito. A felicidade chegava com todo o ímpeto, o acontecimento ia mais depressa que expectativa. Rambert compreendia que tudo lhe seria devolvido de uma vez e que alegria é uma queimadura que não se saboreia."

"Em graus diversos, em todos os cantos da cidade, esses homens e essas mulheres tinham aspirado a uma reunião que não era para todos da mesma natureza, mas que para todos era igualmente impossível. A maior parte tinha gritado com todas as suas forças por um ausente, o calor de um corpo, a ternura ou hábito. Alguns, muitas vezes sem o saber, sofriam por estar colocados fora da amizade dos homens, já não poderem comunicar-se com eles pelos meios normais da amizade, que são as cartas, os trens e os navios. Outros, mais raros, como Tarrou, talvez, tinham desejado a reunião com qualquer coisa que não podiam definir mas que lhes parecia o único bem desejável. E, à falta de outro nome, chamavam-lhe, às vezes, paz."
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Juliana 24/11/2020

A peste - Albert Camus
A obra de Albert Camus, escrita em 1947, narra a história de uma epidemia de peste que se instala na cidade de Orã, na Argélia. Li esse livro no meio desse ano, quando a pandemia estava batendo records em números diários assustadores, aqui no Brasil e confesso que não sabia o que esperar direito.

Interessante ver como o autor abordou o comportamento social diante da peste. ?Qualquer semelhança com a pandemia que vivemos, mera coincidência??. A cada página lida, as semelhanças me deixavam abismada.

Algumas versões afirmam que Camus estava fazendo um paradoxo com a ocupação da França por Hitler e em alguns momentos, realmente cheguei a pensar isso.

Ao mesmo tempo em que tem uma história tão real e instigante, a escrita de Albert Camus nessa obra, é um pouco chata, lenta na maioria das vezes, bem como a completa ausência de um personagem feminino interessante, deixa a obra menos convidativa aos olhos de um leitor mais jovem.
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Tiago.Guedes 22/08/2023

Tudo morre, tudo muda
"A Peste" é uma obra-prima do existencialismo escrita por Albert Camus. O livro retrata a cidade de Oran, assolada por uma epidemia de peste bubônica, e explora as respostas humanas diante do absurdo e da morte iminente. Através de personagens como o médico Rieux, o romance examina a luta da humanidade contra um destino impiedoso. Camus utiliza a peste como metáfora das crises e injustiças do mundo. Com uma narrativa envolvente, o autor mergulha nas complexidades da condição humana, explorando o significado da solidariedade, do desespero e da esperança em tempos sombrios. "A Peste" continua a ressoar como uma reflexão profunda sobre a natureza da existência e a busca de sentido.
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Laura 17/01/2021

O homem absurdo
O homem absurdo de Camus retorna nessa obra! Assim como em O Estrangeiro, o autor narra a estória do ponto de vista de um homem alheio ao sentimentalismo individualista. É uma narrativa crua, assim como a óptica existencial proposta. Camus, como sempre, é bem sucedido em garantir ao leitor a imersão no mundo em questão. Você se sente como um verdadeiro cidadão de Orã, acompanhando de perto as angustias causadas pela peste.

Recomendo a leitura o mais breve possível! Será impossível não lincar semelhanças da ficção com a nossa realidade assolada pelo vírus Covid-19. Uma obra atemporal, não tenho dúvidas de que mais do que nunca, encontra um espelho na nossa realidade. Um espelho fidedigno, angustiante, real e na busca de refletir esperança para quem nele olha.
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Renato Filho 11/05/2022

Em uma guerra contra um inimigo invisível e incessante, o leitor acompanha o itinerário do médico, Dr. Bernard Rieux, durante o alastramento e desenvolvimento da "peste" na cidade de Orã que, em determinado momento, depois da descrença inicial das autoridades na gravidade da situação, tem de ser fechada e se encontra de costas para o resto do mundo.
Um texto que deve ser lido aos poucos, tendo em vista que a doença serve como metáfora para a ocupação nazista na Europa e das atrocidades decorrentes, além de diversas outras reflexões e questionamentos possibilitados por essa alegoria.
O leitor ao invés de torcer por "soldados" nessa guerra, torce, no fim, pelo desenvolvimento da ciência e da rejeição da ignorância preconceituosa.
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André 02/11/2020

Eu sei que é inevitável fazer comparações entre a situação que vivemos atualmente e a trama do livro, e sei tmb que essas comparações não são a toa, tem mtos paralelos entre realidade e ficção. Mas, acredito que o livro vai mto além de contar uma estória de uma cidade enfrentando uma epidemia.

A peste bubônica foi o artifício usado pelo autor para analisar a essência da humanidade, como ela reage diante da morte e da adversidade. Como esquecemos de coisas importantes, não valorizamos recordações valiosas e assim acabamos nos acostumando a uma vida sem esperança, sem fantasia.

O livro é absurdamente atual e não só pq vivemos uma pandemia que repete mto dos acontecimentos do livro, mas pq logo no início da obra o narrador comenta que se pode conhecer uma cidade sabendo como nela se trabalha, como se ama e como se morre. E ao ver que Oran vive para trabalhar, mas não se trabalhar para poder viver, só sobreviver; como se ama apenas por obrigação; como se morre na solidão, perdido entre coisas "mais importantes" acontecendo, vemos que td isso é um resumo perfeito de como ainda vivemos.

Assim, a peste é usada para mostrar a dificuldade de se viver em meio a morte, a desilusão, a negação do luto, negação do sonhar e da recordação, a obrigação de se viver somente para o presente, para enriquecer e consumir desesperadamente etc. E são sentimentos que temos cotidianamente, pq não precisamos de uma epidemia para nos afundar no desespero, a "peste" se manifesta de várias formas.

Além de analisar essas dificuldades, o livro tmb reflete como superar essa letargia. E o caminho é a revolta, não como apenas raiva, mas a recusa a seguir esse caminho. É uma revolta ativa, a favor do próximo, não meramente individual. É através de um sentimento de comunidade e solidariedade que se pode tornar esse antigo modo de viver obsoleto. Quem realmente faz algo pela cidade durante a pandemia são pessoas e não governos ou instituições ou empresas, são simples seres humanos que se unem com o único propósito de lutar a favor da vida que permitem superar a peste. Ser todo é ser parte, já diria Laia Odo (personagem de Os Despossuídos), só se pode viver plenamente procurando que todos tenham felicidade e amor.

Apesar da leitura densa, de reflexões pesadas e necessárias, e de momentos bem amargos, A Peste dá uma sensação de esperança na vida, de que ela é mais do que sobreviver e é possível amar e sonhar.
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Racestari 02/04/2020

Tudo se repete
Um livro descoberto graças ao skoob onde fui incentivado a lê-lo. Um soco no estômago em tempos de quarentena. Chorei pela história que eu amei!
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Raquel 29/07/2020

Bom, mas não cativou
Acredito que não há época melhor para ler esse livro do que agora (pandemia de covid).

A estória é interessante, o autor descreve bem o que se passa entre os personagens e como a vida deles muda com a epidemia. Entretanto, possui um estilo "arrastado" que não me prendeu.

Recomendo o livro, apesar de não ter me cativado.
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Gustavo.Freitas 19/10/2020

A Peste
O livro A Peste foi publicado em 1947, pouco depois do final da Segunda Guerra Mundial, pelo escritor argelino Albert Camus, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 1957.

A obra conta as consequências da chegada de uma epidemia à cidade argelina de Orã. O protagonista é um médico. Rieux combate a doença até o momento a dissipação, depois de muitas pessoas mortas. Rieux narra a reação da população, da apatia a ações destrambelhadas, expondo-se a ricos enormes para o enfretamento da praga.

Dentre os personagens da trama, surgem aproveitadores lucrando com um mercado paralelo de produtos, pessoas descrentes com a epidemia desconhecida e as tentativas de autoridades de minimizar a gravidade da situação. Sim, as semelhanças com os momentos vividos desde o surgimento da covid-19 são enormes.

Para a publicação da obra, Camus pesquisou incessantemente sobre epidemias que assolaram a Argélia e a Europa. A peste é uma história densa, que também pode ser interpretada como uma analogia às guerras, como a invasão dos nazistas em Paris parece estar ali, sutilmente descrita por meio de metáforas..

Dentre outros temas expostos pelo livro, o racismo, a discriminação, a necessidade de nomear as coisas que nos afligem, o individualismo como padrão de comportamento em boa parte das pessoas e como os comportamentos de manada prejudicam em momentos que exigem racionalidade estão ali. Uns de um jeito mais sutil, outros escancarados a ponto de chocar o leitor.

Uma hora, a peste passa. Mas o que fica dentro de nós, mesmo os que não se contaminaram? O livro mostra isso, de um jeito mais atual do que nunca.

site: https://www.skoob.com.br/livro/1796ED2436
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Will 04/09/2020

Epidemia em um vilarejo
Este livro retrata bem o que a sociedade está passando com a pandemia do Covid, pois ao ler o livro, consegue relacionar o enredo com os fatos que estão acontecendo, como a quarentena, presidente (na história é o prefeito) que finge que não é a nada a peste, entre outros fatos. Vale muito a leitura.
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Lucas1659 23/05/2022

As Grandes Desgraças são monótonas
Comecei a ler esse livro bem no final de 2019. Em meados de 2020, ainda sem conseguir tocar muito nele, pois o semestre na faculdade pesava em cada passo, em cada palavra que eu tinha que escolher consumir. A pandemia e o tempo sobrou, mas só retomei e finalizei a leitura dessa peça em 2021. E só agora em 2022 venho prestar o que achei. Esse livro foi viceral em como é atual.

"(...) as grandes desgraças são monótonas. Nas lembranças dos sobreviventes, os dias terríveis da peste não surgem como chamas cruéis, e sim como um interminável tropel que tudo esmaga à sua passagem" — umas das inúmeras citações que descrevem o arrebatador e agonizante eterno-momento qual foi viver a nossa peste.

"Assim, a doença, que aparentemente tinha forçado os habitantes à solidariedade de sitiados, quebrava ao mesmo tempo as associações tradicionais e devolvia o indivíduo à sua solidão. Isto causava tumultos" — cenário recorrente nas épocas mais criticas em que festas clandestinas cantavam soltas.

Por fim, um discurso que sempre detestei e ouvi com certo desprezo era o de que a pandemia veio para nos unir e fazer crescer. E é claro que esse livro tem uma citação sobre isso, a peste "pode servir para engrandecer alguns. No entanto, quando se vê a miséria e a dor que ela traz, é preciso ser louco, ou cego ou covarde para se resignar à peste".
Menino Aquário 23/05/2022minha estante
Quero muito ler esse




Lipe 04/06/2020

Temas como: quarentena, isolamento, infecção, solidão, amizades, família, política e mortes perpassam por essa obra de Albert Camus.
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Aline BS 19/08/2020

SE CUIDEM! USEM MÁSCARAS! LAVEM AS MÃOS!
A cidade de Oran (Orã) é acometida por uma epidemia. O livro narra esse ataque tardio da Peste Negra (Peste Bubônica) mostrando cada passo. Tudo começa com os ratos aparecendo mortos pelas ruas. Depois os doentes surgindo aos poucos até os números ficarem alarmantes e a doença descoberta. O isolamento da cidade, a dor do distanciamento e saudade dos que ficaram longe, as medidas para controle, a intransigência religiosa afirmando que Deus protegeria os merecedores, a dor e suplicios da morte, as tentativas de cura, a espera, a negação, etc.
Um livro perfeito pra ser lido no momento atual. Algumas partes me fizeram me indignar em como puderam lidar melhor no livro do que o que estão fazendo hoje em alguns aspectos. Tem partes muito fortes como o sofrimento de um menino prestes a morrer.
O livro traça um paralelo (apenas na intenção do autor, não é algo tão perceptível) com a peste e a ocupação nazista da França na 2a Guerra Mundial.
Eu não considerei o livro interessante em todas as partes, justo por conter metáforas, talvez não muito bem colocadas ao meu ver, varias partes destoam e se tornem quase sem sentido para a trama.
SE CUIDEM! USEM MÁSCARAS! LAVEM AS MÃOS!

Citações:
"Os flagelos, na verdade, são uma coisa comum, mas é difícil acreditar neles quando se abatem sobre nós."

"Os doentes morriam longe da família e tinham sido proibidos os velórios rituais..."

"Os caixões escassearam, faltou pano para as mortalhas e lugar nos cemitérios"

"Muitos dos enfermeiros e coveiros... morreram de peste. Nem para os trabalhos especializados nem para os que se chamavam trabalhos grosseiros a mão de obra era suficiente."

"Basta dizer que sou como todos. Mas há pessoas que não sabem ou que se sentem bem nesse estado e pessoas que o sabem e que gostariam de sair dele. Por mim, sempre quis sair dele"

"Os meses que acabavam de passar, ainda que aumentassem o desejo de libertação, ensinaram-lhe a prudência e os habituaram a contarem cada vez menos com um fim próximo da epidemia."

"O bacilo da peste não morre nem desaparece nunca, pode ficar dezenas de anos adormecido nos moveis e na roupa, espera pacientemente nos quartos, nos porões, nos baús, nos lenços e na papelada. E sabia, também que viria talvez o dia em que, para a desgraça e ensinamentos do homens, a peste acordaria os seus ratos e os mandaria morrer numa cidade feliz".
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Antonio Maluco 25/05/2020

Atualidade
O livro mostra histórias de uma pandemia mundial igual a que estamos vivendo
Renata 30/05/2020minha estante
Vc gostou? Fiquei curiosa devido a nossa situação atual


Antonio Maluco 11/06/2020minha estante
Gostei muito do livro em questão


Renata 11/06/2020minha estante
Assim que tiver oportunidade quero ler




Rodrigo 20/03/2021

A Peste
Resolvi ler o romance dado a situação de pandemia em que nos encontramos.

Alguns trechos da história possuem alguma semelhança com o que está acontecendo no país. A desorganização das autoridades e a capacidade de não querer enxergar lá no início da pandemia o que nos aguardava no futuro.
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